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RENAN FELIPE BRAGA ZANIN

RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DIRETO DE UM SOLO


ARENOSO E UM SOLO ARGILOSO, COMPACTADO E
INUNDADO

Londrina
2014
RENAN FELIPE BRAGA ZANIN

RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DIRETO DE UM SOLO


ARENOSO E UM SOLO ARGILOSO, COMPACTADO E
INUNDADO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao curso de graduação de
Engenharia Civil da Universidade Estadual
de Londrina, como requisito parcial para
obtenção do título de Engenheiro Civil.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Raquel Souza


Teixeira

Londrina
2014
RENAN FELIPE BRAGA ZANIN

RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DIRETO DE UM SOLO


ARENOSO E UM SOLO ARGILOSO, COMPACTADO E INUNDADO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao curso de graduação de Engenharia Civil da
Universidade Estadual de Londrina, como
requisito parcial para obtenção do título de
Engenheiro Civil.

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Raquel Souza Teixeira
Univeridade Estadual de Londrina - UEL

_____________________________________
Prof. Dr. Carlos J. M. Costa Branco
Univeridade Estadual de Londrina - UEL

_____________________________________
Prof. MsC. Gerson Cendes Saragosa
Univeridade Estadual de Londrina - UEL

Londrina, 03 de Dezembro de 2014.


AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais, Edson e Helena, por me darem a vida e


por sempre me apoiarem e estarem ao meu lado em todas as etapas da minha vida.
Com afeto, carinho e dedicação, me ensinaram e continuam me ensinando a ser
uma pessoa melhor e me ajudaram a me tornar o que sou hoje. A vocês, muito
obrigado pelo exemplo de vida.
Aos meus amigos que a faculdade me deu. Sem vocês, os duros 5
anos deste curso não teriam sido os mesmos. Agradeço em especial aos meus
amigos mais próximos Camila, Fernanda, Leonardo e Laís pelo apoio nas horas de
estudos e pela amizade e companheirismo durante todo o curso.
Também agradeço ao Caio, Naoto, Amanda, Aristides, Lívia e Lucas
pela ajuda dada dentro do laboratório na execução dos ensaios, durante seus
horários de folga. Agradeço ainda ao técnico do Laboratório de Geotecnia, Audinil,
que também me deu suporte em alguns momentos.
À minha orientadora Drª Raquel Souza Teixeira pela paciência,
dedicação e atenção que me ajudou e me orientou durante este trabalho. Muito
obrigado, professora, pela confiança e amizade não só durante a realização do TCC,
mas durante as aulas e iniciação científica.
Aos professores do curso de Engenharia Civil da Universidade
Estadual de Londrina, pela sabedoria transmitida, não somente acadêmica, mas
também pessoal.
A todos, meu muito obrigado.
ZANIN, Renan Felipe Braga. Resistência ao cisalhamento direto de um solo
arenoso e um solo argiloso, compactado e inundado. 2014. 90 páginas. Trabalho
de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil) – Universidade Estadual
de Londrina, Londrina, 2014.

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo analisar a resistência ao cisalhamento direto


de um solo arenoso e um argiloso, compactados e inundados. O solo arenoso foi
coletado nas proximidades da cidade de Mandaguaçu, no km 37 da rodovia PR 376,
em um corte de talude, e o solo argiloso no Campo Experimental de Engenharia
Geotécnica (CEEG) da Universidade Estadual de Londrina, na cidade de Londrina, a
uma profundidade de aproximadamente 2 metros. Foram compactados cilindros
pequenos, de aproximadamente 12 cm de altura e 10 cm de diâmetro, na umidade
ótima de cada solo, aplicando a energia Normal de Proctor. A partir destes cilindros,
foram moldados 8 corpos de prova quadrados, 4 de cada solo, de dimensões 6x6 cm
e 2 cm de altura, os quais foram cisalhados numa prensa de cisalhamento direto, na
condição inundada. Além dos resultados de resistência, também foram obtidos os
valores de coeficiente de adensamento da fase de adensamento, nos primeiros 30
minutos de aplicação da tensão normal, antes de se dar início ao ensaio de
cisalhamento. Fez-se uma análise estatística dos índices físicos dos cilindros
compactados e dos corpos de prova, obtendo-se a média, desvio padrão e
coeficiente de variabilidade. Com isso, observou-se uma variabilidade de baixa
dispersão, garantindo a semelhança das características físicas dos cilindros e dos
corpos de prova e a validade dos resultados. Foram usados três critérios para se
obter a tensão cisalhante através da curva tensão cisalhante versus deformação
horizontal e com isso a equação Mohr-Coulomb: a) tensão cisalhante para uma
deformação de 5%, b) a máxima tensão cisalhante; c) mudança de comportamento
do solo. Das equações Mohr-Coulomb, foram obtidos os parâmetros de resistência
que são o ângulo de atrito interno e intercepto coesivo para os três critérios
respectivamente: para o solo arenoso inundado: a) ϕ = 28,24° e c = 30,68 kPa; b) ϕ
= 29,07° e c = 30,00 kPa; c) ϕ = 26,61° e c = 32,00 kPa; para o solo argiloso
inundado: a) ϕ = 23,33° e c = 40,83 kPa; b) ϕ = 24,85° e c = 46,09 kPa; c) ϕ = 17,38°
e c = 43,22 kPa. Dos resultados de ambos os solos, arenoso e argiloso, observa-se
ângulo de atrito um pouco maior para o solo arenoso, enquanto para o solo argiloso
foram obtidos os maiores valores do intercepto coesivo. Foram usados outros
trabalhos que obtiveram os mesmos parâmetros usando os mesmos solos
estudados e outros solos, em condições de ruptura semelhante, a fim de se observar
a variação dos valores do ângulo de atrito e o intercepto coesivo.

Palavras-chave: Cisalhamento. Argiloso. Arenoso. Compactado. Inundado.


ZANIN, Renan Felipe Braga. Direct Shear strength of a sandy soil and a clayey
soil, compacted and flooded. 2014. 90 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Engenharia Civil) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina,
2014.

ABSTRACT

This paper aims to analyse the shear strength from direct shear of a sandy and
clayey soil, compacted and flooded. The sandy soil was collected near to
Mandaguaçu city, at km 37 of the PR 376 highway, in a cut slope, and the clayey soil
in the experimental field of geotechnical engineering of the State University of
Londrina, in Londrina, from 2 meters deep, approximately. Small cylinders of each
soil were compacted, approximately 12 centimeters in height and 10 centimeters in
diameter, at the optimum water content of each soil, applying the Proctor Standard
Energy. From these cylinders, 8 squared specimens were molded, 4 of each soil,
with a dimension of 6x6 cm and 2 cm in height, which were sheared in a direct
sheared press, in the flooded condition. Besides the strength results, also the
densification coefficient values of the densification period were obtained, at the first
30 minutes of compression load application, before the beginning of the sheared
tests. It was done a statistic analysis of the compacted cylinders and the specimens’
physical indices, where the average, the standard deviation and the coefficient of
variability were obtained. With that, it was noticed a variability of low dispersion,
guaranteeing a similarity of the physical indices of both compacted cylinders and
specimens and the validity of the results. Three criteria were used to obtain the shear
stress through the shear stress versus horizontal deformation graph and with that the
Mohr-Coulomb equation: a) the shear stress for a 5% of deformation; b) the
maximum shear stress; c) the change of soil behavior. From the Mohr-Coulomb
equations, the strength parameters, which are the internal friction angle and cohesive
intercept, were obtained, for the three criteria, respectively: for the flooded sandy soil
a) ϕ = 28,24° and c = 30,68 kPa; b) ϕ = 29,07° and c = 30,00 kPa; c) ϕ = 26,61° and
c = 32,00 kPa; for the flooded clayey soil a) ϕ = 23,33° and c = 40,83 kPa; b) ϕ =
24,85° and c = 46,09 kPa; c) ϕ = 17,38° and c = 43,22 kPa. From the results of both
soils, sandy and clayey, it was noticed a little bigger friction angle for the sandy soil,
while for the clayey soil bigger cohesive intercept values were obtained. Other papers
which obtained the same parameters using the same soils analyzed and others soils,
in similarity rupture conditions, were used to observe the values variation of the
friction angle and the cohesive intercept.

