Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Por meio desta apostila de Saúde Mental, você poderá ter uma ideia dos
valiosos recursos contidos nessa obra desenvolvida especialmente
para auxiliar no aprendizado do conteúdo ministrado. Nela, estão
disponíveis informações atualizadas das principais obras referentes
à disciplina a ser estuda. Este material que está em suas mãos traz
conteúdos que abordam a assistência em saúde mental, a história
da Psiquiatria; A Reforma Psiquiátrica, legislações que envolvem a
saúde mental e psiquiátrica, os principais Transtornos Mentais e
suas especificidades; os meios de aproximação do objeto de trabalho
da enfermagem em saúde mental e a participação do técnico de
enfermagem no tratamento e na reabilitação psicossocial dos sujeitos
em sofrimento psíquico; Políticas de saúde mental e trabalho em
equipe, bem como um roteiro de exercícios para auxilio no aprendizado
a partir dos esboços sugeridos.
Com o auxilio deste material teremos a capacidade de reconhecer,
Identificar e analisar os principais desafios da evolução histórica
da psiquiatria. Identificar as políticas que regem a assistência a
saúde mental no contexto do Sistema Único de Saúde. Apresentar o
processo de desinstitucionalização da Reforma Psiquiátrica Brasileira.
Reconhecer os sinais e sintomas dos quadros agudos e crônicos de
sofrimento psíquico. Subsidia-lo com conhecimento sobre o manejo
nas crises. Apresentar conceitos básicos sobre o uso de fármacos
para o trabalho em equipe multidisciplinar. Planejar com o auxílio do
enfermeiro o cuidado de enfermagem numa base individualizada,
enfocando os aspectos preventivos e de recuperação.
Somos extremamente gratos pela maneira com a qual o ITEC permitiu
que este projeto se tornasse realidade. Agradecemos as equipe diretiva
e de pedagogia que, com muito empenho e dedicação, colaboraram na
preparação desta apostila.
UNIDADE 05 21 UNIDADE 11 36
Transtorno De Ansiedade Psicofármacos
Aula 01 21 Aula 01 36
Aula 02 22 Aula 02 37
UNIDADE 06 23 UNIDADE 12 38
Transtorno Obsessivo-Compulsivo Prevenção em Saúde Mental
Aula 01 23 Aula 01 38
UNIDADE 01
AULA 01
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE CLÍNICO
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 13
O espaço de ação da psiquiatria deveria ser algumas clínicas consideradas sem
expandido e incorporado à comunidade como condições de funcionamento.
campo de atuação Entendemos como clínica de enfermagem
psiquiátrica o processo de busca que implica
A partir de 1990 ocorreram mudanças uma capacidade de observação disciplinada
em relação às políticas de saúde mental e o desenvolvimento de aptidões para
caracterizadas pela reestruturação da aplicar conhecimentos teóricos à prática
assistência psiquiátrica visando ao tratamento da relação interpessoal, em prol da ajuda
precoce, contínuo e eficiente na reabilitação e ao cliente psiquiátrico. A enfermeira na
reinserção do usuário da saúde mental. internação psiquiátrica ainda permanece
no cuidado administrativo- institucional,
>Enfermagem psiquiátrica pautando suas ações no modelo biológico,
A psiquiatria e a enfermagem psiquiátrica o que vai na contramão do que nos é
surgiram no hospício. O hospício era a proposto pela Reforma Psiquiátrica, que,
instituição disciplinar para reeducação do de um certo modo, nos exige um cuidado de
louco/alienado, que tinha no médico/alienista enfermagem de qualidade, em consonância
a figura de autoridade a ser respeitada e ética com uma prática social libertadora. A
imitada nesse projeto pedagógico e, nos clínica de enfermagem psiquiátrica, que
trabalhadores de enfermagem, os atores traduz o cuidado da enfermeira psiquiatra,
coadjuvantes desse processo, executores da se estrutura por elementos constitutivos, a
ordem disciplinar emanada dos médicos. saber:
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 15
Médicos da Era Romana tratavam as
UNIDADE 02
pessoas mentalmente enfermas com
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 16
terapias comuns. • A comunidade terapêutica;
• O hospital aberto.
SÉCULO XVIII
Em 1792, o francês Philippe Pinel provou o erro O SURGIMENTO DA ENFERMAGEM
em se tratar os doentes mentais de forma PSIQUIÁTRICA
desumana. O aluno de Pinel, Esquirol, deu Foi somente quase no final 1940 e começo
continuidade ao seu tratamento humano e é de 1950 que surgiram os primeiros
considerado o primeiro professor de psiquiatria. trabalhos, enfatizando a importância do
Em 1756, Benjamin Franklin fundou o conhecimento científico de psicologia e
Pennsylvania Hospital, onde Benjamin Rush, o psiquiatria e, posteriormente, também
“pai da psiquiatria norte-americana” começou do relacionamento enfermeira-paciente,
a trabalhar em 1783, ele acreditava que as acenando para a possibilidade futura
fases da lua influenciavam o comportamento da formulação de teorias próprias de
(a teoria lunar da insanidade) e inventou o Enfermagem Psiquiátrica, possibilitando
tranquilizante. uma evolução na prática e no conhecimento
próprio da enfermagem. Drogas
SÉCULO XIX psicotrópicas (agentes antipsicóticos)
Construído em 1773 o primeiro hospital público em 1953, alteravam a química cerebral , as
psiquiátrico norte-americano. Neste período emoções e o comportamento, não houve
havia leilões de doentes com doenças mentais grandes resultados em pacientes graves e
leves. Hospitais foram construídos em áreas crônicos, porem ocorreu uma diminuição
rurais remotas e longínquas o que levava o do número de pacientes em hospitais
doente mental à institucionalização. psiquiátricos.
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 17
protegido, conforme previsto na Lei Federal A Lei 10.216/2001 fez-se importante, dentre
que institui o Sistema Único de Saúde (SUS) no diversos aspectos, porque garantiu vários
Brasil. Esta rede substituiria o modelo arcaico direitos aos pacientes com transtornos
dos manicômios do Brasil. mentais, como a participação de sua família
no tratamento e sua proteção contra
LEI N° 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001. qualquer forma de abuso, dentre muitos
Dispõe sobre a proteção e os direitos das profissionais de saúde que atendem esses
pessoas portadoras de transtornos mentais pacientes, poucos conheceriam bem sobre
e redireciona o modelo assistencial em saúde essa lei.
mental. Os transtornos mentais ou a “loucura”
sempre estiveram presentes na humanidade, Com o advento da Lei 10.216/01, as pessoas
sendo tratadas de formas diversas por com transtorno mental passaram a ter
diferentes sociedades e a depender do tempo direito a um tratamento humanizado
em que estão inseridas. São algumas vezes e individualizado. Conhecida como Lei
consideradas uma manifestação do divino, da Reforma Psiquiátrica, é fruto de um
outras vistas como uma vergonha e uma grande movimento que visa o fim das
ameaça. antigas instituições psiquiátricas que eram
vistas como verdadeiros “depósitos” para
A lei 10.216 foi um projeto do então deputado pessoas consideradas “indesejáveis” para
federal pelo estado de Minas Gerais em a família e para a sociedade. A referida lei
2001, Paulo Delgado, a respeito dos direitos prioriza a pessoa com transtorno mental,
das pessoas com transtornos mentais, que seu tratamento e sua reinserção social, ao
acabaria ficando conhecida popularmente contrário de legislações anteriores, que se
como lei da reforma psiquiátrica ou lei preocupavam, principalmente, em afastar o
antimanicomial. A lei foi sancionada pelo então paciente da sociedade.
