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Bombas de Proteção contra Incêndio 3-7

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Fig. 3.1.9-1. Gráfico do suprimento de água

O ponto de demanda C representa um sistema de volume alto e pressão moderada. A bomba pode suprir a
demanda.
O ponto de demanda D representa um sistema de volume baixo e pressão alta. O desempenho real da bomba não
pode suprir a demanda.

3.1.10 Válvulas de alívio de pressão


Pode-se evitar o uso da maioria das válvulas de alívio de pressão por meio da aplicação de técnicas adequadas no
projeto do sistema para que este não sofra excesso de pressão.
Um bom projeto garantirá que a soma da pressão de operação à vazão nula com a pressão estática na sucção da
bomba não exceda o limite máximo de operação dos componentes do sistema, que geralmente é de 11,9 bar
(175 psi). Se as bombas de incêndio forem alimentadas por tanques ou poços, é fácil fazer o projeto conforme
essas diretrizes.
No caso de bombas de incêndio booster que fazem sucção de redes públicas, na maioria das vezes esse tipo de
projeto pode ter êxito se houver dimensionamento adequado da tubulação do sistema de sprinklers para minimizar
a perda de carga, e seleção de uma bomba com curva característica que atenda aos requisitos de projeto do
sistema sem causar excesso de pressão quando operando à vazão nula. Devem- se evitar projetos que
intencionalmente utilizem tubulações de menor diâmetro e uma válvula de alívio para truncar uma parte da curva
de suprimento de água a jusante da bomba de incêndio.
Em circunstâncias em que as pressões estáticas na entrada de bombas booster variam, as boas práticas de
projetos de sistemas de proteção contra incêndio recomendam que as características de descarga da bomba
sejam selecionadas com base na menor pressão estática esperada, para não comprometer a adequação do
projeto geral do sistema hidráulico. Nesses casos, pode ser que a bomba, ao operar em faixas mais altas de
pressão estática esperada, produza pressões de descarga superiores à pressão máxima de operação dos
componentes do sistema, o que exigiria a utilização de uma válvula de alívio de pressão. Assim, se for necessário

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instalar uma válvula de alívio de pressão, é aconselhável utilizar uma operada por piloto, com a linha de impulso
conectada à tubulação de descarga da bomba de incêndio a jusante da válvula de retenção.
No caso de bombas diesel, a pressão deve ser elevada a 121% da pressão total de operação à vazão zero, pois
a pressão desenvolvida é proporcional ao quadrado da velocidade em que a bomba gira.
Controladores de velocidade de motores diesel devem ser capazes de limitar a velocidade máxima do motor
a 110%, desenvolvendo uma pressão de 121% da nominal.

3.1.11 Bombas de velocidade variável


Bombas de velocidade variável aumentam o nível de complexidade do sistema e o custo de testes
e manutenção que, se possível, devem ser evitados. Podem, porém, ser uma boa ferramenta em sistemas
que têm excesso de pressão, se não houver outras opções.
Bombas de velocidade variável costumam ser adequadas nas seguintes aplicações:
A. Suprimento de água com grande variação na pressão de sucção
B. Redução do número ou eliminação da necessidade de válvulas de redução de pressão em edifícios altos
C. Sistemas de modo supressão instalados em edifícios altos que necessitem de altas pressões
nos sprinklers mais remotos

3.1.12 Partida e controle da bomba


Se a bomba suprir equipamentos especiais de controle de água (exemplo, válvulas dilúvio, de tubulação seca,
etc.), é recomendável ajustá-la para que parta antes que acionada pelos pressostatos. Nessas condições, o painel
de controle deve ser configurado para partir a bomba assim que o equipamento de proteção contra incêndio entrar
em operação. Isso reduz a possibilidade de golpe de aríete.
O propósito da parada manual é permitir que, sempre que a bomba partir, pessoal qualificado vá à sala de
bombas para confirmar se a bomba está funcionando de forma adequada, e para garantir que a bomba não para
antes da confirmação de que a causa de sua partida voltou ao normal e que qualquer emergência de incêndio
foi resolvida.
A parada somente manual garante que a bomba permanecerá ligada durante o combate ao fogo. Uma bomba que
liga e desliga sucessivamente pode trazer problemas para quem faz o combate com mangueiras supridas
pela bomba.
A bomba de incêndio não pode ser utilizada para manter a pressão do sistema de proteção contra incêndio. Essa
é a função da bomba de manutenção de pressão (jockey). Porém, ela deve partir assim que um sistema de
tubulação seca, pré-ação ou dilúvio atuar, ou quando um ou mais sprinklers de um sistema de tubulação molhada
operarem. Uma grande diferença entre a pressão de partida e a pressão de descarga da bomba pode resultar em
danos causados por golpe de aríete. Se houver mais de uma bomba, coordene a partida de cada uma para que
não partam simultaneamente, mas em sequência rápida. A partida simultânea das bombas pode agravar
o problema de golpe de aríete. Se houver duas bombas acionadas por motor elétrico, a partida simultânea pode
aumentar a chance de acionamento de algum dispositivo de proteção contra sobrecorrente no circuito de
alimentação elétrica.
A instalação da linha de impulso entre a válvula de retenção da linha de descarga e a válvula de controle
é necessária, para facilitar o isolamento do painel de controle (e da linha de impulso) da bomba jockey para
manutenção sem que seja preciso drenar o sistema inteiro.