Key words: Shear. Clayey. Sandy. Compacted. Flooded.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Curva de compactação obtida em ensaio de laboratório. ........................ 17

Figura 2 – Curvas de compactação de um mesmo solo com energias diferentes. ... 19

Figura 3 – Curvas de compactação de diferentes tipos de solos. ............................. 21

Figura 4 – Estruturas de solos compactados. ........................................................... 22

Figura 5 – Representação dos critérios de ruptura: (a) de Coulomb e (b) de Mohr. . 24

Figura 6 – Representação do critério de ruptura Mohr-Coulomb. ............................. 25

Figura 7 – Esquema da caixa de cisalhamento direto. .............................................. 26

Figura 8 – Representação de resultados típicos de ensaio. ...................................... 27

Figura 9 – Análise granulométrica dos solos. ............................................................ 31

Figura 10 – Croqui do CEEG..................................................................................... 37

Figura 11 – Perfil de solo do CEEG/UEL. ................................................................. 38

Figura 12 – Local de retirada de amostra do solo do CEEG. .................................... 39

Figura 13 – Curva de compactação do solo de 2m de profundidade do CEEG. ....... 40

Figura 14 – Solo de talude às margens da BR-376 em Mandaguaçu. ...................... 41

Figura 15 – Curva de compactação da amostra do solo de Mandaguaçu. ............... 41

Figura 16 – Local da coleta da amostra deformada do solo do argiloso. .................. 42

Figura 17 – Local da coleta da amostra deformada do solo arenoso. ....................... 42

Figura 18 – Secagem do solo arenoso (a) e argiloso (b) ao ar. ................................ 43

Figura 19 – Almofariz e mão de gral usados para destorroar o solo arenoso (a) e
argiloso (b). ............................................................................................................... 44

Figura 20 – Solo arenoso (a) e argiloso (b) secos e destorroados. ........................... 44

Figura 21 – Amostras de solo arenoso (a) e argiloso (b), após o ajuste de umidade,
para se confirmar a umidade desejada. .................................................................... 45

Figura 22 – Cilindros de solo arenoso (a) e argiloso (b) compactados. .................... 47

Figura 23 – Moldagem dos corpos de prova de solo arenoso (a) e argiloso (b)........ 48
Figura 24 – Corpos de prova de solo arenoso (a) e argiloso (b) moldados. .............. 48

Figura 25 – Montagem do ensaio na caixa de cisalhamento. ................................... 49

Figura 26 – Caixa de cisalhamento submersa pela água. ......................................... 52

Figura 27 – Corpos de prova de solo arenoso (a) e argiloso (b) após a ruptura. ...... 54

Figura 28 – Gráficos do adensamento dos corpos de prova do solo arenoso. ......... 57

Figura 29 – Curvas tensão cisalhante versus deformação horizontal do solo arenoso.


.................................................................................................................................. 58

Figura 30 – Curvas deformação vertical versus deformação horizontal do solo


arenoso. .................................................................................................................... 59

Figura 31 – Envoltória de tensões totais do solo arenoso para tensões de


cisalhamento com 5% de deformação. ..................................................................... 61

Figura 32 – Envoltória de tensões totais do solo arenoso para as máximas tensões


cisalhantes. ............................................................................................................... 61

Figura 33 – Envoltória de tensões totais do solo arenoso para a mudança de


comportamento do solo. ............................................................................................ 62

Figura 34 – Gráficos do adensamento dos corpos de prova do solo argiloso. .......... 65

Figura 35 – Curvas tensão cisalhante versus deformação horizontal do solo argiloso.


.................................................................................................................................. 66

Figura 36 – Curvas deformação vertical versus deformação horizontal do solo


argiloso. ..................................................................................................................... 67

Figura 37 – Envoltória de tensões totais do solo argiloso para tensões de


cisalhamento com 5% de deformação. ..................................................................... 68

Figura 38 – Envoltória de tensões totais do solo argiloso para as máximas tensões


cisalhantes. ............................................................................................................... 69

Figura 39 – Envoltória de tensões totais do solo argiloso para a mudança de


comportamento do solo. ............................................................................................ 69
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Características inerentes a cada energia de compactação conforme a


NBR 7182/86 ............................................................................................................. 20

Quadro 2 – Parâmetros de resistência ao cisalhamento para solos residuais


compactados. ............................................................................................................ 28

Quadro 3 – Parâmetros de resistência ao cisalhamento para solos compactados nas


energias Normal e Intermediária. .............................................................................. 29

Quadro 4 – Caracterização geotécnica dos solos. .................................................... 29

Quadro 5 – Caracterização geotécnica do solo......................................................... 30

Quadro 6 – Características das amostras dos solos in situ. ...................................... 31

Quadro 7 – Classificação dos solos. ......................................................................... 32

Quadro 8 – Parâmetros de resistência ao cisalhamento em diferentes condições. .. 32

Quadro 9 – Propriedades físicas do solo A. .............................................................. 33

Quadro 10 – Propriedades físicas do solo B. ............................................................ 34

Quadro 11 – Ângulo de atrito (ϕ, em graus) de pico e residual. ................................ 34

Quadro 12 – Coesão (c, em kPa) de pico e residual. ................................................ 35

Quadro 13 – Granulometria dos solos. ...................................................................... 35

Quadro 14 – Propriedades físicas dos solos. ............................................................ 35

Quadro 15 – Parâmetros efetivos de resistência ao cisalhamento direto. ................. 36

Quadro 16 – Parâmetros geotécnicos do solo do CEEG/UEL. ................................. 39

Quadro 17 – Índices físicos dos cilindros compactados do solo arenoso. ................ 55

Quadro 18 – Índices físicos dos corpos de prova do solo arenoso antes da ruptura.
.................................................................................................................................. 56

Quadro 19 – Dados do adensamento dos corpos de prova do solo arenoso. ........... 57

Quadro 20 – Valores de Cv encontrados pelo método de Taylor. .............................. 58

Quadro 21 – Tensões de ruptura dos corpos de prova de solo arenoso ensaiados. 60

Quadro 22 – Valores do ângulo de atrito e intercepto coesivo do solo arenoso. ...... 62


Quadro 23 – Índices físicos dos cilindros compactados do solo argiloso. ................. 63

Quadro 24 – Índices físicos dos corpos de prova do solo argiloso antes da ruptura. 64

Quadro 25 – Dados do adensamento dos corpos de prova do solo argiloso. ........... 64

Quadro 26 – Valores de Cv encontrados pelo método de Taylor. .............................. 65

Quadro 27 – Tensões de ruptura dos corpos de prova de solo argiloso ensaiados. . 68

Quadro 28 – Valores do ângulo de atrito e intercepto coesivo do solo argiloso. ....... 70

Quadro 29 – Parâmetros de resistência encontrados por Souza et. al. (2015) para
um solo arenoso. ....................................................................................................... 72

Quadro 30 – Comparação dos resultados deste trabalho com os de Souza et. al.
(2015) para um solo arenoso. ................................................................................... 73

Quadro 31 – Parâmetros de resistência encontrados por Reus et. al. (2012). .......... 74

Quadro 32 – Comparação dos resultados deste trabalho com os de Reus et. al.
(2012). ....................................................................................................................... 75

Quadro 33 – Parâmetros de resistência encontrados por Souza et. al. (2015) para
um solo argiloso. ....................................................................................................... 75

