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Nº 4, Outubro de 2018

Documento Científico
Departamento Científico
de Medicina do Sono

Síndrome da
Morte Súbita do Lactente
Departamento Científico de Medicina do Sono
Presidente: Lucila Bizari Fernandes do Prado
Secretária: Regina Terse Trindade Ramos
Conselho Científico: Beatriz Neuhaus Barbisan, Cristiane Fumo dos Santos, Gustavo Antonio Moreira,
Lislie Capoulade N. Arrais de Souza, Simone Chaves Fagondes

de recomendações de “sono seguro” para be-


Introducão
bês, como colocar crianças em decúbito dorsal,
evitar a exposição ao fumo, evitar a partilha de
A síndrome de morte súbita do lactente cama com os pais e uso de roupas macias (in-
(SMSL) e outras mortes infantis relacionadas cluindo cobertores, almofadas e amortecedo-
ao sono, tais como asfixia acidental e estran- res) no berço3. Em um esforço para mudança de
gulamento no leito e mortes mal definidas, são práticas relacionadas ao sono infantil de pais e
coletivamente conhecidas como morte súbita profissionais, várias intervenções foram imple-
e inesperada e são responsáveis por mais de mentadas. Esses esforços têm-se direcionado
4.000 mortes anualmente nos Estados Unidos a múltiplos níveis, desde os cuidadores de be-
da América (EUA)1. Embora a campanha de cons- bês a legislações estaduais e podem ser vistos
cientização “Back to Sleep”, que foi iniciada em no contexto de modelos e teorias de mudança
1994 pela Academia Americana de Pediatria de comportamento na saúde. O objetivo desta
e, posteriormente, substituída pela campanha revisão é discutir aspectos relacionados à SMSL,
“Safe to Sleep”, liderada pelo National Institu- fatores de risco associados, assim como discutir
te of Child Health and Human Development/Na- comportamentos dos cuidadores para criação de
tional Institutes of Health, seja creditada com um ambiente seguro de sono infantil.
taxas decrescentes de sono infantil na posição
prona, que determinou reduções nas taxas de
mortalidade de SMSL/Morte Súbita Inesperada
Definição
na Infância, essas diminuições estabilizaram-se
na última década2. Alguns cuidadores, incluindo
pais, parentes, prestadores de cuidados infan- A SMSL não é uma doença nova, havendo
tis e profissionais de saúde, resistem à adoção citações da mesma em escrituras e na própria

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Síndrome da Morte Súbita do Lactente