3.1.13 Bombas acionadas por motor elétrico


3.1.13.1 Configuração do suprimento de energia
Uma alimentação elétrica confiável:
A. Não está exposta a danos diretos causados por incêndios/explosões ou por equipamentos ou processos
que sejam parte das operações normais da fábrica;
B. Não está exposta a problemas elétricos/mecânicos causados por equipamentos que não fazem parte da
proteção contra incêndio, mas que estão conectados à mesma alimentação (obs.: problemas
elétricos/mecânicos nos equipamentos do sistema contra incêndio já estão cobertos nos vários requisitos das
normas de aprovação pertinentes); e
C. É configurada de forma que o pessoal da fábrica, do corpo de bombeiros, etc. não a desconecte durante
um incêndio.

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3.1.13.2 Proteção contra sobrecorrente no circuito de alimentação


Não é necessário ter proteção contra sobrecorrente exclusiva para o circuito de alimentação da bomba de
incêndio. A experiência mostra que curtos-circuitos são improváveis em um circuito de alimentação de bomba de
incêndio corretamente configurado, e que omitir essa proteção eliminará outra possível fonte de problemas que
pode interromper o fornecimento de energia à bomba de incêndio. Se ocorrer de fato um curto-circuito,
dispositivos de proteção instalados no sistema da concessionária o eliminarão.
3.1.13.2.1 Painéis de controle de serviço limitado
Os painéis de controle de serviço limitado são uma alternativa de baixo custo para bombas de incêndio elétricas
pequenas. As principais diferenças são o uso de um disjuntor termomagnético mais barato e a ausência de uma chave
isoladora que requeira uma chave seccionadora e/ou dispositivo de proteção contra sobrecorrente (fusível ou disjuntor)
a montante. O ponto de acionamento do disjuntor termomagnético é afetado pela temperatura ambiente. Esse tipo de
disjuntor retém uma "memória" térmica após cada acionamento, o que requer seu esfriamento antes que o ponto de
acionamento original seja restabelecido.
3.1.13.2.2 Bombas elétricas de velocidade variável
Bombas elétricas de velocidade variável utilizam um variador de frequência dentro do painel de controle para
reduzir a frequência da linha de entrada de energia (60 Hz ou 50 Hz), a fim de diminuir a velocidade do motor se
o limite de pressão estabelecido for excedido. O meio de ajuste do limite da pressão está instalado no gabinete do
painel de controle. Em caso de problema, o painel de controle foi projetado para fazer um bypass do variador de
frequência, e automaticamente fazer a conexão direta à rede, ou também fazê-la manualmente, por meio de uma
chave na parte externa do painel.

3.1.14 Bombas acionadas por motor diesel


3.1.14.1 Tanque e tubulação de combustível
Recomenda-se que os tanques de armazenagem de diesel sejam instalados dentro da sala de bombas, com
linhas de abastecimento e de ventilação levadas para fora do ambiente, caso permitido pelas normas locais. Isso
maximiza a confiabilidade da transferência de combustível e garante que o tanque de armazenagem de
combustível não ficará exposto a temperaturas congelantes. O tubo de abastecimento pode ser utilizado para
instalação de um medidor de nível, se possível.
3.1.14.2 Arrefecimento do motor
A. Motores com arrefecimento por trocador de calor de circuito aberto
A pressão máxima permitida na linha de arrefecimento do motor diesel deve estar indicada no manômetro. Quando
houver bypass do regulador de pressão, a pressão não poderá exceder a pressão operacional máxima dos
componentes e da tubulação, ou pode ocorrer falha no sistema de arrefecimento e, consequentemente, no motor
diesel. Os motores com arrefecimento por trocador de calor têm uma bomba acionada pelo motor que circula
o líquido de arrefecimento por fora dos tubos do trocador de calor e pelo bloco do motor. Use no sistema de
circulação somente líquido de arrefecimento novo, de acordo com a recomendação do fabricante, e água
destilada. A temperatura do líquido de arrefecimento é regulada por um termostato no sistema de circulação.
A água bruta para o trocador de calor sai da bomba por uma tubulação conectada entre a saída da bomba
e a válvula de descarga. A linha de água bruta tem filtro, válvulas de controle, bypass e conexão de manômetro.
Se os tubos do trocador de calor não forem projetados para suportar 20,7 bar (300 psi, 2067 kPa), um regulador
é instalado na linha de água bruta. Se a bomba é configurada para partida automática, a linha de água bruta tem
uma válvula solenoide normalmente fechada que abre apenas quando o motor está em funcionamento; caso
contrário, a água do tanque de abastecimento ou reservatório aberto pode ser desperdiçada pela bomba e pelo
sistema de arrefecimento do motor.
Não é necessário válvula solenoide se a bomba for vertical tipo turbina instalada em um poço. Quando resfriados
por água, os tubos de exaustão do motor têm camisas conectadas ao sistema de arrefecimento ou à linha de
descarga de água bruta que sai do trocador de calor. Resfriadores de óleo, cabeçotes de entrada e outras peças
também podem ter camisas alimentadas pelo sistema de arrefecimento, conforme recomendado pelo fabricante
do motor. Motores requerem uma vazão de 56,8 L/min a 246 L/min (15 gpm a 65 gpm) ou mais de água bruta
através do trocador de calor para que o arrefecimento seja adequado. Para permitir uma inspeção rápida do
arrefecimento adequado do motor, a saída de água bruta do sistema de arrefecimento do motor deve ser
direcionada livremente para a atmosfera, em local visível ao operador, em geral o funil de descarga da válvula de
alívio da bomba.
B. Motores com arrefecimento por radiador

