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I
DIOCESE DO SUMBE
SEMINÁRIO MAIOR DE FILOSOFIA SÃO CARLOS LWANGA SUMBE
Autor orientador
Ângelo Nguelenguele Adriano Covento Pe. Joaquim Gonçalves Matias
II
DIOCESE DO SUMBE
DECLARAÇÃO
Eu, abaixo assinado, declaro que esta monografia é meu trabalho original e nunca foi
apresentado em nenhuma instituição académica.
Assinatura: _______________________________
Assinatura: ___________________________________
III
DEDICATÓRIA
IV
AGRADECIMENTOS
Agradeço profundamente a Deus pelo dom da vida, ao meu querido pai
Domingos Convento Tenente e minha mãe Donana Adriano Jamba ambos naturais do
gungo, pós sem elas não faria parte do mundo dos vivos e pelos ensinamentos, carinho
que os mesmo passaram para mim, agradeço ao reverendo padre Joaquim Gonçalves
Matias tutor deste trabalho de fim do curso que acompanhou-me com paciência e muita
dedicação, agradeço também ao reverendo padre David Nogueira ferreira superior da
missão do gungo pela presença activa, pelos ensinamentos virtuosos e acompanhamento
e confiança que o mesmo concedeu a mim, agradeço também a dona Paula Augusto que
com todo seu afeto me cuidou e acompanhou nos momentos difíceis da minha vida.
V
RESUMO
VI
EPIGRAFE
Uma das metas praticáveis da justiça como equidade é
fornecer uma base filosófica e moral aceitável para as
instituições democráticas e assim responder a questão de
como entender asexigências da liberdade e da igualdade.
(Rawls, 2002, pág.)
VII
VIII
SUMÁ RIO
DEDICATÓRIA.................................................................................................................IV
AGRADECIMENTOS..........................................................................................................V
RESUMO………………………………………………………………………………..VI
EPIGRAFE......................................................................................................................VII
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................1
CAPÍTULO I FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE A JUSTIÇA COMO EQUIDADE.........3
1.1- CONCEITO DE JUSTIÇA.............................................................................................3
1.2- O PAPEL DA JUSTIÇA.................................................................................................4
1.3- O PRINCIPAL OBJECTO DA JUSTIÇA.........................................................................7
CAPITULO II JUSTIÇA COMO PROBLEMA DESTRIBUTIVO............................................11
2.1-A SOCIEDADE COMO SISTEMA EQUITATIVO...........................................................11
2.2-JUSTIÇA EQUITATIVA...............................................................................................14
2.3-POSIÇÃO ORIGINAL ACERCA DA JUSTIÇA EQUITATIVA..........................................17
2.4-A IDEIA PRINCIPAL DA TEORIA DA JUSTIÇA EQUITACTIVA...................................21
CAPITULO III OS PRINCÍPIOS DE JUSTIÇA.................................................................22
3.1-OS DOIS PRINCÍPIOS DE JUSTIÇA.............................................................................22
3.2-AS IDEIAS DE BEM NA JUSTIÇA COMO EQUIDADE..................................................27
3.3-O PRINCÍPIO DE DIFERENÇA....................................................................................30
CONCLUSÃO....................................................................................................................33
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.............................................................................35
IX
INTRODUÇÃO
A abordagem deste trabalho foi sobre o grande autor John Rawls que nasceu no
dia 21 de Fevereiro de 1921 em Baltimore, na região nordeste dos Estados Unidos da
América. Este celebre filósofo da justiça faleceu de insuficiência cardíaca, em lexington
Massachussete, no dia 24 de Novembro de 2002.
1
menoria,parao nosso autor ele considera insensato quando a pessoa propõe principios e
o mesmo finge honra-lo com o objetivo de beneficiar-se assim que a ocasião o permitir.
2
CAPÍTULO I FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE A JUSTIÇA COMO EQUIDADE
1
JOHN. R.,(2000) Justiça e democracia, trad. Port. IRENE, A. PATERNOT, Martins Fonte, São Paulo,
Brasil,Pág.3
2
MARTINS, I. A., (2009) justiça como equidade para a sociedade dos povos em John Rawls, universidade
Federal de Pernambuco, Dissertação de mestrado, Recife, Brasil2009,pág.14
3
Luciano, A., (2021) . Justiça na Perspectiva de Jonh Raws. Monografia de fim de curso, Sumbe, pág. 16.
4
JOHN. R.,( (20002).Uma Teoria da Justiça, pág. 11.
3
da divisão apropriada de vantagem social. Por outro lado, uma concepção de justiça é
uma interpretação dessa atuação5.
Nessas observações preliminares o nosso autor faz uma distinção entre o
conceito de justiça significando um equilíbrio adequado entre reivindicações
concorrentes e uma concepção da justiça como um conjunto de princípios
correlacionados com a identificação das causas principais que determinam esse
equilíbrio. Também caracterizou a justiça como sendo apenas uma parte de um ideal
social embora a teoria que levou propor sem dúvida amplie seu significado quotidiano6.
Por esta razão a justiça nega que a perda da liberdade de alguns se justifique por
um bem maior partilhado por outros. Não permite que os sacrifícios impostos a uns
poucos tenham menos valor que o total maior das vantagens desfrutadas por muitos.