Presidente na época, Fernando Henrique
Cardoso, em 6 de abril de 2001, após 12 anos UNIDADE 03
de tramitação e debates dentro do Congresso
Nacional. AULA 01
REFORMA PSIQUIÁTRICA
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 18
sociais, de bens, palavras e afetos) e sua Esta rede substituiria o modelo arcaico dos
cidadania, inclusos aí não só seus direitos como manicômios do Brasil. A reforma psiquiátrica
seus deveres como cidadão. a desativação gradual dos manicômios, para
que aqueles que sofrem de transtornos
A reforma psiquiátrica pretendeu modificar mentais possam conviver livremente
o sistema de tratamento clínico da doença na sociedade. Ocorre que muitos deles
mental, eliminando gradualmente a internação sequer têm nome conhecido, documentos,
como forma de exclusão social. Este modelo familiares, dificultando a reinserção
seria substituído por uma rede de serviços social. Também não possuem acesso aos
territoriais de atenção psicossocial, visando a benefícios sociais oferecidos pelo Estado,
integração da pessoa que sofre de transtornos como a aposentadoria e auxílio-doença.
mentais à comunidade.
A Política de Saúde Mental no Brasil
O movimento da Reforma Psiquiátrica que, promove a redução programada de leitos
mais do que denunciar os manicômios como psiquiátricos de longa permanência,
instituições de violências, propõe a construção incentivando que as internações
de uma rede de serviços e estratégias psiquiátricas, quando necessárias, se
territoriais e comunitárias, profundamente dêem no âmbito dos hospitais gerais e que
solidárias, inclusivas e libertárias. No Brasil, sejam de curta duração. Além disso, essa
tal movimento inicia-se no final da década política visa à constituição de uma rede de
de 70 com a mobilização dos profissionais da dispositivos diferenciados que permitam a
saúde mental e dos familiares de pacientes atenção ao portador de sofrimento mental
com transtornos mentais. Esse movimento se no seu território, a desinstitucionalização
inscreve no contexto de redemocratização do de pacientes de longa permanência em
país e na mobilização político-social que ocorre hospitais psiquiátricos e, ainda, ações que
na época. permitam a reabilitação psicossocial por
meio da inserção pelo trabalho, da cultura e
A rede territorial de serviços proposta na pela do lazer.
Reforma Psiquiátrica inclui Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS), centros de convivência
e cultura assistidos, cooperativas de trabalho
protegido (economia solidária), oficinas de
geração de renda e residências terapêuticas,
descentralizando e territorializando o
atendimento em saúde, conforme previsto
na Lei Federal que institui o Sistema Único de
Saúde (SUS) no Brasil.
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 19
• Depressão;
UNIDADE 04
• Esquizofrenia;
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 20
um psicólogo ou psiquiatra, para que seja A ansiedade é uma reação normal ao
realizada a avaliação necessária, identificado estresse e à ameaça. É uma reação
o diagnóstico e iniciado o tratamento mais emocional à percepção do perigo real ou
adequado. imaginário, que se experimenta fisiológica,
psicológica e comportamentalmente.
> TRANSTORNOS NEUROLÓGICOS
O verbo transtornar significa tanto modificar a A ansiedade pode ser normal ou patológica.
ordem, pôr outra ordem em funcionamento, Normal após um susto; morte de alguém;
quanto provocar desordem. Podemos desejável e útil quando motiva o indivíduo
considerar que todas as acepções de a se desenvolver. Podendo ser patológica
transtorno quando tomadas por práticas que se quando causa perturbações nas atividades
julgam objetivas e que pretendem estabelecer da vida diária e ou está associada a uma
jurisdição sobre as práticas, pressupõem três doença como, por exemplo no transtorno
aspectos: obsessivo-compulsivo.
• O transtorno é uma perturbação da ordem a
ser seguida; OS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE SÃO
• Se há uma ordem a ser seguida, há uma CATEGORIZADOS EM SETE GRUPOS:
necessidade de adaptar-se a essa ordem; • Pânico com ou sem agorafobia;
• O transtornado é um ser que sofre de um • Agorafobia;
déficit de competências em relação a outros • Fobia social;
sujeitos que se adaptam a essa ordem. • Fobia simples;
• Transtorno obsessivo-compulsivo;
Os transtornos fóbicos, de ansiedade, • Estresse pós-traumático;
obsessiva-compulsivo, dissociativos e • Ansiedade generalizada.
conversivos, bem como as somatizações,
a neurastenia (Neurose que acarreta FATORES QUE PROVOCAM ANSIEDADE:
enfraquecimento da força nervosa; • A doença e a hospitalização (ameaça a
perturbações mentais caracterizadas pela vida, a saúde e à integridade da pessoa);
debilidade do sistema nervoso) e a hipocondria • Situações de exposição pública
permanecem agrupados de alguma forma (palestras, aulas);
arbitrando em torno de um constructo mais • Desconforto devido a dor, frio, fadiga e
amplo denominado neurose. mudanças na dieta;
• Privação de satisfação sexual;
UNIDADE 05 • Restrição de movimentos (restrição
física decorrente de problemas físicos) ;
AULA 01
TRANSTORNO DE ANSIEDADE • Isolamento;
• Interrupção ou perda do meio de ganhar
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 21
a vida (precipitação de uma crise financeira); PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS:
• Atitude incoerente e imprevisível das • Palpitações;
pessoas das quais depende; • Taquicardia;
• Frustração de metas e expectativas; • Sudorese;
• Confusão e incerteza sobre o presente e o • Tremores finos ou grosseiros;
futuro; • Sensação de perda de fôlego ou
• Separação da família e dos amigos. sufocação;
• Sensação de aperto na garganta;
SINAIS E SINTOMAS DE ANSIEDADE: • Dor ou desconforto no peito;
• Taquicardia; • Sentir-se tonto, cambaleante,
• Taquipnéia; atordoado ou prestes a desmaiar;
• Alterações na pressão arterial e • Desrealização (sentimentos de
temperatura; irrealidade);
• Relaxamento dos músculos lisos da bexiga • Despersonalização (sentir-se distante
e intestinos; de si mesmo);
• Inquietação motora; • Medo de perder o controle ou
• Diminuição da autoestima; enlouquecer;
• Pele úmida e calafrios; • Transtornos Neurológicos;
• Pupilas dilatadas; • Parestesias (sensações de dormência
• Boca seca; ou formigamento) Calafrios ou ondas
• Cefaléia; de calor
• Numerosas queixas físicas • Náusea ou mal-estar abdominal Medo
de morrer
AULA 02
DOENÇA DO PÂNICO
COMPLICAÇÕES:
Este distúrbio se caracteriza por ataques • Agorafobia (medo de lugares abertos);
de pânicos recorrentes, início imprevisível • Hipocondria;
e intensa apreensão, medo ou terror • Desavenças conjugais;
frequentemente associados a uma sensação • Dificuldades financeiras;
de morte iminente e acompanhados de • Abuso de álcool e drogas;
intenso desconforto físico. • Suicídio.
