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Instituto Superior de Ciências de Saúde-Maputo

Curso de Licenciatura em Serviço Social

Protocolo de Investigação para elaboração de Monografia


Versão (01)

FACTORES ASSOCIADOS AO CONSUMO DE ÁLCOOL EM ADOLESCENTES NA VILA


SEDE DE POSTO ADMNSITITVO DE ESPUNGABERA-DISTRITO DE MOSSURIZE
PROVÍNCIA DE MANICA, 1º TRIMESTRE DE 2023

Projecto de Pesquisa do Curso de Licenciatura em


Serviço Social, a ser apresentado ao comité de bioética do
(ISCISA), como requisito para elaboração de
Monografia.

Estudante: António Marcos Matica Supervisor: Phd Miranda Muaualo

Maputo, Fevereiro de 2023


Abreviaturas, acrónimos e siglas
APA- American Psychology Association.
AMETRAMO-Associação do Médicos Tradicionais de Moçambique.
ISCISA-Instituto Superior de Ciências de Saúde.
MISAU-Ministério de Saúde.
OMS-Organização Mundial de Saúde.
PMT-Praticantes da Medicina Tradicional.
PRM-Policia da República de Moçambique.
PGR- Procuradoria-Geral da República.
RCC-Rádio Comunitário de Chipungubira.
SD- Secretaria Distrital.
SDAE-Serviço Distrital das Actividades Económicas.
SDEJT-Serviço Distrital de Educação Juventude e Tecnologia.
SDPI- Serviço Distrital de Planeamento e Infra-estruturas.
SDSMAS- Serviço Distrital de Saúde Mulher e Acção Social.

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Índice
1.Introdução................................................................................................................................4
2. Revisão da literatura...............................................................................................................5
Caracterização dos locais de consumo de álcool....................................................................6
Prevenção e combate ao consumo de álcool...........................................................................6
3. Enunciado do problema e questão de partida.........................................................................6
4. Hipóteses (Caso aplicável)......................................................................................................8
5. Justificativa.............................................................................................................................9
6. Objectivos.............................................................................................................................10
6.1. Objectivo geral...............................................................................................................10
6.2. Objectivos específicos...................................................................................................10
7. Metodologia.......................................................................................................................10
7.1. Tipo de estudo e método de abordagem.....................................................................10
7.2. Descrição do local de estudo......................................................................................10
7.3. Horizonte temporal do estudo....................................................................................11
7.4. População e amostragem............................................................................................11
7.5. Critérios de inclusão e exclusão.................................................................................11
7.6. Variáveis de estudo e sua operacionalização.............................................................12
7.7. Técnicas e instrumentos de recolha de dados.............................................................12
7.8. Material e/ou equipamentos.......................................................................................13
7.9. Procedimentos............................................................................................................13
7.10. Métodos de análise e processamento de dados.......................................................13
7.11. Formas de suspensão ou de interrupção do estudo.................................................13
7.12. Modelo de escrita científica....................................................................................14
7.13. Formas de disseminação dos resultados.................................................................14
8. Considerações éticas..........................................................................................................14
9. Cronograma das actividades..............................................................................................15
10. Orçamento......................................................................................................................15
11. Referências Bibliográficas.............................................................................................16

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1.Introdução
A Organização Mundial de Saúde (OMS) em seu relatório global sobre o álcool e Saúde
2018, a nível global da população em 15 anos ou mais (44,5%) nunca consumiu álcool e
cerca de 43 % da população são bebedores actuais (consumiram nos últimos 12 meses).
Aproximadamente um quarto do álcool puro 25,5 % consumido no mundo é ilegal e portanto,
não regulamentado. As bebidas destiladas corresponde ao tipo de bebidas mais consumido no
mundo (44,8%), seguido das cervejas 34,3% e do vinho 11,7%. O uso nocivo do álcool é um
dos factores de riscos de maior impacto para a morbilidade, mortalidade e incapacidade em
todo o mundo relacionando a 3 milhões de mortes em 2016 equivalente a quase 5,3% de
todas as mortes no mundo. Perfazendo o consumo de álcool um tema de actualidade e um
problema de saúde pública em todo mundo com destaques em países subdesenvolvidos uma
vez que tem pouca população activa.