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Motores com arrefecimento por radiador requerem muito mais ar de arrefecimento do que motores com
arrefecimento por trocador de calor de mesma capacidade. Um bypass controlado por termostato pode ser
utilizado para obtenção de ar quente do duto de ar de descarga, a fim de reduzir o aquecimento da sala de
bombas durante a operação do motor. Direcione o ar obtido por este duto de bypass de maneira a evitar que
recircule diretamente para o radiador.
3.1.14.3 Bombas diesel de velocidade variável
Bombas diesel de velocidade variável certificadas pela FM Approvals utilizam um controle de pressão instalado a
jusante da válvula da tubulação de descarga que reduz diretamente a velocidade do motor se o limite de pressão
estabelecido for excedido. O controlador de pressão e seu dispositivo de ajuste estão localizados no motor e são
independentes do painel de controle da bomba de incêndio. Pode-se desabilitar o controle de velocidade variável
com o fechamento da válvula da tubulação de controle, instalada entre a descarga da bomba e o controle de
pressão no motor.

4.0 REFERÊNCIAS

4.1 FM Global

4.1.1 Normas técnicas de instalação


Norma Técnica 2-8, Earthquake Protection for Water-Based Fire Protection Systems
Norma Técnica 2-0, Diretrizes de Instalação para Sprinklers Automáticos
Norma Técnica 3-2, Water Tanks for Fire Protection
Norma Técnica 3-10, Installation and Maintenance of Private Fire Service Mains and their Appurtenances
Norma Técnica 4-4N, Standpipe and Hose Systems

4.1.2 Normas técnicas de ocupação


A lista a seguir contém normas técnicas da FM Global que podem ser úteis para definir os requisitos de demanda
de água do sistema de sprinklers para riscos ou ocupações específicas listadas.
Norma Técnica 1-3, High-Rise Buildings
Norma Técnica 1-56, Cleanrooms
Norma Técnica 3-26, Fire Protection Water Demand for Nonstorage Sprinklered Properties
Norma Técnica 4-7N, Low Expansion Foam Systems
Norma Técnica 5-14, Telecommunications
Norma Técnica 7-1, Fire Protection for Textile Mills
Norma Técnica 7-7/17-12, Semiconductor Fabrication Facilities Norma Técnica 7-10, Wood Processing and
Woodworking Facilities Norma Técnica 7-11, Conveyors
Norma Técnica 7-14, Fire Protection for Chemical Plants
Norma Técnica 7-27, Spray Application of Flammable and Combustible Materials
Norma Técnica 7-32, Ignitable Liquid Operations
Norma Técnica 7-41, Heat Treating of Materials Using Oil Quenching and Molten Salt Baths
Norma Técnica 7-64/13-28, Aluminum Industry
Norma Técnica 7-80, Organic Peroxides
Norma Técnica 7-83, Drainage Systems for Ignitable Liquids
Norma Técnica 7-89, Ammonium Nitrate and Mixed Fertilizers Containing Ammonium Nitrate
Norma Técnica 7-91, Hydrogen
Norma Técnica 7-93N, Aircraft Hangars
Norma Técnica 7-98, Hydraulic Fluids
Norma Técnica 7-99, Heat Transfer by Organic and Synthetic Fluids
Norma Técnica 7-101, Fire Protection for Steam Turbines and Electrical Generators
Norma Técnica 8-3, Rubber Tire Storage
Norma Técnica 8-7, Baled Fiber Storage
Norma Técnica 8-9, Armazenagem de Mercadorias Classes 1, 2, 3, 4 e Plásticos
Norma Técnica 8-10, Coal and Charcoal Storage Norma Técnica 8-18, Storage of Hanging Garments Norma
Técnica 8-21, Roll Paper Storage
Norma Técnica 8-22, Storage of Baled Waste Paper
Norma Técnica 8-23, Rolled Nonwoven Fabric Storage

