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Londrina
2014
RENAN FELIPE BRAGA ZANIN
Londrina
2014
RENAN FELIPE BRAGA ZANIN
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Raquel Souza Teixeira
Univeridade Estadual de Londrina - UEL
_____________________________________
Prof. Dr. Carlos J. M. Costa Branco
Univeridade Estadual de Londrina - UEL
_____________________________________
Prof. MsC. Gerson Cendes Saragosa
Univeridade Estadual de Londrina - UEL
RESUMO
ABSTRACT
This paper aims to analyse the shear strength from direct shear of a sandy and
clayey soil, compacted and flooded. The sandy soil was collected near to
Mandaguaçu city, at km 37 of the PR 376 highway, in a cut slope, and the clayey soil
in the experimental field of geotechnical engineering of the State University of
Londrina, in Londrina, from 2 meters deep, approximately. Small cylinders of each
soil were compacted, approximately 12 centimeters in height and 10 centimeters in
diameter, at the optimum water content of each soil, applying the Proctor Standard
Energy. From these cylinders, 8 squared specimens were molded, 4 of each soil,
with a dimension of 6x6 cm and 2 cm in height, which were sheared in a direct
sheared press, in the flooded condition. Besides the strength results, also the
densification coefficient values of the densification period were obtained, at the first
30 minutes of compression load application, before the beginning of the sheared
tests. It was done a statistic analysis of the compacted cylinders and the specimens’
physical indices, where the average, the standard deviation and the coefficient of
variability were obtained. With that, it was noticed a variability of low dispersion,
guaranteeing a similarity of the physical indices of both compacted cylinders and
specimens and the validity of the results. Three criteria were used to obtain the shear
stress through the shear stress versus horizontal deformation graph and with that the
Mohr-Coulomb equation: a) the shear stress for a 5% of deformation; b) the
maximum shear stress; c) the change of soil behavior. From the Mohr-Coulomb
equations, the strength parameters, which are the internal friction angle and cohesive
intercept, were obtained, for the three criteria, respectively: for the flooded sandy soil
a) ϕ = 28,24° and c = 30,68 kPa; b) ϕ = 29,07° and c = 30,00 kPa; c) ϕ = 26,61° and
c = 32,00 kPa; for the flooded clayey soil a) ϕ = 23,33° and c = 40,83 kPa; b) ϕ =
24,85° and c = 46,09 kPa; c) ϕ = 17,38° and c = 43,22 kPa. From the results of both
soils, sandy and clayey, it was noticed a little bigger friction angle for the sandy soil,
while for the clayey soil bigger cohesive intercept values were obtained. Other papers
which obtained the same parameters using the same soils analyzed and others soils,
in similarity rupture conditions, were used to observe the values variation of the
friction angle and the cohesive intercept.
Figura 19 – Almofariz e mão de gral usados para destorroar o solo arenoso (a) e
argiloso (b). ............................................................................................................... 44
Figura 21 – Amostras de solo arenoso (a) e argiloso (b), após o ajuste de umidade,
para se confirmar a umidade desejada. .................................................................... 45
Figura 23 – Moldagem dos corpos de prova de solo arenoso (a) e argiloso (b)........ 48
Figura 24 – Corpos de prova de solo arenoso (a) e argiloso (b) moldados. .............. 48
Figura 27 – Corpos de prova de solo arenoso (a) e argiloso (b) após a ruptura. ...... 54
Quadro 18 – Índices físicos dos corpos de prova do solo arenoso antes da ruptura.
.................................................................................................................................. 56
Quadro 24 – Índices físicos dos corpos de prova do solo argiloso antes da ruptura. 64
Quadro 29 – Parâmetros de resistência encontrados por Souza et. al. (2015) para
um solo arenoso. ....................................................................................................... 72
Quadro 30 – Comparação dos resultados deste trabalho com os de Souza et. al.
(2015) para um solo arenoso. ................................................................................... 73
Quadro 31 – Parâmetros de resistência encontrados por Reus et. al. (2012). .......... 74
Quadro 32 – Comparação dos resultados deste trabalho com os de Reus et. al.
(2012). ....................................................................................................................... 75
Quadro 33 – Parâmetros de resistência encontrados por Souza et. al. (2015) para
um solo argiloso. ....................................................................................................... 75
Quadro 34 – Comparação dos resultados deste trabalho com os de Souza et. al.