Para o nosso autor o bem-estar da minoria na justiça não pode condicionar o bem-estar
da maioria, por esta razão, cada um de preservar os princípios estabelecidos a fim de
exigir e cumprir com todo rigor necessário para que haja este elemento justiça de forma
equitativa7.
1.2- O PAPEL DA JUSTIÇA
Para o nosso autor numa sociedade justa as liberdades da cidadania igual são
consideradas invioladas; os direitos assegurados pela justiça não estão sujeitos a
negociação política ou ao cálculo de interesses sociais 8. Na mesma senda continua o
autor dizendo que a única coisa que permite aceitar uma teoria errónea é a falta de teoria
melhor, de forma análoga uma injustiça é tolerável somente quando é necessária para
evitar uma injustiça ainda maior9. Daí que as virtudes primeiras das actividades
humanas a verdade de justiça são indispensáveis.
Por isso, o nosso autor diz:
5
Ibdem, pag. 12
6
Ibdem, pág.04.
7
Ibdem, pág.7
8
Ibdem, pág. 04
9
Idem
10
Idem
4
Para o nosso autor devemos supor que essas regras especifiquem num sistema de
cooperação concebido para promover o bem dos que fazem parte dela. Então uma sociedade
seja um empreendimento cooperativo visando vantagens mútuas, ela é tipicamente marcada por
um conflito bem como por identidade de interesse. Assim para o nosso autor: Há uma
identidade de interesse porque a cooperação social possibilita que todos tenham uma vida
melhor da que teria qualquer um dos membros se cada um dependesse de seus próprios
esforços11.
Continua o nosso autor dizendo que, há um conflito de interesse porque as pessoas não
são indiferentes no que se refere como os benefícios maiores produzidos pela colaboração
mútua são distribuídos, pois para perseguir seus fins cada um prefere uma participação maior a
uma menor. Exige-se um conjunto de princípios para escolher entre várias formas de ordenação
social que determinam essa divisão de vantagens e para selar um acordo sobre as partes
distributivas adequadas12.
Certamente, esse princípio para o nosso autor é da justiça social, que fornecem de modo
atribuir direitos e deveres nas instituições básicas da sociedade e definem a distribuição
apropriada dos benefícios e encargos da cooperação social, daí que o autor diz que:Uma
sociedade é bem ordenada não apenas quando está planejada para promover o bem dos seus
membros, mas efetivamente reguladas por uma concepção pública de justiça isto é,
trata-se de uma sociedade na qual todos aceitam e sabem que os outros mesmos princípios de
justiça, e as instituições sociais básicas geralmente satisfazem esses princípios 13.
Para o nosso autor, este caso embora os homens possam fazer excessivas exigências
mútuas ele contudo, reconhece um ponto de vista comum partindo da qual suas reivindicações
podem ser julgadas. Se a inclinação dos homens ao interesse próprio torna necessária a
vigilância de uns sobre os outros, seu sentido público de justiça torna possível a sua associação
segura14.
11
Idem
12
Idem
13
Ibdem, pág. 05.
14
Idem
15
Idem
5
Para o nosso autor as sociedades concretas são com certeza raramente bem
ordenadas nesse sentido, pois o que é justo e o que é injusto está geralmente sob a
disputa. Os homens discordam sobre os quais princípios deveriam definir os termos
básicos de sua associação. Todavia, ainda podemos dizer apesar desta discordância que
cada um deles tem sua concepção de justiça. Isto é, eles entendem que necessitam, e
estão dispostos a defender, a necessidade de um conjunto de princípios para atribuir
direitos e deveres básicos e para determinar o que eles consideram como a distribuição
adequada dos benefícios e encargos da cooperação social16.
Assim, parece natural pensar no conceito de justiça como sendo distinto das
várias concepções de justiça e como sendo especificado pelo papel que esses diferentes
conjuntos de princípios, essas diferentes têm em comum17. Desse modo, os que
defendem outras concepções de justiça podem ainda assim concordar que as instituições
são justas quando não se fazem distinções arbitrárias entre as pessoas na atribuição de
direitos e deveres básicos e quando as regras determinam um equilíbrio adequado entre
reivindicações concorrentes das vantagens da vida social18.
16
Idem
17
Ibdem, pág. 06.
18
Idem
19
Idem
6
sejam compatíveis entre si e possam ser todas executadas sem que as expectativas
legítimas de cada um sofram frustrações20.
Prossegue mais adiante o nosso autor, que a execução desses planos deveria
levar a consecução de fins sociais de formas eficientes e coerentes com a justiça.
Finalmente, o esquema de cooperação social deve ser estável: deve ser observado de
modo mais ou menos e suas regras básicas devem espontaneamente nortear a acção; e
quando ocorre infrações, devem existir forças estabilizadoras que impeçam maiores
violações e que tendam a restaurar a organização social21.
20
Idem
21
Ibdem, pág. 07
22
Idem
23
Idem
24
Idem
7
Segundo o nosso autor, a proteção legal da liberdade de pensamentos e de
consciência, os mercados, competitivos, a propriedade particular no âmbito dos meios
de produção e a família monogâmica constituem exemplos das instituições sociais mais
importantes. Tomadas em conjunto como um único esquema, as instituições sociais
mais importantes definem os direitos e deveres dos homens e influenciam seus projetos
de vida, o que eles podem esperar vir a ser o bem-estar económico podem almejar25.
