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Programa de Residência Pedagógica

Edital 2020

Relato de Experiência do Residente

1. Identificação

Nome: Natália Proença Dorneles


CPF: 03216444090
Séries/ Anos e etapa: 1º e 2º ano do Ensino Médio
Escola: Colégio de Aplicação
Docente Orientador: Flavia Pilla do Valle
Preceptor: Mônica Bonatto

2. Relato de Experiência

Quadrados, telas e janelas: Descobertas de um outro modo de mover

Resumo:

O presente relato tem como objetivo descrever sobre a experiência da bolsista


durante as atividades remotas no programa do Residência Pedagógica realizado no
Colégio de Aplicação da UFRGS no período de outubro de 2020 a abril de 2021,
trazendo um panorama sobre os encontros com os educadores da escola
organizados pela preceptora Mônica Bonatto. O relato também aponta as
desigualdades sociais acentuadas pela crise sanitária mundial do vírus Covid-19 e
os impactos na educação e no processo de ensino e aprendizagem. Por fim,
apresenta o componente curricular da dança na escola e como têm sido realizadas
as atividades.

Palavras-chave: Ensino Remoto; Educação; Arte; Dança; Desigualdade


Introdução

Sem dúvida, experienciar esses últimos sete meses de vigência da minha


bolsa no Programa de Residência Pedagógica(RP) dentro desse contexto
pandêmico, foi uma das vivências, talvez a mais frustrante neste período de sete
anos de graduação que já chega ao fim. A incerteza de um tempo desconhecido,
de se ajustar às novas readaptações, de não poder planejar, não poder estar em
sala de aula, não poder realizar essa troca através do olhar, do abraço, do
movimento, que é o que alimenta essa fazer docente, foi e tem sido extremamente
desafiador.
Minha experiência dentro dos programas da Capes se deu desde o meu
primeiro ano da graduação, ainda em 2014 com o Programa de Iniciação à
Docência (PIBID), logo depois comecei na RP como bolsista voluntária e depois
consegui ingressar na escola. Nesse período tive a oportunidade de aprender, de
entender o meu lugar enquanto educadora preta em uma escola pública, de
conhecer a história dos meus alunos e perceber muitas vezes o quanto essas
histórias eram parecidas com a minha. Me tornei mais sensível e atenta ao outro e,
de alguma forma, comigo mesma, me senti amada e odiada como professora, mas
fui descobrindo que esse ódio muitas vezes era algo que precisava ser manifestado,
falado, movimentado ou até mesmo dançado.
Descobri que a minha sala de aula muitas vezes se tornou espaço seguro,
lugar de acolhimento, de liberdade, mas que também foi espaço para manifestar o
desgosto por “essas coisas de mexer o corpo”. Manifestar esse, que se deu pela
proposta de liberdade de poder falar o que se pensa e o que se sente com
autonomia e responsabilidade sobre as palavras ditas. Que saudade da sala de
aula, do cheiro dos corpos suados que dançam, das conversas e “papos cabeça”,
dos segredos confiados a mim, dos abraços de três, que logo viravam de seis, dos
“Eaí sora, tudo bem?”. Quanta saudade cabe nas lembranças?
Eu não poderia começar a escrever sobre esses meses de distanciamento
dentro do RP, sem antes falar das memórias que nutrem e vem alimentando esse
período tão difícil de distanciamento social que vem afetando em larga escala a
formação dos estudantes de graduação e dos estudantes que recebem esses
projetos nas escolas atendidas pelo programa. Fazer esse movimento de Sankofa1
se torna importante diante de tudo que estamos vivendo, é preciso buscar afago nas
experiências passadas para buscar estratégias nesse novo formato que a pandemia
nos impôs.

Desenvolvimento

Nesse último período como bolsista do residência, devido a interrupção do


projeto durante a pandemia e o retorno neste edital acabei trocando de escola e fui
para o Colégio de Aplicação da UFRGS, projeto coordenado pela professora
preceptora Mônica Bonatto. O projeto realizado nesta escola atua sobre a
perspectiva das quatro linguagens artísticas: música, teatro, artes visuais e dança, a
última mais recente no currículo da escola. Foi a primeira vez que eu pude trocar e
dialogar com estudantes dos outros cursos através do programa para além dos
seminários anuais, sempre tive só as minhas colegas do curso de dança
trabalhando junto na elaboração das atividades.
As reuniões remotas se tornaram uma realidade, sendo a única forma de se
comunicar e minimamente dar conta de realizar as atividades do projeto. Os
encontros aconteciam de duas formas, uma vez na semana com a equipe da escola
e uma vez no mês com todos os bolsistas do RP das Artes, reunindo todas as
escolas. Quando começamos a nos reunir com encontros semanais a pandemia já
acontecia há sete meses, então algumas coisas já estavam mais adaptadas pelos
professores e reorganizadas em estratégias, eu particularmente estava com muitas
dúvidas sobre como íamos desenvolver nossos planejamentos e cumprir com as
nossas atividades enquanto bolsistas. Demorei para me dar conta que o presencial
estava cada vez mais distante e que teria que aceitar essa realidade, era uma
situação atípica para todos.
Em nosso primeiro encontro com a professora Mônica, que foi um momento
de apresentações e tirada de dúvidas, a demanda que surgiu foi a necessidade de
conhecer a escola saber como funcionava a estrutura da instituição, o

