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INSTITUTO DONA PLACIDINA

NOTA:
NOME: Ana Beatriz Seixas Monteiro _____________________________

Nº: 01 ___ 1ª E.M. C_ DATA: 21/09/2021 Prof. Judite Martinelli


Avaliação Bimestral de Língua Portuguesa e Literatura
Conteúdo : Barroco e Arcadismo,O sermão do bom ladrão, de Padre Antonio Vieira, Substantivo e Artigo, Leitura e
intepretação de texto.
Objetivo: Verificar se o aluno compreendeu os conteúdos estudados.
Procedimento: Leia a prova com atenção antes de reponder às questões. Responda-as ao final da avaliação,
respeitando a ordem numérica.
Critérios: A avaliação vale 4,0(quatro) pontos. Incorreções serão descontadas. As questões com alternativas de
múltipla escolha, a deverão ter a resposta selecionada destacada e justificada, caso não atenda à solicitação a
questão será considerada incorreta.

O Sermão do Bom Ladrão, foi escrito em 1655, pelo Padre Antônio Vieira. Ele proferiu este
sermão na Igreja da Misericórdia de Lisboa (Conceição Velha), perante D. João IV e sua corte.
Lá também estavam os maiores dignitários do reino, juízes, ministros e conselheiros.

1-Leia o trecho abaixo, extraído da obra que foi leitura obrigatória do bimestre, e explique-o.
Observação importante: a resposta deverá ser sua interpretação individual. Caso haja
resposta que seja cópia da Internet ou a réplica de um colega, a questão será considerada
errada. (0,8)

Levarem os reis consigo ao paraíso os ladrões, não só não é companhia indecente, mas ação
tão gloriosa e verdadeiramente real, que com ela coroou e provou o mesmo Cristo a verdade
do seu reinado, tanto que admitiu na cruz o título de rei. Mas o que vemos praticar em todos
os reinos do mundo é, em vez de os reis levaram consigo os ladrões ao paraíso, os ladrões
são os que
levam consigo os reis ao inferno.

O poema abaixo refere-se às questões 2 e 3:

Soneto
(Moraliza o poeta nos ocidentes do sol a inconstância dos bens do mundo)
Gregório de Matos, Obras completas.

Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,


Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.

Porém se acaba o Sol, por que nascia?


Se formosa a luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?

Mas no Sol, e na Luz, falte firmeza,


Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.

Todo soneto apresenta a estruturação: tese, antítese e síntese. Com base nessa
informação, reponda:
2- Explique de que maneira a síntese do soneto de Gregório de Matos vincula-se ao
projeto estético do Barroco. (0,4)

3- Descreva como a relação entre os sentimentos de “alegria” e “tristeza” ganha novo


sentido no desenrolar do soneto. (0,4)

4- Analise os textos I e II. (,04)

Texto I:

Moema, de Victor Meirelles, 1866 (óleo sobre tela).

Texto II:
Perde o lume dos olhos, pasma e treme,
Pálida a cor, o aspecto moribundo,
Com mão já sem vigor, soltando o leme,
Entre as falsas escumas desce ao fundo:
Mas na onda do mar, que irado freme,
Tornando a aparecer desde o profundo;
Ah Diogo cruel! Disse com mágoa,
E sem mais vista ser, sorveu-se n’água.
Choraram da Bahia as Ninfas belas,
Que nadando a Moema acompanhavam;
E vendo que sem dor navegavam delas,
À branca praia com furor tornavam:
Nem pode o claro Herói sem pena vê-las,
Com tantas provas, que de amor lhe davam;
Nem mais lhe lembra o nome de Moema,
Sem que ou amante a chore, ou grato gema.
DURÃO, F.S.R. Caramuru, São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 147.

O quadro de Victor Meirelles, inspirou-se no episódio da morte de Moema,


personagem do poema épico Caramuru, publicado em 1781. Tanto na pintura quanto
no fragmento do poema, a indígena:
a) É representada de forma negativa, símbolo da inferioridade cultural brasileira.
b) É descrita de forma realista, reproduzindo a posição dos indígenas na sociedade.
c) É idealizada pelos enunciadores textuais, algo comum em obras de temática
indianista.
d) É associada ao imaginário medieval de representação das idealizadas damas da
corte.
e) É ridicularizada pelo ato impensado de ceifar a própria vida por causa do amado.

5- Lei o texto a seguir : (,04)


LXII
Torno a ver-nos, ó montes; o destino
Aqui me torna a pôr nestes oiteiros;
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da Corte rico e fino.

