O documento resume os principais pontos discutidos no livro "O Cortegiano" de Castiglione sobre as qualidades de um cortesão ideal renascentista. Os diálogos na corte de Urbino debatem se o cortesão deve ser nobre, ter habilidades militares e artísticas, e acima de tudo demonstrar "sprezzatura" - a aparência de fazer as coisas com graça e facilidade, sem esforço aparente.
O documento resume os principais pontos discutidos no livro "O Cortegiano" de Castiglione sobre as qualidades de um cortesão ideal renascentista. Os diálogos na corte de Urbino debatem se o cortesão deve ser nobre, ter habilidades militares e artísticas, e acima de tudo demonstrar "sprezzatura" - a aparência de fazer as coisas com graça e facilidade, sem esforço aparente.
O documento resume os principais pontos discutidos no livro "O Cortegiano" de Castiglione sobre as qualidades de um cortesão ideal renascentista. Os diálogos na corte de Urbino debatem se o cortesão deve ser nobre, ter habilidades militares e artísticas, e acima de tudo demonstrar "sprezzatura" - a aparência de fazer as coisas com graça e facilidade, sem esforço aparente.
teste- 25/10 Duas aulas de texto 1 aula de discussão teste- 13/12
pg 13 à 79 il libro del cortegiano
baco desce de neptuno no canto 6- Lusíadas
hallowed relics- reliquias sagradas
mãe das musas- memória pai das musas-apolo thou- tu arcaico slow- endeavouring art- arte que se faz com esforço, lenta numbers- versos bereaving- privada epitafio- inscriçao tumular ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Il Libro del Cortegiano: No livro "Cortegiano" é descrito o ideal do cortesão renascentista, quais devem ser as suas qualidades e habilidades, um indivíduo que é habilidoso em diversas áreas e possui um comportamento refinado na corte. O livro é estruturado como uma série de diálogos entre membros da corte italiana, discutindo os atributos que um cortesão deve ter para ser considerado ideal e tentam chegar a um consenso sobre a melhor maneira de se comportar na corte. O personagem principal é o Conde Ludovico que reúne alguns cortesãos para discutir o que é necessário para se tornar um cortesão ideal. Ao longo dos diálogos, são abordadas várias características do cortesão ideal, como conhecimento em literatura, música, dança, esgrima e outras formas de arte. Além disso, é enfatizada a importância da virtude moral, bem como o respeito pelas regras sociais. O cortesão também deve ser bem-educado e ter um conhecimento profundo de história, filosofia e literatura. Além disso, o cortesão deve ser capaz de falar com eloquência e ter uma personalidade agradável. Castiglione argumenta que essas habilidades são necessárias para que o cortesão possa se destacar na corte e ganhar a admiração dos outros. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Livro do renascimento, faz renascer tradições clássicas como os colóquios e os diálogos Cidade de Urbino- inacessível- onde plantas são cultivadas, flores de estufa falam de si e das suas experiências, “Flores de estufa a falar no que é ser flor de estufa”, como os cortesãos falam do que é ser cortesão na corte Conjunto de pessoas reunido num palácio deslumbrante, “parece uma cidade em forma de palácio”, cidade de Urbino. Tentam descrever o que é o perfeito cortesão (como Platão tentou descrever a sociedade perfeita; Cicero o orador perfeito) Senhora da corte- não cortesã O cortesão deve ser de familia nobre, artes que deve cultivar- música, o canto, a execução instrumental
Porque não é um tratado?
