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Grande do Sul
1. INTRODUÇÃO
Devo lembrar antes de mais nada, que duas obras foram consultadas para chegar
a estes resultados. A primeira de Sérgio Pereira Couto, Dicionário Secreto da
Maçonaria e, a segunda de W. Kirk MacNulty, Freemasonry: Symbols, Secrets,
Significance. Ambas estão nas referências deste artigo e definitivamente
recomendo a consulta de ambas.
2. O VERBETE
Para começar, acho importante frisar que dois elementos são pontuais na
elaboração não só do brasão de armas, bem como a bandeira do estado com suas
três cores tradicionais. Dentro do website do Colégio Farroupilha, temos uma
referência a dois homens, que poderiam ter sido os principais alicerces da
criação de tais símbolos:
Dentro de uma ata maçônica que ficou conhecida por ser a Nº. 67 de 1835, ou
ainda, aquela que deu origem a Revolução Farroupilha, temos uma comprovação
de que pelo José Mariano de Mattos teria sido maçom quando lemos que:
1 Abreviação de irmão.
Para mim, este argumento é suficiente para crer que dentro de alguns estudos
feitos sobre a simbologia maçônica, poderiam existir outros elementos
maçônicos principalmente dentro do brasão como iremos ver a seguir.
Ainda dentro do brasão de armas temos uma simbologia peculiar que talvez
poderia ser conectada aos maçons. Por partes então:
Acho que vale uma pequena observação por conta de algumas coincidências
tendo a citação acima como base. A Coluna Jakin que fica à direita da entrada do
Templo, é a coluna que é de total responsabilidade do Segundo Vigilante e
também segundo Couto, “é onde ficam os Companheiros” (COUTO, 2009, p. 20).
Também acredito que não por acaso, é lá que acontece o Ritual que leva o nome
de quem ali estão sentados, os Companheiros.
a. Bandeja – Bandeira
b. Faca – Espada
c. Copo – Canhão
Claro que as informações acima sobre os elementos do banquete são apenas uma
suposição e logo, podem ter significados completamente diferentes, no entanto,
que estes símbolos constam na obra de Couto, isto é um fato.
Mas acho que outro ponto, ainda que bem discreto e muito interessante, é o
barrete frígio na ponta da espada. Definitivamente um símbolo republicano e
visto que, tivemos em nosso país uma grande massa de maçons republicanos que
trabalharam a favor da República no Brasil, não seria de se espantar achar tal
símbolo dentro do brasão de armas rio-grandense. Dentro da obra de Milton
Fortuna Luz, a explicação do barrete frígio vem de Pereira Lessa o qual
corrobora que:
ALMEIDA, Domingos José de Almeida: Ata maçônica nº. 67 que deu origem a
Revolução Farroupilha. In: Os Templários. Disponível em:
<http://www.ostemplarios.org.br/txt/bib/b1120409082928.pdf> acesso em
22/11/2017.
LUZ, Milton Fortuna: A história dos símbolos nacionais. 2ª. Edição. Brasília-DF:
Secretaria Especial de Editoração e Publicações do Senado Federal, 2005.