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Aluna: Beatriz Ribas de Melo

Demência associada ao HIV: Quais os princípios gerais do tratamento desta


patologia? Qual é o prognóstico desta patologia? Qual a relação desta demência com os
índices de mortalidade dos pacientes portadores de HIV?

A demência consiste na complicação neurológica mais comum em indivíduos


portadores de AIDS, ocorrendo, principalmente em pacientes imunocomprometidos. Inicia-se
com apatia, dificuldade de concentração, prejuízo em memória verbal, funções executivas,
disfunção motora e distúrbios de comportamentos (ataxia, disartria, mutismo, delírios e
alucinações verbais). Pacientes portadores de HIV e demência possuem alta concentração de
anticorpos específicos de imunoglobulina G para a sequência de aminoácido 68-84 da proteína
básica de mielina nativa.
Os princípios gerais do tratamento consistem em: Terapia antirretroviral, avaliação
clínica regular, avaliação neuropsicológica, tratamento de condições médicas adjacentes, apoio
psicossocial, reabilitação cognitiva, tratamento de infecções oportunistas. O tratamento da
demência associada ao HIV deve ser individualizado, levando em consideração a gravidade
dos sintomas, as condições de saúde gerais do paciente e a resposta ao tratamento.
O prognóstico da demência associada ao HIV (HAND) pode variar significativamente
de pessoa para pessoa e depende de vários fatores, incluindo o estágio da infecção pelo HIV, a
eficácia do tratamento antirretroviral, a presença de comorbidades e a resposta ao tratamento
específico para a HAND.
As medidas de suporte são similares às de outras demências. Por exemplo, o ambiente
deve ser iluminado, alegre e familiar, e deve ser projetado para reforçar a orientação (como
colocar grandes relógios e calendários no ambiente). Medidas para garantir a segurança do
paciente (sistemas de monitoramento de sinal para os pacientes que perambulam) devem ser
implementadas. Os sintomas são tratados conforme necessário. Os pacientes HIV-positivos
com demência não tratada têm prognóstico mais desfavorável (expectativa média de vida de 6
meses) que os pacientes sem demência.
Referências

FERNANDES FILHO, Sérgio Murilo Maciel. Demência associada ao HIV em idosos: estudo
seccional na cidade do Recife, Brasil e revisão de literatura. 2009. Dissertação de Mestrado.
Universidade Federal de Pernambuco.
DA SILVA, Roni Robson et al. Transtornos neurocognitivos e demência relacionados ao HIV em
pessoas que fazem uso de antirretroviral: uma revisão integrativa. Research, Society and
Development, v. 11, n. 2, p. e47311226039-e47311226039, 2022.

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