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COMPLETAÇÃO DE

POÇOS DE PETRÓLEO
CENTRO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA PARA
A INDÚSTRIA NAVAL E DE PETRÓLEO OFFSHORE
CURSO EAD
MÓDULO 8 – GARANTIA DE
ESCOAMENTO EM POÇOS
Marcus Vinicius D. Ferreira, DSc
Engenheiro de Petróleo
mvdferreira@gmail.com
GARANTIA DE ESCOAMENTO
FORMAÇÃO DE HIDRATOS
Cenário de Produção
Limites Operacionais
Formação de Hidratos

o Requisitos:

- Alta Pressão
- Baixa Temperatura
- Água
- Gás

o Hidratos de gás natural são


compostos cristalinos formados
por água e gás natural e
assemelham-se com o gelo.
o São compostos de moléculas de
água enclausurando moléculas
hóspedes de gás.
Hidrato – Gelo que Queima
Formação de hidratos
Fatores Relacionados a Formação de Hidrato

o Contato gás-água (baixa T – alta P)

o Óleo / condensado dificulta bloqueio da linha

o Emulsão água-óleo dificulta bloqueio

o Álcool e outros inibidores impedem formação


Hidrato

o Controle :

- Inibidor termodinâmico (Sais, álcoois, glicóis)

- Inibidor cinético (Aditivos emulsificantes)

- Isolamento térmico

- Aquecimento elétrico

- Desidratação
Hidrato

o Remediação: Dissociação de hidrato

o Despressurização
o Monolateral
o Bilateral
o Aquecimento
o Intervenção Mecânica
o Injeção de Inibidores
Inibidores de formação hidratos

o Termodinâmicos: álcoois (etanol ou metanol), glicóis


(monoetilenoglicol, trietilenoglicol, etc) e sais (NaCl, CaCl, etc) atuam
deslocando a curva de equilíbrio de formação de hidratos.
o Baixa dosagem: não modificam o envelope de hidratos
o Cinéticos (constituídos, basicamente, por polímeros)
o Dispersantes (surfactantes ou viscosificantes)
Tecnologias Preventivas – linhas isoladas
GARANTIA DE ESCOAMENTO
INCRUSTAÇÕES ORGÂNICAS POR PARAFINAS
Parafinas - Definição

São uma mistura de vários componentes de alto peso molecular


(C20+), solúveis no petróleo (quanto maior o tamanho da cadeia,
menor a solubilidade) que precipitam principalmente devido ao
abaixamento de temperatura.
Parafinas – Formas
Parafinas: Formação e deposição

o Óleo: mistura de diversos componentes, cada um com propriedades


termodinâmicas distintas
o Parafinas: cristalizam-se sob efeito do resfriamento (e da
descompressão). A sequência de formação e deposição é:

1. Solidificação
2. Aglomeração de cristais
3. Migração para as paredes do tubo
4. Deposição nas paredes do tubo
5. Depósito cada vez mais espesso
Solidificação: Na prática, nas condições típicas de produção é uma
função tão forte da temperatura e que se define a TIAC como a
temperatura baixo da qual se inicia a solidificação, para quaisquer das
pressões que ocorrem nestas situações de interesse.
TIAC: Temperatura de Início de Aparecimento dos Cristais
Parafinas: Estratégia de Prevenção e Previsão
Prevenção: Isolamento térmico

Linha de produção flexível Linha de produção flexível


comum isolada
Remoção: Raspadores
Passagem de pig em sistema submarino

Linha de
Linha de
Serviço
Produção
(Gas-Lift)
Parafinas: Remoção de Bloqueios

SGN
Sistema Gerador de
Nitrogênio

o Reação Exotérmica

NH4Cl + NaNO2 → N2 +NaCl + 2 H2O + Calor


SGN – remoção de bloqueios totais
GARANTIA DE ESCOAMENTO
INCRUSTAÇÕES ORGÂNICAS POR ASFALTENOS
Asfaltenos
Depósitos
coletados na
bacia de Santos

