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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE

MEDICINA VETERINÁRIA

IZABELA LUIZ

RELATÓRIO DE AULA EXTERNA

MANAUS

2022
IZABELA LUIZ

RELATÓRIO DE AULA EXTERNA

Trabalho realizado do Curso de


Medicina Veterinária para obtenção
de nota parcial da matéria de Tópicos
Integradores I.

Professora: Fabiana Schmitt

MANAUS

2022
1. Relatório de Aula Externa

1.1. Visita a ExpoAgro 2022

No dia 31/08/2022 nossa turma de Medicina Veterinária foi visitar a ExpoAgro


como aula prática marcada pelo professor Paulo da matéria de zootecnia.

Chegando lá, já pudemos perceber que era um local imenso, e


aparentemente adequado para ocorrer o evento. Lá tinha não só animais, como
plantas, frutas, objetos de origem animal e artesanatos.

O local onde ficavam os animais parecia correto, estavam cercados,


separados e com avisos para não tocarem neles, a fim de não estressá-los. Por
outro lado, achei que estava um pouco quente, muito por conta da cidade em que
estamos, mas tinham trabalhadores sempre por perto, observando-os e trocando
suas águas e os alimentando.

Vimos várias espécies de animais, aparentemente bem sadios e bem


cuidados (Anexo 1).

A parte que mais gostei foi da mini fazenda, onde tinham os animais bem
pequenos e bem fofos. Nunca tinha visto animais dessas raças, que ficam
pequenos, como mini vacas, mini cabras e mini cavalos (Anexo 2).

Foi a primeira vez que participei de um como esse e achei bem agradável e
com muito conhecimento para somar na nossa vida acadêmica.
1.2. Palestra sobre a ADAF

Durante a ExpoAgro tivemos uma palestra falando sobre o exercício da ADAF


(Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas) na realização
desses eventos como a ExpoAgro, abordando também assuntos como AIE (Anemia
Infecciosa Equina) e Mormo.

A ADAF é necessária nesses eventos, pois ela monitora e mitiga os riscos de


transmissão e disseminação de doenças pelos animais aglomerados e os expostos
posteriormente.

Para ocorrer desses eventos é necessária toda uma documentação para


haver a permissão de realização. Primeiro é necessário cadastrar ou atualizar o
cadastro do estabelecimento agropecuário com aglomeração de animais (parques
de vaquejada e exposição, recintos de leilões, entre outros) junto à ADAF/AM.
Depois cadastrar ou atualizar o cadastro de entidade promotora de eventos (pessoa
física ou jurídica) junto à ADAF/AM. Por terceiro cadastrar ou atualizar o cadastro do
médico veterinário junto à ADAF/AM. A entidade promotora do evento deverá buscar
um médico veterinário autônomo que esteja apto para firmar contrato de
responsabilidade técnica (RT) com o interessado em realizar o evento. A partir daí
deve-se comparecer na ADAF, do município que pretende realizar, o promotor do
evento junto com o requerimento para realização de aglomeração animal e entrega
do regulamento técnico sanitário.

Após esses procedimentos a ADAF realiza a vistoria do local, se constatadas


necessidades de adequações, essas serão requeridas oficialmente e por escrito com
prazo para sua realização.

Sobre os animais, os donos precisam de toda regulamentação em relação a


vacinas e prevenções de doenças.

Na palestra foi dita sobre a AIE e Mormo, doenças infecciosas de equinos que
são doenças de notificação obrigatória, ou seja, qualquer pessoa que se quer
suspeite que algum equino esteja com essas doenças, deve imediatamente entrar
em contato com a ADAF. Essas doenças são importantes, pois não possuem
vacinas nem tratamento eficaz, e o Mormo ainda é uma doença zoonótica, ou seja,
pode afetar os seres humanos.

O Mormo é uma doença causada por bactéria, Burkholderia mallei, é de


caráter agudo ou crônico. Sua forma de transmissão é de via digestiva, via
respiratória, via genital e via cutânea quando há a presença de alguma lesão. Seus
sintomas (Anexo 3) são febre, corrimento nasal, emagrecimento, nódulos
subcutâneos, broncopneumonia com progressão para a morte por anóxia. Porém os
sintomas podem ocorrer mais em animais idosos, os mais jovens podem ter a
doença e serem assintomáticos.

Em humanos os sintomas (Anexo 4) são dificuldade respiratória, febre, tosse


e pústulas cutâneas. Se identificado tardiamente pode ser fatal. Pode ser confundido
com pneumonia ou tuberculose.

Quando há um caso suspeito em alguma propriedade, esses animais serão


testados por um laboratório credenciado a ADAF, e os resultados diferentes de
negativos deverão ser encaminhados para a Unidade onde os animais se
encontram, e fazer a comunicação federal (MAPA). Ocorrerá o isolamento da
propriedade, e em todos os animais testados positivos deverá ser feita a eutanásia.
Terá que colher amostras de todos os animais que tiveram em contato com os
animais testados positivos e para a propriedade ser liberada deverá ter dois exames
negativos consecutivos de cada animal, feitos entre 21 a 30 dias. Se nesse tempo
ocorrer outro positivo, volta o protocolo desde o começo.

Sobre a AIE, é uma doença infectocontagiosa de muito fácil propagação,


causada por um retrovírus e que possui seu vetor natural a “mosca de estábulo” e
“mosca do cavalo” que dá muitos prejuízos econômicos aos donos dos equinos
afetados. Ela é chamada de AIDS equina, pois é incurável e um animal contaminado
será portador permanente da doença. É transmitida por material contaminado
usados em vários animais sem ser esterilizado, pelo colostro e pela monta natural. O
vírus fica presente em toda excreção do animal.

Os sintomas (Anexo 5) podem aparecer de 15 a 60 dias após a infecção. E


são eles: Insuficiência cardíaca, mucosas hipocoradas, os animais ficam fracos e
prostrados. Em casos agudos da doença ocorre febre, fraqueza, emagrecimento
rápido e morte com 10 a 30 dias. Em casos crônicos ocorre febre mais espaçada,
em condições de estresse e baixa imunidade do animal.

Para controle e erradicação dessa doença é necessário ter o controle de


insetos, fazer exame de diagnóstico para transitar, exigir teste negativo para a
doença na hora de adquirir o animal, e evitar o compartilhamento de materiais.

Identificado algum caso de AIE haverá a interdição da propriedade. Terá uma


investigação epidemiológica de todos os animais que reagiram ao teste de
diagnóstico de AIE, incluindo histórico do trânsito. A desinterdição somente após 2
exames consecutivos com resultados negativos, com intervalo entre 30 e 60 dias da
primeira coleta dos animais que tiveram contato com outros já testados positivos.

Para a participação de equinos em eventos agropecuários é necessário o


documento oficial de trânsito animal aprovado pelo MAPA; resultado negativo para
Mormo e AIE dentro do prazo de validade, contemplando todo o período do evento e
seu próximo destino; e demais exigências sanitárias observadas a legislação
específica.
Anexos

Anexo 1
Anexo 2
Anexo 2

Anexo 3
Anexo 4
REFERÊNCIAS

ExpoAgro 2022.

Palestra de Willian Bressan Pinto sobre Eventos Agropecuários.

Palestra de Alessandra Borges sobre Doenças de Notificações Obrigatória em


Equinos.

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