CAUSAS: TRATAMENTO:
• Genética; Visa o controle dos ataques e envolve
• Biológica; psicoterapia e medicamentos.
• psicossociais. • Antidepressivos (imipramina,
fluoxetina, tranilcipromina);
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 22
• Benzodiazepínicos.
UNIDADE 06
> AGORAFOBIA AULA 01
Consiste de um medo de lugares abertos. O TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO
indivíduo manifesta agorafobia expressando
temor de ser deixado sozinho e ou de sair de A característica essencial de transtorno
sua casa. Evita multidões e lugares públicos, obsessivo-compulsivo são os pensamentos
pois prevê alguma forma temível de colapso. obsessivos e os atos compulsivos
A agorafobia é particularmente incapacitante, recorrentes.
porque interfere acentuadamente na
capacidade de o indivíduo viver uma vida normal SINAIS E SINTOMAS:
• Pensamentos obsessivos (ideias,
> FOBIA SOCIAL sentimentos ou imagens que entram
É um temor persistente de qualquer situação repetidamente na mente do individuo e
de grupo, onde a pessoa acredita que será que são sempre angustiantes; o cliente
o foco de atenção e na qual teme agir de um tenta sem sucesso, resistir a eles);
modo que lhe cause humilhação ou embaraço. • Atos e rituais compulsivos
A fobia social mais comum é o medo de falar em (comportamentos estereotipados
público. Os indivíduos que sofrem deste medo conscientes, como contar, verificar
muita das vezes sentem-se aterrorizados ante ou evitar, que também se repetem
a idéia que sofrerão um colapso na frente da muitas vezes), que são desagradáveis
audiência ou de que ficarão mudos. e impedem o indivíduo de cumprir suas
tarefas;
> FOBIA SIMPLES • Transtornos Neurológicos;
Caracterizado por um medo persistente de • Preocupações com limpeza;
objeto ou situação específicos. O indivíduo • Medo de que algo terrível possa
pode temer lugares abertos, corredores acontecer (incêndio, morte);
estreitos, salas pequenas, águas correntes, • Preocupação com simetria, ordem ou
escadas, lugares altos, animais variados ou exatidão;
qualquer outro objeto ou situação específicos. • Ideias de pecado;
Quando exposto ao objeto ou situação • “Números de sorte ou de azar”;
temidos, o indivíduo imediatamente responde • Lavar as mãos;
com sintomas de intensa ansiedade que • Verificar portas e fechaduras;
desaparecem com a mesma rapidez quando • Tocar em objetos;
é afastado do objeto ou situação. Portanto, • Contar e selecionar;
esta pessoa faz esforços enormes para evitar • “Pisar apenas nas pedras brancas”.
expor-se a isso.
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 23
TRATAMENTO: obtido pelo paciente por manter os
• Antidepressivos; conflitos internos fora da consciência; o
• Psicoterapia comportamental. ganho secundário, referido às vantagens
que o paciente obtém por sua enfermidade.
> TRANSTORNO DE ESTRESSE
PÓS-TRAUMÁTICO Diagnóstico e tratamento dependem de
Caracterizado pela experiência repetida um exame clínico minucioso. Descartadas
de terror associado com um evento as causas médicas, pode-se sugerir ao
psicologicamente opressivo, que foi realmente paciente uma abordagem psicológica,
vivido em um momento anterior da vida (guerra, com terapia focalizada em questões de
desastre natural e estupro) Os flashbacks da estresse e enfrentamento. Ansiolíticos,
experiência e o terror que os acompanham são exercícios de relaxamento comportamental
frequentemente precipitados por um estímulo e psicoterapia, já que quanto maior o tempo
relacionado com o evento original. que o indivíduo passa na condição de
doente, mais difícil torna-se o tratamento.
> TRANSTORNO DE ANSIEDADE
GENERALIZADA TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS
Caracterizada por uma ansiedade irrealista ou São caracterizados por uma perturbação
excessiva e preocupação acerca de duas ou na integração normal da identidade,
mais circunstâncias de vida, que geralmente memória ou consciência. Existência dentro
são determinadas no decorrer de sua evolução da pessoa de duas ou mais personalidade
(pai e mãe na meia-idade podem temer ir à distintas com atitudes e comportamentos
falência e não viver para ver o filho formado). opostos, provocado por traumas na infância
de natureza sexual.
> OUTROS TRANSTORNOS:
TRANSTORNOS SOMATOFORMES UNIDADE 07
Trata-se de uma situação que envolve perda
AULA 01
ou alteração na função motora ou sensorial
PSICOSE
voluntária, não sendo explicada por doença
clínica ou outro processo fisiopatológico O termo psicose vem do grego “psique”,
conhecido. Tais condições não podem ser para mente, e “ose”, para condição anormal,
decorrentes da influência direta do paciente significando literalmente condição anormal
sobre elas, como acontece na simulação. da mente. O indivíduo sofrendo de psicose
O transtorno conversivo é um exemplo de é chamado psicótico.
transtorno somatoforme. O psicótico pode reportar alucinações ou
crenças delirantes, e exibir alterações de
Outras características são o ganho primário, personalidade e desordem de pensamento.
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 24
Isso pode ser acompanhado por comportamento • Transtorno esquizoafetivo – a pessoa
incomum ou bizarro, assim como dificuldade tem alterações como no bipolar e no
com interação social e em levar atividades esquizofrênico, mas não se enquadra
cotidianas. em nenhum dos dois diagnósticos.