Factores de risco ou factores protectores podem ser definidos como características,


variáveis ou acontecimentos que quando presentes na vida de um indivíduo
aumentam ou reduzem (respectivamente) a probabilidade de ocorrência de um
determinado fenómeno (Swadi,1999).

Estes podem ser agrupados em características individuais (idade, sexo, factores genéticos e
biológicos e características adquiridas como personalidade, atitudes, gostos e interesses, entre
outros).

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2. Revisão da literatura
Segundo o dicionário Priberam, consumir significa fazer desaparecer pelo uso ou gasto,
comer, beber.
Para Almeida et al. (2014, p. 66), o consumo exagerado de álcool e de outras drogas
na adolescência pode causar alterações neurofisiologias profundas, causando graves
danos à memória, ao aprendizado, à inteligência, à capacidade de abstracção além de
aumentar a propensão dos jovens ao alcoolismo.

O consumo de bebidas alcoólicas é um fenómeno quase universal em todo mundo,


desempenhando, em alguns países, um papel importante na economia nacional. O consumo
dessas bebidas ocupa um lugar de destaque nas nossas tradições gastronómicas e é um
elemento quase comum em muitos eventos recreativos e sociais, todavia o seu
consumo abusivo pode implicar pesados custos para o consumidor e para sociedade no geral.
A lista das suas consequências nocivas inclui acidentes rodoviários, violência sexual,
problemas de adaptação no trabalho, negligência das obrigações familiares, desordens
em lugares públicos e diversos problemas de relacionamento interpessoal (Fonseca,
2010).
Sendo o consumo de álcool quase um hábito social e uma prática cultural, o seu combate não
tem se mostrado fácil. Embora seja proibida a venda de bebidas a menores de 18 anos, os
jovens são introduzidos neste tipo de consumo quase como um ritual de passagem para a
idade adulta e poucos são os que resistem à pressão (de várias ordens).

Para Martins e Quadros (2013), o consumo de bebidas alcoólicas por crianças e


adolescentes pode levar a consequências graves, pois, eles ainda não atingiram o
nível de desenvolvimento dos adultos, na maturidade social, na experiência de vida
ou no desenvolvimento neuropsicológico.

Segundo os autores Ferreira, Borges e Filho (apud Sousa, 2008), sistematizam os principais
efeitos derivados da ingestão desregrada de álcool, classificando-os da seguinte forma: (1)
complicações cardiovasculares; (2) efeitos em nível hepático; (3) efeitos neurológicos; (4)
efeitos gastrointestinais; (5) alterações endócrinas e metabólicas, e (6) alterações
hematológicas.
Para Almeida et al. (2014, p. 66), os seus efeitos repercutem na neuroquímica cerebral, em
pior ajustamento social e no retardo do desenvolvimento de suas habilidades, já que um

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adolescente ainda está em processo de maturação em termos biológicos, sociais, pessoais e
emocionais.
Outras consequências negativas regularmente referidas na literatura têm a ver, mais
directamente, com a saúde física e mental do consumidor: ‟problemas de memória,
diminuição de certas capacidades cognitivas, dificuldades de concentração,
problemas de fígado, problemas cardiovasculares ou vários sintomas fisiológicos
ligados à ressaca e à fase de abstinência que aparecem após longos períodos de
consumo intensos” (Fonseca, 2010, p. 260).

Caracterização dos locais de consumo de álcool


A iniciação ao consumo de álcool depende da interacção de factores sociais, ambientais,
religiosos e Psicológicos, embora também possa haver influências genéticas, (Grácio, 2009).
A noção de que beber é divertido e engraçado, é uma das razões que arrasta a camada
adolescente ao envolvimento do álcool, sendo que o álcool é apontado como o que não
pode faltar em festas e convívios dos jovens.

