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BACHARELADO DE PSICOLOGIA
7º Semestre Noturno
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................03
SANDOR FERENCZI – O TRAUMA E A CRIANÇA...........................06
CONCLUSÃO.....................................................................................10
ANÁLISES CRÍTICAS.........................................................................12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................16
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INTRODUÇÃO
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concorda com as afirmações narradas por Reich mas discordava em relação ao
tempo que esse passo era dado, acreditava que essa confrontação simbólica
deveria ser feita ao final da análise o que levou a aplicação da técnica ativa, assim
permitindo que os analistas fizessem objeções diretas aos pacientes, pois nota- se
que muitos sintomas se acomodavam ao caráter e por sequência o paciente usa
este caráter para modular a realidade e por isso esses traumas não eram mais
expostos a situações possivelmente transformadoras e ficam fossilizados no
indivíduo, as relações de trauma na infância têm muito deste manejo, pois após a
mudança da clínica e o esclarecimento que os traumas não tem necessariamente
natureza sexual, puderam olhar para as noções a partir dos escritos propostos por
Freud sobre o narcisismo primário.
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semelhante, entretanto para se revelarem tais símbolos tem de passar pelo suporte
corporal (NASIO 1997).
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SANDOR FERENCZI – O TRAUMA E A CRIANÇA
Diante das observações dos casos que lhe iam sendo encaminhados, o
psicanalista foi criando diários clínicos que baseou suas obras, teorias e textos, um
dos destaques é sua teoria do trauma nas crianças e o texto “A confusão de línguas
entre adultos e crianças” que segue o tema do trauma, ambos serão abordados
neste trabalho.
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a linguagem da ternura, lúdica, experimental e criadora, porém é dependente da
presença do outro para persistir no movimento de introjeção de sentidos para sua
existência, e o adulto em sua linguagem da paixão, tem uma dimensão psíquica
que assimila o recalque e incorpora a hipocrisia da vida social e apropria-se do
outro não para se desenvolver, mas para obter satisfação pulsional.
Ferenczi faz a análise dos traumas, em dois quesitos, sendo um como uma
cena traumática e um como um processo. No processo, incialmente, há dois
momentos, um duplo choque. No primeiro momento, não é o evento especifico
delimitado, mas o desencontro entre o que o psiquismo é capaz de suportar e o
que o meio oferece ou impõe, como exemplo a confusão de linguagens exposta
acima, uma vivência que toma o sujeito despreparado, seja porque confiava no
ambiente e este trai sua confiança, há uma estimulação externa que ultrapassa a
capacidade de contenção individual da criança, criando uma irrealidade uma
aniquilação dos sentimentos de sujeito de afeto. Já no segundo momento, é de
ordem diversa, um mecanismo especifico, o desmentido. Quando a criança sofre
violência e tenta comunicar sobre aquele primeiro choque, é invalidada,
desacreditada, negada, desmentidas por outros adultos. “O alvo do desmentido
pode ser o evento, mas não só, pode ser o sofrimento, mas não só, pode ser a
vulnerabilidade do sujeito, mas não só, pode ser a solidariedade, mas não só, pode
ser a existência de uma relação, mas não só”.
“uma tentativa inicial de defesa agressiva, aloplástica [de mudança do mundo] seja
efetuada, e somente quando confrontado com a completa percepção da própria
impotência e desamparo absolutos alguém se submeta inteiramente ao agressor ou
mesmo identifique-se com ele”.
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da fruta bichada, onde ele traz a questão do que acontece quando uma fruta que
ainda está no pé (ou seja dependendo ainda de um outro ser de apoio), é bicada
por um passarinho? A fruta acaba por amadurecer aceleradamente, antes do tempo
normal que precisaria, comparando assim com uma criança quando é exposta a
uma situação traumática, que terá que buscar recursos, no caso a clivagem, para
amadurecer de forma adaptada, vazia e empobrecida.
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CONCLUSÃO
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na cura e na superação das consequências psicológicas do trauma. Seu legado
continua a influenciar a prática clínica e a compreensão do trauma na infância,
oferecendo-nos um olhar mais humano e compassivo para os desafios enfrentados
por aqueles que carregam consigo essas experiências dolorosas.
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ANÁLISES CRÍTICAS
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pontuar os tópicos a serem falados e aproveitamos o momento para essa troca de
compreensões acerca do assunto e das considerações de Ferenczi, no entanto,
reconheço que minha compreensão sobre psicanálise é limitada, e gostaria de me
aprofundar mais no assunto para ter uma visão mais abrangente e embasada.
Bruno Totti:
Calvin Albuquerque:
O trabalho em grupo nos proporciona uma forma de trabalhar bem diferente,
não que seja mais produtiva ou não, mas sim diferente, pois não é só uma divisão
de procedimentos, as vezes é trabalhoso fazer o grupo se enlaçar e criar um
trabalho. A maior vantagem sem dúvidas é poder ter a perspectiva de todos sobre
o tema, sobre o autor o que enriquece não só o trabalho, mas a nossa própria visão
sobre a psicanalise ou a psicologia mesmo.
O autor escolhido e o tema não era algo rotineiro para ninguém do grupo então
foi muito legal produzirmos juntos e conhecermos, criou várias discussões,
principalmente sobre a seletividade dos psicanalistas sobre quais autores e como
os temas foram tratados.
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Gustavo Mendes Giacominni:
Priscila Oliveira:
Apesar das adversidades e choques culturas que é realizar um trabalho em
equipe como: opiniões divergentes, abordagens diferentes e até absenteísmo por
parte dos colegas, acredito que o objetivo proposto foi bem-sucedido. Consegui
compreender de fato como é vivido o trauma na infância, como a criança absorve
e compreende suas emoções, traumas e frustrações. Foi uma descoberta e uma
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nova perspectiva da psicanálise e de um autor pouco falado e que enriqueceu muito
para a teoria da psicanálise.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1) FAZER justiça a Sándor Ferenczi: Fazer justiça a Sándor Ferenczi. 284. ed. Revista
Cult: Bregantini, 2022. 46 p.
2) SÁNDOR Ferenczi a ética do cuidado. 2º . ed. Revista Memória da psicanalise:
Mente Cérebro, 2009. 98 p.
3) A virada de 1928: Sándor Ferenczi e o pensamento das relações de objeto na
psicanálise. Pepsic, 25 maio 2023. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
62952019000100004. Acesso em: 31 mar. 2023.
4) FERENCZI, Sándor. Confusão de línguas entre adultos e as crianças: A linguagem
da ternura e da paixão. Diários Clínicos , [s. l.], 1 abr. 1933.
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