Bíblia. Há relatos de que nos séculos VII e VIII


Epidemiologia
A.C. os Assírios usavam a cabeça de bronze do
Pazuzu para proteção dos seus recém-nascidos e
gestantes dos ataques da Lamashtu, responsável A SMSL e lesões não intencionais (incluindo
pelos abortos espontâneos, natimortos e morte sufocação), com 53,9 óbitos por 100.000 nas-
do berço. Acredita-se que o registro do primeiro cidos vivos e 27,5 óbitos por 100.000 nascidos
caso de SMSL encontra-se na Bíblia: “…e o bebê vivos, respectivamente, representam a terceira
desta mulher morreu durante a noite, pois ela o e quinta causas de mortalidade infantil nos EUA,
sufocou com seu corpo...” (Reis 3: 19,22)4. respectivamente. Embora a incidência de SMSL
tenha diminuído desde 2000, as taxas de outras
A SMSL foi originalmente definida em 19695 mortes infantis relacionadas ao sono (como sufo-
e referia-se à morte súbita em lactentes sem cação acidental e asfixia) aumentaram. Sugere-se
uma causa identificada. Esses bebês tinham que estas alterações observadas podem ser atri-
idade semelhante no momento da morte e, co- buídas em parte, a mudanças na categorização
mumente, uma forte associação com o sono. No- diagnóstica11.
mear SMSL em vez de chamá-la de “causa des-
conhecida” facilitou o maior enfoque no apoio Existe uma disparidade marcada na incidên-
dos pais e na realização de pesquisas. Estudos cia de SMSL entre raças e etnias. O risco é duas
posteriores identificaram que o sono na posição vezes mais alto em nativos americanos, nati-
prona é um fator de risco significativo para mor- vos do Alasca e bebês negros comparados com
tes classificadas como SMSL6 . Em 1991, o Natio- aqueles brancos não-hispânicos. Os asiáticos,
nal Institute of Child Health and Human Develo- procedentes das Ilhas do Pacífico e hispânicos
pment ampliou a definição de SMSL com ênfase têm taxa mais baixa nos EUA. Essas diferenças
na investigação do cenário em que ocorria7. estão correlacionadas com práticas culturais
diferentes no posicionamentoe localização do
Para que não haja confusão quanto à termi- sono infantil9. Os bebês nascidos de mães afro-
nologia empregada, Morte Súbita Infantil Ines- -americanas morrem de SMSL numa taxa de
perada é usada para descrever qualquer morte 0,73/1000 nascidos vivos, quase o dobro da taxa
súbita e inesperada, seja explicada ou não (in- em bebês brancos, não hispânicos (0,40/1000
cluindo SMSL), que ocorra durante o primeiro nascidos vivos) e mais de três vezes a taxa em
ano de vida. Após investigação dos casos, esta hispânicos e asiáticos (0,22/1000 nascidos vivos
morte pode ser atribuída à asfixia, infecção, e 0,14/1000 nascidos vivos, respectivamente)12.
aprisionamento, ingestão de tóxicos, doenças No Brasil não existem estatísticas oficiais sobre
metabólicas, arritmias ou trauma (acidental ou a incidência de SMSL. Coorte de recém-nascidos
não acidental)8. A definição mais amplamente acompanhados em Pelotas (RS), com o objetivo
aceita de SMSL é a morte súbita e inesperada de de determinar causas de mortalidade durante o
uma criança com menos de um ano de idade, du- primeiro ano de vida, estimou que em 4% dos
rante o sono, que não pode ser explicada após a casos a SMSL era a provável causa do óbito13.
avaliação pós-morte incluindo autópsia, história Nunes e colaboradores, avaliaram 335 óbitos
clínica e social completa e avaliação da cena de ocorridos em lactentes, em domicílio, entre os
morte, com pico de incidência ocorrendo entre anos de 1997 e 1998, em Porto Alegre (RS) e ob-
dois e quatro meses9. O termo SMSL não deve servaram uma prevalência estimada de SMSL em
ser utilizado como diagnóstico na emergência 6,3% do total de óbitos, sendo que o coeficiente
pediátrica. É mais coerente utilizar-se de “Mor- de mortalidade específico por essa causa foi de
te Súbita Infantil Inesperada” se não houver 4,5 óbitos em 10.000 nascidos vivos4. Woida e
evidência de lesão externa e se não houver in- colaboradores, por sua vez, avaliaram, retrospec-
formações sobre o ambiente para sugerir outra tivamente, dados relativos aos nascidos vivos e
causa de morte10. óbitos em Ribeirão Preto (SP), além das necróp-