Prevenção e combate ao consumo de álcool


Visto que o consumo de álcool apresenta vários riscos a saúde e ao aproveitamento
psicomotora, eis algumas estratégias para a mitigação:
1 - Proibição de venda de álcool e outras drogas em cantinas e barracas ao redor de Escolas;
2 - Promoção de ciclos de palestras em todos locais de maior aglomeração (escolas, igreja,
mercado, comunidades etc);
3 - Criação de gabinetes de aconselhamento psicológico junto às escolas;
4 - Penalizações aos adolescentes e cuidadores que expõem os adolescentes ao álcool.
Esta estratégia é aplicável se for operacionalizado o Decreto nº 54-2013, de 7 de Outubro
(MOÇAMBIQUE, 2013) e da Resolução n. 15/2003, de 4 de Abril (MOÇAMBIQUE, 2003).

3. Enunciado do problema e questão de partida


O álcool por ser uma bebida de fácil acesso, e aceite nas nossas sociedades, ela é considerada uma das
drogas mais usadas em todo o mundo. Apresen tando-se sempre em propagandas, exibidas em
quase todos meios de comunicação a quase todas faixas etárias, e a sua procura tem se
tornado cada vez maior.

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É indiscutível que o consumo abusivo de bebidas alcoólicas pelos jovens é um
comportamento lesivo para a saúde individual e colectiva, cujos factores interessa identificar
para melhor agir preventivamente.
O decreto 54/2013, de 7 de Outubro, no artigo 5, do 2º capítulo, faz menção a proibição
e a venda do álcool para menores de 18 anos. Lei tem em vista a regularização do
acesso ao consumo bem como redução do seu impacto na sociedade, como forma de
criar meios para que crianças e adolescentes abstenham-se do álcool enquanto ainda
menores.
Contudo esta lei não tem sido respeitada na íntegra pelos comercializadores das bebidas
alcoólicas, que vêm a compra de bebidas alcoólicas por menores como meio de ganhar
dinheiro. Portanto, o número de crianças e adolescentes consumidores de álcool tem vindo a
crescer a cada dia.
O excessivo consumo do álcool pelo adolescente traz diversas consequências graves
para saúde, evidenciando que esta droga socialmente aceita é aporta de entrada para o
consumo e vício em outras drogas, ditas lícitas. (Silva, Santos & Faria, 2017).

O consumo de álcool de forma casual mostrou a facilidade dos adolescentes e jovens se


envolverem em acidentes de trânsito, violência, brigas, comportamento sexual de risco,
dificuldade de aprendizagem dentre outros problemas (Silva et al, 2017). O presente trabalho
apresenta a seguinte questão de partida: Quais são os factores associados ao consumo de
álcool em adolescentes na vila sede de Espungabera, Distrito de Mossurize.

Este consumo, principalmente na faixa etária mais nova, está associado às diversões e
saídas nocturnas. No sentido de enfrentar e de combater esta ameaça à saúde pública,
algumas organizações têm realizado actividades alusivas ao consumo de álcool,
(Brito, 2012).

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4. Hipóteses (Caso aplicável)
Para responder a questão colocada, o projecto apresenta as seguintes hipóteses:
H1-Imitação dos hábitos dos adultos (muitas vezes só seio da própria família);
H2- Experimentação de novos desafios;
H3-Pressão ou influência de amigos ou grupos;
H5- A impressão de que consumir bebidas alcoólicas é divertida;
H4-Exposição ao álcool causada por adultos que mandam adolescentes para adquirir o álcool.

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5. Justificativa
O levantamento das hipóteses surge na tentativa de encontrar possíveis soluções para a
colmatar o consumo de álcool em adolescentes na vila sede do Posto Administrativo de
Espungabera Distrito de Mossurize, uma vez ingerido de forma excessiva na adolescência
permite com que o individuo apresente um comportamento agressivo, e desviado do padrão
normal, envolvendo-se em constantes desentendimentos e até mesmo brigas.

O consumo de álcool de forma casual mostra a facilidade dos jovens e adolescentes


se envolverem em acidentes de trânsito, violência, brigas, comportamento sexual de
risco que pode levar a doenças ou gravidez indesejada, dificuldade de aprendizagem
dentre outros problemas (Silva et al, 2017).

Outrossim, o tema em análise é relevante pelo facto de ilustrar uma realidade considerada
preocupante, e vivida por todos em cinco bairros da vila sede do Posto Administrativo de
Espungabera. Através deste trabalho de pesquisa todos os extractos da sociedade são
chamados para uma reflexão, pois quando não minimizado comprometera a formação do
homem do futuro.