25
Ibdem pág. 08
26
Idem
27
Idem
28
Idem
8
para regras e práticas de associações privadas ou para aquelas de grupos sociais menos
abrangente. Podem ser irrelevantes para os diversos usos informalmente consagrados e
comportamentos do dia-a-dia; podem não elucidar a justiça, ou melhor, talvez a
equidade de organizações de cooperação voluntária ou procedimento para obter
entendimentos contratuais29.
Contudo, presume-se que cada um haja com a justiça cumpra a sua parte para
manter instituições justas. Embora a justiça possa ser como observou Hume a virtude
cautelosa e ciumenta, ainda podemos perguntar como seria uma sociedade
perfeitamente justa. Assim o nosso autor examina primeiramente o que chamou de
teoria de conformação escrita em oposição a teoria de conformação parcial. 31
Para ele, esta última estuda os princípios que determinam como lidar com
injustiça. Abrange tópicos tais a teoria da pena a doutrina da guerra justa e a justificação
de várias maneiras de oposição a regimes injustos variando da desobediência civil e da
objeção de consciência a resistência armada e a revolução. Também se incluem aqui
questões de justiça compensatória e da avaliação de uma forma de injustiça institucional
em relação a outra.32
29
Ibdem pág. 09
30
Idem
31
Idem
32
Ibdem, pág.10
33
Idem
9
perfeitamente justa porque é a parte fundamental da teoria da justiça. E mesmo continua
dizendo que, admite que o conceito de estrutura básica ligado a justiça é um tanto
quanto vago34.
Segundo o nosso autor, não esta sempre clara quais instituições ou quais de seus
aspectos que viriam ser incluídos mas seria prematuro preocupar-se com essa questão
que prosseguiu discutindo princípios que realmente se aplicam aquilo que é certamente
uma parte dada a estrutura básica como a entendemos intuitivamente; tentou depois
estender a aplicação desses princípios de modo que cumpram o que pareceria constituir
os elementos principais da estrutura básica. Talvez esses princípios demonstrem ser
perfeitamente gerais, embora isso seja improvável.35
Segundo o nosso autor, Esse padrão, porém, não deve ser confundidos com os
princípios que definem outras virtudes pois a estrutura básica e as organizações sociais
em geral podem ser eficientes ou ineficientes, liberais ou não liberais, e muitas outras
coisas bem como justo ou injusto38.
37
Idem
38
10
tenhamos este bem estar que deve resultar em beneficio da maioria e não da
menoria,para o nosso autor ele considera insensato quando a pessoa propõe principios e
o mesmo finge honra-lo com o objetivo de beneficiar-se assim que a ocasião o permitir.
Segundo o nosso autor, constata-se que uma sociedade democratica é tida como
sistema de coperacão social pelo facto de que, um ponto de vista político e no contexto
da discursão pública das questões básicas de justiça política, seus cidadão não
39
J. RAWS,Justiça Como Equidade, Trad. Port. CLAUDIA BERLINER, São Paulo, Brasil 2003, P. 6.
40
Ibdem,pág.7
41
Idem
42
Idem
11
consideram sua ordem social uma ordem natural fixa,ou uma estrutura institucional
justificada por doutrinas religiosas ou princípios hierarquicos que expressam valores
Aristótelicos43.
43
Idem
44
Idem
45
Idem
46
Ibdem,pág.8
47
Idem
48
Idem
49
Idem
12
quando outros os propõem, os princípios necessários para especificar o que pode ser
considerado por todos como termos equitativos de coperação.
Segundo o nosso autor, embora não seja razoável, fazer isso não é, em geral,
irracional. Pós pode acontecer que alguns detenham um poder político maior ou se
encontacionarem em circunstancias mais afortunadas; E embora essas condições sejam
irrelevantes para distinguir essas pessoas no que se refere a condição de igualdade, pode
ser racional para elas tirarem vantaguem de sua situção. Deste modo apresentou uma
destinção na vida cotidiana, por exemplo quando dizemos de certas pessoas que em
vista de sua posição superior de negociação, o que propõem é perfeitamente racional,
mas nem por isso razoável52.
2.2-JUSTIÇA EQUITATIVA
Para o nosso autor, a justiça equitativa está intimamente relacionda com as
circustânçias que refletem as condições históricas sob as quais as sociedades
democráticas comtemporâneas existem. Continua Ele dizendo que, as circustancias
ligadas a justiça equitativa são efetivamente de maior importançia porque refletem o
facto de que numa sociedade democratica os cidadãos afirmam doutrinas abrangentes
50
Idem,pág.8
51
Idem
52
Ibdem,pág.9
53
Ibdem,pág.11
13
diferentes,ou até incomensuráveis e irreconciliáveis, embora razoáveis, a luz das quais
entendem suas concepções do bem54.
Segundo o nosso autor, uma das funções da justiça equitativa ligada a política é
de ajudar sobretudo a chegar a um acordo sobre uma concepção política de justiça, mas
ela é capaz de nos mostrar, de modo suficientemente claro para obter um acordo político
geral e livre, que alguma doutina abrangente razoável, com a sua concepção do bem seja
superior isto levou a concluir que não existe uma doutrina abrangente verdadeira ou
nenhuma concepção do bem melhor que as outras somente se diz que não podemos
esperar chegar a um acordo político exiquível sobre qual seja esta doutrina55.