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 25
Há delírios de grandeza (“Eu sou o presidente TRATAMENTO E CONDUTA:
do país.”), de ciúme (“Todos me traem.”), de • Estratégias comportamentais: ajudar
perseguição (“Você [dizendo para o médico] o paciente a lidar com a ansiedade e a
está aqui para me matar!”), místicos (“Eu sou depressão, criar métodos alternativos
Jesus Cristo.”), etc. A pessoa crê ser isto real. para abordar as situações;
E nada a convence de que não é; • Controle dos delírios: avaliar
• Desordem do pensamento na psicose - frequência, intensidade e duração, não
Desordens de pensamento descrevem um reforçar (concordar) com as ideias de
distúrbio subordinado ao pensamento e delírio expostas pelo paciente;
são classificadas principalmente por seus • Controle das alucinações: ajudar
efeitos na fala e escrita. Pessoas afetadas a reconhecer os sintomas, seus
mostram perda de associações que são deflagradores e as estratégias de
uma desconexão e desorganização do controle.
conteúdo semântico da fala e escrita. Não • Psicofarmacologia: medicamentos
se entende bem o que a pessoa psicótica ansiolíticos e hipinossedativos,
está dizendo, não faz sentido o que ela diz. antipsicoticos, estabilizadores do
Pode haver dificuldade de concentração. humor.
Os pensamentos podem estar acelerados • Controle das recidivas: informar
ou muito lentos; cliente e familiares como identificar e
• Mudança de sentimentos - ocorrem sem agir em casos de recidiva iminente;
razão aparente. Sensação de isolamento • Educação do cliente e da família:
do mundo, estranheza, como se tudo se quando recebem informações sobre o
movesse em câmara lenta, e ora muito diagnóstico, medicamentos, pesquisa
alegre, ora deprimido demais, ou sem atual e recursos comunitários, são
nenhuma emoção, como se fosse uma capazes de controlar a doença.
máquina;
• Mudança de comportamento - A mudança
UNIDADE 08
do comportamento depende de outras
alterações (se a pessoa tem alucinação AULA 01
auditiva de que uma voz está lhe dizendo ESQUIZOFRENIA
para fugir, ela ficará muito inquieta e irá
querer sair correndo. Ou pode estar muito Um grupo de moléstias, caracterizado por
assustada e não conseguir dormir. Outros perturbações mentais, afetivas e volitivas,
param de comer porque há no delírio a ideia com uma tendência a fugir da realidade.
de que colocaram veneno na comida.)
INCIDÊNCIA:
afeta aproximadamente 1% da população,
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 26
de evolução crônica, com início mais • F20.9 Esquizofrenia, não especificada;
predominante entre 16 e 28 anos. • Esquizofrenia - Tipos
A esquizofrenia se manifesta geralmente no
final da adolescência ou no inicio da vida adulta, Devido a imensa tipagem de esquizofrenias,
tanto em homens quanto em mulheres. Pode basicamente dividida em 6 tipos, que são
levar o indivíduo a vários graus de deterioração de diferenciados através dos sinais e sintomas
personalidade, com riqueza de manifestações e comportamento do portador desse
psicopatológicas e com desorganização de transtorno, sendo elas:
diversos processos mentais. • Esquizofrenia Simples;
• Esquizofrenia Desorganizada ou
A Classificação Internacional das Doenças Hebefrênica;
(CID10), da Organização Mundial da Saúde • Esquizofrenia Catatônica;
coloca os quadros de esquizofrenia na • Esquizofrenia Paranoide;
codificação F20, e os define como: “Distorções • Esquizofrenia Residual;
fundamentais e características do pensamento • Esquizofrenia Indiferenciada.
e da percepção e por afeto inadequado ou
embotado. ESQUIZOFRENIA SIMPLES
Considerada pouco comum, é de início
Tanto na CID 10 como no DSM IV, estão insidioso, porém progressivo, havendo o
descritos alguns subtipos clínicos: desenvolvimento de excentricidades de
DSM IV: conduta, inabilidade para cumprir demandas
• 295.30 Tipo Paranoide; da sociedade e declínio da performance.
• 295.10 Tipo Desorganizado;
• 295.20 Tipo Catatônico; ESQUIZOFRENIA DESORGANIZADA OU
• 295.90 Tipo Indiferenciado; HEBEFRÊNICA
• 295.60 Tipo Residual. Tipo que possui maior chance de
deterioração inicial, pois apresenta
Tanto na CID 10 como no DSM IV, estão descritos regressão acentuada a um comportamento
alguns subtipos clínicos: primitivo. É caracterizado pelos sintomas
• F20.0 Esquizofrenia Paranoide; de desorganização e transtorno de
• F20.1 Esquizofrenia Hebefrênica; pensamento, incoerência e dissociação,
• F20.2 Esquizofrenia catatônica; afetividade e respostas socioemocionais
• F20.3 Esquizofrenia indiferenciada; inadequadas, aparência pessoal e contato
• F20.4 Depressão pós-esquizofrênica; com a realidade precários, comportamento
• F20.5 Esquizofrenia residual; hilário e bizarro, maneirismo e retraimento
• F20.6 Esquizofrenia simples; social. Existe nesse tipo de esquizofrenia
• F20.8 Outra esquizofrenia; um risco de heteroagressividade, distúrbios
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 27
eróticos acentuados e geralmente vem ESQUIZOFRENIA INDIFERENCIADA
seguido de um grau maior de deterioração. É caracterizada pelos sintomas de
delírios, alucinações, incoerência ou
ESQUIZOFRENIA CATATÔNICA comportamento desorganizados, sintomas
É caracterizada pelas alterações psicomotoras negativos evidenciados, apresenta
como: estupor, rigidez, excitação, negativismo ausência de outros sintomas que possam
ou posturas bizarras, acompanhadas de ser classificados em qualquer outro tipo
estereotipias, maneirismos, mutismo e de esquizofrenia, deterioração do nível de
flexibilidades cérea, agressividade a ponto funcionamento, ausência de alterações
de se ferirem e ferirem a outros, além de somáticas relevantes e duração contínua
apresentar maior risco de desnutrição, da doença por pelo menos seis meses.
exaustão e hiperpirexia.
EXISTEM FATORES QUE SÃO CAPAZES
ESQUIZOFRENIA PARANOIDE DE CONTRIBUIR PARA A ESQUIZOFRENIA,
Tipo mais ameno de evolução da esquizofrenia, SENDO ELES:
apresenta ansiedade, querência, violência, • fatores genéticos;
alucinações auditivas, delírios e alterações • de personalidade;
das interações pessoais. As principais • estrutura orgânica;
características estão ligadas ao pensamento • relacionamento criança-pais;
de grandeza e perseguição, acompanhadas de • fatores sociais;
delírios e alucinações auditivas, surto agudo, • anormalidades bioquímicas e
ausência de sintomas catatônicos e endócrinas;
desorganizados e menor embotamento • fatores ambientais;
afetivo; apresenta grande risco suicida e de • drogas alucinógenas;
agressão. • fatores precipitantes.
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 28
SINTOMAS ACESSÓRIOS: negativos costumam ser estáveis ao
• Erros sensoriais; longo do tempo se diferenciando e se
• Ideias delirantes; Alucinações; encaixando cada um em um ou mais tipos
• Transtornos de memória; de esquizofrenia.
