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NOTA:
NOME: Ana Beatriz Seixas Monteiro _____________________________
O Sermão do Bom Ladrão, foi escrito em 1655, pelo Padre Antônio Vieira. Ele proferiu este
sermão na Igreja da Misericórdia de Lisboa (Conceição Velha), perante D. João IV e sua corte.
Lá também estavam os maiores dignitários do reino, juízes, ministros e conselheiros.
1-Leia o trecho abaixo, extraído da obra que foi leitura obrigatória do bimestre, e explique-o.
Observação importante: a resposta deverá ser sua interpretação individual. Caso haja
resposta que seja cópia da Internet ou a réplica de um colega, a questão será considerada
errada. (0,8)
Levarem os reis consigo ao paraíso os ladrões, não só não é companhia indecente, mas ação
tão gloriosa e verdadeiramente real, que com ela coroou e provou o mesmo Cristo a verdade
do seu reinado, tanto que admitiu na cruz o título de rei. Mas o que vemos praticar em todos
os reinos do mundo é, em vez de os reis levaram consigo os ladrões ao paraíso, os ladrões
são os que
levam consigo os reis ao inferno.
Soneto
(Moraliza o poeta nos ocidentes do sol a inconstância dos bens do mundo)
Gregório de Matos, Obras completas.
Todo soneto apresenta a estruturação: tese, antítese e síntese. Com base nessa
informação, reponda:
2- Explique de que maneira a síntese do soneto de Gregório de Matos vincula-se ao
projeto estético do Barroco. (0,4)
Texto I:
Texto II:
Perde o lume dos olhos, pasma e treme,
Pálida a cor, o aspecto moribundo,
Com mão já sem vigor, soltando o leme,
Entre as falsas escumas desce ao fundo:
Mas na onda do mar, que irado freme,
Tornando a aparecer desde o profundo;
Ah Diogo cruel! Disse com mágoa,
E sem mais vista ser, sorveu-se n’água.
Choraram da Bahia as Ninfas belas,
Que nadando a Moema acompanhavam;
E vendo que sem dor navegavam delas,
À branca praia com furor tornavam:
Nem pode o claro Herói sem pena vê-las,
Com tantas provas, que de amor lhe davam;
Nem mais lhe lembra o nome de Moema,
Sem que ou amante a chore, ou grato gema.
DURÃO, F.S.R. Caramuru, São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 147.
O campo como locus amoenus, livre de mazelas sociais e morais, foi o grande tema
literário à época neoclássica, quando a literatura também expressou uma
resistência à Cidade, considerada então violento símbolo do poder monárquico e
da corrupção moral.
Interprete as opções abaixo e assinale a que sintetiza o modo de resistência
expresso nos versos de Cláudio Manuel da Costa transcritos.
a) apego à metrificação tradicional
b) bucolismo e paralelismo
c) aurea mediocritas
d) inutilia truncat
e) fugere urbem
O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação absurda, sob todos os
aspectos, na Justiça Federal em Uberlândia (MG): o órgão pretende tirar de
circulação o dicionário Houaiss, um dos mais conceituados do mercado. Segundo o
MPF, a publicação contém expressões “pejorativas e preconceituosas”, pratica
racismo contra ciganos e não atendeu a recomendações de alterar o texto, como
fizeram outras duas editoras com seus dicionários.
Trata-se de uma ação, no mínimo, desastrada. Há séculos dicionaristas respeitados
de todo o mundo se esforçam em reunir nesses livros o maior número de acepções
possível das palavras. Assim, o Houaiss explica que o termo cigano é “relativo ao
ou próprio do povo cigano; zíngaro”, mas também define “aquele que faz
barganha, que é apegado ao dinheiro; agiota, sovina” – esta acepção é, como bem
destaca o próprio Houaiss, pejorativa. A razão de apresentar as duas (entre outras)
versões é registrar o uso da palavra em um determinado momento histórico e
explicar-lhe o significado. É para isso que servem os dicionários: eles não fazem
apologia do preconceito, apenas o registram.