4.1.3 Normas de Aprovação da FM Global


1311, Centrifugal Fire Pumps (Horizontal Split-Case Type)

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1312, Centrifugal Fire Pumps (Vertical Shaft, Turbine Type)


1319, Centrifugal Fire Pumps (Horizontal, End Suction Type)
1321/1323, Controllers for Electric Motor Driven and Diesel Engine Driven Fire Pumps
1333, Diesel Engine Fire Pump Drivers
1338, Right Angle Gear Drives
1361, Water Pressure Relief Valves
1371, Centrifugal Fire Pumps (In-Line Type)

4.1.4 Publicações
Guia de bolso para inspeção, teste e manutenção de equipamentos de proteção contra incêndio (P0418)
Lista de verificação para inspeção da bomba de incêndio (P8217)

4.2 Outras normas


British Standards Institute (BSI). Fixed Firefighting Systems: Automatic Sprinkler Systems Design, Installation and
Maintenance. EN 12845:2004.
Hydraulic Institute (HI). Various standards for centrifugal, rotary, and reciprocating pumps.
National Electrical Manufacturers Association (NEMA). Application Guide for Electric Fire Pump Controllers. NEMA
ICS 14:2004.
National Electrical Manufacturers Association (NEMA). Instructions for the Handling, Installation, Operation, and
Maintenance of Electric Fire Pump Controllers Rated Not More than 600 V. NEMA ICS 15:2004.
National Electrical Manufacturers Association (NEMA). Motors and Generators. NEMA MG 1: 2006.
National Fire Protection Association (NFPA). NFPA 70, National Electrical Code.
National Fire Protection Association (NFPA). NFPA 20, Stationary Pumps for Fire Protection.
VdS Schadenverhütung GmbH. VdS CEA Guidelines for Sprinkler Systems: Planning and Installation. VdS CEA
4001: 2005-09
ANEXO A GLOSSÁRIO DE TERMOS
Acoplamento flexível: Dispositivo utilizado para conectar o motor à bomba, que pode compensar pequenos
desalinhamentos e amortecer vibrações.
Bomba de incêndio: Bomba dedicada a fornecer determinada vazão de água a uma pressão específica para um
sistema de proteção contra incêndio.
Bomba monoestágio: Bomba cuja pressão total é desenvolvida por um rotor.
Bomba multiestágio: Bomba de incêndio horizontal centrífuga de carcaça bipartida com mais de um rotor no
mesmo eixo. O número de estágios é definido pelo número de rotores.
Caixa de gaxetas: A função da gaxeta é controlar vazamentos no eixo da bomba, mas não eliminá-los totalmente.
Em geral, é um conjunto formado por anéis de gaxeta, um anel lanterna para injeção de líquido de lubrificação
e/ou lavagem, e uma bucha para segurar a gaxeta e manter a compressão desejada para a devida vedação.
A gaxeta é lubrificada pelo líquido bombeado. O anel lanterna serve para situações em que a pressão da caixa de
gaxetas está abaixo da pressão atmosférica, para injetar lubrificante na caixa com o uso de uma linha de desvio
da descarga da bomba para a conexão do anel de lanterna.
Capacidade nominal da bomba: Capacidade de vazão (L/min [gal/min]), na pressão e velocidade nominais.
Cavitação: Redução da pressão dentro da bomba que causa vaporização da água. A cavitação reduz
o desempenho da bomba e pode danificar seu rotor.
Chave de comutação: Equipamento automático para transferência da conexão da carga de uma fonte de energia
para outra.
Circuito de alimentação (bomba de incêndio): Condutores entre o transformador e o painel de controle da
bomba de incêndio.
Circuito ramal: Condutores elétricos entre o último dispositivo de sobrecorrente que protege o circuito
e o equipamento acionado.
Conjunto de bomba de incêndio: Unidade montada composta por bomba de incêndio, motor, painel de controle
e acessórios.
Controle automático: Controle de uma operação sem intervenção humana.