-Pois não pensam todos da mesma forma, seria difícil definir regras definitivas de como deve ser o cortesão ideal; -A forma de dialógo apresentada permite um debate a várias opiniões e princípios
Não é um manual de boas maneiras
Só se aprende a ser cortesão ao ser-se, imintando as pessoas- única maneira disponível para ser um bom cortesão Ser um bom cortesão e ter uma boa educação, estar disposto a ouvir conselhos Não há regras para se ser um bom cortesão Não há uma opinião uniforme, absoluta Exemplos de pessoas de uma graça excelente, nascem já cortesãos perfeitos e há aqueles que fazem tolice insensata O mundo não tem de ser ou só cortesãos que já são perfeitos quando nascem nem tem de ser só compostos por pretenciosos, encontra-se um justo meio Os que não são dotados por natureza podem com estudo ou educação limar os seus defeitos naturais É possivel desenvolver uma graça não natural mas artificial que compense pela arte e pela técnica para nos aproximarmos às pessoas que já nascem com todas as graças Phronesis- Sabedoria Prática (só se aprende praticando) Cortesão deve saber lutar, deve usar em tudo o que faz o seu juízo Não se pode dar uma receita de como ser um bom cortesão Graça- boa maneira que fazemos as coisas, o melhor que conseguimos É preciso dar provas a tudo aquilo que se faz É preciso provar e exibir uma “sprezzatura”, é uma regra universal, aplica-se a tudo, desprezar, não mostrar o nível de esforço colocado em algo, para não mostrar a falta de aptidão/talento, permite-nos estar nas boas graças do princípe O cortesão deve ser dotado de bom juízo Desgraça- ausência de graça “Ars celare artem”- A verdadeira arte consiste em não exibir a arte, fazer as coisas sem que parecem que estão a mostrar a arte. O Castiglione dá o exemplo das mulheres que usam maquiagem em excesso Alguém que mostre muita aplicação naquilo que fez revela um certo desespero para conseguir alguma coisa Agradar ao príncipe tem a sua arte e o cortesão tem de ser credível O príncipe não quer pessoas desesperadas A “sprezzatura” também tem de ser aplicada com uma certa “sprezzatura” A “sprezzatura” também é suscetível a ser utilizada em excesso Fazer tudo com simplicidade é o verdadeiro objetivo do cortesão Galhardo- elegante, vaidoso, contrário de afetado Não há nada mais afetado do que parecer ser que não se é afetado É preciso encontrar a quantidade de esforço que se pode ou não mostrar Diversas formas de chegar à graça: Por aproximação, imitação, sugestões que vão sendo dadas, por recompensas positivas e negativas, aproximar-mos das pessoas que parecem boas Este livro aplica-se à moral como se aplica à estética No capítulo 49 fala-se de pintura e no capítulo 50 compara-se às artes. Muitos artistas que escreveram sobre arte tentaram perceber qual das artes é melhor, se é a pintura ou a escultura. A sugestão que vem descrita no livro é de que a pintura é superior pois é capaz de sugerir muitos mais detalhes do que a escultura. Utiliza o argumento de que a pintura é mais intelectual do que a escultura. A pintura é vista como uma arte liberal Na página 71, o Castiglione diz que o cortesão deve ter conhecimentos sobre a arte da pintura ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- - Renascimento- ascensão da burguesia, as cortes precisavam de burgueses, os burgueses poderiam passar a ser cortesãos, as cidades voltaram a ganhar força Os burgueses viram uma forma de ascender a um cargo que antes não era possível O que antes pertencia só à nobreza começou a dinfundir para outros estratos sociais Castiglione escreveu o cortesão quando estava na corte de Espanha A corte de Urbino era nas terras conquistadas pelo papa O único objetivo do livro não é só representar o cortesão, também glorifica diversas figuras que Castiglione conheceu, os intervenientes dos diálogos existiram e eram amigos de Castiglione e tinham cargos superiores na Europa, também servia para dar autoridade às teses expostas, argumentos e contra-argumentos que ele próprio pensou, preserva a personalidade e a crença destas pessoas O próprio livro é um exemplo de “Sprezzatura” Figura central- Conde Luduvico República de Platão- perfeita república É difícil ter todas as características que o perfeito cortesão deve ter O perfeito cortesão é um ideal e não é algo alcansável, mas sim algo que se possa aproximar Dona Emília serve como moderadora Livro que não visa destacar regras, que toca no uso, no hábito e na prática Dificuldade da tarefa de definir o que é um perfeito cortesão Semelhança de Castiglione representar a corte de Urbino e Homero representar Aquiles As pessoas da nobreza estão sujeitas a uma educação diferente- boa educação Os nobres mais facilmente serão bons cortesãos pois têm a pressão de suceder Todos podem chegar à graça através da aprendizagem e do engenho Ar que à primeira vista o torne agradável a qualquer um É preciso ter a avalição do príncipe através da graça Evitar a afetação A verdadeira arte é que parece não ser arte- mostrar naturalidade, ser modesto, fazer as coisas sem excesso/exagero Mais do que ser natural tem de parecer natural “Sprezzatura”- príncipio universal da obra Bom juízo- sabedoria prática Phronesis- sabedoria que depende da prática, equivalente ao bom juízo A imitação é fulcrar para