A guiar-se pela proposta do MPF, os dicionários prestariam um duplo desserviço.
Em primeiro lugar, deixariam de cumprir seu principal papel: registrar o uso da
língua em um dado momento. O segundo desserviço é fruto do primeiro. Se os
livros deixassem de registrar que, pejorativamente, o adjetivo judeu é empregado
como sinônimo de “pessoa usurária, avarenta”, não ensinariam ao leitor que em
determinadas situações, isso (infelizmente) pode acontecer. Não se defende aqui,
de maneira alguma, o emprego pejorativo do termo. Mas não é apagando o
registro de um dicionário que se muda a realidade. Trata-se de mais um exemplo
de ação desastrada em que a ideologia atropela a ciência, o serviço ao leitor e o
bom-senso em troca de nada.
O caso teve início em 2009, quando a Procuradoria da República recebeu
representação de uma pessoa de origem cigana afirmando que havia preconceito
por parte dos dicionários brasileiros em relação ao grupo. No Brasil, há
aproximadamente 600.000 ciganos. Desde então, segundo o MPF, foram enviados
“diversos ofícios e recomendações” às editoras para que mudassem o verbete. As
editoras Globo e Melhoramentos, de acordo com o órgão, atenderam às
recomendações.
No entanto, o MPF afirma que não foi feita alteração no caso do Houaiss. A Editora
Objetiva alegou que não poderia fazer a mudança porque a publicação é editada
pelo Instituto Antônio Houaiss e que ela é apenas detentora dos direitos relativos à
publicação. Diante disso, o procurador Cléber Eustáquio Neves entrou com ação
solicitando que a Justiça determine a imediata retirada de circulação, suspensão
de tiragem, venda e distribuição do dicionário.
“Ao se ler em um dicionário, por sinal extremamente bem conceituado, que a
nomenclatura cigano significa aquele que trapaceia, velhaco, entre outras coisas
do gênero, ainda que se deixe expresso que é uma linguagem pejorativa, ou que se
trata de acepções carregadas de preconceito ou xenofobia, fica claro o caráter
discriminatório assumido pela publicação”, afirmou. “Trata-se de um dicionário.
Ninguém duvida da veracidade do que ali encontra. Sequer questiona. Aquele
sentido, extremamente pejorativo, será internalizado, levando à formação de uma
postura interna pré-concebida em relação a uma etnia que deveria, por força de
lei, ser respeitada”, acrescentou o procurador.
Para Neves, o texto afronta a Constituição Federal e pode ser considerado racismo.
Ele lembrou que o Supremo Tribunal Federal já se pronunciou a respeito desse tipo
de situação e ressaltou que “o direito à liberdade de expressão não pode albergar
posturas preconceituosas e discriminatórias, sobretudo quando caracterizadas
como infração penal”.
Além da retirada da publicação do mercado, o MPF também pediu que a editora e
o instituto sejam condenados a pagar 200.000 reais de indenização por danos
morais coletivos. A Justiça Federal ainda não se manifestou sobre a ação. A
reportagem procurou o Instituto Antônio Houaiss, no Rio de Janeiro, mas a
informação foi de que a pessoa que poderia falar sobre o caso não estava no local.
[...]
(Com Agência Estado. Acesso em 2/4/2012)
6- O texto lido foi publicado na revista Veja. Que fato é comentado e analisado pela
revista? (0,2)
Por que não é possível a substituição de jeitinho por jeito e vice-versa, nos
dois enunciados?
Respostas:
1) Nesse trecho o Padre associa a ideia de roubo a salvação, esse trecho
apresenta um dualismo entre o espírito e a razão.
8) A resposta deixa implícito que, apesar de entre os membros do grupo ele ser o
mais velho, todos ali, inclusive o que diz ser velho, são jovens.