Aqui estou entre Almendro, entre Corino,


Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros
Atrás de seu cansado desatino.

Se o bem desta choupana pode tanto.


Que chega a ter mais preço, e mais valia,
Que da cidade o lisonjeiro encanto;

Aqui descanse a louca fantasia;


E o que ‘té agora se tornava em pranto,
Se converta em afetos de alegria.

O campo como locus amoenus, livre de mazelas sociais e morais, foi o grande tema
literário à época neoclássica, quando a literatura também expressou uma
resistência à Cidade, considerada então violento símbolo do poder monárquico e
da corrupção moral.
Interprete as opções abaixo e assinale a que sintetiza o modo de resistência
expresso nos versos de Cláudio Manuel da Costa transcritos.
a) apego à metrificação tradicional
b) bucolismo e paralelismo
c) aurea mediocritas
d) inutilia truncat
e) fugere urbem

O texto a seguir refere-se às questões 6 e 7.


Educação
MPF quer tirar de circulação o dicionário ‘Houaiss’
Publicação conteria expressões 'pejorativas e preconceituosas' contra ciganos e
não atendeu recomendações de alterar texto
Por Da Redação 27 fev 2012, 16h31

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação absurda, sob todos os
aspectos, na Justiça Federal em Uberlândia (MG): o órgão pretende tirar de
circulação o dicionário Houaiss, um dos mais conceituados do mercado. Segundo o
MPF, a publicação contém expressões “pejorativas e preconceituosas”, pratica
racismo contra ciganos e não atendeu a recomendações de alterar o texto, como
fizeram outras duas editoras com seus dicionários.
Trata-se de uma ação, no mínimo, desastrada. Há séculos dicionaristas respeitados
de todo o mundo se esforçam em reunir nesses livros o maior número de acepções
possível das palavras. Assim, o Houaiss explica que o termo cigano é “relativo ao
ou próprio do povo cigano; zíngaro”, mas também define “aquele que faz
barganha, que é apegado ao dinheiro; agiota, sovina” – esta acepção é, como bem
destaca o próprio Houaiss, pejorativa. A razão de apresentar as duas (entre outras)
versões é registrar o uso da palavra em um determinado momento histórico e
explicar-lhe o significado. É para isso que servem os dicionários: eles não fazem
apologia do preconceito, apenas o registram.
A guiar-se pela proposta do MPF, os dicionários prestariam um duplo desserviço.
Em primeiro lugar, deixariam de cumprir seu principal papel: registrar o uso da
língua em um dado momento. O segundo desserviço é fruto do primeiro. Se os
livros deixassem de registrar que, pejorativamente, o adjetivo judeu é empregado
como sinônimo de “pessoa usurária, avarenta”, não ensinariam ao leitor que em
determinadas situações, isso (infelizmente) pode acontecer. Não se defende aqui,
de maneira alguma, o emprego pejorativo do termo. Mas não é apagando o
registro de um dicionário que se muda a realidade. Trata-se de mais um exemplo
de ação desastrada em que a ideologia atropela a ciência, o serviço ao leitor e o
bom-senso em troca de nada.
O caso teve início em 2009, quando a Procuradoria da República recebeu
representação de uma pessoa de origem cigana afirmando que havia preconceito
por parte dos dicionários brasileiros em relação ao grupo. No Brasil, há
aproximadamente 600.000 ciganos. Desde então, segundo o MPF, foram enviados
“diversos ofícios e recomendações” às editoras para que mudassem o verbete. As
editoras Globo e Melhoramentos, de acordo com o órgão, atenderam às
recomendações.
No entanto, o MPF afirma que não foi feita alteração no caso do Houaiss. A Editora
Objetiva alegou que não poderia fazer a mudança porque a publicação é editada
pelo Instituto Antônio Houaiss e que ela é apenas detentora dos direitos relativos à
publicação. Diante disso, o procurador Cléber Eustáquio Neves entrou com ação
solicitando que a Justiça determine a imediata retirada de circulação, suspensão
de tiragem, venda e distribuição do dicionário.
“Ao se ler em um dicionário, por sinal extremamente bem conceituado, que a
nomenclatura cigano significa aquele que trapaceia, velhaco, entre outras coisas
do gênero, ainda que se deixe expresso que é uma linguagem pejorativa, ou que se
trata de acepções carregadas de preconceito ou xenofobia, fica claro o caráter
discriminatório assumido pela publicação”, afirmou. “Trata-se de um dicionário.
Ninguém duvida da veracidade do que ali encontra. Sequer questiona. Aquele
sentido, extremamente pejorativo, será internalizado, levando à formação de uma
postura interna pré-concebida em relação a uma etnia que deveria, por força de
lei, ser respeitada”, acrescentou o procurador.
Para Neves, o texto afronta a Constituição Federal e pode ser considerado racismo.
Ele lembrou que o Supremo Tribunal Federal já se pronunciou a respeito desse tipo
de situação e ressaltou que “o direito à liberdade de expressão não pode albergar
posturas preconceituosas e discriminatórias, sobretudo quando caracterizadas
como infração penal”.
Além da retirada da publicação do mercado, o MPF também pediu que a editora e
o instituto sejam condenados a pagar 200.000 reais de indenização por danos
morais coletivos. A Justiça Federal ainda não se manifestou sobre a ação. A
reportagem procurou o Instituto Antônio Houaiss, no Rio de Janeiro, mas a
informação foi de que a pessoa que poderia falar sobre o caso não estava no local.
[...]
(Com Agência Estado. Acesso em 2/4/2012)