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sias de menores de um ano de idade, entre os nervoso central, alterações cardíacas, disfunção
anos 2000 e 2005; a taxa de mortalidade devida no sistema imune, vias metabólicas e respostas
à SMSL encontrada foi 0,13/1000 nascidos vivos. à nicotina8. Dentre as várias hipóteses levanta-
A maioria das mortes ocorreram durante o pri- das na literatura, seguem-se a seguir algumas
meiro mês de vida, com 71,4% até o quarto mês discussões a respeito:
e 85,7% até os seis meses14.
Hipótese do Intervalo QT
Cerca de dois terços das mortes por SMSL
ocorrem em crianças de dois a quatro meses de Embora tanto o prolongamento do intervalo
idade. Noventa por cento das mortes ocorrem QT (Síndrome do QT longo) e o encurtamento do
em crianças menores de 6 meses de idade e intervalo QT (Síndrome do QT curto) estejam as-
95% das mortes ocorrem em crianças menores sociados a risco aumentado de arritmia cardíaca
de 8 meses; poucos óbitos ocorrem em crianças e morte súbita, é o prolongamento do intervalo
com menos de 1 mês ou mais de 8 meses de ida- QT que mais recebeu atenção na SMSL. Clinica-
de. Dados demográficos relacionados ao sexo mente, estas disritmias podem apresentar-se
demonstram que aproximadamente 60-70% das como síncope, convulsões ou morte cardíaca sú-
mortes ocorrem em meninos. Apesar de outras bita. De acordo com estimativas conservadoras,
mudanças notáveis na epidemiologia da SMSL, 30-35% das crianças que morrem posteriormen-
a relação homem-mulher permaneceu relativa- te de SMSL têm prolongamento do intervalo QT
mente inalterada na maioria dos estudos popu- na primeira semana de vida. Embora outros fato-
lacionais8,15. res de risco tradicionais de SMSL (por exemplo,
posição de dormir propensa, tabagismo materno
e partilha de cama) tenham odds ratios marcada-
mente inferiores aos observados com o prolon-
Fisiopatogenia gamento do intervalo QT, a Academia Americana
de Pediatria considera improvável que esta irre-
Embora múltiplas hipóteses tenham sido gularidade na condução elétrica explique mais
propostas como mecanismos fisiopatológicos do que uma pequena minoria dos casos de SMSL.
responsáveis pela SMSL, nenhum deles foi com- Estudos futuros ajudarão a determinar se a in-
provado. O modelo de risco triplo, proposto por vestigação direcionada ou baseada na popula-
Filiano e Kinney, sugere que SMSL representa ção para o prolongamento do intervalo QT entre
uma interseção de fatores, a saber: a) uma crian- recém-nascidos é a melhor estratégia baseada
ça vulnerável que possui anormalidades intrín- em evidências18.
secas no controle cardiorrespiratório; b) um
Hipótese da hipóxia e apneia
período crítico no desenvolvimento de mecanis-
mos de controle homeostático; e estressores ex- Vários achados anatômicos e fisiológicos
trínsecos exógenos (fatores desencadeantes)16. apoiam o papel da apneia na SMSL. A apneia
A morte ocorre quando os bebês vulneráveis poderá manifestar-se como apneia central, obs-
estão sujeitos a estressores, em momentos nos trutiva ou mista e é provável que ela ocorra em
quais os mecanismos normais de defesa, em decorrência do desenvolvimento incompleto do
desenvolvimento, podem estar deficientes es- SNC. Embora nenhuma associação estatística te-
truturalmente ou funcionalmente. Dados epi- nha sido estabelecida entre episódios de apneia
demiológicos sugerem que fatores genéticos e SMSL, o mecanismo potencial para que o siste-
desempenham um papel, e muitos estudos têm ma nervoso central imaturo interrompa seu ciclo
tentado identificar genes associados a SMSL17. respiratório, facilmente, poderá ser uma condi-
Várias publicações implicam vários genes, pro- ção prévia, crítica, para SMSL compartilhada por
teínas codificadas e vias de sinalização na pa- todos os lactentes normais19. Outras evidências
togênese do SMSL, incluindo vias do sistema também implicam a hipóxia (aguda e crônica) na

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Síndrome da Morte Súbita do Lactente

SMSL; a hipoxantina, um marcador de hipóxia te- associada à SMSL. Estudos de autópsia mostram
cidual, encontra-se elevada no humor vítreo dos receptores acetilcolínicos nicotínicos reduzidos
pacientes que morrem de SMSL em comparação no tronco encefálico de crianças expostas ao
aos indivíduos controles com morte súbita. Um tabaco que morreram de SMSL em comparação
modelo proposto na patogênese na SMLS é o da com aqueles que não foram expostos22,23.
hipóxia (resultante de várias causas), durante
Outras teorias aventadas englobam a insta-
um período pós-natal crítico, levando a atraso na
bilidade primária do sistema nervoso autônomo,
maturação do sistema de condução cardíaca e a
como também a compressão da artéria vertebral,
maior probabilidade de arritmia cardíaca20.
defeitos da oxidação do ácido graxo, dentre ou-
tras24-26.
Hipótese da Disfunção Diafragmática
Os estressores exógenos, relacionados ao
Siren & Siren propõem uma teoria que abor- sono, incluem a posição prona, a partilha de cama
da a falha no funcionamento do diafragma na e a cama macia, que podem ser isoladamente ou
SMSL e chamam a atenção para os vários fatores em combinação, potencialmente asfixiantes.
envolvidos:
Importante, as interações podem ocorrer em
- o sono na posição prona aumentaria significati-
qualquer lugar. Assim, um bebê completamen-
vamente a carga de trabalho do diafragma;
te normal poderia morrer em um ambiente por
- os bebês menores de 6 meses de idade por demais asfixiante e uma criança extremamen-
apresentarem músculos respiratórios imatu- te vulnerável poderia morrer em um ambiente
ros e estariam mais suscetíveis à esta falha completamente não-asfixiante. Entretanto, a
diafragmática. Quanto mais jovem a criança, maioria das mortes ocorre entre estes dois ex-
menor a capacidade oxidativa dos seus múscu- tremos8.
los respiratórios e, consequentemente, maior
risco de fadiga do músculo respiratório (princi-
palmente em bebês de baixo peso ao nascer ou
prematuros, que têm risco quatro vezes maior Fatores de risco
de SMSL do que bebês a termo);
- lactentes em curso de infecção sistêmica, que A apresentação clássica da SMSL começa
poderá induzir à redução significativa na ca- com uma criança que é colocada na cama, geral-
pacidade de geração de trifosfato de adeno- mente após a amamentação ou a mamadeira. As
sina (ATP) do tecido muscular diafragmático e, verificações do bebê, em intervalos variados, são
mesmo em cursos de infecções menores, que normais, mas o bebê é encontrado morto, geral-
poderá diminuir significativamente a força dia- mente na posição em que ele ou ela tinha sido
fragmática; durante o sono REM (movimento colocado na hora de dormir ou na hora da so-
rápido dos olhos), os músculos intercostais es- neca. Embora a maioria das crianças sejam apa-
tão sujeitos à inibição fásica e tônica, tornan- rentemente saudáveis, muitos pais afirmam que
do-se assim totalmente inativos21. seus bebês “não eram eles mesmos” nas horas
antes da morte27.
Estudos recentes mostram como a exposição
pré-natal à fumaça do cigarro pode resultar em Mais de 70 causas diferentes de SMSL foram
risco aumentado de SMSL. Do ponto de vista fun- propostas e há desacordo frequente na literatura
cional, a exposição pré-natal à nicotina provoca sobre o risco relativo apresentado por condições
hipoventilação e aumento da ocorrência de ap- díspares. Vários autores classificam os fatores de
neia; reduz os quimioreflexos ventilatórios indu- risco em grupos, como os seguintes:
zidos por hipóxia. A exposição ao tabagismo pré- a) fatores biológicos (por exemplo, deficiência no
-natal como também o pós-natal está fortemente despertar, asfixia);