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Controle limitador de pressão por velocidade variável: Sistema de controle para limitar a pressão de descarga
produzida por uma bomba de incêndio por meio da redução da velocidade do motor da bomba.
Edifício alto: Prédio com mais de 23 m (75 ft) de altura.
Estudo de esforços dinâmicos: Análise de engenharia feita com o propósito de identificar e eliminar forças
torcionais e frequências ressonantes lineares prejudiciais na faixa de velocidade operacional de
equipamentos rotativos.
Fator de serviço: Multiplicador que, quando aplicado à potência nominal de um motor de corrente alternada,
indica a carga permitida que pode ser obtida em tensão, frequência e temperatura nominais. O multiplicador do
fator de serviço (ex., 1,15) indica que é permitido ao motor ter sobrecarga de 1,15 vez sua potência nominal sem
causar degradação do isolamento ou redução significativa da durabilidade.
Motor: Motor elétrico ou diesel que aciona a bomba de incêndio.
Motor diesel: Motor de combustão interna no qual o combustível entra em ignição pela ação do calor resultante da
compressão do ar fornecido para combustão.
Painel de controle da bomba de incêndio: Grupo de dispositivos instalados em gabinete que serve para
controlar, de forma pré-determinada, a partida e a parada do motor da bomba de incêndio, assim como monitorar e
indicar as condições do conjunto da bomba.
Painel de controle de bomba de espuma: Painel especial que visa atender aos requisitos únicos de bombas de
incêndio diesel ou elétricas utilizadas para bombeamento de líquido gerador de espuma.
Painel de controle de bomba de incêndio com motor diesel: Painel para controle de bombas de incêndio
acionadas por motor diesel.
Painel de controle de bomba de incêndio elétrica: Painel para controle de bombas de incêndio acionadas por
motor elétrico.
Partida em tensão total ou tensão reduzida: Os painéis de controle de motores elétricos podem ser
configurados para partida em corrente total (em tensão total) ou em corrente reduzida (em tensão reduzida).
Poço de sucção: Área definida cercada por grades abertas e telas, cheia de água proveniente de um corpo de
água aberto como lago, rio ou reservatório, utilizada como fonte de sucção da bomba de incêndio.
Pressão de descarga total: Leitura do manômetro em kPa (psi) no flange de descarga da bomba, relativa à linha
de centro da bomba, mais a pressão de velocidade no ponto de fixação do manômetro.
Pressão de operação à vazão nula: Pressão útil em kPa (psi) desenvolvida pela bomba à velocidade nominal
com vazão zero.
Pressão de operação máxima: A maior pressão desenvolvida no flange de descarga da bomba em qualquer
situação prevista de pressão de sucção e vazão da bomba.
Pressão de sucção negativa total: Condição em que a pressão de sucção está abaixo da atmosférica. A pressão
de sucção negativa total é a soma algébrica da leitura do manômetro em kPa (psi) no flange do bocal de sucção
da bomba, com relação à linha de centro da bomba, com a pressão de velocidade no ponto de fixação
do manômetro.
Pressão de sucção positiva (NPSH) requerida: A pressão de sucção mínima da bomba necessária para evitar
vaporização de água (cavitação) na bomba.
Pressão de sucção total: Condição em que a pressão de sucção está acima da atmosférica. A pressão de
sucção total é a soma algébrica da leitura do manômetro em kPa (psi) no flange do bocal de sucção da bomba,
com relação à linha de centro da bomba, com a pressão de velocidade no ponto de fixação do manômetro.
Também chamada “pressão de sucção positiva”.
Pressão nominal: Pressão em quilopascals - kPa (libras por polegada quadrada) desenvolvida pela bomba
quando opera na capacidade nominal.
Pressão total: Diferença algébrica entre a pressão de descarga total e a pressão de sucção total. Onde a pressão
de sucção é positiva, a pressão total é igual à pressão de descarga total menos a pressão de sucção total. Onde
a pressão de sucção é negativa, a pressão total é igual à pressão de descarga total mais a pressão de sucção
negativa total.
Selo mecânico: Dispositivo que forma um selo entre o eixo da bomba e os componentes fixos. Pode ser utilizado
em lugar da gaxeta de compressão (macia). A selagem primária é obtida por duas superfícies muito planas
sobrepostas que ficam perpendiculares ao eixo. O atrito entre essas duas superfícies minimiza vazamentos. Uma
das superfícies é mantida em uma estrutura estacionária, a outra é fixada ao eixo e gira com ele. Em geral são

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utilizados materiais diferentes para o inserto estacionário e a superfície dos anéis de vedação rotatórios para
evitar aderência entre eles.
Tanque-pulmão: Tanque de água para proteção contra incêndio que não tem volume suficiente para atender
à demanda total da proteção, e que utiliza reabastecimento automático para se adequar.
Válvula de alívio (principal): Válvula próxima à descarga da bomba de incêndio utilizada para limitar a pressão do
sistema de proteção contra incêndio em condições anormais.
Válvula de alívio de circulação: Válvula instalada na bomba de incêndio com o objetivo de descarregar
pequenas quantidades de água a fim de evitar sobreaquecimento da bomba quando operada à vazão nula.
Válvula de redução de pressão: Válvula em um sistema de proteção contra incêndio projetada para limitar
a pressão de água a jusante em qualquer condição de vazão (inclusive vazão zero).