Quadro 34 – Comparação dos resultados deste trabalho com os de Souza et. al.
(2015) para um solo argiloso. .................................................................................... 76

Quadro 35 – Comparação dos resultados dos solos arenoso e argiloso. ................. 77


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 13
1.1. ESTRUTURAÇÃO DA MONOGRAFIA ....................................................................... 14

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 16


2.1. COMPACTAÇÃO ................................................................................................. 16
2.1.1. Definição ......................................................................................................... 16
2.1.2. Ensaio e curva de compactação ..................................................................... 16
2.1.3. Influência do tipo de energia de compactação ................................................ 18
2.1.4. Influência do tipo de solo ................................................................................ 20
2.1.5. Estrutura do solo compactado ........................................................................ 21
2.2. RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DIRETO ............................................................ 22
2.2.1. Definição ......................................................................................................... 22
2.2.2. Atrito ............................................................................................................... 23
2.2.3. Coesão ........................................................................................................... 23
2.2.4. Critérios de Ruptura ........................................................................................ 23
2.2.5. Ensaio de Cisalhamento Direto ...................................................................... 25
2.2.6. Resistência ao cisalhamento de solos compactados e saturados .................. 27
2.2.7. Relatos de estudos de resistência ao cisalhamento direto ............................. 28

3 METODOLOGIA .................................................................................................. 37
3.1 CARACTERÍSTICAS DO SOLO DO LOCAL DE ESTUDO............................................... 37
3.1.1 Solo do Campo Experimental de Engenhararia Geotécnica (CEEG) em
Londrina .................................................................................................................... 37
3.1.2 Solo da região de Mandaguaçu ...................................................................... 40
3.2 COLETA DAS AMOSTRAS .................................................................................... 42
3.3 PREPARAÇÃO DAS AMOSTRAS ............................................................................ 43
3.4 AJUSTE DE UMIDADE ......................................................................................... 45
3.5 CONTROLE DE COMPACTAÇÃO ........................................................................... 46
3.6 ENSAIO DE COMPACTAÇÃO ................................................................................ 46
3.7 MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA .................................................................. 47
3.8 SATURAÇÃO DOS CORPOS DE PROVA ................................................................. 49
3.9 ADENSAMENTO ................................................................................................. 52
3.10 ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO .................................................................... 53

4 RESULTADOS ............................................................................................... 55
4.1 SOLO ARENOSO ................................................................................................ 55
4.1.1 Características físicas dos cilindros compactados .......................................... 55
4.1.2 Características físicas dos corpos de prova moldados ................................... 56
4.1.3 Resultados do Adensamento .......................................................................... 56
4.1.4 Resultados dos ensaios de Cisalhamento Direto ........................................... 58
4.2 SOLO ARGILOSO ............................................................................................... 62
4.2.1 Características físicas dos cilindros compactados .......................................... 63
4.2.2 Características físicas dos corpos de prova moldados ................................... 63
4.2.3 Resultados do Adensamento .......................................................................... 64
4.2.4 Resultados dos ensaios de Cisalhamento Direto ........................................... 65

5 ANÁLISE DOS RESULTADOS ...................................................................... 71


5.1 SOLO ARENOSO ................................................................................................ 71
5.1.1 Análise das características físicas dos cilindros compactados e dos corpos de
prova .........................................................................................................................71
5.1.2 Análise dos resultados do adensamento ........................................................ 71
5.1.3 Análise dos resultados do ensaio de cisalhamento direto .............................. 72
5.2 SOLO ARGILOSO ............................................................................................... 73
5.2.1 Análise das características físicas dos cilindros compactados e dos corpos de
prova .........................................................................................................................73
5.2.2 Análise dos resultados do adensamento ........................................................ 74
5.2.3 Análise dos resultados do ensaio de cisalhamento direto .............................. 74
5.3 COMPARAÇÃO ENTRE OS SOLOS ARENOSOS E ARGILOSO .................................... 76

6 CONCLUSÃO ................................................................................................. 78
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 79

ANEXOS......................................................................................................... 82
ANEXO A ........................................................................................................ 83
ANEXO B ........................................................................................................ 87
13

1 INTRODUÇÃO

Como o solo é um material muito utilizado em obras de construção


civil, devido ao seu custo baixo e abundância, é muito importante que se estude seu
comportamento nas mais diferentes situações que sua utilização o expõe. Por
natureza, o solo resiste bem aos efeitos de compressão, no entanto possui certa
limitação em sua resistência ao cisalhamento.
A resistência do solo ao cisalhamento pode ser definida como a
tensão máxima de cisalhamento que o solo pode resistir antes da ruptura e depende
de dois parâmetros importantes: o ângulo de atrito entre as partículas do solo e a
coesão entre essas partículas (SOUSA PINTO, 2006).
O ângulo de atrito pode ser entendido como o ângulo máximo que a
tensão cisalhante pode ter com a tensão normal ao plano, não havendo
deslizamento entre as partículas. Há uma diferença nesse parâmetro quando se
compara um solo arenoso e um argiloso, pois o arenoso possui uma maior área de
contato e, consequentemente, o ângulo de atrito maior. Já nos solos argilosos a área
de contato é menor entre os grãos acarretando ângulos de atrito mais baixos.
(BUENO & VILAR, 1979).
Já a coesão, nada mais é do que a cimentação química entre as
partículas do solo, que possui uma menor influência na resistência ao cisalhamento
quando comparada ao atrito. Essa coesão, chamada de real, não deve ser
confundida com a coesão aparente, presente em solos argilosos úmidos não
saturados, devido à pressão capilar da água, pois essa coesão aparente desaparece
quando o solo é saturado ou seco completamente (SOUSA PINTO, 2006).
A aplicação do solo compactado em obras de aterros em barragens,
por exemplo, exige uma maior atenção, já que o solo poderá estar exposto a um
grande teor de umidade, ou até mesmo diretamente à água, diminuindo assim sua
resistência e alterando o seu comportamento.
Assim, torna-se necessário este trabalho, a fim de se saber a
variabilidade dos parâmetros de resistência dos solos e seu comportamento diante
das diferentes condições citadas, como a granulometria distinta entre um solo
arenoso e um argiloso e a influência da saturação.
14

Segundo Sousa Pinto (2006), em sua publicação Curso Básico de


Mecânica dos Solos, para solos de diferentes granulometrias, como um solo arenoso
e um argiloso, os parâmetros de resistência ao cisalhamento direto variam, sendo
que as areais possuem um maior ângulo de atrito, e as argilas uma maior coesão.
Na mesma publicação, o autor afirma que a saturação influencia na tensão máxima
cisalhante do solo, bem como seu comportamento diante do cisalhamento.
Para se confirmar esta hipótese dita por Sousa Pinto, será analisado
o comportamento resistivo de um solo argiloso e um solo arenoso, compactados e
inundados, ao cisalhamento direto. Além disso, serão definidos os parâmetros de
resistência, intercepto coesivo (c) e ângulo de atrito (ϕ), por meio de ensaios do tipo
cisalhamento direto.
Com isso, serão obtidas curvas de tensões cisalhantes versus
tensões normais para determinar a equação de Morh-Coulomb a fim de se encontrar
os valores dos parâmetros ângulo de atrito e intercepto coesivo. Além disso, será
analisado seu comportamento ao cisalhamento direto, obtendo valores de
deslocamentos verticais e horizontais, bem como a tensão máxima atingida,
avaliando assim a influência da variação da granulometria e do grau de saturação do
solo.

1.1. ESTRUTURAÇÃO DA MONOGRAFIA

Este trabalho foi estruturado em seis capítulos.

CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem um capítulo introdutório acerca do objeto de
estudo, sendo complementada pela hipótese em que este foi baseado, objetivo do
trabalho, contribuição esperada e condições de contorno.