Rio de janeiro 10 Março 2012


Asfaltenos

Em alguns petróleos ocorre precipitação espontânea da fração


asfaltênica durante a produção

Precipitação geralmente ocorre em petróleos leves


com teores muito baixos de asfaltenos

Força motriz para


precipitação dos
asfaltenos
Despressurização do Mudança na
óleo na coluna de Composição do
produção óleo
Inibição Química de Asfaltenos

o Produtos atuam como dispersantes


o Injeção no fundo do poço, abaixo da
pressão de bolha
o Seleção do inibidor
o Monitoramento da eficiência de
inibidores em testes de campo
Inibidor de asfaltenos

Avanço da Floculação de
Asfaltenos
CRL 3 10% em n-heptano
Teste de campo – Inibidor A

Inibidor eficiente
a partir de 100 ppm
Teste de floculação de asfaltenos no campo

CRL-03 CRL-04 CRL-05


Sem 100 ppm de Sem
Inibidor inibidor inibidor

10 % de óleo
em heptano

Inibidor eficiente em CRL-04


GARANTIA DE ESCOAMENTO
INCRUSTAÇÃO SALINA
Porque estudar incrustação?
Tipos de Incrustações Salinas

No Brasil as principais ocorrências de incrustações são:


o Sulfato de bário (BaSO4)
o Sulfato de estrôncio (SrSO4)
o Carbonato de cálcio (CaCO3)
o Sulfato de cálcio (CaSO4)
Solubilidade Solubilidade
Dissolução
Nome Fórmula em água fria em água
por ácidos
(mg/L) quente (mg/L)
Sulfato de Bário
BaSO4 2,22 3,36 Fraca
(barita)

Carbonato de Cálcio
CaCO3 14 18 Boa
(calcita, aragonita)

Sulfato de Cálcio
CaSO4 2.090 6.190 Boa
(anidrita)

Sulfato de Estrôncio
SrSO4 113 140 Fraca
(celestita)
Mecanismo de Formação de Incrustação

ÁGUA MINERAIS DISSOLVIDOS

DISSOLUÇÃO
SÓLIDOS EM SOLUBILIZAÇÃO
SUSPENSÃO

SUPERSATURAÇÃO

NUCLEAÇÃO
PRECIPITAÇÃO

DEPOSIÇÃO E CRESCIMENTO DOS


ENDURECIMENTO DOS
CRISTAIS
SÓLIDOS

INCRUSTAÇÃO
Como ocorrem as incrustações?

Ba2+ + SO42 BaSO4


(Kps= 3,1 mg/L à 20ºC)

Sr2+ + SO42- SrSO4


(Kps = 135 mg/L à 25ºC)

Ca 2+ + SO42- CaSO4
(Kps = 2.050 mg/L à 25ºC)

Ba2+, Sr2+, Ca2+


Como ocorrem as incrustações?

CaCO3 + H2CO3 Ca2+ + 2HCO3-

Solubilidade CaCO3 :

6,6 mg/L @ 20oC


Locais de Aplicação
Locais de Aplicação - Subsea

MANIFOLD ANM
Locais de Aplicação - Poço

Mandril de Gas Lift


(MGL)

Bomba Centrífuga
Submersa (BCS)

Mandril de Injeção
Química (MIQ)
Tratamento da Água Injetada

o Previne incrustações de BaSO4, SrSO4 e CaSO4 reduzindo a


concentração de sulfato de 2900 mg/L da água do mar, para
aproximadamente, 100 mg/L na água de injeção
Unidade Removedora de Sulfato - URS
Método Alternativo de Mitigação de Incrustação Salina

Redução de massa
incrustada

o Precipitação / nucleação de cristais


o Crescimento de cristais e aglomeração de
Tratamento magnético ou cristais
eletromagnético o Adesão de cristais à superfície do tubo

Figura a: Calcita Figura b: Vaterita


DLC – Diamond-Like Carbon Coating

o Redução significativa de adesão


o Revestimento superhidrofóbico
o Baixo fator de atrito
o Espessura – 0,2 nm
o Elevada dureza – redução de desgaste por erosão
Dúvidas?

Obrigado.

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