ANEXO B HISTÓRICO DE REVISÕES DO DOCUMENTO

Neste anexo estão registradas as mudanças feitas neste documento em cada uma das vezes que ele foi
publicado. Note que os números das seções se referem especificamente àqueles da versão publicada na
data indicada (ou seja, os números das seções nem sempre são os mesmos entre as diferentes versões).
Outubro de 2021. Revisão intermediária. As mudanças significativas incluem:
A. Inclusão de uma nova orientação para uso de várias bombas de incêndio em funcionamento simultâneo em
capacidade reduzida para fornecer o suprimento de água total a um sistema de proteção contra incêndio.
B. Atualização das orientações para consistência com a Norma Técnica 3-11, Flow and Pressure Regulating
Devices for Fire Protection Service.
C. Atualização das orientações sobre inspeção, teste e manutenção em alinhamento à Norma Técnica 2-81,
Inspeção, Teste e Manutenção de Sistemas de Proteção contra Incêndio.
D. Atualização da orientação sobre suprimentos de energia elétrica para motores elétricos de bombas de
incêndio.
E. Atualização da orientação sobre cabos de energia elétrica para consistência com a Norma Técnica 5-31,
Cables and Bus Bars.
F. Atualização da orientação sobre confiabilidade do suprimento de água para consistência com a Norma
Técnica 3-29, Reliability of Fire Protection Water Supplies.
G. Inclusão de material anexo para melhorar o uso do formulário 105, Pump Acceptance Test Data.
H. Reformatação desta norma para consistência com outras normas técnica da FM Global.
Abril de 2012. A terminologia referente a líquidos igníferos foi revisada para maior clareza e consistência com as
recomendações de prevenção de perdas da FM Global relativas a riscos de líquidos igníferos.
Julho de 2011. Pequenas alterações de texto foram feitas nesta revisão.
Setembro de 2010. Pequenas alterações de texto foram feitas nesta revisão.
Maio de 2010. Todas as referências à Norma Técnica 2-8N, Installation of Sprinkler Systems (NFPA)
substituídas pelas referências da Norma Técnica 2-0, Diretrizes de Instalação para Sprinklers Automáticos.
Junho de 2009. Foram feitos esclarecimentos na Recomendação 2.8.4.10.
Maio de 2008. Foram feitos esclarecimentos na Recomendação 2.3.3.2.
Abril de 2008. A Norma Técnica 3-7 é nova e substitui a 3-7N. O histórico de revisões da Norma Técnica 3-7N
pode ser encontrado na sua versão de 2001.
Dezembro de 2007. As seguintes alterações foram feitas:
1. O número e o título da norma técnica mudaram.
2. A norma técnica foi totalmente reescrita.
3. Foram incluídas informações sobre o uso de bombas de velocidade variável.
4. Foram incluídas informações sobre o uso de bombas com selo mecânico.
5. Foram incluídas informações sobre o uso de bombas de deslocamento positivo.
6. Foram retiradas informações sobre bombas de incêndio com turbinas de vapor.

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7. Os requisitos de instalação de bombas em edifícios altos foram detalhados.


8. Foram incluídas novas figuras de configurações de alimentadores elétricos.
9. As informações de alerta sobre as campanhas da Cummins Nº 8422, Nº 8532, Nº 8815, e Nº 9209
foram excluídas.

ANEXO C TESTES DE ACEITAÇÃO


As diretrizes para testes de suprimentos de água descritas na Norma Técnica 3-0, Hydraulics of Fire Protection
Systems, da FM Global, devem ser seguidas, além das diretrizes contidas aqui.
Antes de dar partida na bomba, certifique-se de que o operador conhece a operação desse tipo de equipamento.
Certifique-se também de que todos os operadores estudaram os manuais de instrução emitidos pelo fabricante do
motor, da bomba e do painel de controle.
Os seguintes equipamentos são necessários para os testes:
A. Cabeçote de válvulas de teste: Mangueiras com 15 m (50 ft) de comprimento, 65 mm (2 1⁄2-in.) de
diâmetro, com bocais lisos (esguichos cônicos de jato sólido) conforme necessário para fluir o volume
requerido de água. (Onde houver medidor de vazão em linha calibrado e confiável, as mangueiras
não são necessárias.)
B. Utilize instrumentos de teste de boa qualidade, precisos e em bom estado.

• Alicate/amperímetro e voltímetro
•Manômetros de teste
•Tacômetro
• Tubo de Pitot com manômetro (para uso com mangueira e bocal)
C. Certifique-se de que todos os instrumentos de teste foram calibrados nos últimos 12 meses.

C.1 Testes de vazão


Se for utilizar cabeçote de válvulas, limite o comprimento das mangueiras em aproximadamente 30 m (100 ft).
Se for utilizar medidor de vazão em linha, utilize saídas adicionais como hidrantes, válvulas de mangueira, etc.,
para verificar a precisão do dispositivo de medição.
Teste o medidor de vazão antes do teste de aceitação da bomba para confirmar que está preciso e instalado
corretamente.