54
Idem
55
Idem
56
Idem
57
Idem,pág.119
14
preocupem com suas liberdades e oportunidades para poderem realizar seu bem. Elas
demostrariam falta de respeito por si mesmas e fraqueza de carácter se não fizessem 58.
possegue o nosso autor, dizendo que Além disso esses conflitos podem ser
profunda e irremediavelmente irreconciáveis muitas vezes bem mais que conflitos
sociais e economicos59. Da mesma maneira, sem uma apreciação da profundidade do
conflito entre doutrinas abragentes quando elas entram no terreno político, o argumento
para formular uma concepção política razoável de justiça com sua ideia de razão pública
tende a ser menos convincente60.
Segundo o nosso autor, a justiça equitativa é uma visão igualitária. Para ele
existem muitos tipos de iguadades, muita razões que interferem directamente para
regulamentar as desiguardades económicas e sociais 61. uma das primeiras razões é
que, na ausência de circunstânçias espeçiais, parece errado que parte ou boa parte da
sociedade seja amplamente provida, ao passo que muitos ou até mesmo poucos, sofram
agruras, para não mecionar fome e doenças trátaveis62.
63
Ibdem,pág.184
64
Ibdem
15
costumam estar associadas a desigualdades de status social que estimulam aqueles que
detém um status menor a serem vistos, tanto por si mesmo como pelos outros, como
inferiores. Isso pode disseminar atitudes de diferença e servilismo por um lado e
vontade de dominar arrogância, por outros. Esses efeitos das desigualdades sociais e
económicas ligada a justiça equitativa podem causar graves danos e atitudes que elas
engendram, graves vícios, mais será que desigualdade é errada ou injusta em si
mesma65.
Para o nosso autor, está muito perto de ser errada ou injusta em si mesma no
sentido de que, em um sistema de status, nem todos podem ocupar os níveis mais
elevados. O status é um bem posicional, como as vezes se diz, Status elevados
presupõem outras posições abaixo deles; Portanto disse o nosso autor66.
65
Idem
66
Idem
67
Idem
68
Ibdem,pág.185
69
Idem
16
equitativo de coperação social ao longo do tempo entre pessoas livres iguais, ou se é
concebida de igualdade de alguma outra maneira, é do ponto de vista de cidadãos iguais
que a justificação de outras desigualdades deve ser entendida.70
Para o nosso autor, tudo isso permite dizer que numa sociedade bem ordenada
baseada na justiça equitativa os cidadãos , são iguais no mais alto grau e nos aspectos
mais fundamentais. A igualdade está presente no mais alto grau no facto de que os
cidadãos se reconhecem e se vêem uns aos outros como iguais. Ser o que eles são
cidadãos inclui o facto de eles se relacionarem como iguais faz parte tanto do que eles
são como aquilo que os outros reconhecem que são71.
Prossegue o nosso autor dizendo que; O vínculo social entre eles é constituido
pelo compromisso político público de preservar as condicões que a relação igualitária
entre cidadãos exige. Essa reação igualitária entre cidadões no mais alto grau favorece
no que se trata aspectos ligados a perpetivas de vida, um minimo social baseado numa
ideia de reciprocidade em determento de outra que cobre as necessidades essenciais
humanas para uma vida humana decente. portanto para o nosso autor, isso permitirá
entender como um conceito apropriado de mínimo social depende do conteúdo da
cultura política pública que, por sua vez depende de como a própria sociedade política é
concebida por sua concepção política de justiça72.
Para o nosso autor, em estudo o conceito de mínimo apropriado não está dado
pelas necessidades nas dicas da natureza humana entendida em termos psicologicos
independentemente de um mundo social paricular pelo contrário, depende das ideias
intuitivas fundamentais de pessoa e sociedade de acordo com as quais a justiça
equitativa é formulada73.
70
Idem
71
Ibdem,p.186
72
Idem
73
Ibdem,p.18
17
Segundo o nosso autor, a justiça como equidade adota uma variante de resposta
a ultima pergunta: Os termos equitativos de coperação social provêm de um acordo
celebrado por aqueles comprometidos com ela. Um dos motivos porque isso é assim é
que, dado o presuposto do pluralismo razoável, os cidadão não podem concordar com
nenhuma autoridade moral, como um texto sagrado ou uma instituição ou uma tradição
religiosa74.
Segundo o nosso autor, este acordo, como qualquer outro, tem de ser celebrado
sob certas condições para que um acordo válido do ponto de vista da justiça. Em
particular essas condições devem situar de modo equitativo as pessoas livres e iguais e
não devem permitir que alguns tenham posições de negoçiação mais vantajosas duque
as de outros. Além disso devem estar excluidas as ameaças da força e da coação, o
logro e a fraude, e assim por diante75.
Para o nosso autor, a posição original, com sua caracteristica que denominou de
véu de ignorançia, inclui esse ponto de vista. Na posição original não se permite que as
partes conheçam as posições sociais ou as doutrinas abragentes específicas das pessoas
que elas representam, as partes também ignoram a raça e grupo ético, sexo, ou outros
dons naturais como a força e inteligênçias das pessoas76.