1
Símbolo Adinkra dos povos Akan, localizados no continente africano. Sankofa é a imagem de um
pássaro que olha para trás e significa “volte e pegue” trazendo a ideia de olhar para o passado, para
entender o presente e pensar o futuro.
desenvolvimento e a aplicação dos planos de ensino e do PPP pensando que é uma
escola que difere das outras instituições por estar vinculada a universidade, sendo
uma escola pública federal. Falamos sobre nossas trajetórias dentro dos seus
cursos, nossas expectativas e anseios para vivenciar esse momento. O grupo era
bem diverso, alguns chegando, outros no meio da bolsa e eu já finalizando a
participação no programa, mas todos com o desejo grande de estar na escola e
principalmente nessa instituição, por todo o histórico que se tem sobre o Colégio de
Aplicação.
Movida pelo desejo, expectativa e curiosidade dos bolsistas em conhecer o
Colégio, a professora Mônica organizou uma série de encontros convidando os
professores da escola para falar sobre as suas experiências e como tem sido nesse
formato de ensino remoto devido a pandemia, encontros que foram super
importantes para entender o funcionamento da escola, as atividades elaboradas, os
estudos dirigidos, as metodologias e estratégias de ensino.
O Colégio de Aplicação é dividido em cinco projetos de ensino que atendem
determinadas etapas da educação básica, são eles: Unialfas (1º ao 5º ano), Amora
(6º e 7º anos), Pixel (8º e 9º), Ensino médio em redes (atente todas os anos do E.M)
e o EJA (educação de jovens e adultos). No projeto Unialfas as atividades são
trabalhadas pelo bloco das Multilinguagens/Arte envolvendo a música, o teatro e as
artes visuais de forma conjunta. No projeto Amora e Pixel esses três componentes
curriculares são desenvolvidos de forma separada. Já no 1º e 2 º do Ensino Médio
os alunos escolhem uma das quatro linguagens para fazer e no EJA tem o Bloco de
Expressão e Movimento que compõe música, teatro, artes visuais e educação física.
Cada encontro contou com educadores que atendem esses projetos, trazendo
relatos não só desse período de pandemia, mas também como as atividades eram
feitas antes e como foi adaptá-las, ou não, para esse formato online.
Sem dúvidas a dificuldade de acesso dos educandos às plataformas digitais
nesse contexto pandêmico, relato de todos os professores, foi a ponta do iceberg
que na sua base ressaltou todos os problemas de um país desigual como o Brasil.
Essa crise sanitária mundial deixou mais evidente e escancarada as desigualdades
sociais que atingem grupos racializados, pessoas que se encontram à margem,
marcadas pelos estigmas sociais de uma sociedade sustentada pelas perspectivas
de mundo do ocidente e suas violências. Todos os encontros foram marcados por
falas que denunciam a negligência e o descaso que atinge a educação pública e
seus educandos, evidenciando os grupos que mais são lesados por esse sistema
que secularmente destrói nossa subjetividade e mata nossa humanidade, que em
massa são as populações negras e indígenas, expondo a urgência de políticas
públicas que minimizem essa disparidade e proporcionem a essas pessoas o direito
de acesso às esferas públicas de forma digna.
Trago isso porque percebemos que as câmeras nos levaram para dentro da
casa desses alunos, saímos do ambiente físico da escola e adentramos nas suas
residências, diante disso as câmeras também nos mostram os problemas que
atravessam esses núcleos familiares deixando mais visíveis suas dificuldades e
problemas. Problemas como violência doméstica, fome, saúde mental, saneamento
básico, acesso a internet, estrutura física de moradias, analfabetismo digital e tantas
outras dificuldades que assolam essas famílias. A preocupação da comunidade
escolar com o seguimento das atividades de ensino foi muito além do aprender, do
fazer e do entregar, estamos vivendo uma crise histórica onde vemos o direito à
vida sendo negligenciado por um governo negacionista, isso atinge toda a
população, em diferentes proporções, obviamente, mas atinge.
Importante dizer que o Colégio de Aplicação foi criado dentro desse sistema
branco eurocêntrico que atende aos privilégios de um grupo determinado da
população, mas que com o passar dos anos foi democratizando o acesso e hoje a
entrada dos alunos se dá através de um sorteio. Com a democratização do acesso,
o perfil dos alunos ingressantes se tornou diversificado, reunindo sujeitos de
diferentes classes sociais, etnias, espaços geográficos da cidade, experiências e
visões sobre o mundo. Com o distanciamento social e as tentativas de se
estabelecer o ensino remoto, as dificuldades das famílias de baixa renda ficaram
mais expostas, mostrando suas vulnerabilidades e a forma como o sistema é
omisso às suas necessidades. Estamos lidando com a morte diariamente de forma
desumana, desse modo, como dar seguimento no processo de aprendizagem?
Como ajudar o filho a fazer as tarefas da escola em casa? Como fazer com os
alunos que não querem abrir as câmeras no dia das aulas síncronas? Como lidar
com a saúde mental desses sujeitos? E principalmente, como garantir o direito