C.1.1 Procedimento de teste de aceitação em campo


A. Faça uma verificação visual do conjunto da bomba de incêndio. Verifique se os ajustes dos pressostatos
e dos disjuntores estão adequados. Veja se há sinais de sobreaquecimento ou vibração em excesso. Se
utilizar mangueiras e bocais, certifique-se de que estão devidamente ancorados. Confirme se as válvulas das
mangueiras estão fechadas. Se utilizar medidor de vazão, verifique se a válvula do lado da saída do medidor
está fechada. Confirme se a pressão na tubulação está normal (ou seja, pressão da bomba jockey) para evitar
golpe de aríete.
B. Avalie a fonte de energia. No caso de motor diesel, certifique-se de que o tanque de combustível está cheio
e a válvula da linha de alimentação de combustível está aberta. No caso de motor elétrico, verifique se os
cabos de alimentação estão protegidos contra danos por incêndio, desabamento, inundação, etc., e se
a alimentação da bomba está conectada antes do disjuntor principal da rede geral.
C. Avalie a fonte de alimentação de água. Se a água for proveniente da rede pública, faça um teste de vazão
com a bomba desligada para confirmar se o suprimento é suficiente e se não tem detritos. Se proveniente de
um tanque de sucção, certifique-se de que este está cheio e a válvula de suprimento aberta. Se de um corpo
aberto de água, certifique-se de que as telas estão limpas.
D. Dê partida na bomba.
E. Certifique-se de que não há passagem de água pela válvula de alívio (se instalada).
F.Abra parcialmente uma ou duas válvulas de mangueiras, ou abra levemente a válvula de saída do medidor.
G. Verifique a operação geral da bomba e do motor. Verifique se há vibração, vazamentos (de óleo ou água),
ruídos estranhos, e observe a operação geral. Confirme se há um pequeno fluxo de água saindo das gaxetas.
H. Descarga de água:

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Bombas de Proteção contra Incêndio 3-7
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 49

1. Se for utilizado cabeçote de teste, regule a descarga por meio de válvulas do cabeçote de teste e da
seleção de ponteiras de esguichos. O esguicho cônico de jato sólido tem uma ponteira de 28,6 mm (1 1⁄8 in.)
que, quando removida, deixa o esguicho com um projetor de 44,4 mm (1 3⁄4 in.).

2. Se for utilizado medidor de vazão, ajuste a válvula de descarga de modo a obter várias leituras de vazão.

3. Teste a bomba de incêndio com vários valores de vazão (entre 0% e 150% da capacidade nominal)
controlando a quantidade da água descarregada. Comece com uma vazão baixa e eleve gradualmente; dar
partida na bomba com as válvulas do cabeçote de teste abertas pode provocar cavitação. Os pontos de
teste importantes são à vazão nula (sem vazão), capacidade nominal, e 150% da capacidade nominal.
Devem-se medir dois pontos intermediários para ajudar a desenhar a curva de desempenho. Um regime
sugerido de pontos de vazão é o seguinte:

• Sem vazão (0% da capacidade nominal)


• 50% da capacidade nominal
• 75% da capacidade nominal
• 100% da capacidade nominal
• 125% da capacidade nominal
• 150% da capacidade nominal

Outros pontos podem ser adicionados a critério da pessoa responsável pelos testes.
I. Registre os seguintes dados em cada ponto de teste:
1. Rpm da bomba
2. Pressão de sucção
3. Pressão de descarga
4. Quantidade e diâmetro dos bocais dos esguichos, pressão medida no Pitot para cada bocal e vazão total.
Para o medidor de vazão, registre a vazão em L/min (gpm).
5. Ampères (motores elétricos)
6. Volts (motores elétricos)
J. Cálculo dos resultados do teste:
1. Velocidade nominal. Confirme se a bomba está operando na rotação nominal.
2. Capacidade. Para um cabeçote de teste, utilize as tabelas de descarga da publicação Hydraulics Tables
(P6920) para determinar a vazão em L/min (gpm) de cada bocal em cada leitura de Pitot. Exemplo: Pressão
no Pitot de 1,1 bar (16 psi) com bocal de 44,4 mm (1 3/4 in) e coeficiente de 0,97 indica 1378 L/min (364
gpm). Some a vazão de todas as mangueiras para determinar a vazão total. No caso de medidor de vazão,
a vazão total é lida diretamente.
3. Pressão útil. É a medição do trabalho real feito pela bomba, essencialmente a diferença entre a pressão
de sucção e a pressão de descarga.
a. No caso de bombas horizontais, é a diferença entre a pressão de descarga e a pressão de sucção.
b. No caso de bombas verticais, é a soma entre a pressão de descarga e a pressão de sucção.
A pressão de sucção é calculada pela multiplicação de 0,098 bar/m (0,433 psi/ft) pela altura
em m (ft) entre o nível de água e a linha de centro da descarga da bomba.
c. Em ambos os casos, se houver diferença significativa entre os pontos efetivos dos
manômetros instalados na sucção ou descarga e a linha de centro da bomba, a diferença
deve ser incluída.
4. Alimentação elétrica: A tensão e a corrente são lidas diretamente no voltímetro/ amperímetro.
O valor é comparado à corrente total especificada na placa de identificação do motor. O único cálculo
geral é determinar a corrente máxima permitida em decorrência do fator de serviço do motor. Com
um fator de serviço de 1,15, isso resulta em aproximadamente 1,15 vez a corrente do motor, pois não
são consideradas mudanças no fator de potência e na eficiência. Se a corrente máxima registrada no
teste não exceder esse número, o motor e a bomba serão considerados satisfatórios. É muito
importante medir a tensão e a corrente com precisão em cada fase. Isso porque um suprimento de
energia em tensão insuficiente resultará em leituras altas de corrente. A correção só pode ser feita
com a melhoria do suprimento de energia; não há nada a ser feito no motor ou na bomba.

