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Índice

Introdução........................................................................................................................................2

Aspecto psiquiatricos da sintrome da imonodeficiencia adequirida (SIDA)...................................4

Fatores que aumentam o risco.........................................................................................................5

Alterações psiquiátricas mais comuns em pacientes vivendo com HIV:........................................5

Transtorno bipolar...........................................................................................................................5

Mania da SIDA................................................................................................................................6

Sintomas..........................................................................................................................................6

Complicações.................................................................................Error! Bookmark not defined.

Transtornos cognitivos menores......................................................................................................7

Transtorno de personalidade............................................................................................................7

Esquizofrenia...................................................................................................................................7

Abuso ou dependência de substância..............................................................................................7

Transtorno de estres pós-traumático................................................................................................7

Tratamento.......................................................................................................................................7

Os objetivos do tratamento psicoterápico........................................................................................9

Conclusão......................................................................................................................................10

Bibliografia....................................................................................................................................11
Introdução

O presente trabalho em sua disposição que tem como tema ASPECTOS PSIQUIATRICOS DA
IMONODEFICIENCIA ADEQUERIDA (SIDA) e os diversos aspetos patentes neste trabalho,
certas Pessoas com transtornos psiquiátricos e HIV possuem maior risco de abandono de
tratamento do HIV, o que leva a evolução para a SIDA e consequentemente condições de maior
lesão neurológica. Entre outras coisas, isso também piora a doença psiquiátrica.
O fato de ter HIV não aumenta o risco de ter esquizofrenia. Mas quem tem os dois diagnósticos
possui problemas com interações medicamentosas dos 2 tratamentos e possui maior risco de
abandono de tratamento com desenvolvimento de doença. Pessoas que sofrem por transtorno
possuem maior risco de adotar comportamentos auto-destrutivos que levam a se infectar pelo
vírus HIV

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Objetivos
Este trabalho tem como principal objetivo, monitorar e fazer perceber o leitor sobre a
convivência dum paciente portador de HIV e as possíveis complicações caso haja uma
estigmatização, seja ela na sociedade, ou uma instituição.
Caro leitor saiba que: Pessoas com transtornos psiquiátricos e HIV possuem maior risco de
abandono de tratamento do HIV, o que leva a evolução para a SIDA e consequentemente as
condições de maior lesão neurológica. Entre outras coisas, isso também piora a doença
psiquiátrica.

Pessoas dependentes das substancias toxicas possuem atitudes que aumentam o risco de se
infectar pelo HIV. Seja para conseguir mais drogas, ou pelas atitudes que tomam por estar em
efeitos delas. Pessoas com HIV que são dependentes das substancias toxicas possuem maior
risco de complicações relacionados às interações dos remédios do HIV e drogas recreacionais

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Aspecto psiquiatricos da sintrome da imonodeficiencia adequirida (SIDA)

Síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA; em inglês: acquired immunodeficiency


syndrome, AIDS) é uma doença do sistema imunológico humano causada pelo vírus da
imunodeficiência humana (VIH; em inglês: human immunodeficiency virus, HIV). Durante a
infeção inicial, uma pessoa pode passar por um breve período doente, com sintomas semelhantes
aos da gripe. Normalmente isto é seguido por um período prolongado sem qualquer outro
sintoma. À medida que a doença progride, ela interfere mais e mais no sistema imunológico,
tornando a pessoa muito mais propensa a ter outros tipos de doenças, como infeções
oportunistas e câncer, que geralmente não afetam as pessoas com um sistema imunológico
saudável.

Segundo o site da UNAIDS o número de pessoas vivendo com HIV no mundo está por volta de
37.9 milhões com 95% vivendo em países de baixa ou médica renda.

A infeção é crônica, com possibilidade futura de cura, com alta comorbidade (associada a outras
doenças). Fatores psicológicos influenciam o curso da doença e o risco. Como doença
assintomática e estigmatizante, há incerteza do contágio, reticência em fazer o exame (confronta
a pessoa com sua finitude) e há influência do meio:
padrões morais e religiosos, o duplo padrão de infetado e infetante, alterações na vida sexual,
realinhamento de projetos de vida e prejuízo em sua qualidade.
Miguel Bragança (2006), em apresentação sobre a evolução da epidemia de SIDA (Universidade
do Porto), resume assim sua evolução do ponto de vista psiquiátrico.
A alta prevalência de doenças psiquiátricas em pacientes com HIV ocorre por dois motivos
fundamentais:

 Lesão direta do vírus no cérebro de uma pessoa que já possui uma pré-disposição (como
história familiar do transtorno)

 Pessoas que já possuem este diagnóstico e não se tratam, adotam atitudes e estilo de vida
de risco, que acabam levando à infecção pelo vírus HIV.