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b) fatores maternos (por exemplo, uso de drogas rem tanto doenças mentais parentais como
durante a gravidez, mães solteiras, anemia dependência a drogas29.
durante a gravidez, déficit no ganho de peso e 5 - Outros fatores de risco incluem sexo mascu-
infecção do trato urinário durante a gravidez); lino, pobreza, prematuridade, baixo peso ao
c) fatores epidemiológicos (por exemplo, posi- nascer e sem pré-natal ou incompleto9.
ção de dormir propensa, baixo nível socioeco-
nômico)9.

Os fatores de risco mais importantes para a


Barreiras encontradas para
o cuidado com o sono do lactente
SMSL relacionam-se com o ambiente do sono:

1 - A posição do sono é um importantíssimo fator


de risco. As posições prona e lateral são signi- São encontradas inúmeras barreiras para o
ficativamente mais perigosas do que a posição cuidado com o sono do bebê, desde aquelas pra-
supina, pois aumentam o risco de hipercapnia, ticadas pelas famílias, como aquelas pelo profis-
hipóxia e hipertermia durante o sono, e apre- sional médico, pelo cuidador, além das práticas
sentam mais que o dobro do risco de SMSL em culturais e tradições incorporadas por aquela
comparação com a posição supina. família, o contexto social em que a mesma está
inserida e suas leis, além das regulamentações
2 - A partilha de cama com os pais também está
políticas cujas famílias estão sujeitas, a saber30:
fortemente relacionada com risco aumentado
• Os pais não entendem o raciocínio para a posi-
de SMSL e é especialmente perigosa para lac-
ção do sono em posição prona;
tentes com menos de 12 semanas. A partilha
de cama é mais comum entre famílias mais • Os pais sentem que o bebê está “imune” à SMSL;
pobres, com menor acesso à educação e no • Os pais acreditam que as práticas de sono re-
oeste e sul dos EUA. Quase metade das mães comendadas colocarão o bebê em risco (por
negras relatam ter compartilhado uma cama exemplo, asfixia);
com seu bebê. Comparado com os pais de ou- • O cuidador de saúde não acredita que os bebês
tras raças, os pais negros têm menos proba- devam dormir em decúbito dorsal;
bilidade de usar a posição supina do sono e • Nenhum padrão de cuidados para as práticas de
são mais propensos a usar locais de sono não sono infantil no hospital ou na creche são forne-
estáveis. O uso de assentos de carro para dor- cidas;
mir também aumenta o risco de SMSL, assim
• Os pais não têm dinheiro para comprar berços;
como o uso de materiais de cama macios26.
• Há preocupação de que o bebê ficará descon-
3 - O tabagismo pelos pais deve ser desencora- fortável sem cobertores;
jado quando o lactente começar a se virar. A
• Fumo materno durante e após a gravidez;
exposição ao tabagismo pré-natal e pós-na-
tal está fortemente associada à SMSL8. • Compartilhar a mesma cama é regra na família
ou na cultura local;
4 - A doença mental materna e o abuso de subs-
• Os membros mais velhos da família são fontes
tâncias pela mãe são fortes preditores de
seguras de informações e podem encorajar a
SMSL. Os bebês de mãe com diagnóstico de
posição prona para dormir;
transtorno de uso de álcool durante a gra-
videz têm sete vezes mais risco de SMSL e • Os pais muitas vezes recebem roupas inseguras
estima-se que o uso de álcool materno seja como presentes para o bebê;
diretamente responsável por 16,4% de to- • Não há nenhuma regulamentação sobre o sono
das as mortes por SMSL28. Doença mental, em dentre os cuidados infantis;
ambos os pais, está fortemente associada ao • Não há nenhuma informação sobre sono seguro
risco de SMSL. O risco é duplicado se existi- nos hospitais ao nascimento dos bebês.

