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TRATAMENTO DE EFLUENTES

Profª Drª Tânia Regina de Souza


TRATAMENTO DE ÁGUA PARA FINS
INDUSTRIAIS

Profª Drª Tânia Regina de Souza


ÁGUA PARA FINS INDUSTRIAIS

✔ A qualidade da água para fins industriais depende da


utilização especial em que vai ser empregada;

✔ Muitas indústrias empregam diversas espécies de água,


cada qual servindo a uma demanda particular e sendo
tratada especialmente para satisfazer a esta exigência;

✔ Uma das aplicações mais importantes da água na indústria


é a alimentação de caldeira;

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ÁGUA PARA FINS INDUSTRIAIS

✔ Para muitos fins a água natural, sem tratamento, pode ser usada
satisfatoriamente;

✔ Na maior parte dos casos, não é possível usar a água dura sem um
tratamento prévio;

✔ Muitos outros processos precisam da água muito branda. Exemplo:


a indústria têxtil tem que ter a água abrandada para garantir um
tingimento uniforme.

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ÁGUA PARA FINS INDUSTRIAIS

ÁGUA INDUSTRIAL
✔ Refrigeração;
✔ Lavagem;
✔ Produção de vapor.

ÁGUA INDUSTRIAL PARA REFRIGERAÇÃO E LAVAGEM


Tratamento convencional da ETA, sem a desinfecção (adição de cloro)
e fluoretação.

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ÁGUA PARA FINS INDUSTRIAIS

ÁGUA INDUSTRIAL PARA USO EM CALDEIRAS


✔ Eliminação da dureza (incrustações);
✔ Eliminação do oxigênio dissolvido (corrosão);
✔ Controle do pH e da alcalinidade (corrosão);
✔ Controle do teor de cloretos e sólidos totais (incrustações).

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TRATAMENTO DE ÁGUA PARA
CALDEIRAS

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ÁGUA UTILIZADA EM CALDEIRAS

✔ Dureza, representada basicamente pelos íons cálcio e magnésio (Ca2+)


e Mg2+), principalmente os sulfatos (SO42-), carbonatos (CO32-) e
bicarbonatos (HCO3-);
✔ Sílica solúvel (SiO2) e silicatos (SiO32-) associados a vários cátions;
✔ Óxidos metálicos (principalmente de ferro), originados de processos
corrosivos;
✔ Diversas outras substâncias inorgânicas dissolvidas;
✔ Material orgânico, óleos, graxas, açúcares, material de processo,
contaminantes de condensados, etc;
✔ Gases, como oxigênio, gás carbônico, amônia, óxidos de nitrogênio e
enxofre;
✔ Materiais em suspensão, como areia, argila, lodo, etc.
TRATAMENTO DE ÁGUA PARA
CALDEIRAS

Principais parâmetros que devem ser monitorados


✔ Dureza;
✔ pH;
✔ Oxigênio dissolvido;
✔ Sólidos totais dissolvidos;
✔ Teor de cloretos;
✔ Condutividade elétrica.

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TRATAMENTO DE ÁGUA PARA
CALDEIRAS

Clarificação: O processo consiste na previa floculação,


decantação e filtração da água com vistas a reduzir a presença
de sólidos em suspensão.

Abrandamento: Consiste na remoção total ou parcial dos sais


de cálcio e magnésio presentes na água, ou seja, consiste na
redução de sua dureza.

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TRATAMENTO DE ÁGUA PARA
CALDEIRAS

Desgazeificação: A água é aquecida e desta forma são eliminados


os gases dissolvidos. Pode ser utilizado vapor direto para o
aquecimento da água.

Remoção de sílica: A sílica produz uma incrustação muito dura e


muito perigosa. Os métodos mais usados para essa finalidade
são a troca iônica e o tratamento com óxido de magnésio
calcinado.

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TROCA IÔNICA - RESINAS

RESINAS:
✔ São materiais sólidos;
✔ Porosos;
✔ Insolúveis;
✔ Forma de pérolas ou
bastonetes;

São constituídas por um esqueleto ou matriz orgânica ou


inorgânica em que se encontram fixos grupos carregados
(positivos ou negativos) e para manter a neutralidade devem
conter íons móveis ou deslocáveis, de carga oposta
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TROCA IÔNICA - RESINAS

Vantagens:
• Grande eficiência para remoção dos íons responsáveis pela dureza;
• As resinas podem ser regeneradas;
• Não há formação de lodo no processo.
Desvantagens:
• Requer um pré-tratamento da água;
• Ocorre saturação da resina, exigindo a sua
regeneração;
• Requer o tratamento do efluente da regeneração.