Para o nosso autor, um dos motivos pelos quais a posição original tem de
abstrair as contigências as caracteristicas e circunstâncias particulares das pessoas da
estrutura básica é que as condições para um acordo equitativo entre pessoas livres e
iguais sobre os princípios primeiros de justiça para aquela estrutura têm de eliminar as
posições vantajosas de negociação que, com o passar do tempo, inevitavelmente surgem
em qualquer sociedade como resultado de tendênçiasoçias e históricas cumulativa77.
74
Ibdem,p.21
75
Idem
76
Ibdem,p.22
77
Idem
78
Idem
18
para o nosso autor, em estudo o segundo ponto significa que é preciso
determinar por análise quais são os princípos com que as partes concordariam.
Caracterizou a posição original por meio de várias estipulações cada qual sustentada
por cuidadosas poderações de forma tal que o acordo a que enventualmente se chegue
possa ser deduzido racionalmente apartir de como as partes estão situadas e são
descritas, das altenativas de que dispõem, e das razões e informações.
Aqui para ele uma seria objecão parece se apresentar: uma vez que acordos
hipotéticos não criam nenhuma obrigação o acordo entre as partes na posição original
não teria qualquer significado79. E respondedizendo que: A importancia da posição
original assenta-se no facto de ser um procedimento de representação ou um
experimento mental para os propósitos de esclarecimento público. Devemos pensar que
ela serve de modelo para duas coisas:
Primeiro, é um modelo do que consideramos aqui e agora como condição
equitativa sob as quais os representates dos cidadãos, vistos exclusivamente como
pessoas livres e iguais, devem concordar com os termos equitativos de coperação que
devem reger a estrutura básica. Segundo o nosso autor um modelo do que consideramos
aqui e agora restricões aceitaveis as razões com base nas quais as partes, dispostas em
condições equitativas, podem com propriedade propor certos princípios de justiça
política e rejeitar outros80.
Para o nosso autor a posição original serve de modelo para duas coisas: Em
primeiro o que consideramos aqui e agora seivas, e condições equitativas sob as quais
os representantes dos cidadãos, entendidos apenas como pessoas livres e iguais,devem
chegar a um accordo sobre os termos equitativos de cooperação social que devem
regular a estrutura básica. Em segundo lugar, para o que consideramos aqui e agora
serem restrições aceitaveis as razões com base nas quais as partes, situadas nas
79
Idem
80
Ibdem,p.24
81
Idem
19
condições equitativas, podem de boa-fé, propor certos princípios de justiça e rejeitar
outros82.
Segundo o nosso autor devemos lembrar ainda que a posição original também
serve a outros propositos. como já disse o nosso autor, fornece uma maneira de não
perdermos de vista nossos pressupostos. podemos ver o que pressupusemos olhando
para a maneira como as partes e sua situação foram descritas. Para o nosso autor a
posição original também revele a força potencial da combinação de nossos pressupostos
reunindo-os numa ideia precisa que nos permite perceber com mais facilidade suas
implicações83.
Segundo o nosso autor o objectivo é descobrir uma base pública para uma
concepção política de justiça. Ao descrevermos as partes não estamos descrevendo
pessoas tal como conhecemos. As partes são descritas de acordo como pretendemos
modedelar os representantes racionais de cidadãos livres e iguais Além disso impomos
as partes algumas condições razoáveis, tais como assimetria da situação de uns em
relação aos outros e os limites de seu conhecimento disse o nosso autor84.
Para o nosso autor, gostaria que o argumento apartir da posição original fosse, na
medida do possível dedutivo, ainda que o raciocínio até agora exposto dificiará muito
desse modelo.O que nos leva a ter essa meta é que não queremos que a aceitação pelas
partes dos dois princípios dependa de hipóteses psicologicas ou condições socias ainda
não incluidas na descriçao da posição original85.
20
sistema equitativo de coperação, que vai se especificando mais a medida que
detalhadamente o que acontece quando essa ideia se realiza plenamente, e a que ela se
aplica87.
Esse detalhamento da ideia organizadora central da coperação social não é um
argumento dedutivo. Não se diz que os passos que partem dessa ideia e prosseguem
para a próxima decorrem ou derivam dela. Especificamos a ideia organizadora e a
tornamos mais determinada ao vincuá-la as outras ideias, disse o nosso autor88.
87
Ibdem,pág.35
88
Idem
89
Idem
90
Ibdem,pág.36
91
BARBOSA, A. PE. ARAÚJO, L. A (2020), fundamentos teóricos da justiça distributiva de John Rawls e
seus críticos, universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil2002,P.6
21
CAPITULO III OS PRINCÍPIOS DE JUSTIÇA
92
FILHO, A. H. L. L. (2012) Reforma agrária e justiça social no Campo: Elementos para uma abordagem a
partir da teoria da justiça de John Rawls, (Dissertação de mestrado) Universidade Federal de Goiás:
faculdade de Direito, Goiânia, Brasil 2002,p.3
93
J. RAWS,Justiça Como Equidade, Trad. Port. CLAUDIA BERLINER, São Paulo, Brasil 2003, P. 64
22
precedência sobre o princípio de indiferença, essa oportunidade significa que ao aplicar
um princípio deve-se partir do pressuposto de que os princípios anteriores já foram
plenamente satisfeitos94.