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6. Objectivos

6.1. Objectivo geral


 Analisar os factores associados ao consumo de álcool em adolescentes na vila sede do
Posto Administrativo de Espungabera.

6.2. Objectivos específicos


 Identificar os factores associados ao consumo do álcool em adolescentes na vila sede
de Espungabera;
 Descrever o papel dos pais e cuidadores na mitigação da prática á nível da vila sede;
 Propor acções para o combate e a redução do consumo de álcool.

7. Metodologia

7.1. Tipo de estudo e método de abordagem


Quanto a natureza será usada a pesquisa aplicada, dedicada à geração de conhecimento para
solução de problemas específicos dirigida à busca da verdade para determinada aplicação
prática em situação particular. No tocante aos objectivos, a pesquisa será descritiva, pois
pretende observar, registar, analisar, classificar e interpretar os factos ou fenómenos.
Em relação aos procedimentos técnicos, privilegia-se as seguintes técnicas de pesquisa:
análise bibliográfica documental, observação directa, questionário e entrevista. Quando a sua
abordagem a pesquisa sera qualitativa e quantitativa, pois pretende aferir os factores
associados ao consumo de álcool em adolescentes. Pois, considera-se que existe uma relação
dinâmica entre o mundo real e o sujeito. Isto é, um vínculo indissociável entre o mundo
objectiva e a subjectividade do sujeito que não pode ser traduzido em números.

7.2. Descrição do local de estudo


O estudo irá decorrer em 5 bairros da vila sede de Espugabera Distrito de Mossurize
Província de Manica, (1º de Maio, Cimento, Cerere, Chipungubira e Chicocha). Espungabera
faz parte dos 3 Postos Administrativos do Distrito de Mossurize que se localiza ao sul da
província. Situa-se na zona centro do Distrito, com uma área de 5096 km² e uma população
de cerca de 239.733 habit segundo a projecção do censo geral da população de 2017.

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Seus Limites:

 Norte: Posto Administrativo de Dacata;


 Sul: Posto Administrativo de Chiurairue;
 Este: Distrito de Machaze em Manica e o Distrito de Chibabava em Sofala;
 Oeste: Com o Zimbabué.

7.3. Horizonte temporal do estudo


O horizonte temporal do estudo prevê-se a duração de 6 meses até a data da defesa da
monografia, contados a partir de Fevereiro de 2023 até Julho de 2023. Assim como ilustra o
cronograma das actividades na página mais em diante.

7.4. População e amostragem


Para o estudo serão seleccionadas 120 adolescentes dos 14anos aos 18anos, sendo 70
adolescentes do sexo masculino e 50 do sexo feminino, extraídos em cinco bairros da vila
sede do posto administrativo de Espungabera.

Para o presente estudo optou-se pela amostragem convencional ou intencional. De acordo


com Gil (2008), é um tipo de amostragem não probabilística que consiste em seleccionar um
subgrupo da população que, com base nas informações disponíveis possa ser considerado
representativo de toda a população.

A vantagem da amostragem convencional está nos baixos custos de sua selecção, Gil (2008).
Entretanto, requer considerável conhecimento da população e do subgrupo seleccionado para
não comprometer a representatividade da amostra.

7.5. Critérios de inclusão e exclusão


Segundo Pinto e Ferreira (2017). Critérios de inclusão são definidos como as características-
chaves da população-alvo que os investigadores utilizarão para responder à pergunta do
estudo. Por outro lado, critérios de exclusão são definidos como aspectos dos potenciais
participantes que preenchem os critérios de inclusão, mas apresentam características
adicionais, que poderiam interferir no sucesso do estudo ou aumentar o risco de um desfecho
desfavorável para esses participantes Ferreira e Pinto (2017).

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Inclusão

 Adolescentes moradores dos 5 bairros da vila sede de Espungabera incluindo os não


residentes, mais que tinham completados 48hs nestes bairros antes do estudo;
 Adolescentes dos 14anos a 18anos de idade;
 Adolescentes consumidores de álcool;

Exclusão

 Adolescentes não moradores dos 5 bairros da vila sede de Espungabera;


 Adolescentes <14anos e ≥ 18anos de idade;
 Adolescentes não consumidores de álcool.