CAPÍTULO 2: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA


Este capítulo consiste na revisão bibliográfica do tema, onde serão
abordados conceitos referentes a: compactação e suas características e resistência
ao cisalhamento direto de solos compactados.
15

CAPÍTULO 3: METODOLOGIA
Neste capítulo serão relatadas as características dos solos em
estudo, além da descrição dos procedimentos de coleta das amostras,
características e moldagem dos corpos de prova e compactação do solo.
Também faz parte deste capítulo o relato dos métodos utilizados
para a execução dos ensaios de resistência ao cisalhamento direto.

CAPÍTULO 4: RESULTADOS
Serão apresentados, neste capítulo, os resultados e parâmetros
obtidos através dos ensaios de compactação e resistência ao cisalhamento direto,
nas condição inundada.

CAPÍTULO 5: ANÁLISE DOS RESULTADOS


Este capítulo apresentará as análises dos parâmetros e
características dos corpos de prova obtidos através da compactação, na umidade
ótima, dos solos arenoso e argiloso, e dos ensaios de resistência ao cisalhamento
direto realizados na condição inundada. Estes resultados serão comparados aos
obtidos através dos ensaios na condição de umidade ótima e do solo não
compactado, já realizados em outros trabalhos.

CAPÍTULO 6: CONCLUSÃO
No capítulo concluinte serão relatadas as principais considerações
feitas a partir dos resultados e discussões obtidas neste trabalho.
16

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. COMPACTAÇÃO

2.1.1. Definição

A compactação dos solos é um processo que usa de meios


mecânicos para realizar um ajuste artificial das propriedades e comportamento do
solo e tem o objetivo de promover mudanças em suas características físicas e
estruturais, conforme apontado por Aguiar (2010), para adaptar o usos do solo em
diversas obras de engenharia, como: aterros e construções de barragens de terra.
Segundo Caputo (1996), a compactação de um solo é a expulsão
do ar entre os grãos, ou seja, diminuição do índice de vazios, por meio de
equipamentos mecânicos, como rolos compressores ou soquetes manuais. Este
processo tem em vista tornar a estrutura do solo mais homogênea e estável, a fim de
propocionar uma maior resistência ao cisalhamento e menor compressibilidade e
permeabilidade.

2.1.2. Ensaio e curva de compactação

Em 1933, Proctor iniciou os estudos sobre compactação de solo, e


constatou que, aplicando uma certa energia de compressão (número de passadas
de um rolo compressor em campo ou número de golpes aplicados por um soquete
em laboratório) a massa específica seca (ou densidade seca) resultante será em
função da umidade em que o solo se encontra.
Os ensaios mais comuns, desenvolvidos por Proctor e padronizados
no Brasil pela NBR 7182/86, são os que utilizam as energias Normal, Intermediário e
Modificado, realizados através de sucessivos golpes aplicados por um soquete
manual com peso e altura de queda livre padronizados em uma amostra de solo.
Estes ensaios têm como objetivo determinar os parâmetros ótimos de trabalho de
compactação (umidade ótima e massa específica seca máxima), garantindo as
propriedades necessárias do projeto da obra em questão.
O objetivo do ensaio de compactação é construir a curva de
17

compactação através da relação de massa específica seca em função do teor de


umidade, na qual a linha de tendência de uma curva com concavidade para baixo.
Para isso são necessários a determinação de pelo menos 5 pontos, dois localizados
no ramo seco (ascendente), à esquerda da curva, um próximo à umidade ótima, e
dois localizados no ramo úmido (descendente), à direita da curva, como mostra a
Figura 1.

Figura 1 – Curva de compactação obtida em ensaio de laboratório.

Fonte: Crispim, 2007.

A forma da curva de compactação pode ser explicada da seguinte


forma: quanto maior a umidade do solo, maior será a redução do índice de vazios e
consequentemente maior será a quantidade de ar expulso, pois a água irá facilitar o
rearranjo das partículas em uma forma mais compacta. Assim, com a umidade mais
elevada, se obtém uma massa específica seca maior. Porém isto é válido apenas
até o ponto da umidade ótima (ponto máximo da curva), pois após este ponto, por
mais que a umidade aumente, a massa específica seca diminui. Esses dois lados da
curva são chamados de ramo seco (ramo ascendente) e ramo úmido (ramo
descendente).
18

No ramo ascendente da curva, ou ramo seco (à esquerda do teor de


umidade ótimo), o solo sofre o efeito da capilaridade, pois o teor de umidade é baixo.
Devido à coesão aparente proveniente das tensões capilares, as partículas se
encontram mais aglutinadas. Deste modo, existe uma dificuldade em movimentar as
partículas e rearranjá-las. À medida que se aumenta o teor de umidade do solo, o
efeito da capilaridade vai perdendo sua influência na resistência do solo, permitindo
uma maior acomodação das partículas e consequentemente uma maior massa
específica seca (BUENO & VILAR, 1979).
No ramo descendente da curva, ou ramo úmido (à direita do teor de
umidade ótimo), a água no solo está livre, devido ao alto teor de umidade. Ao se
aplicar a energia de compactação, parte dessa energia é absorvida pela água livre,
mas, como a água é incompressível, essa parcela de energia é dissipada,
diminuindo a eficiência da compactação, mostrada com a diminuição da massa
específica seca mesmo com o aumento do teor de umidade neste ramo (BUENO &
VILAR, 1979).

2.1.3. Influência do tipo de energia de compactação

Para cada tipo de energia aplicada, há certo valor de umidade ótima,


que resulta em uma massa específica seca máxima para o solo compactado. Quanto
maior a energia de compactação aplicada, maior será a massa específica seca
resultante e menor será a umidade ótima, como mostra a Figura 2, sendo a maior
energia a Modificada e a menor a Normal.
19

Figura 2 – Curvas de compactação de um mesmo solo com energias diferentes.

Fonte: Adaptado de Sousa Pinto, 2006.

Segundo Caputo (1996), a energia de compactação pode ser


definida pela equação:

𝑀 . 𝐻. 𝑁𝑔 . 𝑁𝑐
𝐸𝐶 = (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 1)
𝑉

Onde M é massa do soquete; H a altura de queda do soquete; Ng o


número de golpes por camada, Nc o número de camadas e V o volume de solo
compactado.
O Quadro 1 mostra as características inerentes de cada energia,
segundo a NBR 7182/86, que pode ser aplicada no ensaio de compactação.
20

Quadro 1 – Características inerentes a cada energia de compactação conforme a


NBR 7182/86

Energia
Cilindro Características inerentes a
cada energia de compactação Normal Intermediária Modificada
Soquete Pequeno Grande Grande
Pequeno Número de camadas 3 3 5
Número de golpes por camada 26 21 27
Soquete Pequeno Grande Grande
Número de camadas 5 5 5
Grande
Número de golpes por camada 12 26 55
Altura do disco espaçador (mm) 63,5 63,5 63,5

Fonte: Adaptado de NBR 7182/86.

2.1.4. Influência do tipo de solo

O tipo de solo também influencia nas características resultantes ao


final da compactação, como mostram as curvas de compactação de diferentes solos,
representadas na Figura 3.
Pela Figura 3, nota-se que os solos argilosos apresentam
densidades secas mais baixas e umidades ótimas mais elevadas. Já os solos
arenosos apresentam densidades secas mais elevadas e umidades ótimas mais
baixas. Isso se deve porque o solo argiloso, depois de ser compactado, apresenta
um índice de vazios maior, já que possui grãos de dimensões inferiores quando
comparados aos do solo arenoso. Assim, após a compactação, o solo argiloso
apresenta uma menor densidade e um maior volume de água em seus vazios,
resultando em uma umidade ótima mais elevada. Ao contrário, o solo arenoso
apresenta menor índice de vazios após a compactação, resultando em um menor
volume de água em seus vazios, conferindo a ele uma maior densidade e menor
umidade ótima.
21

Figura 3 – Curvas de compactação de diferentes tipos de solos.