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Síndrome da Morte Súbita do Lactente

Não usar como superfície de dormir os carri-


Recomendações para redução do
nhos de bebê, cadeirinhas de carro, etc.
risco de SMSL, segundo a Academia
Americana de Pediatria8
3) Compartilhamento de camas e de quartos

Os bebês podem ser levados para a cama dos


1) Uso da posição supina para dormir
pais para serem alimentados ou para serem con-
Crianças de até um ano de idade devem ser fortados, mas deverão ser recolocados no seu lo-
colocadas para dormir na posição supina (“barri- cal de dormir, separados, quando os pais voltarem
ga para cima”) todas as vezes durante o sono. As a dormir. É recomendado que as crianças até um
posições de lado e prona (“barriga para baixo”) ano (pelo menos até 6 meses de idade) durmam
devem ser desestimuladas, pois não são seguras no quarto dos pais, próximo à cama dos pais, mas
nessa faixa etária. em superfícies separadas.

Mesmo crianças com doença do refluxo gas- É prudente fornecer berços separados e evitar
troesofágico, que não apresentem alterações na compartilhamento de berços para gêmeos e ou-
proteção das vias aéreas, devem ser mantidas em tras crianças de gestação múltipla.
posição supina durante o sono, pois o risco de
Recomenda-se compartilhar quartos mas não
mortes relacionadas ao sono supera os riscos de
camas; os dispositivos promovidos para tornar a
broncoaspiração devido ao refluxo.
partilha de cama segura não são recomendados.
Uma vez que a criança consiga rolar da posi-
Existem circunstâncias específicas em que a
ção supina para a prona e da prona para supina,
partilha de cama é particularmente perigosa, e
ela poderá ser mantida na posição que assumir.
deve ser salientado aos pais que eles evitem a
Recomenda-se períodos de posição prona, partilha de cama durante as seguintes situações,
quando a criança estiver acordada e supervisio- em todos os momentos:
nada pelos pais, para redução de deformidades • Se o bebê for menor de três meses;
cranianas e promover desenvolvimento neuroló- • Se o bebê for colocado em superfícies excessi-
gico. Não há consenso, entretanto, qual o tempo e vamente macias (p. ex., camas de água, sofás,
a frequência que a posição prona deverá ser uti- poltronas);
lizada.
• Se forem usados acessórios de cama macios
(p. ex., travesseiros, cobertores);
2) Uso de uma superfície firme para dormir
• Compartilhamento de cama com tabagistas
A criança deve ser mantida numa superfície (mesmo que não fume na cama) ou se a mãe ti-
firme (p.ex., colchão adequado num berço apro- ver fumado durante a gestação;
vado por normas de segurança), coberta por um
• Compartilhamento de cama com pessoas que
lençol com elástico, sem objetos soltos. A super-
possam ter o nível de despertar alterado, seja
fície não pode se deformar quando a criança é co-
por cansaço, uso de medicamentos ou substân-
locada sobre ela.
cias como álcool ou drogas ilícitas.
Os berços devem apresentar um espaçamento • Se o bebê estiver compartilhando cama com al-
de grades adequado e com colchão que se encai- guém que não é um pai.
xe adequadamente ao berço.
4) Cuidados com a Cama
Não colocar objetos como travesseiros, col-
chas e edredons junto à superfície de dormir. Não Travesseiros, colchas, edredons e outras super-
usar camas (mesmo com grades de cama) pelo ris- fícies macias são perigosos quando colocados sob
co aumentado de estrangulamento. o bebê ou quando soltos no ambiente de sono.