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TROCA IÔNICA - RESINAS

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TROCA IÔNICA - RESINAS

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TROCA IÔNICA - RESINAS

Troca Catiônica Sódica


✔ É o processo mais usado no abrandamento da água;
✔ Íons Ca+2 e Mg+2 são removidos da água dura mediante a troca por
íons Na+;
✔ Quando a resina está quase toda transformada em compostos de
Ca+2 e Mg+2 ela é regenerada;
✔ Restaura-se a resina sódica com uma solução de NaCl de pH 6 a 8;
✔ A dureza da água proveniente da troca iônica é, usualmente, zero;
✔ Em casos de água muito dura, é conveniente tratar a água
inicialmente com cal e depois por troca catiônica.

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TROCA IÔNICA - RESINAS

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TROCA IÔNICA - RESINAS

Troca Aniônica:

R4N representa o radical aniônico trocador:


H2SO4 + 2 R4NOH (R4N)2SO4 + 2 H2O

A regeneração:
(R4N)2SO4 + 2 NaOH 2 R4NOH + Na2SO4

As resinas aniônicas fortemente básicas são regeneradas por soda


cáustica e as resinas aniônicas fracamente básicas com soda cáustica,
ou barrilha, ou hidróxido de amônio.

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TROCA IÔNICA - RESINAS

Limitações dos Abrandadores

1- Ferro:
O ferro no estado ferroso (dissolvido) pode ser
removido da água por resina de troca iônica, porém
este processo em geral é irreversível. O ferro
penetra no núcleo da resina que não pode ser
regenerada. Porém existem resinas de núcleo
fechado que são capazes de adsorver e expulsar o
ferro na regeneração com salmoura.

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TROCA IÔNICA - RESINAS

2- Manganês:
O manganês pode aderir às partículas de resina e
causar os mesmos problemas que o ferro. Assim
como no outro caso o emprego de resinas de
núcleo fechado permite o abrandamento mesmo
com a presença de ferro e manganês sem prejuízo
à resina no momento de regeneração.

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TROCA IÔNICA - RESINAS

3- Cloro:
O cloro degrada a estrutura da partícula de resina,
dissolvendo e inchando essa estrutura. Ocorre então o
desgaste da resina quando ela é lavada. Deverá ser
instalado um filtro de carvão para remover o cloro antes
do abrandador.

4- Turbidez:
As partículas da turbidez que são suficientemente
grandes para ficarem retidas na superfície do topo do
leito poderão ser removidas pela retrolavagem. No
entanto, o abrandador começará a encher com resíduos
o que resultará num aumento substancial da perda de
pressão.

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TROCA IÔNICA - RESINAS

Substância
Tipo de Íons Evitar a
Íons Retidos utilizada na
Resina liberados presença
retrolavagem
Ferro;
Catiônica Ca+2 e Mg+2 Na+ NaCl Manganês e
turbidez
Cloro e
Aniônica SO4-2; CO3-2 e HCO3- OH- NaOH, barrilha
turbidez

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TROCA IÔNICA - RESINAS

Dimensionamento de Abrandadores
O dimensionamento segue a equação:

Vresina (L) = Q(m3/h). D(mg/L). t(h)


60

Em que:
Q = vazão volumétrica (m3/h)
D = concentração de dureza (mg/l ou ppm)
t = tempo de operação, sem considerar período de retrolavagem (horas)

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TROCA IÔNICA - RESINAS

Parâmetros da água bruta de alimentação do Abrandador:


✔ Vazão: 14.400 L/h
✔ Concentração de dureza: 200 ppm
✔ Utilização 2 turnos de 8 horas/dia

Utilizando a fórmula:
Vresina (L) = Q(m3/h). D(mg/L). t(h) = 14,4 . 200 . 16 = 768 L
60 60

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TROCA IÔNICA - RESINAS

O que nunca esquecer?


✔ Antes de leitos de resina devo instalar sempre um filtro
com carvão ativado, caso a água seja clorada (devido à
incompatibilidade entre as resinas e o cloro);

✔ Antes dos leitos de resina devo instalar um filtro de areia


ou celulose para redução de particulado, prejudicial a
resina;

✔ Devo retirar o Ferro ou Manganês antes dos leitos ou


então aplicar resinas que possam ser regeneradas mesmo
com adsorção deste elementos, prevendo sempre
tamanhos de leito adequados.