Fonte: Adaptado de Sousa Pinto, 2006.

2.1.5. Estrutura do solo compactado


A estrutura do solo compactado depende do teor de umidade, tipo
de solo, intensidade e tipo de energia aplicada na compactação (OYAMA, 2013). A
Figura 4 mostra esquematicamente as estruturas em função desses parâmetros.
22

Figura 4 – Estruturas de solos compactados.

Fonte: Sousa Pinto, 2006.

Com um menor teor de umidade, a atração face-aresta das


partículas não é vencida pela energia aplicada e o solo fica com estrutura
denominada “estrutura floculada”. Para maiores teores de umidade, a repulsão entre
partículas aumenta, e a compactação as orienta, posicionando-as paralelamente,
ficando com estrutura dita “estrutura dispersa”. Para a mesma umidade, quanto
maior a energia, maior o grau de dispersão (SOUSA PINTO, 2006).

2.2. RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DIRETO

2.2.1. Definição

A resistência ao cisalhamento de um solo pode ser definida pela


máxima tensão de cisalhamento que um solo pode resistir antes da ruptura, ou a
tensão de cisalhamento do solo no plano em que estiver ocorrendo a ruptura. O
cisalhamento ocorre devido ao deslizamento entre corpos sólidos ou entre partículas
do solo. Os principais fenômenos que permitem menor ou maior deslizamento são o
atrito e a coesão (VIECILI, 2003).
23

2.2.2. Atrito

O ângulo de atrito ϕ pode ser entendido como o ângulo máximo que


a tensão cisalhante pode ter com a tensão normal ao plano, não havendo
deslizamento entre as partículas (SOUSA PINTO, 2006).
Segundo Bueno e Vilar (1979), há uma diferença nesse parâmetro
quando se compara um solo arenoso e um argiloso. No solo arenoso as altas
tensões de contato entre os grãos expulsarão a película de água adsorvida
aumentando assim a área de contato e consequentemente o ângulo de atrito será
maior.
Já nos solos argilosos, a carga entre as patículas do solo é bem
menor, não havendo a expulsão da película de água adsorvida e esta sendo
responsável por parte da resistência, já que a área de contato entre os grãos será
menor. Em decorrência disso, o ângulo de atrito será mais baixo do que o presente
nos solos arenosos.

2.2.3. Coesão

Segundo Bueno e Vilar (1979), a coesão, nada mais é do que a


cimentação química entre as partículas do solo, que consiste em uma parcela de
resistência independente de qualquer tensão aplicada, e que se mantem, por um
determinado prazo, se todas as tensões aplicadas forem retiradas.

Essa coesão, chamada de real, não deve ser confundida com a


coesão aparente, presente em solos argilosos úmidos não-saturados, devido à
pressão capilar da água, pois essa coesão aparente desaparece quando o solo é
saturado ou seco completamente (VIECILI, 2003).

2.2.4. Critérios de Ruptura

Critérios de ruptura são formulações matemáticas que procuram


refletir as condições em que ocorre a ruptura dos materiais (CAVALCANTE, 2006).
24

Segundo Souza Pinto (2006), os critérios de ruptura que melhor


representam o comportamento dos solos são os de Coulomb e de Mohr.
O critério de Coulomb pode ser expresso como: não há ruptura se a
tensão de cisalhamento não ultrapassar um valor dado pela expressão c + f.σ, sendo
c e f constantes do material e σ a tensão normal existente no plano de cisalhamento.
Os parâmetros c e f são denominados respectivamente coesão e coeficiente de
atrito interno, podendo este ser expresso como a tangente de um ângulo,
denominado ângulo de atrito interno (SOUSA PINTO, 2006).
O critério de Mohr pode ser expresso como: não há ruptura
enquanto o círculo representativo do estado de tensões se encontrar no interior de
uma curva, que é a envoltória dos círculos relativos a estados de ruptura,
observados experimentalmente para o material (SOUSA PINTO, 2006).
Fazendo uma reta como a envoltória de Mohr (Figura 5, (b)), este
cirtério se torna análogo ao de Coulomb (Figura 5, (b)), justificando a expressão
critério de Mohr-Coulomb (Figura 6), muito usada na área de Mecânica dos Solos.

Figura 5 – Representação dos critérios de ruptura: (a) de Coulomb e (b) de Mohr.

Fonte: Sousa Pinto, 2006.


25

Figura 6 – Representação do critério de ruptura Mohr-Coulomb.

Fonte: Adaptado de Caputo, 1996.

Neste caso, o parâmetro c é apenas um coeficiente da equação da


reta, expressando a resistência em função da tensão normal, e é chamado de
intercepto coesivo. Este coeficiente não tem mais o sentido de coesão, que seria a
parcela de resistência independente da tensão normal (SOUSA PINTO, 2006).
Pode se observar que o plano de ruptura se dará onde a envoltória
tangencia um círculo de Mohr. Sendo assim, no momento da ruptura, a tensão
cisalhante é menor que a tensão cisalhante máxima (CAVALCANTE, 2006).

2.2.5. Ensaio de Cisalhamento Direto

O ensaio de cisalhamento direto é o mais antigo procedimento para


a determinação da resistência ao cisalhamento e se baseia diretamente no critério
de Coulomb (SOUSA PINTO, 2006).
Primeiramente, aplica-se sobre o corpo de prova, já colocado numa
caixa de cisalhamento bipartida horizontalmente, uma força vertical N. Em seguida, é
aplicada uma força horizontal T na parte superior do corpo de prova, provocando
seu deslocamento (Figura 7). Uma célula de carga posicionada do lado oposto ao de
aplicação da força T, impede este deslocamento, medindo a força suportada pelo
26

solo. Dividindo-se as forças T e N pela área da seção trasnversal do corpo de prova,


obtem-se as tensões σ e τ que nele ocorrem.

Figura 7 – Esquema da caixa de cisalhamento direto.

Fonte: Souza Pinto, 2006.

A tensão cisalhante τ pode ser representada em função do


deslocamento horizontal (d), como na Figura 8 (a), sendo possível indentificar a
tensão de ruptura, τmáx, e a tensão residual, τres, que o corpo de prova ainda sustenta
após a ruptura. O deslocamento vertical (Δh) também é registrado, indicando se
houve aumento ou diminuição do volume do corpo de prova durante o ensaio.
Assim, pode-se representar também este deslocamento vertical em função do
deslocamento horizontal, como na Figura 8 (b).
27

Figura 8 – Representação de resultados típicos de ensaio.

Fonte: Sousa Pinto, 2006.

Com a realização de diversos ensaios com tensões normais


diferentes, é possível obter uma envoltória de resistência, identificando as tensões
de ruptura para cada tensão normal, determinando assim os valores dos parâmetros
ângulo de atrito e coesão so solo.

2.2.6. Resistência ao cisalhamento de solos compactados e saturados

O teor de umidade de compactação empregada no processo, a qual


controla a sucção so solo, influencia na resistência ao cisalhamento dos solos.
Estudos feitos por Balmaceda (1991) mostram que a resistência ao cisalhamento do
solo diminui quando o teor de umidade é aumentado em relação ao seu valor ótimo
(MARTÍNEZ, 2003).
Segundo Vanapalli (1994), amostras de solo em condições secas,
ou seja, compactadas no ramo seco da curva de compactação, são relativamente
mais rígidas devido ao maior intertravamento das partículas de sua estrutura
floculada, diferentemente das amostras compactadas no ramo úmido. O autor atribui
este fato à presença de uma maior sucção matricial interna das amostras
28

compactadas no ramo seco.


O Quadro 2 mostra os parâmetros de resistência ao cisalhamento de
diferentes tipos de solos residuais compactados obtidos por meio de ensaios em
laboratório, para situações de saturação e não saturação (CRUZ, 1996).