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Não são recomendados dispositivos de posi- 8) Cuidados pré-natais e exposições pós-natais


cionamento e produtos similares; os protetores
Evitar o uso de álcool e drogas ilícitas duran-
de berço também são desaconselhados, uma vez
te a gravidez e após o nascimento do bebê.
que, em berços com distanciamento adequado
das grades, o aprisionamento é raro, e os prote- As mulheres grávidas deverão realizar con-
tores de berço podem causar sufocamento. sultas pré-natais regulares.

As mulheres deverão evitar o fumo e expo-


5) Amamentação sição à fumaça do cigarro durante a gravidez,
A amamentação é recomendada; o aleita- como também exposição à fumaça no ambiente
mento materno é fator de proteção contra as do bebê.
mortes infantis relacionadas ao sono. Qualquer
tipo é fator de proteção, mas o aleitamento ma- 9) Monitores infantis
terno exclusivo até os 6 meses de idade garante
maior efeito. Os monitores infantis não devem ser usados
para prevenir SMSL.
Se uma mãe amamentando leva o bebê para
a sua cama para amamentar, o bebê deverá ser Não há evidência de que eventos aparente-
devolvido a uma área de sono separada, quando mente fatais sejam precursores da SMSL.
a mãe estiver pronta para voltar a dormir.
10) Áreas para dormir
6) Uso de chupeta Os assentos de carro e outros dispositivos de
Considere oferecer uma chupeta nos cochi- assento não são recomendados para o sono ha-
los diurnos e no momento do deitar à noite. bitual em casa ou no hospital, particularmente
para lactentes jovens.
Não usar chupetas penduradas no pescoço
da criança e nem presas em sua roupa. Não insis- Os bebês deverão dormir em um berço apro-
tir no uso da chupeta caso a criança recuse. vado por normas de segurança, sendo berço por-
tátil ou não.
Para crianças em aleitamento materno, ofe-
recer a chupeta apenas após a estabilização
11) Imunização
completa da amamentação. Caso a chupeta caia
da boca da criança após a mesma dormir, não é Evidências atuais não demostram relação
necessário recolocá-la. causal entre as imunizações e SMSL, sugerindo
que a vacinação possa ter um efeito protetor.
Entretanto, não foram identificados ensaios
clínicos randomizados, controlados, que anali-
sassem o uso da chupeta infantil para redução
do risco de SMSL31. Conclusões

7) Superaquecimento e uso de protetores


1 - A SMSL continua sendo uma importante causa
na cabeça
de morte em bebês entre um mês e um ano de
Evitar o superaquecimento e a cobertura da idade.
cabeça em bebês.
2 - Recomenda-se colocar os lactentes em posi-
É mais adequado ajustar o aquecimento com ção supina para dormir e, evitar a exposição
as próprias roupas do bebê, não sendo necessá- ao tabagismo materno, uma vez que são os
rio o uso de cobertores e outros objetos. principais fatores de risco para SMSL.

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Síndrome da Morte Súbita do Lactente

3 - Os recém-nascidos prematuros têm risco qua- 7 - Os bebês estão em maior risco se tiverem me-
tro vezes maior de SMSL do que os recém-nas- nos de 3 meses de idade ou se os pais fuma-
cidos a termo. rem, consumirem drogas ilícitas ou consumi-
4 - O lugar mais seguro para as crianças dormi- rem álcool.
rem é no quarto dos pais, próximos aos mes- 8 - A amamentação diminui o risco de SMSL e,
mos, mas, em seu próprio berço. portanto, as mães deverão ser encorajadas a
5 - Dormir em sofás com uma criança é extrema- mantê-la, por esse motivo, e por outros bene-
mente perigoso. fícios para a saúde.

6 - A partilha de camas com os bebês é um fator


de risco para SMSL.