7.6. Variáveis de estudo e sua operacionalização


No presente projecto serão usados dois tipos de variáveis: Dependentes e Independentes. Na
sua operacionalização as variáveis independentes são sexo (Masculino e Feminino), idade,
residência dos adolescentes, e dependentes; tempo de consumo de álcool, marcas de bebidas
alcoólicas), etc.’

7.7. Técnicas e instrumentos de recolha de dados


Para a recolha de dados, privilegiar-se as seguintes de técnicas; observação directa, análise
documental, inquérito por entrevista e inquérito por questionário. Quando aos instrumentos
de recolha de dados serão usados os seguintes; Protocolo, questionário e entrevista.

Questionário

Este instrumento será administrado a pessoas influentes como; Professores, membros da


PRM, Enfermeiros, pais e cuidadores, líderes religiosos e Praticantes da Medicina
Tradicional (PMT).

Porém, este instrumento, tem a desvantagem de não possibilitar a análise dos factos com
maior profundidade, posto que as informações são obtidas a partir de uma lista
prefixada de perguntas, Gil (2008).

Observação directa

Segundo Gil (1999), a observação é um elemento importante para a realização da pesquisa,


que o pesquisador obtenha a informação directamente em primeira mão sem precisar de

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qualquer intermediário. A escolha da observação, deveu-se ao facto de este permitir observar
acontecimentos em vários locais de concentração assim como de venda e consumo de álcool.

Entrevista

Na realização do trabalho, para além do grupo alvo, serão entrevistados; O Chefe do posto
policial, Representante da AMETRAMO, alguns professores, a directora do centro de saúde
de Espungabera, o representante das igrejas assim como alguns pais e cuidadores.

Para Gil (1999), o uso deste instrumento traz vantagens como: garantir o
anonimato dos respondentes, e evitar a exposição dos mesmos à influência
directa do pesquisador razão que leva a optar pelo questionário.

7.8. Material e/ou equipamentos


No processo de colecta e processamento da informação serão utilizados os seguintes
materiais: esferográfica, lápis, borracha, uma pasta.

7.9. Procedimentos
Em relação aos procedimentos, será aplicada a pesquisa bibliográfica, cuja mesma pretende
ou procura explicar um problema a partir de referências teóricas já publicadas em
documentos. Aplicação de pesquisa bibliográfica tem como objectivo primordial a recolha de
informações e conhecimentos prévios acerca de um problema para o qual se procura
responder.

Para SEVERINO (20007), a pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir de


registo disponível, decorrente de pesquisas anteriores; em documentos impressos,
livros, artigos teses etc. Utiliza-se dado ou categorias teóricas já trabalhadas por
outros pesquisadores e devidamente registados.

7.10. Métodos de análise e processamento de dados


Após o estudo, os dados serão migrados num pacote estatístico IBM-SPSS Windows para
fins de análise, num primeiro instante serão utilizados elementos de estatística descritiva.
Com objectivo de verificar se as variáveis independentes sócio demográficos (idade, sexo,
residência dos adolescentes) condicionam o comportamento dos adolescentes.

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7.11. Formas de suspensão ou de interrupção do estudo
A pesquisa será suspensa quando o pesquisador:
 Perceber a eminência de algum risco ou dano à saúde do sujeito participante da
pesquisa, consequente à mesma, não previsto no termo de consentimento;
 Constatada a superioridade de um método em estudo sobre outro, o projecto
deverá ser suspenso, oferecendo-se a todos os sujeitos os benefícios do melhor
regime solicitado pelo Comité que a aprovou.
Considera-se "risco de pesquisa" a possibilidade de quaisquer dano, seja ele de ordem
física, psíquica, moral, intelectual, social, ideológica, cultural e espiritual ao ser humano
no processo da pesquisa e/ou dela decorrente.

7.12. Modelo de escrita científica


Para o presente trabalho, a norma de escrita usada é; American Psychology Association
(APA), de acordo com as normas orientadoras do Instituto Superior de Ciências de Saúde.