Quadro 2 – Parâmetros de resistência ao cisalhamento para solos residuais


compactados.

Fonte: Cruz, 1996.

A partir do Quadro 2 observa-se que os valores do intercepto


coesivo na condição não saturada são bem maiores que na condição saturada, tanto
para tensões baixas, como para tensões intermediárias. Já a variação do ângulo de
atrito não foi tão significante.

2.2.7. Relatos de estudos de resistência ao cisalhamento direto

Leão e Fortes (2011) fizeram um estudo da resistência ao


cisalhamento do solo para uso em taludes de aterros para alguns solos classificados
segundo a MCT (Miniatura, Compactado, Tropical) para dois níveis diferentes de
29

energia de compactação: Normal e Intermediária, próximos da umidade ótima. Os


resultados obtidos são mostrados no Quadro 3, em função de tensões efetivas.

Quadro 3 – Parâmetros de resistência ao cisalhamento para solos compactados nas


energias Normal e Intermediária.

Fonte: Leão e Fortes, 2011.

Foram utilizados 3 tipos de solos classificados, segundo a MCT,


como NS’ (siltes cauliníticos e micáceos, siltes arenosos e siltes argilosos não
lateríticos), LG’ (argilas lateríticas e argilas lateríticas arenosas) e NG’ (argilas,
argilas siltosas e argilas arenosas não lateríticas). A caracterização geotécnica dos
solos se encontra no Quadro 4.

Quadro 4 – Caracterização geotécnica dos solos.

Fonte: Leão e Fortes, 2011.

Bastos et. al. (2008) analisaram um solo arenoso de uma região


30

litorânea do Rio Grande do Sul para se saber os parâmetros de resistência ao


cisalhamento para uso em obras de terra na região. As características geotécnicas
do solo se encontram no Quadro 5.

Quadro 5 – Caracterização geotécnica do solo.

Fonte: Bastos et. al., 2008.

O solo ensaiado foi compactado na energia Intermediária de Proctor


e na condição inundada. Os resultados para o ângulo de atrito do solo e a coesão,
em relação às tensões efetivas, foram de 37,4° e 9,8 kPa, respectivamente.
Diemer et. al. (2008) ensaiaram o solo da região de Ijuí, no Rio
Grande do Sul, em diferentes condições para análise de suas propriedades
geotécnicas. Entre essas propriedades, analisaram a resistência do solo ao
cisalhamento direto, obtendo valores dos parâmetros de ângulo de atrito e coesão.
As características do solo são mostradas no Quadro 6 e suas análises
granulométricas na Figura 9. A classificação dos solos segundo os métodos
triangular, unificada e rodoviária é mostrada no Quadro 7.
31

Quadro 6 – Características das amostras dos solos in situ.

Fonte: Diemer et. al., 2008.

Figura 9 – Análise granulométrica dos solos.

Fonte: Diemer et. al., 2008.


32

Quadro 7 – Classificação dos solos.

Fonte: Diemer et. al., 2008.

Foram utilizadas amostras em diversas condições, como


compactadas em diferentes níveis de energias e com a adição de fibras de
polipropileno. Os resultados obtidos, em função das tensões totais, se encontram no
Quadro 8.

Quadro 8 – Parâmetros de resistência ao cisalhamento em diferentes condições.

Fonte: Diemer et. al., 2008.

Viecili (2003) analisou dois solos argilosos (A e B) da região de Ijuí,


33

Rio Grande do Sul. Pela análise granulométrica do solo A, constatou-se que o


material é composto por 85% de argila, 10% de silte, 4,12% de areia fina, 0,72% de
areia média e 0,16% de areia grossa, não possuindo fração de pedregulho. Foi
classificado, segundo a classificação HBR, como A-7-5 e, segundo a classificação
unificada, como MH (silte de alta compressibilidade). Segundo os índices de
consistência e de atividade, apresentados no Quadro 9, pode-se enquadrar este solo
como uma argila dura e inativa.

Quadro 9 – Propriedades físicas do solo A.

Fonte: Viecili, 2003.

A análise granulométrica do solo B indicou a presença de 82,24% de


argila, 11,5% de silte, 5,46% de areia fina, 0,79% de areia média, não possuindo
fração de areia grossa e pedregulho. É classificado, segundo a classificação HBR,
como A-7-5 e, segundo a classificação unificada, como MH (silte de alta
compressibilidade). A partir dos índices de consistência e de atividades, mostrados
no Quadro 10, pode-se enquadrar este solo como uma argila dura e inativa.
34

Quadro 10 – Propriedades físicas do solo B.

Fonte: Viecili, 2003.

Foram feitos ensaios de cisalhamento direto em corpos de prova de


amostras indeformadas dos dois solos, nas condições de umidade natural e
inundada. Os valores encontrados para o ângulo de atrito e coesão, para ambos os
solos e ambas as condições, se encontram nos Quadros 11 e 12, respectivamente.
Foram analisados os valores de pico e residual para os dois parâmetros de
resistência, sendo estes valores dados em relação às tensões efetivas.

Quadro 11 – Ângulo de atrito (ϕ, em graus) de pico e residual.

Fonte: Viecili, 2003.


35

Quadro 12 – Coesão (c, em kPa) de pico e residual.

Fonte: Viecili, 2003.

Mendes (2008) estudou dois solos residuais (regiões de Maranduba


e Perequê-Mirim) ocorrentes no município de Ubatuba, litoral norte do Estado de
São Paulo. Foram retirados dois blocos de amostras indeformadas de cada local e
foi feita a análise granulométrica de cada um bem como a análise de suas
propriedades físicas, como mostram os Quadros 13 e 14.

Quadro 13 – Granulometria dos solos.


Granulometria (%)
Região Bloco Profundidade (m)
Pedregulho Areia grossa Areia média Areia fina Silte Argila
1 9,00 0,00 2,00 15,50 30,50 46,00 6,00
Maranduba
2 1,10 0,00 1,00 22,00 41,00 30,50 5,50
3 0,50 0,00 4,00 24,50 25,00 15,50 31,00
Pequerê-Mirim
4 6,70 0,00 5,00 18,50 26,50 40,00 10,00

Fonte: Adaptado de Mendes, 2008.

Quadro 14 – Propriedades físicas dos solos.


Limite de Limite de Índice de Peso específico Peso específico Índice de
Região Bloco
Liquidez (%) Plasticidade (%) Plasticidade (%) natural (g/cm³) seco (g/cm³) vazios
1 53,80 42,00 11,80 1,58 1,24 1,27
Maranduba
2 51,20 36,00 15,20 1,64 1,31 1,13
3 49,80 36,80 13,00 1,74 1,43 0,90
Pequerê-Mirim
4 42,60 38,90 3,70 1,53 1,15 1,41

Fonte: Adaptado de Mendes, 2008.

Os ensaios de cisalhamento direto foram feitos a partir de corpos de


prova moldados dos blocos de amostras indeformadas e o procedimento foi feito na
condição inundada. Os valores de ângulo de atrito e coesão encontrados estão no
36

Quadro 15. Todos os valores estão relacionados com as tensões efetivas e a tensão
cisalhante máxima foi definida a partir de um valor fixo de deformação horizontal de
6 mm.

Quadro 15 – Parâmetros efetivos de resistência ao cisalhamento direto.

Fonte: Mendes, 2008.


37

3 METODOLOGIA

3.1 CARACTERÍSTICAS DO SOLO DO LOCAL DE ESTUDO

Os solos em estudo são amostras provenientes do Campo


Experimental de Engenharia Geotécnica (CEEG) “Prof. Saburo Morimoto” da
Universidade Estadual de Londrina e das proximidades da cidade de Mandaguaçu,
no km 37 da rodovia BR-376, em um corte de talude.