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Diretoria
Triênio 2016/2018

PRESIDENTE: Galton Carvalho Vasconcelos (MG) Paulo Cesar Pinho Pinheiro (MG)
Luciana Rodrigues Silva (BA) Julia Dutra Rossetto (RJ) Flávio Diniz Capanema (MG)
1º VICE-PRESIDENTE: Luisa Moreira Hopker (PR) EDITOR DO JORNAL DE PEDIATRIA (JPED)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Rosa Maria Graziano (SP) Renato Procianoy (RS)
2º VICE-PRESIDENTE: Celia Regina Nakanami (SP) EDITOR REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
Edson Ferreira Liberal (RJ) DIRETORIA E COORDENAÇÕES: Clémax Couto Sant’Anna (RJ)
SECRETÁRIO GERAL: DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL EDITOR ADJUNTO REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
Sidnei Ferreira (RJ) Maria Marluce dos Santos Vilela (SP) Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
1º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DO CEXTEP: Márcia Garcia Alves Galvão (RJ)
Cláudio Hoineff (RJ) Hélcio Villaça Simões (RJ) CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO
2º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO Gil Simões Batista (RJ)
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Mauro Batista de Morais (SP) Sidnei Ferreira (RJ)
3º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL Isabel Rey Madeira (RJ)
Virgínia Resende Silva Weffort (MG) José Hugo de Lins Pessoa (SP) Sandra Mara Moreira Amaral (RJ)
DIRETORIA FINANCEIRA: Bianca Carareto Alves Verardino (RJ)
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Maria de Fátima Bazhuni Pombo March (RJ)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Nelson Augusto Rosário Filho (PR)
Sílvio da Rocha Carvalho (RJ)
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: REPRESENTANTE NO GPEC (Global Pediatric Education Consortium) Rafaela Baroni Aurilio (RJ)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Ricardo do Rego Barros (RJ)
COORDENAÇÃO DO PRONAP
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: REPRESENTANTE NA ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA (AAP) Carlos Alberto Nogueira-de-Almeida (SP)
Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO) Sérgio Augusto Cabral (RJ) Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL: REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA
Fernando Antônio Castro Barreiro (BA) Francisco José Penna (MG) Luciana Rodrigues Silva (BA)
Membros: DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL, BENEFÍCIOS E PREVIDÊNCIA Fábio Ancona Lopez (SP)
Hans Walter Ferreira Greve (BA) Marun David Cury (SP) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
Eveline Campos Monteiro de Castro (CE) DIRETORIA-ADJUNTA DE DEFESA PROFISSIONAL Joel Alves Lamounier (MG)
Alberto Jorge Félix Costa (MS) Sidnei Ferreira (RJ)
Analíria Moraes Pimentel (PE) COORDENAÇÃO DE PESQUISA
Cláudio Barsanti (SP) Cláudio Leone (SP)
Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Adelma Alves de Figueiredo (RR) Cláudio Orestes Britto Filho (PB) COORDENAÇÃO DE PESQUISA-ADJUNTA
Mário Roberto Hirschheimer (SP) Gisélia Alves Pontes da Silva (PE)
COORDENADORES REGIONAIS:
Norte: Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA) João Cândido de Souza Borges (CE) COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO
COORDENAÇÃO VIGILASUS Rosana Fiorini Puccini (SP)
Nordeste: Anamaria Cavalcante e Silva (CE)
Sudeste: Luciano Amedée Péret Filho (MG) Anamaria Cavalcante e Silva (CE) COORDENAÇÃO ADJUNTA DE GRADUAÇÃO
Fábio Elíseo Fernandes Álvares Leite (SP) Rosana Alves (ES)
Sul: Darci Vieira Silva Bonetto (PR) Suzy Santana Cavalcante (BA)
Jussara Melo de Cerqueira Maia (RN)
Centro-oeste: Regina Maria Santos Marques (GO) Edson Ferreira Liberal (RJ) Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP)
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA: Célia Maria Stolze Silvany (BA) Silvia Wanick Sarinho (PE)
Assessoria para Assuntos Parlamentares: Kátia Galeão Brandt (PE) COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Marun David Cury (SP) Elizete Aparecida Lomazi (SP) Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Assessoria de Relações Institucionais: Maria Albertina Santiago Rego (MG) Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Isabel Rey Madeira (RJ) Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
Jocileide Sales Campos (CE) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Assessoria de Políticas Públicas:
Mário Roberto Hirschheimer (SP) COORDENAÇÃO DE SAÚDE SUPLEMENTAR Jefferson Pedro Piva (RS)
Rubens Feferbaum (SP) Maria Nazareth Ramos Silva (RJ) COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA
Maria Albertina Santiago Rego (MG) Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS)