O nosso autor, buscou um princípio de distribuição que vigie no contexto de
instituições de fundo que garantam as liberdades básicas iguais bem como a igualdade
Equitativa de oportunidades. A destruição para repartir os bens o elemento equitativo
fundamentando-se no princípio que vigora dentro deste contexto. Fora disto darei
continuidade desta abordagem para sustentar tal discurso.
Para o nosso autor, as revisões no segundo princípio são meramente estilísticas.
Mas antes são significativas, deveríamos voltar nossa atenção para o significado da
igualdade equitativa de oportunidades. Trata-se de uma noção difícil não totalmente
clara; talvez sua função possa ser inferida das razões pelas quais ela é introduzida:
continua o nosso autor dizendo que: para corrigir os defeitos da igualdade formal de
oportunidades carreiras abertas a talentos no sistema da chamada liberdade natural 95.
Segundo o nosso autor, aqueles que têm o mesmo nível de talento e habilidade e
a mesma disposição para usar esses dons deveriam ter as mesma disposição para ter as
mesmas perspetivas de sucesso, independentemente de sua classe social e da origem, a e
o lugar onde nasceram e se desenvolveram até a idade da razão, em todos os âmbitos da
sociedade deve haver praticamente as mesmas perspetivas de cultura e realização para
aqueles com motivação e dotes similares97.
Conclui o nosso autor dizendo que:
Ao longo da história, o pensamento democrático dedicou se a realizar
alguns direitos e liberdades específicos bem como garantias
constitucionais específicas como se pode ler, por exemplo, em várias
cartas de direitos e declarações dos direitos do homem. A justiça como
equidade segue essa visão tradicional98.
94
Idem,pág.64
95
Idem
96
Idem
97
Idem,pág.61
98
Ibdem,pág.63
23
Para o nosso autor uma lista das liberdades básicas pode ser formulada de duas
maneiras, uma é histórica: examinamos vários regimes democráticos e reunimos uma
lista de direitos e liberdades que seguramente protegidos naqueles que parecem básicos
e seguramente protegidos naqueles que, historicamente, parecem ser os regimes mais
bem-sucedidos99.
Segundo o nosso autor é claro que o véu de ignorância pressupõe que esse tipo
de informação particular não esteja disponível para as partes na posição original, mas
está disponível para você e ao elaboramos a teoria da justiça como equidade, Temos a
possibilidade para usa-la a fim de determinar os princípios de justiça que disponibiliza
para as partes100.
Segundo o nosso autor, Exercitar nossa faculdade desta maneira é essencial para
nós enquanto cidadãos livres e iguais. O primeiro princípio de justiça, aplica-se não só à
estrutura básica, mais especificamente ao que consideramos ser a constituição, escrita
ou não, para ele algumas dessas liberdades políticas iguais e a liberdade de pensamento
e associação, devem ser garantidas por uma constituição que ele chamou de poder
constituinte em oposição a poder ordinário tem de ser adequadamente institucionalizado
na forma de um regime: no direito de votar e de exercer o mandato, e nas chamadas
cartas de direitos, bem como nos procedimentos para emendar a constituição102.
Esses assuntos para o nosso autor são os que dizem respeito aos chamados
elementos constitucionais essenciais, ou seja aquelas questões fundamentais em torno
das quais, dado o facto do pluralismo, é mais urgente conseguir um acordo político.
Dada a natureza fundamental dos direitos e liberdades básicos, explicada em parte pelos
interesses fundamentais que eles protegem, e considerando-se que o poder do povo para
99
Idem
100
Idem
101
Idem,pág.63
102
Ibdem,pág.65
24
constituir a forma de governo é um poder superior atribui-se a prioridade ao primeiro
princípio, disse o nosso autor103.
Para o nosso autor,essa prioridade significa que o segundo princípio deve
sempre ser aplicado no contexto de instituições de fundo para que satisfaçam as
exigências do primeiro princípio, o que por definição, acontece numa sociedade
ordenada. O valar equitativo das liberdades políticas garante que cidadãos similarmente
dotados e motivados tenham praticamente uma chance igual de influenciar a política
governamental e de galgar posições de autoridade independentemente de sua classe
social e económica104.
Segundo o nosso autor, ao explicar a prioridade do primeiro princípio sobre o
segundo: Essa prioridade exclui compromissos entre os direitos e liberdades básicos
abarcados pelo primeiro princípio e as vantagens sociais e económicas reguadas pelo
princípio de diferença105.Tampouco se poderia justificar um decreto discriminatório e
seletivo de recrutamento militar que concedesse dispensa ou isenções educacionais a
alguns sob a alegação de que esta seria uma maneira socialmente eficiente 106.
103
Idem
104
Idem
105
Ibdem,pág.66
106
Idem
107
Idem
108
Idem
25
princípio de diferença exige mais e não é visto assim109. O que fundamenta a distinção
entre os dois princípios não está em que o primeiro expresse valores políticos e
Segundo, não. Segundo o nosso autor ambos os princípios expressam valores políticos.
Para nós a estrutura básica da sociedade tem duas funções coordenadas, a outra110.
Segundo o nosso autor, uma das funções, é a estrutura básica que determina e
garante as liberdades iguais dos cidadãos e estabelece um regime constitucional justo.