(2015) para um solo argiloso. .................................................................................... 76
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 13
1.1. ESTRUTURAÇÃO DA MONOGRAFIA ....................................................................... 14
3 METODOLOGIA .................................................................................................. 37
3.1 CARACTERÍSTICAS DO SOLO DO LOCAL DE ESTUDO............................................... 37
3.1.1 Solo do Campo Experimental de Engenhararia Geotécnica (CEEG) em
Londrina .................................................................................................................... 37
3.1.2 Solo da região de Mandaguaçu ...................................................................... 40
3.2 COLETA DAS AMOSTRAS .................................................................................... 42
3.3 PREPARAÇÃO DAS AMOSTRAS ............................................................................ 43
3.4 AJUSTE DE UMIDADE ......................................................................................... 45
3.5 CONTROLE DE COMPACTAÇÃO ........................................................................... 46
3.6 ENSAIO DE COMPACTAÇÃO ................................................................................ 46
3.7 MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA .................................................................. 47
3.8 SATURAÇÃO DOS CORPOS DE PROVA ................................................................. 49
3.9 ADENSAMENTO ................................................................................................. 52
3.10 ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO .................................................................... 53
4 RESULTADOS ............................................................................................... 55
4.1 SOLO ARENOSO ................................................................................................ 55
4.1.1 Características físicas dos cilindros compactados .......................................... 55
4.1.2 Características físicas dos corpos de prova moldados ................................... 56
4.1.3 Resultados do Adensamento .......................................................................... 56
4.1.4 Resultados dos ensaios de Cisalhamento Direto ........................................... 58
4.2 SOLO ARGILOSO ............................................................................................... 62
4.2.1 Características físicas dos cilindros compactados .......................................... 63
4.2.2 Características físicas dos corpos de prova moldados ................................... 63
4.2.3 Resultados do Adensamento .......................................................................... 64
4.2.4 Resultados dos ensaios de Cisalhamento Direto ........................................... 65
6 CONCLUSÃO ................................................................................................. 78
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 79
ANEXOS......................................................................................................... 82
ANEXO A ........................................................................................................ 83
ANEXO B ........................................................................................................ 87
13
1 INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem um capítulo introdutório acerca do objeto de
estudo, sendo complementada pela hipótese em que este foi baseado, objetivo do
trabalho, contribuição esperada e condições de contorno.
CAPÍTULO 3: METODOLOGIA
Neste capítulo serão relatadas as características dos solos em
estudo, além da descrição dos procedimentos de coleta das amostras,
características e moldagem dos corpos de prova e compactação do solo.
Também faz parte deste capítulo o relato dos métodos utilizados
para a execução dos ensaios de resistência ao cisalhamento direto.
CAPÍTULO 4: RESULTADOS
Serão apresentados, neste capítulo, os resultados e parâmetros
obtidos através dos ensaios de compactação e resistência ao cisalhamento direto,
nas condição inundada.
CAPÍTULO 6: CONCLUSÃO
No capítulo concluinte serão relatadas as principais considerações
feitas a partir dos resultados e discussões obtidas neste trabalho.
16
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. COMPACTAÇÃO
2.1.1. Definição
𝑀 . 𝐻. 𝑁𝑔 . 𝑁𝑐
𝐸𝐶 = (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 1)
𝑉
Energia
Cilindro Características inerentes a
cada energia de compactação Normal Intermediária Modificada
Soquete Pequeno Grande Grande
Pequeno Número de camadas 3 3 5
Número de golpes por camada 26 21 27
Soquete Pequeno Grande Grande
Número de camadas 5 5 5
Grande
Número de golpes por camada 12 26 55
Altura do disco espaçador (mm) 63,5 63,5 63,5
2.2.1. Definição
2.2.2. Atrito
2.2.3. Coesão
Quadro 15. Todos os valores estão relacionados com as tensões efetivas e a tensão
cisalhante máxima foi definida a partir de um valor fixo de deformação horizontal de
6 mm.
3 METODOLOGIA
Fonte: Adaptado de Miguel et. al., 2002 e *Beraldo et. al., 2011.
Local de retirada
(a) (b)
Fonte: Do autor, 2014.