desses sujeitos à educação em tempos de ensino remoto onde o Apartheid Digital
grita na nossa porta?
Esses e tantos outros questionamentos não são novos, apesar de muitas
pessoas só terem conseguido percebê-los diante da pandemia, mas são problemas
reais que atingem um número significativo da população, visto que a população
preta é maioria nesse território e é a população que junto com os povos indígenas
vem sendo atingida em massa por essa crise sanitária que só realçou as violências
históricas direcionadas a esses corpos.
Outra perspectiva importante de trazer é o quanto os próprios bolsistas
também estão sendo afetados por essas dificuldades e violências do qual eu
mencionei anteriormente e se encontram nas mesmas situações que os alunos das
escolas, onde de novo a dificuldade de acesso às plataformas digitais, seja pelo
pacote de internet que não dá conta das demandas ou a falta dos aparelhos
necessários para efetivar o acesso, são um problema. Em um dos encontros que
tivemos, que não fazia parte dos projetos de ensino, mas sim dos Seminários de
Verão, a professora Suiane Costa Ferreira da UFBA (Universidade Federal da
Bahia), aponta dados estatísticos do IBGE sobre o acesso da população brasileira
a internet e aos aparelhos digitais, trazendo o quando o acesso não é igual para
todos, que muitas pessoas pretas que conseguem alcançar essa rede, muitas vezes
fazem dentro dos espaços de ensino que agora se encontram fechados, o que
impede a realização das atividades remotas e indica novamente que pessoas
brancas ainda assim conseguem acessar.
Esses foram alguns dos apontamentos que faço, a partir desse lugar das
desigualdades sociais que apareceram durante os encontros e que são de extrema
importância pra gente entender o cenário da educação no país e compreender o
quanto ela está relacionada com as outras esferas sociais, políticas e econômicas
que envolvem a educação de um sujeito. Não tem como pensar e planejar
atividades remotas, na minha área, por exemplo, sem pensar na estrutura que essa
criança e esse adolescente se encontra em questão de moradia, onde muitos
dividem o quarto com outros familiares, não tem espaço em casa ´para fazer a aula,
não gosta da sua casa e por isso não quer gravar o vídeo que a professora pediu,
sua moradia se encontra em situações precárias, ou porque está triste e deprimido.
São uma série de fatores que devem ser analisados e que acabam deixando a
realização das atividades pequenas diante da complexidade do momento que
estamos vivendo.
Trazendo um pouco sobre a área da dança no Colégio de Aplicação,
conforme eu trouxe lá no início, ela foi inserida como componente curricular
recentemente, então grande parte dos encontros focou mais nas outras áreas por
estarem há bem mais tempo na escola. Tivemos um encontro com a professora
Débora Allemand, que ingressou no Aplicação em setembro de 2019 como a
primeira professora licenciada em dança. Ela fala sobre esse processo de inserção
da dança dentro da escola, sobre como foi para a comunidade escolar receber a
dança no currículo, relata sobre as dificuldades e anseios desse processo. Aponto
na fala dela a percepção de compreender que apesar da dança estar há pouco
tempo como componente curricular ela já se encontra inserida na escola em outras
instâncias como projetos de extensão, programa de estudo de outras disciplinas,
nos próprios bolsistas e atividades como o OCA.2
Com este edital remoto o acompanhamento dos bolsistas com os alunos se
deu através das atividades entregues pelo moodle da escola e dos relatos dos
professores durante os encontros. A professora Mônica nos inseriu em algumas
turmas para que pudéssemos acompanhar as atividades que estavam sendo
propostas pelos educadores e também poder ver o que que os alunos estavam
fazendo. Eu fiquei em duas turmas de 1º ano do ensino médio, que são as turmas
da professora Débora, mas que devido aos estudos no doutorado teve que se
afastar e foi substituída por outra professora e também contou com as aulas de
estagiárias(os) da licenciatura em dança da UFRGS. Durante o encontro ela
comentou que por ser apenas uma professora, a dança era oferecida apenas para
as turmas de 1º e 2º do Ensino Médio e que em 2021 seria oferecida também para o
3º ano.
As aulas acontecem então em encontros síncronos e assíncronos com
atividades semanais. As atividades foram elaboradas trazendo os recursos que os
alunes tivessem em casa pensando nas diferentes realidades, as professoras
exploraram experimentações com o corpo na sua infinidade de movimento trazendo
movimentos do cotidiano e investigações com o corpo nos espaços da casa,
também usaram o recurso de uma plataforma digital que durante a pandemia
viralizou mais ainda, que foi o Tik Tok, onde as “dancinhas” como são chamadas
são baseadas em pequenas coreografias que viraram febre na internet.
Na ideia de nos aproximarmos das nossas atividades enquanto bolsistas,
relato a elaboração de um plano de aula, que poderia ser tanto para o formato
online, como para o presencial. Como a minha linha de pesquisa na dança está