Sua outra função é prover as instituições de fundo da justiça social e económica na
forma mais apropriada a cidadãos considerados livres e iguais. As questões suscitadas
pela primeira função concernem a aquisição e ao exercício do poder político, para
satisfazer o princípio liberal de legitimidade, esperamos resolver pelo menos essas
questões recorrendo aos valores políticos que constituem a base da razão pública
livre111.
109
Ibdem,pág.67
110
Idem,pág.67
111
112
Idem
113
Idem,pág.68
26
segunda instância para ele é mais urgente estabelecer os elementos constitucionais
essenciais114.
114
Idem
115
Idem,pág.68
116
Idem
117
Ibdem,pág.199
118
Idem
27
Continua o nosso autor dizendo que:
Tenhamos em mente que essas restrições são aceites para que a justiça equitativa possa
satisfazer o princípio liberal de legitimidade; ou seja quando elementos constitutivos
essências e questões de justiça estão em jogo, o exercício do poder político coercitivo, o
poder dos cidadãos livres e iguais enquanto corpo coletivo tem de ser justificáveis para
todos em termos de sua razão pública livre119.
119
Idem,pág.200
120
Idem
121
Idem,pag.200
122
Idem
123
Idem
28
como equidade baseando-se no facto de que essas ideias são construídas em
sequência124.
Segundo o nosso autor, partindo da ideia de bem como racionalidade chegou aos
bens primários. Tendo usado esses bens para especificar os objectivos das partes na
posição fornece os dois princípios de justiça, concepções permissíveis de bem são
aquelas cuja busca é compatível com aqueles princípios. Em seguida, as virtudes
políticas são especificadas como aquelas qualidades do carácter moral dos cidadãos
importantes para garantir uma estrutura básica justa ao longo do tempo125.
A luz dessas ideias de bem, examinou as duas visões tradicionais do humanismo
cívico e do republicanismo clássico, embora a justiça como equidade seja perfeitamente
coerente como republicanismo clássico, lá rejeita o humanismo cívico, o humanismo
cívico é uma forma de Aristotelismo: Afirma ele que somos seres sociais, até políticos,
cuja natureza essencial se desenvolve mais plenamente numa sociedade democrática na
qual haja participação activa e generalizada na vida política126.
Numa sociedade democráticas moderna segundo o nosso autor, a política não é o
centro da vida como o era para os cidadãos nativos de sexo masculino na cidade.
Continua dizendo que as liberdades políticas ainda podem ser consideradas básicas
mesmo não passando de meios institucionais essências para proteger e preservar outras
liberdades básicas127.
Segundo nosso autor, quando se nega a grupos e minorias politicamente mais
fracos o direito de votar, e eles ficam impedidos de ocupar cargos políticos e de
participar de participar de partidos políticos, é provável que seus direitos e liberdades
básicos se vejam restringidos quando não negados. Conclui dizendo que as liberdades
políticas em qualquer esquema plenamente adequando de liberdades básicas128.
Segundo o nosso autor, não está afirmando que para a maioria das pessoas as
Liberdades políticas sejam meros instrumentos pretendemos apenas admitir que nem
todas as liberdades básicas são igualmente valorizadas ou consideradas básicas pelas
mesmas razões hora apresentadas. Faz uma advertência para não confundirmos o
124
Idem
125
Ibdem,pág.201
126
Idem
127
Ibdem,pág.202
128
Ibdem,pág.20p3
29
humanismo cívico com o truísmo de que temos de viver em sociedade para realizar
nosso bem129.
Segundo o nosso autor, se quisermos permanecer cidadãos livres e iguais não
podemos nos dar ao luxo de uma reclusão geral na vida privada. Entre o republicanismo
clássico, assim entendido, e o liberalismo não há nenhuma oposição fundamental, pois a
questão é qual o grau necessário de engajamento dos cidadãos na política para a garantia
das liberdades básicas, e qual a melhor maneira de conseguir essa participação
necessária130.
Segundo o nosso autor, em relação a isso disse o nosso autor pode haver
diferenças no peso atribuído a valores políticos opostos; mas trata-se de uma questão
sobretudo de sociologia política e de arquitetura institucional. Como o republicanismo
clássico não envolve uma doutrina abrangente, também é plenamente compatível com o
liberalismo político, e com a justiça como equidade como uma de suas formas131.
Para o nosso autor, aideia de bem na justiça equitativa segundo nosso autor não
nega o facto de que alguns encontrarão seu bem, e na verdade, dados seus talentos e
aspirações, deveriam encontra-la sobretudo na vida política; para ele essa vida é parte
central de seu bem completo. Que issoremonta no bem da sociedade, da mesma maneira
que em geral é benéfico para as pessoas desenvolverem seus diversos talentos
complementares e se envolverem em esquemas de cooperação mútua e vantajosa. Esta
ideia aplica-se aqui como em qualquer lugar132.
30
pela maneira como suas regras públicas organizam a actividade produtiva, determinam a
divisão de trabalho, atribuem funções variadas aos que dela participam e assim por
diante. Com efeito esses esquemas incluem planos de ganhos e salários a serem pagos
em função da produção134.