44
Figura 19 – Almofariz e mão de gral usados para destorroar o solo arenoso (a) e
argiloso (b).
(a) (b)
(a) (b)
Figura 21 – Amostras de solo arenoso (a) e argiloso (b), após o ajuste de umidade,
para se confirmar a umidade desejada.
(a) (b)
Onde,
𝑀𝑠𝑜𝑙𝑜 = massa do solo, na umidade de preparação (g);
𝑤𝑚é𝑑𝑖𝑜 = umidade do solo, após a sua preparação (%);
𝑤ó𝑡𝑖𝑚𝑎 = umidade ótima do solo a ser atingida (%).
Onde,
𝑀𝑐𝑎𝑚𝑎𝑑𝑎 = massa de cada camada (g);
𝑉𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 = volume do cilindro metálico utilizado (cm³);
𝛾𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ó𝑡𝑖𝑚𝑎 = massa específica seca na umidade ótima (g/cm³).
(a) (b)
Figura 23 – Moldagem dos corpos de prova de solo arenoso (a) e argiloso (b).
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
50
(c) (d)
(e) (f)
(g) (h)
51
(i) (j)
(k)
Fonte: Do autor, 2014.
3.9 ADENSAMENTO
𝑇90% ∗ 𝐻𝑑2
𝐶𝑣 = (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 4)
𝑡90%
Onde,
𝐶𝑣 = coeficiente de adensamento (cm²/s);
𝑇90% = fator tempo para 90% de adensamento (adimensional);
𝐻𝑑 = altura de drenagem do corpo de prova (cm);
𝑡90% = tempo necessário para 90% de adensamento (s).
Figura 27 – Corpos de prova de solo arenoso (a) e argiloso (b) após a ruptura.
(a) (b)
Fonte: Do autor, 2014.
55
4 RESULTADOS
CILINDRO ɣd (g/cm³) w (% ) Δw (% ) e S (% ) GC (% )
1 1,84 14,74 0,74 0,46 85,56 98,83
2 1,85 13,77 -0,23 0,46 80,90 99,21
3 1,83 13,20 -0,80 0,47 76,03 98,59
Média 1,84 13,90 0,46 80,83 98,88
Desvio Padrão 0,01 0,78 - 0,00 4,76 0,31
Coeficiente de Variabilidade 0,31% 5,60% 0,99% 5,89% 0,31%
Quadro 18 – Índices físicos dos corpos de prova do solo arenoso antes da ruptura.
Cilindro de w antes da w após a S antes da S* após a
CP ɣd (g/cm³) Δw (% ) e GC (% )
origem ruptura (% ) ruptura (% ) ruptura (% ) ruptura (% )
1 1 1,81 14,74 0,74 19,15 0,48 97,55 82,17 95,48
2 3 1,80 13,20 -0,80 19,41 0,50 96,68 79,94 93,77
3 2 1,80 13,77 -0,23 20,71 0,49 97,01 80,79 98,02
4 3 1,77 13,20 -0,80 19,46 0,52 95,37 76,78 90,46
Média 1,80 13,73 19,68 0,50 96,65 79,92 94,43
Desvio Padrão 0,02 0,73 - 0,70 0,01 0,93 2,29 3,17
Coeficiente de Variabilidade 0,96% 5,30% 3,54% 2,91% 0,96% 2,86% 3,36%
ruptura típico, onde a curva apresentaria uma queda do valor da tensão cisalhante.
As curvas mostram que, após a ruptura física dos corpos de prova, ainda houve uma
resistência ao cisalhamento residual.
CILINDRO ɣd (g/cm³) w (% ) Δw (% ) e S (% ) GC (% )
1 1,45 31,72 -0,28 1,12 86,90 100,37
2 1,44 32,07 0,07 1,12 87,59 100,22
Média 1,44 31,90 1,12 87,24 100,29
Desvio Padrão 0,00 0,24 - 0,00 0,49 0,11
Coeficiente de Variabilidade 0,11% 0,77% 0,20% 0,56% 0,11%
Quadro 24 – Índices físicos dos corpos de prova do solo argiloso antes da ruptura.