6- O texto lido foi publicado na revista Veja. Que fato é comentado e analisado pela
revista? (0,2)

7- Quais expressões empregadas no texto são indicativas do ponto de vista da revista


sobre o fato? (0,2)

8- Imagine a seguinte situação: (0,4)


Um grupo de amigos está sentado a uma mesa conversando. Outro amigo se
aproxima para juntar-se ao grupo e, ao notar que não havia nenhuma cadeira livre,
diz brincando:
_ Alguém precisa me dar o lugar, porque eu sou o mais velho desse grupo.
Um dos que estão sentados responde, também em tom de brincadeira.
_ Você não é o mais velho. Você é o menos novo.

O que está implícito na fala da pessoa que respondeu ao amigo recém-chegado?

9- Leia esta opinião sobre a velhice: (0,4)


Você sabe que está ficando velho quando as velas começam a custar mais caro que
o bolo.
Bob Hope apud Ruy Castro. O melhor do mau humor. São Paulo.
Companhia das Letras, 1991.p.67.
Passe o único adjetivo do texto acima para o grau superlativo absoluto analítico e,
a seguir, para o superlativo absoluto sintético, por fim explique a diferença
semântica entre as duas formas de superlativo.

10- Leia os dois enunciados abaixo: (0,4)


a) “ A Sadia descobriu o jeitinho italiano”.
(Propaganda da Sadia, fabricante de alimentos, para as massas prontas congeladas.)

b) “ Queremos mostrar que o Brasil tem jeito.”


(Pronunciamento de um político em propaganda televisiva.)

Por que não é possível a substituição de jeitinho por jeito e vice-versa, nos
dois enunciados?

Respostas:
1) Nesse trecho o Padre associa a ideia de roubo a salvação, esse trecho
apresenta um dualismo entre o espírito e a razão.

2) A síntese do poema se relaciona ao período barroco por causa de perspectivas


contraditórias, como a tristeza e a alegria, ele tenta ligar coisas que são
incompatíveis, e esse conflito é típico do barroco.

3) A concepção de que a alegria é inviabilizada por contínuas tristezas é


reconstruída, ou seja, alegria e tristeza podem coexistir.

4) C- pois é sim possível notar a temática indianista, onde eles romantizaram a


Índia, nos dois textos

5) E- Que significa fugir da cidade, que é expresso pelos versos.

6) O fato do MPF pretender tirar de circulação o dicionário Houaiss, por conter


práticas de racismo contra ciganos, contendo termos pejorativos e
preconceituosos e por não atender as recomendações de alterar o texto.

7) “O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação absurda”, “Houaiss, um


dos mais conceituados do mercado.”, “Trata-se de uma ação, no mínimo,
desastrada.”

8) A resposta deixa implícito que, apesar de entre os membros do grupo ele ser o
mais velho, todos ali, inclusive o que diz ser velho, são jovens.

9) “Você sabe que está ficando extremamente velho”


“ Vocês sabe que está ficando velhíssimo”
Nas duas frases pode se notar o exagero, o que difere as duas são que na primeira,
o exagero se dá por um termo que dá a ideia de acréscimo que é o extremamente,
e na segunda esse exagero se dá pelo uso de sufixos, nesse caso o íssimo.

10) Na primeira se substituísse jeitinho italiano por jeito a mensagem pessoal e


familiar do anúncio não seria transmitida e na segunda ao substituir jeito por
jeitinho em a ideia seria a de que o Brasil não tem uma solução legal, mas que
é possível consertá-lo por meio de um sujo e suspeito.

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