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO POR
MEMBRANAS
PROCESSOS DE SEPARAÇÃO POR MEMBRANAS

✔ As membranas sintéticas surgiram no início da década de


1970, como uma tentativa de se assemelhar as membranas
naturais (características de seletividade e permeabilidade);
✔ Uma membrana pode ser definida como um filme fino
sólido que separa duas soluções e atua com barreira
seletiva para o transporte de componentes destas soluções,
quando aplicada algum tipo de força externa.

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO POR MEMBRANAS

✔ As forças externas que impulsionam a filtração em membranas


utilizadas em saneamento básico são pressão, sucção ou potencial
elétrico;
✔ O processo de filtração resultará em duas fases: permeado (todo
componente que conseguiu atravessar a membrana) e o
concentrado é uma corrente líquida que não conseguiu atravessar a
membrana (ficou retido na membrana e contém os compostos
rejeitados).

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO POR MEMBRANAS

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO POR MEMBRANAS

✔ Pode separar solutos que se encontram dissolvidos em


solventes;
✔ A membrana atua como uma barreira seletiva: permite a
passagem de determinados componentes enquanto impede a
passagem de outros;

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO POR MEMBRANAS

Atualmente, três fatores básicos conduzem à necessidade


de utilizar os processos de separação por membranas:
✔ Restrições legais;
✔ Aumento da demanda de água e redução da oferta;
✔ Pressões de mercado.

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO POR MEMBRANAS

Vantagens dos Processos com Membranas


✔ Tecnologia limpa;
✔ Processos contínuos;
✔ Baixo consumo de energia;
✔ Fácil scale-up;
✔ Fácil ajuste das características das membranas ou módulos às
necessidades do processo.

Limitações
✔ Redução progressiva de fluxo de permeação;
✔ Seletividade reduzida.

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PROBLEMAS OPERACIONAIS EM
PROCESSOS DE MEMBRANAS

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO POR MEMBRANAS
PROCESSOS DE SEPARAÇÃO POR MEMBRANAS

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO POR MEMBRANAS
MICROFILTRAÇÃO

✔ A microfiltração (MF) é o processo de separação com membranas


mais próximo da filtração clássica;
✔ Utiliza membranas porosas com poros entre 0,1 e 5 μm (100 e
5.000 nm);
✔ Indicada para a retenção de bactérias, protozoários, maioria dos
vírus e materiais em suspensão e emulsão;
✔ As pressões empregadas como força motriz para o transporte são
pequenas, dificilmente ultrapassando 2 bar;
✔ O solvente e todo o material solúvel permeia a membrana e
apenas o material em suspensão é retido.
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MICROFILTRAÇÃO

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ULTRAFILTRAÇÃO

✔ Ultrafiltração é também conhecida como filtração molecular;


✔ É utilizada para segregar substâncias de acordo com o peso e
tamanho molecular;
✔ É um processo utilizado quando se deseja purificar e fracionar
soluções contendo macromoléculas;
✔ As membranas apresentam poros entre 0,001 e 0,1 μm (1 e 100 nm);
✔ Como os poros das membranas de UF são menores, uma força motriz
maior é necessária para obter fluxos de permeados elevados o
suficiente para que o processo possa ser utilizado industrialmente.
Por este motivo as diferenças de pressão através da membrana
variam na faixa de 1 a 10 bar.

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NANOFILTRAÇÃO

✔ A nanofiltração é capaz de separar soluções heterogêneas e


solutos que se encontram dissolvidos na água;
✔ A membrana atua como uma barreira seletiva, ou seja,
permite apenas a passagem de determinados componentes,
enquanto impede a passagem de outros;
✔ As membranas apresentam poros menores que 0,001 (1 nm);
✔ Requer pressão de trabalho entre 5 a 35 bar.

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NANOFILTRAÇÃO

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OSMOSE

O que é osmose?
Tendência natural dos líquidos (p.ex., água) a se deslocarem do
lado menos concentrado (em soluto) para o lado mais
concentrado (em soluto), até o alcance de um equilíbrio, chamado
equilíbrio osmótico.

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OSMOSE
Pressão
Osmótica

Membrana
h
Semipermeável

Solução 2 Solução 1

Solução de Sais Solução de Sais


Mais Concentrada Menos
( Agua do Mar ) Concentrada
( Agua Potável )
Fluxo de Água
OSMOSE REVERSA

O que é osmose reversa?


Deslocamento dos líquidos (p.ex., água) do lado mais
concentrado (em soluto) para o lado menos concentrado (em
soluto) através de uma membrana semipermeável, com a
aplicação de uma pressão.