3.1.1 Solo do Campo Experimental de Engenhararia Geotécnica (CEEG) em


Londrina

A região onde o CEEG se encontra, é um local sob clima de verões


quentes e úmidos e invernos frios e secos, além de precipitações elevadas.
Segundo Branco et al (1998), esses fatores causam um intenso intemperismo no
substrato rochoso, sendo composto por basalto originado de derrames vulcânicos.
A área de ocupação do CEEG compreende 2974,80m², onde foram
realizados vários tipos de sondagens de campo e poço para coleta de amostras,
deformadas e indeformadas, como mostra a Figura 10.

Figura 10 – Croqui do CEEG.

Fonte: Teixeira et. al., 2003.


38

Segundo Teixeira et. al. (2003) o solo do CEEG, do primeiro estrato,


que tem aproximadamente 10 metros de profundidade, apresenta baixo grau de
saturação e elevada porosidade e massa específica dos sólidos. Este solo foi
classificado como uma argila siltosa porosa de coloração vermelha escura, com
consistência variável de mole a média. Até 7 metros de profundidade foi constatado
o seu pontencial colapsível e apresenta características de laterítização. Abaixo de 10
m encontra-se um estrato de solo residual com grau de intemperismo menos
acentuado, configurando um solo mais denso, cor variegada, não laterizado e
comportamento não colapsível. No total, o perfil, é composto por quatro camadas
distintas, conforme indicado na Figura 11 e apresenta parâmetros geotécnicos de
acordo com o Quadro 16. A Figura 12 mostra o local onde foram retiradas as
amostras de solo usadas neste trabalho.

Figura 11 – Perfil de solo do CEEG/UEL.

Fonte: Adaptado de Teixeira et. al., 2003.


39

Quadro 16 – Parâmetros geotécnicos do solo do CEEG/UEL.

Características Físicas do Solo


Massa específica dos sólidos (g/cm³) 3,0*
Limite de Liquidez (%) 51,8
Limite de Plasticidade (%) 38,3
Índice de Plasticidade (%) 13,5
Argila (%) 55,5
Silte (%) 23,5
Areia Fina (%) 20,7
Areia Média (%) 0,3
Areia Grossa (%) 0,0
Pedregulho (%) 0,0
Classificação textural Argila siltosa
Massa específica do solo (kN/m³) 14,0*

Fonte: Adaptado de Miguel et. al., 2002 e *Beraldo et. al., 2011.

Figura 12 – Local de retirada de amostra do solo do CEEG.

Local de retirada

Fonte: Oyama, 2013.

Hauly (2012) analisaram os parâmetros de compactação do solo,


coletado a 2 m de profundidade no CEEG, a partir da curva de compactação,
mostrada na Figura 13. A curva de compactação foi obtida de um ensaio usando a
40

energia de Proctor Normal.

Figura 13 – Curva de compactação do solo de 2m de profundidade do CEEG.

Fonte: Hauly, 2012.

3.1.2 Solo da região de Mandaguaçu

O solo da cidade de Mandaguaçu foi coletado às margens da BR


376. Este solo está sobre o afloramento de arenitos da Formação Caiuá (FRANÇA
JR et. al., 2010). Apresenta em sua composição granulométrica 44% de areia fina,
27% de areia média, 13,5% de argila e 15,5% de silte (TAHIRA, 2013), denominada
de Areia Argilosa, de acordo com a Norma Brasileira NBR 8502/95 (OYAMA, 2013).
É classificado no grupo A-2-6 de acordo com a classificação TRB (Transportation
Research Board).
Este solo possui Limite de Liquidez de 31 %, Limite de Plasticidade
de 15 %, Índice de Plasticidade de 16 % e massa específica dos sólidos de 2,69
g/cm3 (SILVA et. al., 2011). A Figura 14 mostra o solo do talude às margens da BR-
376, na cidade de Mandaguaçu.
41

Figura 14 – Solo de talude às margens da BR-376 em Mandaguaçu.

Fonte: Tahira, 2013.

Tahira (2013), através do ensaio de Proctor Normal, obteve a curva


de compactação e através dessa, a umidade ótima e massa específica seca
máxima, indicada na Figura 15.

Figura 15 – Curva de compactação da amostra do solo de Mandaguaçu.

Fonte: Tahira, 2013.


42

3.2 COLETA DAS AMOSTRAS

Para a análise do solo argiloso, foi coletada uma amostra deformada


do CEEG a uma profundidade de aproximadamente 2 m, próximo ao poço 9, como
na Figura 16. Foi utilizado um trado helicoidal com 20 cm de diâmetro e pás para
retirada da amostra e sacos plásticos para armazenagem.
A amostra deformada do solo arenoso foi coletada em um talude nas
proximidades da cidade de Mandaguaçu, indicado na Figura 17, sendo também
armazenados em sacos plásticos.

Figura 16 – Local da coleta da amostra deformada do solo do argiloso.

Fonte: Komori, 2012.

Figura 17 – Local da coleta da amostra deformada do solo arenoso.

Fonte: Tahira, 2013.


43

3.3 PREPARAÇÃO DAS AMOSTRAS

Para a preparação das amostras foram seguidos os passos


preconizados pela NBR 6457/86. Após a coleta, os solos foram espalhados e
deixados secar ao ar, no laboratório de Geotecnia da UEL/Londrina, para que suas
umidades chegassem próximas ao do ambiente (Figura 18).
Depois de aproximadamente 1 dia de secagem, foi feito o
destorroamento das amostras com o auxílio de um almofariz e mão de gral,
mostrados nas Figura 19 e 20. Em seguida, foi feito o quarteamento das amostras
em porções menores de aproximadamente 2,5 kg e o peneiramento, usando uma
peneira de abertura 4,8 mm (#10).
Após o peneiramento, foi feita a retirada de 3 cápsulas para
determinar o teor de umidade em que o solo se encontrava, como mostra a Figura
21. Essas cápsulas foram levadas à estufa por aproximadamente 1 dia, de acordo
com a DNER-ME 213/94.

Figura 18 – Secagem do solo arenoso (a) e argiloso (b) ao ar.

(a) (b)
Fonte: Do autor, 2014.
44

Figura 19 – Almofariz e mão de gral usados para destorroar o solo arenoso (a) e
argiloso (b).

(a) (b)

Fonte: Do autor, 2014.

Figura 20 – Solo arenoso (a) e argiloso (b) secos e destorroados.

(a) (b)

Fonte: Do autor, 2014.


45

Figura 21 – Amostras de solo arenoso (a) e argiloso (b), após o ajuste de umidade,
para se confirmar a umidade desejada.

(a) (b)

Fonte: Do autor, 2014.

3.4 AJUSTE DE UMIDADE

Para ajustar os teores de umidade para a umidade ótima de


compactação de cada solo, foi calculado o acréscimo de volume de água que
deveria ser adicionado ao solo, segundo a Equação 2.

𝑀𝑠𝑜𝑙𝑜 𝑥 (𝑤ó𝑡𝑖𝑚𝑎 − 𝑤𝑚é𝑑𝑖𝑜 )


𝑉𝑤 = (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 2)
(1 + 𝑤𝑚é𝑑𝑖𝑜 )

Onde,
𝑀𝑠𝑜𝑙𝑜 = massa do solo, na umidade de preparação (g);
𝑤𝑚é𝑑𝑖𝑜 = umidade do solo, após a sua preparação (%);
𝑤ó𝑡𝑖𝑚𝑎 = umidade ótima do solo a ser atingida (%).

Sabendo o valor do volume de água a ser adicionado, com o auxílio


de uma proveta graduada, despejou-se a água sobre o solo e em seguida foi feita a
sua homogeneização.
46

3.5 CONTROLE DE COMPACTAÇÃO

Neste estudo foram aceitos somente os cilindros compactados e os


corpos de prova que tiveram um grau de compactação de no mínimo 95% e um
desvio do teor de umidade de w =  2,0%. Os valores destes critérios foram
escolhidos em função das exigências requeridas para obras em campo.
Os corpos de prova que não atenderam a estes requesitos foram
descartados e substituídos por novos que atingissem os critérios exigidos.