• Sintomas catatônicos;
• Peculiaridades de linguagem; DIAGNÓSTICO:
• Alterações de personalidade. É necessário realizar um diagnóstico para
cada tipo de paciente esquizofrênico para
A esquizofrenia caracterizada por dois tipos avaliar o tipo de tratamento prestado.
de sintomas, sendo eles positivos e negativos, No futuro, espera-se que a descoberta de
onde os positivos referem-se ás cognições, marcadores biológicos e preditores mais
experiências sensoriais e comportamentos específicos, bem como a melhor delimitação
presentes nos pacientes que normalmente dos estados mentais de risco, possibilitem
estão ausentes nas pessoas sem o transtorno. a detecção e a intervenção precoces na
Os sintomas negativos referem-se à ausência esquizofrenia e, quem sabe, a prevenção
ou diminuição das cognições, emoções ou dessa doença.
comportamentos, que normalmente estão
presentes nas pessoas sem o transtorno. A avaliação e a assistência devem ser
feitas por uma equipe multiprofissional,
SINTOMAS POSITIVOS: composta no mínimo de médico psiquiatra,
Exemplos comuns de sintomas positivos terapeuta ocupacional, enfermeira com
incluem alucinações (ouvir vozes.), ideias especialização em psiquiatria e assistente
delirantes (acreditar que pessoas os social.
perseguem) e o comportamento estranho
(manter uma postura estranha sem motivo TRATAMENTO:
aparente). O tratamento para indivíduos que
apresentam sintomas de psicose deve
SINTOMAS NEGATIVOS: ser realizado em local especializado, e
Exemplos comuns de sintomas negativos: podem ser: farmacológicas, psicossocial e
expressividade afetiva embotada ou plana intervenções com a participação da família.
(diminuição da expressividade facial), pobreza
da fala (diminuição da comunicação verbal), > FARMACOLÓGICO
anedonia (incapacidade de experimentar É feito através de uso de antipsicóticos,
prazer), apatia, retardo psicomotor (lentidão melhoram os sintomas positivos, que
ao falar) e inércia física. contribuem no tratamento de sinais
Os sintomas positivos costumam oscilar ao negativos e também são utilizados os
longo do curso do transtorno, enquanto os neurolépticos;
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 29
OS ANTIPSICÓTICOS SE DIVIDEM EM 2 TIPOS:
UNIDADE 09
• antipsicóticos típicos ou convencionais
- são antagonistas da dopamina que, AULA 01
embora eficientes na diminuição dos TRANSTORNOS DO HUMOR
sintomas, causam efeitos colaterais,
São subdivididos em diagnósticos clínicos
como o efeito extrapiramidais que são os
como transtorno depressivo e bipolares.
tremores, rigidez e bradicinesia e os mais
Tais quadros podem ocorrer como episódios
usados são o haloperidol e clopromazina;
únicos, mas costumam evoluir em fases
• Atípicos - inibem receptores de dopamina
e ser recorrentes, podendo ter remissão
e serotonina, proporcionando uma
espontânea ou cronificar caso não seja
diminuição nos sintomas positivos
tratadoadequadamente. Não causam
e negativos com menos efeitos
prejuízo da integridade mental pois podem
extrapiramidais, mas, em contrapartida,
remitir (anular-se) por completo.
existe um aumento em relação ao peso
do doente. Tendo assim que ser, sempre
cautelosamente supervisionado pela
> TRANSTORNO BIPOLAR
equipe de enfermagem sendo os mais
AFETIVO
Existe uma confusão acerca da palavra
utilizados a clozapina, resperidona o e
“depressão”, pois ela é utilizada para
olanzapine;
descrever ao mesmo tempo uma alteração
do humor, uma síndrome e um transtorno
> PSICOSSOCIAL
específico. Já a palavra “mania”, que
Consiste no tratamento do paciente através
clinicamente significa “euforia patológica”,
de atividades sociais e ocupacionais, e tem
também é muito confundida com significado
como objetivo promover recuperação e melhor
que o senso comum empresta à palavra: um
aceitação da doença, onde o atendimento
hábito ou um maneirismo.
domiciliar é quase sempre a melhor alternativa;
É importante salientar que um cliente
em mania ou em depressão relata que
• Intervenções com a família
seu humor vital não mais depende do
É altamente indispensável para a recuperação
seu controle, diferente do aumento ou
e adaptação do paciente. A intervenção
diminuição transitória do humor daqueles
sistêmica deve ocorrer com encontros
que tem autocontrole.
intervalados, devendo considerar o sofrimento
da família e a maneira da mesma lidarem com o
ETIOLOGIA:
problema do paciente
• Predisposição genética ou herdada
(história familiar positiva);
• Distúrbios neuroquímicos e
Instabilidade na transmissão de
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 30
impulsos nervosos ao cérebro (tornam pessoas • Aceleração do curso do pensamento ou
mais vulneráveis a tensões emocionais, físicas taquipquisia (pensamento rápido);
e sociais). • Elevada autoestima;
• Falta de crítica;
SINAIS E SINTOMAS: • Fuga de idéias;
Delírios e alucinações podem ou não fazer parte • hipersexualidade;
do quadro clínico, e o início dos sintomas • Aumento de energia e resistência ao
podem refletir um padrão sazonal (depressão cansaço físico;
mais frequente no outono/inverno). • Insônia;
• Arrogância;
CLIENTES DEPRIMIDOS APRESENTAM: • Heteroagressividade;
• Sensação de tristeza intensa; • Comprar muitas coisas ou até dá seus
• Angústia e ansiedade; objetos indiscriminadamente;
• Perda do interesse; • Delírios de grandeza;
• Negligência do autocuidado; • Alucinação: geralmente auditiva com
• Desânimo; conteúdo de grandeza;
• Sentimento de culpa, medo ou • Desidratação, nutrição inadequada;
desconfiança; • Perda de peso.
• Pessimismo e sentimentos de ruína e
inutilidade; DIAGNÓSTICO:
• Idéias suicidas; • Sintomatológico.
• Dificuldade de concentração;
• Alterações do apetite; TRATAMENTO
• Alterações de sono; Para transtornos depressivos do humor:
• Desinteresse sexual. • Antidepressivos;
• Psicoterapia;
Durante um episódio maníaco, o humor se • Eletroconvulsoterapia (em casos de
mostra elevado, expansivo e irritável. Atividade depressão maior).
motora é excessiva e frenética. Características
psicóticas podem estar presentes; um grau PARA TRANSTORNOS DO HUMOR EM
um pouco mais leve desse quadro clínico EPISÓDIOS MANÍACOS:
sintomático é denominado hipomania. • Neurolépticos e antipsicóticos;
• Estabilizadores do humor.