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Pressão
OSMOSE
REVERSA

Solução 2 Solução 1

Solução de Sais Solução de Sais


Mais Concentrada Menos
( Agua do Mar ) Concentrada
( Agua Potable )
Fluxo de Água
OSMOSE REVERSA

✔ A osmose normal pode ser observada nas plantas;


✔ A água é absorvida pelas plantas para diluir a alta concentração de
sais dentro de suas células. Este é o motivo pelo qual a água é
absorvida do solo quando as plantas são regadas;
✔ Se o solo em volta da planta fosse regado com água salgada, as
plantas murchariam devido a concentração de sal no meio externo
ser maior que dentro dela, fazendo com que a água se movesse de
dentro para fora de suas células;
✔ As membranas apresentam poros muito menores que 0,001 (1 nm);
✔ Requer pressão de trabalho entre 15 a 150 bar.

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OSMOSE REVERSA

✔ É um processo de separação com membranas usado quando se


deseja reter solutos de baixa massa molar, tais como sais
inorgânicos ou pequenas moléculas orgânicas como glicose;
✔ A osmose reversa têm sido amplamente utilizada para o
tratamento da água, na produção de água de composição
ultrapura, para uso em laboratórios ou caldeiras, no processo de
dessalinização de água do mar e de água salobra para produzir
água potável.

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OSMOSE REVERSA

Vantagens
✔ Baixo Custo de Operação;
✔ Baixo Custo de Manutenção;
✔ Alta Eficiência.
Desvantagens
✔ Alto Custo inicial.

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OSMOSE REVERSA

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OSMOSE REVERSA

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OSMOSE REVERSA

MEMBRANAS

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DESSANILIZAÇÃO

Dessalinização: Termo usado para designar qualquer processo de


desmineralização parcial ou completa de águas muito salinas, como a água do
mar ou salobras.
Desmineralização Parcial: É a redução do teor de sal a um grau que torne a
água conveniente para ser bebida (500 ppm ou menos de sais).
Desmineralização Completa: É a completa remoção de sal da água para
aplicação em caldeiras de alta pressão.

A técnica da troca iônica não é aplicável para a dessalinização de águas muito


salgadas.

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DESSANILIZAÇÃO

✔ A dessalinização da água salgada ou salobra, do mar, dos açudes e


dos poços, se apresenta como uma das soluções para a humanidade
vencer a escassez;
✔ Atualmente muitos países estão se abastecendo totalmente de
água doce extraída da água salgada do mar, que embora ainda a
custos elevados, se apresenta como a única alternativa;
✔ O uso das fontes alternativas de energia, como a eólica e a solar,
apresentam-se como uma solução para viabilizar a dessalinização
em áreas tropicais, visando o consumo humano, animal e a
micro-irrigação.

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DESSANILIZAÇÃO NO BRASIL

✔ O Nordeste é caracterizado por condições semi-áridas, com baixa


precipitação pluviométrica e por um solo predominantemente
cristalino, que favorece a salinização dos lençóis freáticos;
✔ Até agora as iniciativas se restringiram a soluções paliativas, como
a construção de açudes e a utilização de carros pipa;
✔ A dessalinização de água através de osmose reversa apresenta-se
como uma ótima alternativa, uma vez que possui um menor custo
quando comparado com outros sistemas de dessalinização.

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DESSANILIZAÇÃO NO BRASIL

✔ Além de retirar o sal da água a osmose reversa permite ainda


eliminar vírus, bactérias e fungos, melhorando assim a qualidade de
vida da população;
✔ Em 1987 a PETROBRÁS iniciou o seu programa de dessalinização de
água do mar para atender às suas plataformas marítimas, usando o
processo da osmose reversa, tendo esse processo sido usado
pioneiramente, na Bahia.

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO POR MEMBRANAS

Separação por
Constituinte a ser removido Sistema convencional
membranas
Turbidez, sólidos suspenso e Coagulação, floculação,
Microfiltração
contaminantes microbiológicos filtração e desinfecção
Cor, odor e compostos Carvão ativado, cloração e
Ultrafiltração
orgânicos filtração e aeração
Abrandamento com cal, troca
Dureza, sulfatos, ferro e metais
iônica, oxidação e filtração e Nanofiltração
pesados
coagulação floculação

Sais dissolvidos Evaporação e troca iônica Osmose reversa

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO POR MEMBRANAS

Valores típicos do fluxo de água através das


membranas são:
✔ Ultrafiltração 25 a 50 L/h.m2;
✔ Microfiltração 50 a 70 L/h.m2.
✔ Nanofiltração 20 a 30 L/h.m2;
✔ Osmose reversa 15 a 25 L/h.m2

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PROCESSOS DE SEPARAÇÃO POR MEMBRANAS

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TIPOS DE MEMBRANAS

Tipos de membranas
As membranas comumente utilizadas no tratamento de água
e efluentes podem ser:
✔ Planas (vertical ou espiral);
✔ Cilíndricas (fibra oca, capilar ou tubular);
Membranas tubulares, em função do diâmetro, são
classificadas em:
✔ Fibra oca (φ < 0,5 mm)
✔ Capilar (0,5 < φ < 5 mm)
✔ Tubular (φ > 5 mm).