2
Olimpíadas do Colégio de Aplicação
direcionada às estéticas negras, elaborei meu plano com mais duas colegas do
residência, a Aline Centeno e a Karine Guedes, que também são mulheres pretas e
trabalham sob a mesma perspectiva que eu, que são as danças negras. Fizemos
um planejamento voltado para as corp(o)ralidades das danças afro-brasileiras a
partir de três gêneros: Dança Afro-Gaúcha, Funk e Danças Carnavalescas. Cada
uma ficou responsável por um gênero, o meu foi Dança Afro-Gaúcha. Os planos
foram elaborados baseados nas competências e habilidades da BNCC e o público
alvo eram alunos do 2º ano do ensino médio.

Conclusão

Inúmeros foram os esforços das gestoras do programa para que os bolsistas


conseguissem realizar as atividades do RP nesse formato online, acredito que tenha
sido um desafio e tanto para todos. Cada um dentro das suas necessidades,
limitações e expectativas tentando fazer a coisa andar, fazendo um trabalho de
escuta e de acolhimento de si e do outro. Ouvimos ideias incríveis que surgiram da
necessidade de buscar estratégias de ensino, vimos a luta para que todos os alunos
conseguissem acessar as atividades e manter o vínculo com a escola, conhecemos
profissionais da educação sensacionais, trocamos com os colegas, descobrimos
outros modos de mover, mas ao mesmo tempo que isso era motivador, também era
frustrante ver educadores exaustos e esgotados da pandemia e perceber o descaso
das certas esferas públicas com a educação que há tempos agoniza com o
desmonte anunciado por alguns gestores públicos indiferentes às necessidades e a
realidade da população.
Muito triste tudo isso que estamos vivendo, difícil não repensar sobre a
escolha da nossa profissão como educadores, principalmente na área das artes.
Difícil pensar em planejamento de aula sabendo que tem aluno que está passando
necessidade, que tem gente morrendo por conta por faltas de vacinas, que as
consequências dessa pandemia ainda vão reverberar por muito tempo. Minha
passagem pela residência durante esse período foi acompanhada de muitas
incertezas, muita insegurança, muito medo de tudo que estamos vivendo e o que
ainda vamos ter que fazer para mudar essa realidade. Me senti desafiada e
provocada a todo momento quanto ao fazer docente, não só no período deste edital,
mas desde o momento que entrei no programa tive experiências extremamente
significativas que vou guardar com muito carinho nas minhas lembranças.

Referências

Ferreira Costa, Suiane. Apartheid digital em tempos de educação remota:


atualizações do racismo brasileiro - 61º SEMINÁRIO DE VERÃO - 8º
ENCONTRO. Youtube, transmitido pelo Colégio de aplicação da UFRGS em 18 de
março de 2021.< Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=d0XWp8AXop0&t=397s&ab_channel=Col%C3%
A9giodeAplica%C3%A7%C3%A3odaUFRGS

MOVIMENTO PELA BASE. As Competências Gerais da BNCC. Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=-wtxWfCI6gk&feature=youtu.be>. Acesso em
02 dez. 2020. 13min19seg.

Editora moderna. A BNCC na prática #9 - Arte - Fabio Nogueira. Disponível


em:<https://youtu.be/4iRHM-K9wyk>. Acesso em 02 dez. 2020.

3. Autorização de uso pela CAPES

Eu, Natália Proença Dorneles, autorizo a utilização pela Capes do presente relato
de experiência, na qualidade de bolsista residente, sob responsabilidade do(a)
Docente(a) Orientador(a) FLAVIA PILLA DO VALLE vinculado ao Programa de
Residência Pedagógica da UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
(Nome da IES). Meu relato escrito poderá ser incluído nos bancos de dados e nas
plataformas de gestão da Capes, podendo, eventualmente, ser reproduzido,
publicado ou exibido por meio dos canais de divulgação e informação sob
responsabilidade desse órgão.

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Residente Natália Proença Dorneles
(Nome e Assinatura)

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