Segundo o nosso autor, na sociedade bem ordenada tal possibilidade é
admissível, o que o princípio de diferença exige é que durante um intervalo apropriado
de tempo as diferenças em termos de renda e riqueza obtidas pela geração do produto
social sejam tais que se as expectativas legítimas dos mais favorecidos fossem menos,
favorecidos também seriam menores, disse o nosso autor. Neste caso a sociedade estaria
na parte ascendente ou no topo da curva135.
Para o nosso autor, em estudo as desigualdades permissíveis satisfazem essa
condição estão compatíveis com o produto social de um estudo e equilíbrio estável em
que uma estrutura básica justa é sustentada e produzida ao longo do tempo. Prossegue
ele dizendo que o outro aspecto do mesmo ponto é o seguinte: O Principio de diferença
exige que por maiores que sejam as desigualdades em termos de renda e riqueza, e mais
que as pessoas queiram trabalhar para ganhar uma parte maior da produção, as
desigualdades existentes devem efectivamente beneficiar os menos favorecidos, caso
contrário, as desigualdades não são permissíveis136.
Prossegue na mesma linha de pensamento dizendo que o nível geral de riqueza
da sociedade, incluindo o bem-estar dos menos favorecidos, depende das decisões que
as pessoas tomam sobre como conduzir suas vidas. Neste caso a prioridade da liberdade
significa que não podemos ser forçados a nos envolver em trabalhos que sejam
altamente produtivos em termos de bens matérias137.
Para o nosso autor, o tipo de trabalho que as pessoas fazem, e o quanto se
empenham nele, é algo que cabe apenas a elas decidir a luz dos vários incentivos que a
sociedade oferece. Portanto ele conclui que o princípio de diferença o que exige é que
seja igual se for o nível geral de riqueza, seja alto ou baixo as desigualdades existentes
tem de satisfazer a condição de beneficiar os outros tanto como nós mesmos138.
Segundo o nosso autor, essa condição revela que mesmo usando a ideia de
maximização das expectativas dos menos favorecidos, o princípio de diferença é
134
Idem
135
Ibdem,pág.90
136
Idem
137
Idem
138
Idem
31
essencialmente um princípio de reciprocidade. Como vimos nos dois princípios de
justiça aplicam-se a cidadãos identificados por seus índices de bens primários, continua
dizendo que seria natural perguntar porque as distinções de regra raça e género não
estão explicitamente incluídas entre as três contingências mencionadas acima 139.
139
Ibdem,pág.91
140
Idem
141
Ibdem,pág.92
142
Ibdem,pág.93
32
necessárias para garantir a igualdade das mulheres e das minorias contínua dizendo que
há um grave debate sobre a natureza da família e a igualdade das mulheres143.
CONCLUSÃO
143
33
Fruto da constatação conclui-se que esta temática nos ajudou a buscar o sentido
da justiça como equidade na repartição dos bens para que uma sociedade esteja bem
estruturada, as pessoas de bem contribuem significativamente na sociedade sublinhando
assim a justiça como via de participação dos membros na organização do estado.
No primeiro capítulo nos limitamos a abordar três aspectos fundamentais: Em
primeira estância falamos do conceito da justiça na visão de John Rawls, e o mesmo
entende-a como primeira virtude das instituições sociais. Posteriormentefalou-se do
papel da justiça que é de fazer com que todos tenham os mesmos direitos e deveres e
uma distribuição equitativa na vida das pessoas o terceiro elemento é o objecto da
justiça equitativa que tem como base na estruturação básica de uma sociedade ou mas
exactamente como as instituições sociais distribuem direitos e deveres.
Portanto no segundo capitulo abordamos sobre a sociedade como sistema
equitativo onde a metas praticáveis da justiça como equidade é fornecer uma base
filosófica e moral aceitável para as instituições democráticas e assim responder a
questão das exigências da liberdade, sendo assim entendemos nós fruto da leitura do
nosso autor que as pessoas são livres e iguais. Para a organização da sociedade é preciso
que haja cooperação procurando o bem-estar da maioria e não da minoria,por isso pensa
ele ser insensato quando a pessoa parece fingir propor e honrar os princípios enquanto
está disposta a violar estes princípios muita das vezes em beneficio próprio assim que
ocasião o permitir,
Concluímos que a posição original é importanteporqueacentua no facto de ser
um procedimento de representação ou um experimento mental para os propósitos de
esclarecimento público. Nesta sequência de ideias falamos também da ideia principal
que se fundamenta essencialmente na organização das sociedades como sistema
equitativo de cooperação que vai se especificando mais a medida que detalhadamente
acontece quando essa ideia se realiza plenamente.
Posteriormente prosseguimos no terceiro capitulo com dois princípios
condutores da justiça equitativa neste caso concluímos que esta dividido em duas partes.
Prossegue o nosso autor que para resolvermos as desigualdades na sociedade é
necessário dar oportunidade as pessoas criando abertura no sentido formal deste modo
todos devem ter chave para que haja distribuição de dons naturais.
Finalmente terminamos com o princípio de diferença enquanto princípio de
justiça distributiva em sentido estrito, lembrando-se que ele esta suborna tanto o
princípio primeiro como o princípio de igualdade equitativa de oportunidades
34
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FONTES
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Fonte, São Paulo, Brasil
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Elementos para uma abordagem a partir da teoria da justiça de John Rawls,
Universidade Federal de Goiás: faculdade de Direito, Goiânia, Brasil.
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Brasil.
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36