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3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
Página 50 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

5. Correção para a velocidade nominal. Para fins de plotagem, corrija a vazão, a pressão
e a potência da bomba para a velocidade nominal em relação aos valores obtidos na velocidade
de teste. As correções são feitas da seguinte forma:

Vazão: Q2 = N2/N1 x Q1

Q1 = Vazão na velocidade de teste em L/min (gpm)


Q2 = Vazão na velocidade nominal em L/min (gpm)
N1 = Velocidade de teste em RPM
N2 = Velocidade nominal em RPM

Pressão: P2 = [N2/N1]2 x P1

P1 = Pressão na velocidade de teste em bar (psi)


P2 = Pressão na velocidade nominal em bar (psi)

Potência: pot2 = [N2/N1]3 x pot1

pot1 = Potência (kW) na velocidade de teste


pot2 = Potência (kW) na velocidade nominal
6. A etapa final dos cálculos do teste é plotar os pontos. A curva vazão x pressão útil é plotada, assim
como a curva corrente x vazão. O estudo dessas curvas mostrará a situação do desempenho da
bomba em teste. Essa curva deve ser comparada à curva de desempenho do fabricante da bomba,
quando disponível.
K. Durante todo o teste, dê seis partidas manuais e seis automáticas na bomba para verificar se
a partida é imediata e suave na pressão ou vazão requerida. No caso de motores elétricos, deixe-os
funcionar por no mínimo cinco minutos em velocidade máxima após cada partida, para que os
enrolamentos resfriem adequadamente. No caso de motores elétricos de mais que 150 kW (200 hp),
não se deve dar mais do que duas partidas em 10 - 12 horas, e é necessário que funcionem por no
mínimo 15 minutos em velocidade máxima.
L.Deixe a bomba ligada por pelo menos uma hora para verificar se a operação é suave, sem falha no
acoplamento ou sobreaquecimento. No caso de bomba diesel, verifique a operação com descarga
a 150% da vazão nominal, permitindo que a temperatura do motor se estabilize, e então deixe-a
funcionar por mais 15 minutos. Problemas de sobreaquecimento do motor devem ser corrigidos
imediatamente.
M. No fim do teste, antes de recolocar a bomba no modo automático, verifique se a pressão da rede de
incêndio voltou ao normal ou à mesma pressão da bomba jockey, para evitar golpe de aríete. Verifique
se todos os equipamentos de proteção contra incêndio voltaram ao modo automático, e se as válvulas
de controle da proteção contra incêndio estão totalmente abertas. Apenas a válvula do cabeçote de
teste deve permanecer fechada.

C.2 Teste de bombas de incêndio de velocidade variável


Realize o teste de vazão com o controle de velocidade tanto ativado quanto desativado.
Para testar o desempenho da bomba em relação à curva de desempenho do fabricante, teste a bomba
com o controle limitador de pressão desativado. Para garantir que o controle limitador de pressão está
totalmente funcional, teste-o cobrindo todo o intervalo de operações da bomba.
Certifique-se de que a pressão limite mantida pelo controlador está sempre acima da maior demanda de
pressão do local.

C.2.1 Correção da velocidade


Em testes de campo, as velocidades reais dos motores serão diferentes da velocidade nominal. Bombas
operadas em velocidade constante abaixo da velocidade nominal produzem curvas paralelas à curva da
velocidade nominal, mas abaixo desta. A velocidade em carga plena indicada na placa de identificação de
um motor elétrico de corrente alternada operando à tensão nominal é precisa o suficiente para fins de teste
e, portanto, não é necessário utilizar um tacômetro.
A curva B da Figura C.2.1-1 é produzida por variações extremas em relação à velocidade nominal da
bomba. Essas condições indicam problema com o motor, e requerem correção.

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Bombas de Proteção contra Incêndio 3-7
Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global Página 51

Se a velocidade da bomba variar em alguns pontos, as vazões e as pressões podem ser normalizadas ao
ponto em que estariam na velocidade nominal, desde que a bomba opere dentro dos limites de projeto de
sua pressão de sucção negativa. Isso pode ser feito com aplicação de uma destas relações:
A. A vazão é proporcional à velocidade da água e, portanto, à velocidade do rotor (ou rpm).
B. A pressão útil é proporcional ao quadrado da velocidade da água e, portanto, ao quadrado da rpm.

Fig. C.2.1-1. Gráfico de suprimento de água

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3-7 Bombas de Proteção contra Incêndio
Página 52 Normas Técnicas de Prevenção de Perdas Patrimoniais da FM Global

Fig. C.2.1-2. Efeito das variações de velocidade na curva de desempenho da bomba

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