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP) Álvaro Machado Neto (AL) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Assessoria de Políticas Públicas – Crianças e Joana Angélica Paiva Maciel (CE) Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Adolescentes com Deficiência: Cecim El Achkar (SC) Clóvis Francisco Constantino (SP)
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) Maria Helena Simões Freitas e Silva (MA) Silvio da Rocha Carvalho (RJ)
Eduardo Jorge Custódio da Silva (RJ) DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO Tânia Denise Resener (RS)
Assessoria de Acompanhamento da Licença DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL)
Maternidade e Paternidade: Dirceu Solé (SP) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
João Coriolano Rego Barros (SP) DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS Jefferson Pedro Piva (RS)
Alexandre Lopes Miralha (AM) Lícia Maria Oliveira Moreira (BA) Sérgio Luís Amantéa (RS)
Ana Luiza Velloso da Paz Matos (BA) DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Gil Simões Batista (RJ)
Assessoria para Campanhas: Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Conceição Aparecida de Mattos Segre (SP) COORDENAÇÃO DE CONGRESSOS E SIMPÓSIOS Aurimery Gomes Chermont (PA)
Ricardo Queiroz Gurgel (SE) Luciano Amedée Péret Filho (MG)
GRUPOS DE TRABALHO:
Drogas e Violência na Adolescência: Paulo César Guimarães (RJ) COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA
Evelyn Eisenstein (RJ) Cléa Rodrigues Leone (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA)
COORDENAÇÃO GERAL DOS PROGRAMAS DE ATUALIZAÇÃO Hélcio Maranhão (RN)
Doenças Raras:
Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP) Ricardo Queiroz Gurgel (SE) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL Edson Ferreira Liberal (RJ)
Atividade Física Luciano Abreu de Miranda Pinto (RJ)
Coordenadores: Maria Fernanda Branco de Almeida (SP)
Ricardo do Rêgo Barros (RJ) Ruth Guinsburg (SP) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA NACIONAL
Luciana Rodrigues Silva (BA) COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Membros: Alexandre Rodrigues Ferreira (MG) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA INTERNACIONAL
Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA) Kátia Laureano dos Santos (PB) Herberto José Chong Neto (PR)
Patrícia Guedes de Souza (BA) COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA DIRETOR DE PATRIMÔNIO
Profissionais de Educação Física: Valéria Maria Bezerra Silva (PE) Cláudio Barsanti (SP)
Teresa Maria Bianchini de Quadros (BA) COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO EM NUTROLOGIA COMISSÃO DE SINDICÂNCIA
Alex Pinheiro Gordia (BA) PEDIÁTRICA (CANP) Gilberto Pascolat (PR)
Isabel Guimarães (BA) Virgínia Resende S. Weffort (MG) Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE)
Jorge Mota (Portugal) PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS Isabel Rey Madeira (RJ)
Mauro Virgílio Gomes de Barros (PE) Luciana Rodrigues Silva (BA) Joaquim João Caetano Menezes (SP)
Colaborador: Coordenadores: Valmin Ramos da Silva (ES)
Dirceu Solé (SP) Nilza Perin (SC) Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Metodologia Científica: Normeide Pedreira dos Santos (BA) Tânia Denise Resener (RS)
Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) Fábio Pessoa (GO) João Coriolano Rego Barros (SP)
Cláudio Leone (SP) PORTAL SBP Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE)
Pediatria e Humanidade: Flávio Diniz Capanema (MG) Marisa Lopes Miranda (SP)
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) COORDENAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA CONSELHO FISCAL
Luciana Rodrigues Silva (BA) José Maria Lopes (RJ) Titulares:
João de Melo Régis Filho (PE) Núbia Mendonça (SE)
PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA À DISTÂNCIA Nélson Grisard (SC)
Transplante em Pediatria: Altacílio Aparecido Nunes (SP)
Themis Reverbel da Silveira (RS) Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF)
João Joaquim Freitas do Amaral (CE) Suplentes:
Irene Kazue Miura (SP)
Carmen Lúcia Bonnet (PR) DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Adelma Alves de Figueiredo (RR)
Adriana Seber (SP) Luciana Rodrigues Silva (BA) João de Melo Régis Filho (PE)
Paulo Cesar Koch Nogueira (SP) Dirceu Solé (SP) Darci Vieira da Silva Bonetto (PR)
Fabianne Altruda de M. Costa Carlesse (SP) Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Joel Alves Lamounier (MG) Presidente:
Oftalmologia Pediátrica
Coordenador: DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES Mario Santoro Júnior (SP)
Fábio Ejzenbaum (SP) Fábio Ancona Lopez (SP) Vice-presidente:
Membros: EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA Luiz Eduardo Vaz Miranda (RJ)
Luciana Rodrigues Silva (BA) Joel Alves Lamounier (MG) Secretário Geral:
Dirceu Solé (SP) Altacílio Aparecido Nunes (SP) Jefferson Pedro Piva (RS)

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