desenvolver a graça ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- - Castiglione leva-nos ao longo da obra num diálogo feito num jogo por membros da corte, que depois do jantar, juntam-se todas as noites com a senhora Duquesa para dançar, jogar, conversar. A senhora Duquesa põe a senhora Emília como chefe para decidir a melhor proposta de jogo. Todos dão ideias mas o que prevalece é o Federico Fregoso que sugere um jogo em que se diga as qualidades que o melhor cortesão deverá ter assim como as ccondições necessárias para obter essas qualidades. A senhora Emilia a escolher este jogo aponta para o Conde Luduvico. Luduvico começa por dizer que o cortesão deverá ser de família nobre, isto pois os que nascem nobres têm uma boa educação e por natureza uma graça necessária do que os não nobres. Aqui podemos começar a ter um senso do conceito justo meio (“Entre a tolice insensata e a graça excelente há um meio” e que “aqueles que não são perfeitamente dotados por natureza podem, com estudo e dedicação, limar e corrigir os seus defeitos naturais”). Não só ser da nobreza, nem o engenho ou bela forma de corpo e rosto, mas que à primeira vista tenha uma graça que o torne agradável. Gaspar Pallavicino contradiz dizendo que ambos os nobres e não nobres podem ter engenho ou bela forma de corpo e rosto ou não, no qual o conde explica que dos nobres já se espera o bom e por isso os nobres não têm de fazer tanto esforço para causar boa impressão. O cortesão perfeito (lembrando que não há perfeição apenas os ideais de cada um sobre o que é perfeito) tem que ser versátil: ter mestria na arte das armas (sendo esforçado, corajoso e leal a quem serve não fazendo gestos reprováveis que estraguem a sua reputação), mas que não deixe esta mestria tornar-se em presunção que não possa fazer mais nada (continue a dançar, brincar e tenha relações humanas permanecendo honesto e comedido, que fuja ao autoelogio e à ostentação)- Contradição de Gaspar em que dando o exemplo de Alexandre o Grande diz que há homens que sentem que o seu valor e feitos não são reconhecidos então assim o procuram e o Conde Luduvico diz que há homens que pelos feitos pode ser perdoado esta procura pelo elogio desde que não tenha um espírito vil. O cortesão tem que saber lutar e ser o perfeito cavaleiro em sela, que saiba a arte da caça (costume antigo e necessário para fazer demonstrações na corte), mas também saber fazer exercícios mais tranquilos para ter boas relações (fazer tudo o que os outros fazem sem se afastar dos atos louváveis) tudo isto com diligência, cuidado e bom juízo em tudo o que faz e diz para parecer um homem inteligente e discreto. Porém não esquecer que o cortesão tem que ultrapassar os outros em cada profissão respetiva. O cortesão também tem de ter um rosto que não seja mole e delicado em demasia, que o seu corpo não seja muito pequeno nem muito grande e que seja bem proporcionado, revele força, leveza e desenvoltura que pertence a um homem de guerra. Para aprender os exercícios tem que começar cedo e ter homens excelentes perto de si, o bom discípulo deve não só fazer bem mas tentar assemelhar-se ao mestre, lembrando que destes temos que tirar o melhor de cada um e depois desenvolver com essa inspiração a nossa própria graça. Esta graça é uma estética moral e física que depende da avaliação dos outros. Tudo neste livro tem a ver com um justo-meio, pois nada pode ser feito em exagero, não se pode mostrar demasiado esforço- “sprezzatura” contrário de afetação- perfeição de esconder a arte. A “sprezzatura” é a indiferença, é fazer parecer natural. Discute-se temas relevantes mas que não fazem parte do jogo como usar língua recente (o lombardo) ou a língua antiga (o toscano). Luduvico afirma a importância de falar a língua recente e abraçar as mudanças que ocorrem naturalmente em tudo. O cortesão tem de saber falar bem e escrever. Volta-se a falar da afetação com exemplo das mulheres que utilizam demasiada maquiagem. O cortesão deve ser instruído em letras, que não conheça apenas a língua latina mas também a grega, que seja hábil a escrever em prosa e que suprima os seus trabalhos se não são dignos de louvor, que seja prevenido e tímido em vez de audacioso para não pensar que sabe o que não sabe, modesto, não se deixe pensar que as coisas medíocres que fez são muito grandes ou deixe-se persuadir disso pelos outros (quase recusar elogios). O cortesão tem que ser músico, tocar diversos instrumentos (algo que Platão e Aristóteles dizem que o homem deve saber fazer), saber desenhar e ter conhecimento sobre a pintura (algo que os antigos queriam que as crianças soubessem). Num debate Luan Cristoforo é perguntado se a escultura é capaz de maior arte que a pintura, ao qual afirma que sim, mas o Conde Luduvico argumenta que a escultura tem grandiosidade em tamanho porém em detalhe deixa muito a desejar, não tem tanta técnica precisa. No fim é preciso denotar que o Conde demonstra insatisfação perante os ouvintes que não são dignos de discurso, reflete sobre a imparcialidade da senhora Emilia, como fizera mais cedo com Pietro Bembo que quando defende a prevalência das letras, demonstra-se parcial (é poeta). Todos estes personagens são pessoass que Castiglione conheceu e servem para mostrar as suas teses.