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Uma vez com os dois diagnósticos, cria-se um problema a mais que é a interação medicamentosa
que pode ocorrer entre os dois tipos de tratamento.

Pessoas com transtornos psiquiátricos e HIV possuem maior risco de abandono de tratamento
do HIV, o que leva a evolução para a SIDA e consequentemente condições de maior lesão
neurológica. Entre outras coisas, isso também piora a doença psiquiátrica.

Fatores que aumentam o risco:

 Efeito direto do vírus


 Condições psiquiátricas pré-existentes
 Personalidade vulnerável
 Alterações afetivas
 Uso de drogas recreacionais
 Isolamento social
 Alterações neurológicas específicas relacionadas a alterações causadas pelo vírus no
Cérebro
 Efeito direto de alguns ARV no cérebro
 Outras doenças crônicas associadas

Alterações psiquiátricas mais comuns em pacientes vivendo com HIV:


 Transtorno bipolar
 Mania da AIDS
 Transtornos cognitivos menores
 Depressão Maior
 Transtorno de personalidade
 Esquizofrenia

Transtorno bipolar
 O doente oscila entre depressão e quadros de mania.
 O uso de substâncias recreacionais pode acelerar a ciclagem de depressão para mania.
 O tratamento da depressão diagnosticada de forma errada pode levar ao quadro de mania.

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Mania da SIDA
Um estudo clinico epidemiológico apontou 8% de incidência de mania na população vivendo
com HIV em 17 meses de estudo (mais de 10 vezes da incidência na população sem HIV em 6
meses)

Sintomas:
 Uso de drogas (mesmo a maconha)
 Comportamento impulsivo (como realizar projetos descabidos, fazer dívidas financeiras
irresponsáveis)
 Comportamento sexual de risco
 Dificuldade de concentração
 Insônia
 Irritabilidade
 Fala acelerada
 Envolvimento excessivo em atividades com alto risco de desfecho a acontecimentos que
levam à dor ou à culpa
Este diagnóstico só aparece em estados avançados do HIV, ou seja, em fase AIDS sempre
associada ao comprometimento cognitivo.

 Se não tratada, a doença pode evoluir com:


 Piora dos sintomas iniciais,
 Movimentos mais lentos do corpo,
 Ideias ilusórias (crenças delirantes de que o paciente foi curado do HIV ou que descobriu a
cura, coisa que leva diretamente ao abandono do tratamento)
Diferenças entre mania da AIDS e fase maníaca do transtorno bipolar:
 A mania da AIDS é mais crônica
 Mais difícil de tratar
 Tem menos euforia e mais irritabilidade
 É de fácil recidiva dos sintomas após parar o tratamento.

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Transtornos cognitivos menores
São quadros parecidos a demência, porém mais leves, e não fecham critérios para o diagnóstico
de demência

Transtorno de personalidade
 A prevalência dessa doença é de 19-36 pessoas em cada 100 portadores do HIV.
 Na população geral é de 10 em cada 100 pessoas.
 A personalidade antissocial é um grande fator de risco presente na população om HIV,
que leva ao aumento dessa prevalência.
 Pessoas excessivamente extrovertidas também possuem maior risco de ter HIV

Esquizofrenia
O fato de ter HIV não aumenta o risco de ter esquizofrenia. Mas quem tem os dois diagnósticos
possui problemas com interações medicamentosas dos 2 tratamentos e possui maior risco de
abandono de tratamento com desenvolvimento de doença.

Abuso ou dependência de substância


Pessoas dependentes químicas possuem atitudes que aumentam o risco de se infectar pelo HIV.
Seja para conseguir mais drogas, ou pelas atitudes que tomam por estar em efeitos delas. Pessoas
com HIV que são dependentes químicos possuem maior risco de complicações relacionados
às interações dos remédios do HIV e drogas recreacionais

Transtorno de estres pós-traumático


Pessoas que sofrem por transtorno possuem maior risco de adotar comportamentos auto-
destrutivos que levam a se infectar pelo vírus HIV.
Uma vez com os dois diagnósticos, se o Transtorno não for tratado, os riscos de abandono de
tratamento e perpetuação do círculo é grande.