CLIENTES MANÍACOS APRESENTAM:
• Sensação de bem-estar geral;
• Humor elevado, expansivo ou irritável;
• Distraibilidade;
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 31
O lítio, droga psicotrópica efetiva no tratamento comprometimentos que afetam o cérebro
de mania e na prevenção de recorrência do de maneira direta e seletiva;
transtorno bipolar, quando administrada em • Secundária: como em doenças e
base de manutenção. O lítio não prejudica transtornos sistêmicos que atacam
a atividade intelectual, a consciência ou a o cérebro apenas como um dos
qualidade de vida emocional. múltiplos órgãos ou sistemas orgânicos
envolvidos.
Os níveis tóxicos de lítio estão muito próximos Demência é uma síndrome devida a uma
aos do nível terapêutico, e podem ser doença cerebral, usualmente de natureza
observadas a toxidade através dos sintomas crônica ou progressiva, na qual há
de náuseas, cólicas abdominais, vomito, comprometimento de numerosas funções
diarreia, sede e poliúria. Se a dosagem não for corticais superiores, tais como a memória, o
diminuída aos primeiros sintomas de toxidade pensamento, a orientação, a compreensão,
podem ocorrer danos sérios aos sistemas o cálculo, a capacidade de aprendizagem, a
nervoso central e cardiovascular. linguagem e o julgamento.
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 32
insidiosa e caracteriza- se por perdas atividades cotidianas, ficam deprimidos,
graduais da função cognitiva e distúrbios no desconfiados, hostis e agressivos;
comportamento e afetivos. • Estágio avançado – conversa
deteriorada (sílabas sem sentido),
CAUSAS: agitação e atividade física aumentada,
• Genética; perambulação noturna, disfagia e
• Alterações neurotransmissoras; incontinência;
• Anormalidades vasculares; • Estágio Terminal – imobilidade e
• Hormônios de estresse; vegetatividade, a morte acontece
• Alterações circadianas; por complicações como pneumonia,
• Traumatismo craniano; desnutrição ou desidratação.
• Convulsões.
DIAGNÓSTICO:
CLASSIFICAÇÃO: • Clínico - Histórico do paciente;
• Doença de Alzheimer Familiar – de início • Imagem – Tomografia e Ressonância
precoce, rara e associada a mutações magnética.
genéticas;
• Doença de alzheimer esporádica – de Tratamento:
início tardio e não apresentam padrão de Consiste em tratar os sintomas cognitivos e
herança evidente. comportamentais.
Medicamentoso para as questões
FISIOPATOLOGIA cognitivas (cloridrato de donepezila,
Alterações bioquímicas e neuropatológicas tartarato de rivastigmina, bromidrato de
específicas são encontradas nos pacientes galantamina) e terapias comportamentais
com Alzheimer (emaranhados neurofibrilares e psicossociais para as questões que
não funcionais, e placas senis ou neuríticas). A envolvam os sintomas comportamentais.
lesão acontece no córtex cerebral resultando
em tamanho cerebral diminuído. > DEMÊNCIA VASCULAR
A demência vascular é o resultado de um
Manifestações clínicas dano vascular cerebral devido à doença
• Estágio inicial – esquecimento e perda sutil vascular, inclusive a doença cerebrovascular
da memória; hipertensiva. Os danos celulares são
• Estágio intermediário – esquecimento em usualmente pequenos, mas cumulativos
muitas ações diárias, perda da capacidade em seus efeitos. O seu início se dá em geral
de reconhecer rostos dos familiares, locais na idade avançada.
e objetos, conversa difícil, dificuldade
de encontrar palavras, dificuldade com
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 33
> DEMÊNCIA EM OUTRAS DOENÇAS > DEMÊNCIA NA DOENÇA DE
Existem casos de demência devida a, ou HUNTINGTON
presumivelmente devida a, outras causas A Doença de Huntington (DH), também
que não a doença de Alzheimer ou doença conhecida como Coreia de Huntington,
cerebrovascular. O início pode ocorrer em é uma doença hereditária rara,
qualquer época na vida, embora raramente na neurodegenerativa, que afeta o sistema
idade avançada. nervoso central, causando alterações
dos movimentos, do comportamento e da
> DEMÊNCIA DA DOENÇA DE PICK capacidade cognitiva.
Demência progressiva, com início na meia Demência que ocorre como parte de
idade, caracterizada por alterações do caráter uma degeneração cerebral difusa. O
precoces de curso lentamente progressivo e transtorno é transmitido por um único
de deterioração social, seguindo-se prejuízo gene autossômico dominante. Os sintomas
das funções intelectuais, da memória e surgem tipicamente na terceira e quarta
da linguagem, acompanhadas de apatia, décadas. A progressão é lenta, conduzido à
euforia e, ocasionalmente, de sintomas morte usualmente em 10 a 15 anos.
extrapiramidais: distonia (espasmo muscular
no pescoço, olhos, língua e mandíbula), > DEMÊNCIA NA DOENÇA PELO
acatisia (incapacidade de se manter imóvel), VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA
acinesia (incapacidade de iniciar movimentos). HUMANA
Demência que se desenvolve no curso da
> DEMÊNCIA NA DOENÇA DE doença pelo HIV, na ausência de qualquer
CREUTZFELDT-JAKOB outra doença ou infecção concomitante
Demência de evolução progressiva, com que pudesse explicar a presença das
extensos sinais neurológicos, decorrentes características clínicas.
de alterações neuropatológicas específicas
presumivelmente causadas por um agente:
AULA 02
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 34
CAUSAS: • Disfonia (fala mole, baixa, pastosa e
• Genética; menos audível).
• Aterosclerose; Diagnóstico:
• Acúmulo excessivo de radicais livres de • •Clínico (pelo histórico e por duas das
oxigênio; Infecções viróticas; quatro manifestações clínicas básicas);
• Traumatismos crânio-encefálico; • Imagem (exames tomográficos).
• Uso crônico de medicações antipsicóticas.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO:
FISIOPATOLOGIA: • Antiparkinsonianos (Akineton,
Esta doença se associa a níveis reduzidos de Levodopa, Prolopa, Sinemet, Mantidan,
dopamina em consequência da destruição das Parlodel);
células neuronais pigmentadas na substância • Antidepressivos (Tofranil, amitriptilina,
negra dos gânglios da base do cérebro. A fluoxetina).
perda das reservas de dopamina nesta área
do cérebro ocasiona mais neurotransmissores CIRÚRGICO:
excitatórios (acetilcolina) que inibitórios Embora proporcione algum alívio em
(dopamina), acarretando um desequilíbrio que pacientes, não demonstrou alterar a
afeta os movimentos voluntários. evolução da doença e nem produzir
melhoras permanentes.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS PRINCIPAIS:
• Tremor; > DEMÊNCIA EM OUTRAS
• Rigidez; DOENÇAS ESPECIFICADAS
• Bradicinesia; CLASSIFICADAS EM OUTRA
• Instabilidade postural; PARTE
• Demência na deficiência de niacina
OUTRAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: (causa a pelagra), vitamina B12;
• Sudorese; • Degeneração hepatolenticular;
• Rubor facial; • Epilepsia;
• Hipotensão ortostática; • Esclerose múltipla;
• Retenção gástrica e urinária; • Hipercalcemia;
• Constipação; • Hipotireoidismo adquirido;
• Disfunção sexual; • Intoxicações;
• Alterações psiquiátricas (depressão, • Lipidose cerebral;
demências, distúrbios do sono, • Lúpus eritematoso sistêmico;
alucinações); • Neurossífilis;
• Micrografia (escrita manual de tamanho • Poliarterite nodosa;
reduzido); • Tripanossomíase.