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TIPOS DE MEMBRANAS

✔ As fibras são fixadas nas duas extremidades de um tubo por


meio de uma resina que também serve para a vedação e
separação dos compartimentos de água bruta e permeado;
✔ Módulos de fibra oca são geralmente mais baratos de fabricar
e podem tolerar vigorosas retrolavagens;
✔ Para membranas tubulares e do tipo placas verticais, a
dinâmica e distribuição do fluido podem ser provavelmente
mais fáceis de serem controlados devido à largura do canal da
membrana ser mais bem definida.

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FABRICAÇÃO DE MEMBRANAS

Materiais das membranas


✔ As membranas podem ser orgânicas ou inorgânicas;
✔ Membranas poliméricas são mais amplamente
utilizadas;
✔ Membranas cerâmicas são restritas aos processos de
microfiltração e ultrafiltração.

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MATERIAIS UTILIZADOS NA FABRICAÇÃO DE
MEMBRANAS

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MEMBRANAS POLIMÉRICAS

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MEMBRANAS CERÂMICAS

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MEMBRANAS ORGÂNICAS x MEMBRANAS
INORGÂNICAS

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ESCOLHA DA MEMBRANA

O fluxo de água através da membrana é determinado. Em seguida,


determina-se a queda do fluxo com o tempo e o coeficiente de rejeição
da membrana, quando circula uma solução através da mesma. O fluxo
do permeado (J) pode ser calculado a partir da equação:

onde, A é a área da membrana e dVp/dt é a vazão de permeado.

Determina-se os fluxos de água (Ja), fluxo de suspensão final (Jsf), e


fluxo de água após limpeza (Jal).

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ESCOLHA DA MEMBRANA

Agora é possível calcular o declínio do fluxo total (DFt), o declínio


reversível (DFr) e o declínio irreversível (DFi), com o uso das equações:

Faz o gráfico do DFt, do DFr e do DFi variando com o tempo e


analisa qual a melhor membrana. Será melhor qual apresentar a
menor variação dos declínios.
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ESCOLHA DA MEMBRANA

Também é possível calcular a taxa de rejeição da membrana, a partir


das medidas de turbidez na alimentação (Cf) e da turbidez no
permeado (Cp).

Quanto menor a taxa de rejeição, melhor a membrana será para a


aplicação estudada.

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TIPOS DE FILTRAÇÃO

Filtração frontal
✔ O permeado passa através da membrana e o soluto ou os materiais
em suspensão são retidos, acumulando-se na superfície da
membrana;
✔ Trata-se de um modo de operação fundamentalmente transiente,
uma vez que a concentração do soluto próximo à membrana
aumenta com o tempo;
✔ No caso da MF, por exemplo, de maneira análoga ao que ocorre na
filtração clássica, este acúmulo pode se traduzir na formação de
depósito ou de uma torta de filtração.

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TIPOS DE FILTRAÇÃO

Filtração tangencial
✔ A solução ou suspensão, escoa paralelamente à superfície da
membrana, à medida que o permeado é transportado
transversalmente a mesma;
✔ O escoamento paralelo à membrana limita o acúmulo do material
retido sobre a mesma;
✔ Em outras palavras, o fluxo de permeado pode permanecer constante
com o tempo, mas em um valor menor do que o obtido com o
solvente puro, na mesma pressão de operação, uma vez que o
aumento da concentração das espécies retidas próximo à superfície
da membrana provoca uma resistência adicional à transferência de
massa do solvente.
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TIPOS DE FILTRAÇÃO
DESAFIOS – Aplicação de membranas

No Brasil:
✔ Demonstrar o potencial da tecnologia de separação por
membranas para tratamento de água e efluentes;
✔ Desenvolver uma base de conhecimento específica para a
aplicação da tecnologia, considerando-se as condições do país;
✔ Ampliar as pesquisas sobre a fabricação de membranas
nacionais, com foco nos problemas de desempenho observados.

No mundo:
✔ Desenvolvimento de membranas com menor potencial de
ocorrência de depósitos.

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EXERCÍCIOS

Comente a seguinte afirmação:

Água: se souber usar, não vai faltar.

O que você está fazendo por nosso planeta?

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