7.13. Formas de disseminação dos resultados


No final do trabalho, usando canais ao dispor do pesquisador para tornar público o estudo
serão usados os seguintes meios; apresentação em conferências, Rádio comunitária de
chipungubira (RCC), uma rádio sedeada no local do estudo, distribuição do trabalho final do
curso (monografia) nos serviços importantes do Distrito de Mossurize; Secretaria Distrital
(SD), Serviço Distrital de Planeamento e Infra-estrutura (SDPI), Serviço Distrital das
actividades Económicas (SDAE), Serviço Distrital de Saúde Mulher e Acção Social
(SDSMAS), Serviço Distrital de Educação Juventude e Tecnologia (SDEJT), comando
Distrital da PRM, Procuradoria-Geral da República (PGR) e nas Escolas. Garantindo sempre
a qualidade, confiabilidade e credibilidade do conteúdo.

8. Considerações éticas
O primeiro aspecto ético a observar neste estudo é a solicitação de uma credencial à Direcção
do curso de licenciatura em serviço social, do Instituto Superior de Ciências de Saúde
(ISCISA), para formalizar a realização do estudo em cinco bairros da vila sede de posto
administrativo de Espungabera.

No uso do questionário e da entrevista, será respeitado o anonimato dos inquiridos e dos


entrevistados, e o seu preenchimento é voluntário. Embora alguns inquiridos possam

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autorizar a revelação dos seus nomes e a sua ocupação. Merecera a autorização do Governo
do posto administrativo de Espungabera, também ira explicar-se a sua finalidade, bem como
a garantia da confidencialidade do mesmo, de maneira que os adolescentes assim como
outros (pais, cuidadores, professores, comerciantes, líderes religiosos e comunitários, etc) não
se sentam constrangidos em responder certas questões.

9. Cronograma das actividades


Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho
Etapas 1 4
1ª 2ª 3ª 4ª ª 2ª 3ª ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª
Levantamento bibliográfico
Fichamento de texto
Colecta das fontes
Analise das fontes
Organização e aplicação do
questionário e da entrevista

Tabulação de dados
Organização do roteiro
Elaboração do trabalho
Entrega da 1ª versão
Revisão
Entrega da versão final
Defesa
Responsável Estudante: António Marcos Matica

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10. Orçamento
Relação dos Recursos Materiais e Financeiros Necessários
Material/Itens Quantidade Preço. Unitário Custo Total
Computador portátil 1 28000,00 28000,00
Resma 2 600,00 1200,00
Questionário 150 5,00 750,00
Protocolo de avaliação 150 5,00 750,00
Livros 4 2000,00 8000,00
Lápis HB 1 10,00 10,00
Borracha 1 10,00 10,00
Copias 25 3,00 75,00
Impressão 6 146,00 876,00
Encadernação 2 25,00 50,00
Mochila 1 1200,00 1200,00
Credencial 1 0,00 0,00
Transporte 2 2500,00 5000,00
Hospedagem 7 1200,00 8400,00
Alimentação 14 600,00 8400,00
Total Geral 62721,00
Fonte de Financiamento: Própria

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11. Referências Bibliográficas
Aberta, L. (2016). Pesquisa sobre o consumo de drogas no Brasil: Relatório Brasileiro sobre
as drogas. Visitado em: http://www.aberta.senad.gov.br/medias/original/201704/20170424-
094329-001.pdf

Brito, I., Precioso, J., Correia, C., Albuquerque, C., Samorinha, C., filho, I., &
Becona, E. (2015). Factores associados ao consumo de álcool na adolescência em
função do género. Psicologia, Saúde & Doenças: Vol. (16), Portugal, Lisboa.

Dicionário Priberam da língua portuguesa, visitado em:


https://dicionario.piberam.org/consumir.

Irati, S. K. (2014). Prevenção do uso de álcool entre adolescentes do colégio


estadual Alberto de Carvalho no município de Prudentópolis: desafio da comunidade
educativa.

Sunde, R. (2019). Consumo de Drogas pelos adolescentes nas Escolas


Moçambicanas: estratégias de intervenção psicossocial. Revista de Educação de
UNIVAS. Vol:4, (10), p. 882-900.

Legislação

Decreto nº 54-2013, de 7 de Outubro (MOÇAMBIQUE, 2013) e da Resolução n. 15/2003, de


4 de Abril (MOÇAMBIQUE, 2003).

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