Tratamento
Antes de iniciar a discussão a respeito do tratamento da depressão em pacientes infectados pelo
HIV, serão apresentadas, em linhas gerais, as classes de medicamentos utilizadas para o
tratamento da infecção pelo HIV:

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 Inibidores da transcriptase reversa análogos nucleosídeos: incorporam-se ao material
genético (DNA) do vírus, resultando em DNA incompleto, incapaz de criar novos vírus.
Exs.: zidovudina (AZT), didanosina (DDI), zalcitabina (DDC), estavudina (D4T),
lamivudina (3TC) e abacavir;

 Inibidores da transcriptase reversa não-nucleosídeos: inibem diretamente a enzima


responsável pela conversão do RNA viral para DNA, impedindo sua incorporação ao
material genético da célula. Exs.: efavirenz (stocrin), nevirapina (viramune) e delavirdina
(rescriptor);

 Inibidores de protease: agem no último estágio da formação do HIV, impedindo a ação da


enzima protease, que é fundamental para a clivagem da cadeia protéica produzida pela
célula em proteínas virais e enzimas que formarão o núcleo de cada partícula viral.
Exemplos: ritonavir (norvir), nelfinavir (viracept), indinavir (crixivan), saquinavir
(invirase) e amprenavir.

O advento dos inibidores de protease promoveu uma melhora significativa na eficácia do


tratamento da infecção pelo uso do chamado "coquetel", que é constituído da combinação de
mais de uma classe de medicamentos.

Segundo André Malbergier diz que o tratamento da depressão apresenta algumas


particularidades em pacientes HIV positivos e baseia-se em alguns princípios gerais:

 Monitorar cuidadosamente a utilização dos antidepressivos, devido ao risco de que o


quadro depressivo represente infecção cerebral subclínica;
 Iniciar com doses baixas e aumentá-las gradativamente para minimizar efeitos colaterais
e melhorar a adesão;
 Considerar a possibilidade de manutenção com doses mais baixas (os pacientes com
HIV/Aids podem, principalmente nos estágios avançados, responder a doses menores que
as utilizadas em indivíduos hígidos);

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 Atentar para as interações medicamentosas. Há possibilidade de alterações na absorção
ou na excreção de medicamentos e de indução, inibição e competição pelo metabolismo
por enzimas do citocromo P450, especialmente a família 3A3/4;
 Escolher medicamentos com menos efeitos adversos ou cujos efeitos sejam benéficos
para o paciente (por exemplo, constipação para pacientes com diarréia ou sedação para
pacientes insones);
 Atentar para os efeitos anticolinérgicos dos antidepressivos; ter atenção com os anti-
retrovirais que o paciente venha utilizando, devido às interações dos antidepressivos e
benzodiazepínicos com essas drogas.
Os objetivos do tratamento psicoterápico são:

 Ajudar o paciente a manter o controle sobre sua vida e assisti-lo no processo de


desenvolver habilidades para lidar de forma positiva com os desafios e as complicações
de sua doença;

Auxiliar o paciente a lidar com os sentimentos de raiva, negação, pânico e desespero


observados em alguns momentos da infecção;

 Trabalhar os sentimentos de respeito próprio, culpa, auto-acusação e vergonha;


 Auxiliar os pacientes a estabelecer um canal de comunicação com familiares, parceiros,
amigos, emprego a respeito de sua doença e do medo de rejeição, abandono e isolamento;
 Ajudar os pacientes a lidar com as prováveis crises (agudizações) de sua doença;
 Propiciar um espaço para o paciente expor suas questões a respeito do desfecho de sua
doença e da morte.

Conclusão
Diante das evidências desde trabalho concluímos que: A prevalência dos transtornos depressivos
em homossexuais masculinos infectados pelo HIV não difere da observada em homossexuais

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masculinos não infectados; usuários de drogas injetáveis infectados pelo HIV apresentam
prevalência de transtornos depressivos maior do que homossexuais masculinos também
infectados.

Sintomas decorrentes da infecção pelo HIV podem mimetizar sintomas depressivos nos estágios
avançados da infecção; estudos a respeito da eficácia do tratamento dos transtornos depressivos
em pacientes infectados pelo HIV demonstram que os resultados obtidos não diferem dos
observados em amostras de indivíduos não infectados pelo HIV.

Atentando-se para as interações farmacológicas, o tratamento com os antidepressivos estudados


tem se mostrado seguro, não promovendo imunossupressão; metilfenidato e testosterona podem
ser úteis no tratamento de pacientes que não respondem à terapêutica tradicional

Bibliografia
Overview of the neuropsychiatric aspects of HIV infection and AIDS

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Schoffel AC, Abreu PSB, Sprinz E, Tostes M. Transtornos depressivos associados ŕ infecçăo pelo
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