Cilindro de w antes da w após a S antes da S* após a
CP ɣd (g/cm³) Δw (% ) e GC (% )
origem ruptura (% ) ruptura (% ) ruptura (% ) ruptura (% )
1 1 1,43 31,72 -0,28 36,87 1,14 99,19 84,99 92,03
2 2 1,38 32,07 0,07 38,20 1,22 95,54 80,16 88,06
3 2 1,41 32,07 0,07 36,50 1,18 97,64 83,42 89,40
4 2 1,41 32,07 0,07 35,26 1,17 97,79 83,67 88,05
Média 1,40 31,98 36,71 1,18 97,54 83,06 89,39
Desvio Padrão 0,02 0,17 - 1,21 0,03 1,51 2,05 1,87
Coeficiente de Variabilidade 1,55% 0,54% 3,30% 2,87% 1,55% 2,47% 2,10%
200 e 300 kPa, respectivamente. Não houve a dissipação da pressão neutra, por
isso os resultados estão em função das tensões totais.
As Figuras 35 e 36 mostram as curvas de tensão cisalhante versus
deformação horizontal e deformação vertical versus deformação horizontal,
respectivamente.
5.1.1 Análise das características físicas dos cilindros compactados e dos corpos
de prova
Quadro 29 – Parâmetros de resistência encontrados por Souza et. al. (2015) para
um solo arenoso.
Quadro 30 – Comparação dos resultados deste trabalho com os de Souza et. al.
(2015) para um solo arenoso.
Critério
Máximas Tensões
Autor Deformação de 5%
Cisalhantes
φ (graus) c (kPa) φ (graus) c (kPa)
Souza et. al. (2015) 31,90 83,90 31,90 84,30
Zanin (2014) 28,24 30,68 29,07 30,00
5.2.1 Análise das características físicas dos cilindros compactados e dos corpos
de prova
com os obtidos neste trabalho (Quadro 32), onde a única variável é a estrutura do
solo, nota-se que quando os corpos de prova ensaiados eram de solo compactado o
valor do ângulo de atrito foi menor em relação ao valor na estrutura indeformada. Já
o valor do intercepto coesivo aumentou. Isso se dá porque a compactação enrijece o
material, aumentando sua densidade e o entrosamento entre as partículas do solo.
Com isso, houve um aumento da parcela da resistência conferida pelo intercepto
coesivo (c) e consequentemente uma diminuição da inclinação da reta de envoltória
de tensões, diminuindo o valor do ângulo de atrito (ϕ).
Quadro 32 – Comparação dos resultados deste trabalho com os de Reus et. al.
(2012).
Parâmetros de resistência na
Autor condição saturada
φ (graus) c (kPa)
Reus et. al. (2012) 33,30 6,00
Zanin (2014) 24,85 46,09
Quadro 33 – Parâmetros de resistência encontrados por Souza et. al. (2015) para
um solo argiloso.
Quadro 34 – Comparação dos resultados deste trabalho com os de Souza et. al.
(2015) para um solo argiloso.
Critério
Deformação de Máximas Tensões
Autor
5% Cisalhantes
φ (graus) c (kPa) φ (graus) c (kPa)
Souza et. al. (2015) 25,10 73,50 28,80 81,60
Zanin (2014) 23,33 40,83 24,85 46,09
Fonte: Do autor, 2014.
Critério
Deformação de Máximas Tensões Mudança de
Solo
5% Cisalhantes Comportamento
φ (graus) c (kPa) φ (graus) c (kPa) φ (graus) c (kPa)
Arenoso 28,24 30,68 29,07 30,00 26,61 32,00
Argiloso 23,33 40,83 24,85 46,09 17,38 43,22
Fonte: Do autor, 2014.
78
6 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
BUENO, B. S., & VILAR, O. M. Mecânica dos Solos. Vol. 1, São Carlos:
Universidade de São Paulo, 1979.
FRANÇA JR, P., PETSCH, C., VILLA, M. E., & MANIERI, D. D. Relato de campo
sobre os aspectos físicos do Terceiro Planalto Paranaense (Maringá aos terraços do
80
SOUSA PINTO, C. Curso Básico de Mecânica dos Solos. 3ª Edição. São Paulo:
Oficina de Textos, 2006.
81
ANEXOS
83
ANEXO A
Dados extraídos dos ensaios de cisalhamento direto do solo arenoso.
ANEXO B
Dados extraídos dos ensaios de cisalhamento direto do solo argiloso.