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 35
muscular, insônia e raiva;
UNIDADE 11
• Observar as reações do paciente antes,
AULA 01 durante e após a administração dos
PSICOFÁRMACOS medicamentos;
• Observar sinais para detecção das
> FÁRMACOS ANSIOLÍTICOS síndromes de recaída, rebote e
São drogas, sintéticas ou não, usadas para abstinência;
diminuir a ansiedade e a tensão. Afetam áreas • Evitar a ingestão concomitante de
do cérebro que controlam a ansiedade e o antiácidos e a ingestão de alimentos,
estado de alerta relaxando os músculos. pois lentificam o esvaziamento
gástrico e consequente absorção do
Ansiolítico é nome que se dá aos medicamentos medicamento;
capazes de reduzir a ansiedade e exercer um • O diazepan não pode ser diluído em
efeito calmante, com pouco ou nenhum efeito solventes aquosos ou em combinação
sobre as funções motoras ou mentais. com outros medicamentos que
contenham solvente aquoso, pois
MEDICAMENTOS UTILIZADOS: precipita;
• Bromazepam (Deptran, Lexotan, • Orientar a não ingestão de álcool quando
Lexpiride); estiver em uso destes medicamentos,
• Diazepam (Valium, Diempax, Kiatrium, pois o efeito desta droga é aumentado
Noan, Diazepam, Calmociteno); se consumido juntamente com álcool;
• Alprazolam; • Orientar a não dirigir veículos e nem
• Clonazepam; operar máquinas perigosas devido a
• Lorazepam (Lorax, Mesmerin, Relax). diminuição da coordenação motora e
déficit no estado de alerta.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Observar e monitorar o nível de consciência > FÁRMACOS HIPNÓTICOS
do paciente; São drogas utilizadas para reduzir a
• Observar, registrar e comunicar possíveis inquietação e tensão emocional, além de
efeitos colaterais como:sedação(após serem usadas para induzir sedação e sono
algumas semanas de uso pode ocorrer
tolerância), deficiências cognitivas, Os hipnóticos podem ser divididos em
inibição da função sexual, dependência, dois grupos:
fraqueza muscular, em idosos ocorre • Barbitúricos (ou derivados do ácido
rebaixamento do nível de consciência, barbitúrico) fenobarbital (Gardenal);
reação paradoxal na forma de excitação pentobarbital (Hypnol)
aguda, ansiedade, alucinações, espasmo • Não barbitúricos benzodiazepínicos-
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 36
estazolan (Noctal), flunitrazepan (Rohypnol, de alerta;
Fluserin), flurazepan (Dalmadorm), midazolan • Orientar quanto ao uso de barbitúricos
(Dormonid) e nitrazepan (Nitrazepan, no último trimestre de gravidez pode
Sonebon). causar dependência física no recém-
nascido;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM • Manter especial vigilância a pacientes
• Observar e monitorar o nível de consciência com risco de suicídio que podem
do paciente; acumular esses fármacos para ingestão
• Atentar para o desenvolvimento de posterior.
tolerância aos efeitos de inúmeros
hipnóticos e sua retirada abrupta pode AULA 02
precipitar distúrbios do sono;
• Observar, registrar e comunicar os > FÁRMACOS ANTIPSICÓTICOS
sintomas de intoxicação por superdose Também são chamados de neurolépticos
de barbitúricos: falta de coordenação pois sua indicação específica é para o
muscular com ataxia, tontura, nistagmo, tratamento das psicoses.
fala arrastada, pensamento lentificado,
hematomas e fraturas por quedas. Na Promove alteração na sintomatologia
intoxicação mais profunda existem psicótica como a diminuição e
variados graus de estupor, a fala é cessação dos impulsos agressivos, da
incoerente, a memória apresenta falhas e agitação psicomotora, desaparecimento
podem aparecer alucinações; gradual das alucinações e delírio;
• Observar as reações do paciente antes, na área comportamental promovem
durante e após a administração dos empobrecimento da iniciativa e interesse,
medicamentos, pois todos os hipnóticos indiferença emocional e cansaço.
disponíveis atualmente demonstram
certa tendência para determinar o MEDICAMENTOS UTILIZADOS:
desenvolvimento da dependência e do De acordo com a estrutura química
vicio; básica, os neurolépticos podem ser
• Orientar a não ingestão de álcool quando classificados:
estiver em uso destes medicamentos, • Compostos fenotiazínicos - flufenazina
efeito desta droga é aumentado se (Anatensol), periciazina (Neuleptil) e
consumido juntamente com álcool. E clorpromazina (Amplictil);
comum essa associação ocorrer em • Tioxantênicos - Tiotixeno (Navane);
tentativas de suicídio; • Butirofenônicos - droperidol
• Orientar a não dirigir veículos e nem operar (Droperidol), haloperidol (Haldol),
máquinas perigosas devido a diminuição penfluridol (Semap);
da coordenação motora e déficit no estado
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 37
• Difenilbutilamínicos - pimozida (Orap). fenotiazínicas com a pele, pois pode
ocorrer dermatite, assim como quando da
CUIDADOS DE ENFERMAGEM exposição ao sol por parte do paciente;
• Evitar o uso de neurolépticos durante a • Orientar o paciente a não se levantar
gravidez e caso sejam usados, de forma de forma brusca, os neurolépticos
gradual devem ser descontinuados fenotiazínicos podem causar
duas semanas antes do parto, pois hipotensão ortostática, em especial a
podem provocar na criança: icterícia, levomepromazina;
efeitos extrapiramidais e neurológicos • Orientar ou fazer rigorosa higiene oral
transitórios; do paciente, neurolépticos podem
• Orientar o paciente quanto a evitar o uso provocar siasloquese (diminuição ou
de álcool ou de outros depressores do nível ausência de saliva) e com isto podem
central, pois os neurolépticos realçam a advir candidíase oral, gengivite e
ação de outros depressores do Sistema periodontite;
Nervoso Central; • Detectar e comunicar os efeitos
• Observar e monitorar o nível de consciência colaterais que os pacientes
do paciente; desenvolvem, assim como nos pacientes
• Orientar que os fenotiazínicos mascaram crônicos no uso de neurolépticos, deve-
sintomas de ototoxicidade dos antibióticos se observar sinais de discinesia tardia,
ototóxicos; para que o mais precoce possível se
• Orientar os pacientes que os neurolépticos instale terapia apropriada;
devem ser ingeridos durante ou logo após • Atentar para nunca se deve ministrar
as refeições para diminuir a irritação os neurolépticos de depósito pela via
gástrica que provocam; as soluções intravenosa pois eles estão em veículo
orais devem ser diluídas em água, sucos, oleoso e nesta via provocam embolia
leite e caldos para diminuir a irritação gordurosa.
gástrica que provocam, excetuando-se o
haloperidol que deve ser diluído em leite UNIDADE 12
ou água, pois precipita quando diluído em
AULA 01
café, chá, sucos de frutas ou xarope de
PREVENÇÃO EM SAÚDE MENTAL
citrato de lítio;
• Atentar quanto a necessidade de usar > PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL
antiácidos contendo alumínio e magnésio Avaliar se a cidade seria um lugar saudável
ou absorventes antidiarréicos, os mesmos para viver ou não. Sugeria que se avaliasse
devem ser ministrados 2 horas antes ou sua geografia, o suprimento de água e
após o uso dos fenotiazínicos, pois podem aconselhava a observar o comportamento
inibir a absorção destes últimos; de seus habitantes. (Hipócrates Séc.V a.C.)
• Evitar o contato das formas líquidas
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 38
PREVENÇÃO: PREVENÇÃO SECUNDÁRIA:
• Ato ou efeito de prevenir-se; É definida como a identificação precoce
• Disposição ou preparo antecipado e e o pronto tratamento de uma doença ou
preventivo; transtorno mental, com o objetivo de reduzir
• Precaução, cautela; a prevalência (nº total de casos existentes)
• Modo de ver antecipado, premeditado; da condição, pelo encurtamento de
• Precaução, cautela; sua duração. A intervenção de crise e
• Prevenção em Saúde Mental. a conscientização da população são
componentes da prevenção secundária.
O objetivo da prevenção em saúde mental
consiste em diminuir o aparecimento PREVENÇÃO TERCIÁRIA:
(incidência), duração (prevalência) e Consiste em reduzir a prevalência de
incapacidade residual dos transtornos mentais. defeitos ou incapacidades residuais devido
A prevenção baseia-se nos princípios de saúde a doença ou transtornos mentais.
pública, sendo dividida em primária, secundária Envolve esforços reabilitadores para
e terciária. possibilitar que as pessoas com doença
mental crônica alcancem o nível mais alto
PREVENÇÃO PRIMÁRIA: de funcionamento possível.
O objetivo é evitar o aparecimento de uma
doença ou transtorno mental, reduzindo, assim As incapacidades associadas à doença
a sua incidência. mental crônica representam problemas
• Programas educativos de saúde mental sociais, econômicos e de saúde pública. São
(álcool e drogas); extremamente custosos e criam imenso
• Desenvolvimento e utilização de sistemas sofrimento para as pessoas afetadas, suas
de apoio social; famílias e a sociedade.
• Programas de orientação antecipatória
para assistir a pessoa na preparação para Acredita-se que a saúde mental possa
situações estressantes esperadas; ser alcançada por meio de relações
• Intervenção na crise (luto, separação intrafamiliares saudáveis, construídas
conjugal); com interações socioafetivas eficientes
• Programas de pré e perinatais; e viabilizando bem-estar físico,
• Aconselhamento genético de pais com biopsicossocial, emocional e espiritual.
aumento do risco de anormalidades
cromossômicas;
• Prevenção de DST/AIDS.
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Reinaldo MAS. Saúde mental na atenção básica de saúde Esc Anna Nery Rev Enferm
2008 mar; 12 (1): 173 - 8;
Taylor CM. Fundamentos de enfermagem psiquiátrica de Merenes. Porto Alegre: Artes médicas, 1992;
Castro, IPG; Silva, MTN. A reforma psiquiátrica promovida pela lei 10.216/01 os direitos das pessoas com
transtornos mentais. Revista Eletrônica de Direito do Centro Universitário Newton Paiva | Belo Horizonte |
n.40 | p. 53-69| jan./abr. 2020 | ISSN 1678 8729 | revistas.newtonpaiva.br/ redcunp;
Osório CMS, Abreu PBA, Camozzato A, Lobato MI. Psicoses. In: Duncan BB, Schmidt MI, Giugliani ERJ.
Medicina Ambulatorial: Condutas Clínicas em Atenção Primária, 2a edição, capítulo 93, pág. 563-575.
Editora Artes Médicas. Porto Alegre, 1996;
Kaplan HI, Sadock BJ, Grebb JA. Compêndio de Psiquiatria. Ciências do Comportamento e Psiquiatria
Clínica, 7a. edição. Editora Artes Médicas. Porto Alegre, 1997;
Silva, CRL; Silva RCL; Viana DLP. Compacto Dicionário Ilustrado de Saúde. São Caetano do
Sul, SP: Yendis Editora, 2005.
Rocha, RM. Enfermagem em saúde mental 2ª ed., atual e ampli. Rio de Janeiro: Ed. Senac Nacional, 2005;
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 40
Terminologia técnica: http://www.ccs.ufsc.br/psiquiatria/981-07.html;
Pereira, MEC. Bleuler e a invenção da esquizofrenia. Rev. Latinoam. Psicop. Fund., III, 1,
158-163;
Stuart, GW, Laraia MT. Enfermagem psiquiátrica. 4 ed. Reichemann & Affonso editores.
2002;
Cordeiro Q, Oliveira AM, Melzer D, Ribeiro RB, Rugonatti SP. Prevenção em Saúde mental.
Revista do Curso de Direito, Vol. 7, no 7 (2010);
Macêdo VCD, Monteiro ARM. Enfermagem e a promoção da saúde mental na família: uma
reflexão teórica. Texto Contexto Enferm 2004 Out-Dez; 13(4):585-92;
Barreto J. Melhor prevenir para mais remediar: a prevenção em saúde mental. Revista
APS, v.8, n.2, p. 191-198, jul./dez. 2005;
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 41
Skelley, EG. Medicaçao e matemática na enfermagem. São Paulo: Editora Pedagógica e
universitária, 1977;
http://www.unifesp.br/dpsicobio/cebrid/quest_drogas/ansioliticos.htm;
http://www.imesc.sp.gov.br/infodrogas/ansiol.htm;
Barbitúricos - http://www.unifesp.br/dpsicobio/drogas/barbi.htm.
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 42
ANOTAÇÕES
C U R S O D E T ÉC N I C O E M E N F E R M AG E M - S AÚ D E M E N TA L 43
Uma escola que está a mais de 10 anos
formando profissionais para o futuro.