3.6 ENSAIO DE COMPACTAÇÃO

Após o ajuste de umidade, novamente foram retiradas 3 cápsulas


para confirmar que a umidade ótima foi atingida. Também, foi calculada a massa de
cada uma das 3 camadas compactadas, de acordo com a massa específica seca
máxima na umidade ótima, segundo a Equação 3.
𝑉𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜⁄
𝛾𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ó𝑡𝑖𝑚𝑎
𝑀𝑐𝑎𝑚𝑎𝑑𝑎 = (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 3)
3

Onde,
𝑀𝑐𝑎𝑚𝑎𝑑𝑎 = massa de cada camada (g);
𝑉𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 = volume do cilindro metálico utilizado (cm³);
𝛾𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ó𝑡𝑖𝑚𝑎 = massa específica seca na umidade ótima (g/cm³).

Em seguida, a compactação foi iniciada de acordo com a NBR


7182/86. Foi utilizado o cilindro pequeno de Proctor, de volume aproximado de 1000
cm³, o qual foi passado óleo em suas paredes internas para que a extração do corpo
de prova fosse facilitada posteriormente.
A massa de solo da primeira camada foi despejada no interior do
molde, e, com o auxílio de um soquete manual padrão, de aproximadamente 2,5 kg
e altura de queda de 30 cm, foram aplicados os 26 golpes referentes à Energia
Normal de Proctor. Após a compactação foi feita a escarificação, para melhorar a
adesão dessa camada com a próxima camada compactada. Feito isso, foi iniciada a
47

compactação da segunda camada, da mesma maneira que a primeira e a sua


escarificação também no final do processo de compactação. O mesmo procedimento
foi realizado para a compactação da terceira.
Com as 3 camadas compactadas, foi feito o rasamento das faces do
cilindro, considerando que o solo pode ultrapassar a borda do molde em até 1 cm
após a finalização das três camadas compactadas, segundo a NBR 7182/86. Logo
em seguida, foi iniciada a extração do cilindro compactado do molde com o auxílio
de um macaco hidráulico.
Por último, o cilindro compactado foi pesado para cálculo de seus
índices físicos e grau de compactação. A Figura 22 mostra os cilindros dos dois
solos compactados ao final do ensaio.

Figura 22 – Cilindros de solo arenoso (a) e argiloso (b) compactados.

(a) (b)

Fonte: Do autor, 2014.

3.7 MOLDAGEM DOS CORPOS DE PROVA

Após a compactação, foi iniciada a moldagem dos corpos de prova


48

para o ensaio de cisalhamento direto. Com o auxílio de um molde de aço quadrado


de 6x6x2 cm, com uma das faces cortantes e um estilete, foram moldados 4 corpos
de prova, a partir dos cilindros compactados, como mostra a Figuras 23.

Figura 23 – Moldagem dos corpos de prova de solo arenoso (a) e argiloso (b).

(a) (b)

Fonte: Do autor, 2014.

A Figura 24 mostram os corpos de prova já moldados, ainda dentro


do molde quadrado.

Figura 24 – Corpos de prova de solo arenoso (a) e argiloso (b) moldados.

(a) (b)

Fonte: Do autor, 2014.


49

3.8 SATURAÇÃO DOS CORPOS DE PROVA

Após a moldagem, o corpo de prova foi levado para a prensa de


cisalhamento direto. Porém, antes de se iniciar a ruptura, o corpo de prova foi
saturado.
Primeiramente foi feita a montagem da caixa de cisalhamento,
ilustrada na Figura 25. Iniciamente, foi colocada a placa metálica de fundo (figuras a
e b). Logo após, foram colocadas uma pedra porosa e uma placa ranhurada
perfurada, cuidando para que as ranhuras ficassem perpendiculares ao sentindo do
cisalhamento (figuras c e d). Em seguida foi posicionada e parafusada a outra
metadade da caixa (figura e). Depois foi feita a transferência do corpo de prova, com
o auxílio de um prisma de madeira (figuras f, g e h). Sobre a amostra, foram
colocadas outra placa ranhurada e outra pedra porosa (figuras i e j). Por fim, foi
colocado o “top cap” (figura k) e a caixa foi posicionada na prensa.

Figura 25 – Montagem do ensaio na caixa de cisalhamento.

(a) (b)
50

(c) (d)

(e) (f)

(g) (h)
51

(i) (j)

(k)
Fonte: Do autor, 2014.

Logo em seguida, o pendural foi posto sobre o “top cap” e o


extensômetro de medição do deslocamento vertical foi posicionado e zerado.
Após isso, foi colocado água até que a caixa de cisalhamento
estivesse submersa, como mostra a Figura 26.
52

Figura 26 – Caixa de cisalhamento submersa pela água.

Fonte: Do autor, 2014.

Após 15 minutos da submersão da caixa, foi feita a leitura do


extensômetro para verificação da variação de volume do corpo de prova.
O corpo de prova foi deixado submerso por aproximadamente 12
horas antes de se iniciar a ruptura. Após esse período, foi feita novamente a leitura
da variação de volume.

3.9 ADENSAMENTO

Após as 12 horas e a leitura da variação de volume do corpo de


prova, foi iniciada a etapa de adensamento. Primeiramente foi zerado novamente o
extensômetro de leitura de deslocamento vertical e foi colocada no pendural a carga
referente à tensão axial que se deseja aplicar (50, 100, 200 ou 300 kPa).
Imediatamente após a colocação de toda a carga, assionou-se o
cronômetro. Foram feitas as leituras de variação vertical nos intervalos de tempos de
30 segundos, 1, 2, 4, 8, 15 e 30 minutos, referentes ao adensamento do corpo de
prova devido à carga aplicada. Com os dados obtidos, foram feitos gráficos de
leituras do extensômetro versus raiz qurdrada do tempo, para cada corpo de prova,
e obtenção do coeficiente de adensamento (Cv), pelo método de Taylor, com a
utilização da Equação 4.
53

𝑇90% ∗ 𝐻𝑑2
𝐶𝑣 = (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 4)
𝑡90%

Onde,
𝐶𝑣 = coeficiente de adensamento (cm²/s);
𝑇90% = fator tempo para 90% de adensamento (adimensional);
𝐻𝑑 = altura de drenagem do corpo de prova (cm);
𝑡90% = tempo necessário para 90% de adensamento (s).

3.10 ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO

Após o estágio de adensamento, foi iniciada a ruptura do corpo de


prova, sem dissipação de pressão neutra, obtendo assim os resultados dos
parâmetros de resistência em relação à tensão total. Primeiramente retirou-se os
parafusos passantes colocados na montagem da caixa de cisalhamento e
posicionou-se os parafusos não passantes, que têm como objetivo afastar as duas
metades da caixa e impedir o atrito entre elas.
Posicionou-se os extensômetros de leitura de deslocamento
horizontal, deslocamento vertical e o de força do anel dinamométrico, sendo todos
zerados para se iniciar o ensaio.
Com uma velocidade controlada de 1 volta a cada 2 segundos (1,25
a 2 mm/s), foi iniciado o cisalhamento. Optou-se por realizar um ensaio de
deslocamento horizontal controlado, sendo feitas as leituras dos outros dois
extensômetros a cada 0,10 mm de deslocamento horizontal.
A força tangencial aplicada fez com que a parte superior da caixa de
cisalhamento se deslocasse horizontalmente em relação à parte inferior, tendo como
consequencia o cisalhamento do corpo de prova. Foram feitas leituras, dos
extensômetros, até que o corpo de prova não apresentasse mais variação da tensão
tangencial ou que esta apresentasse queda, por não apresentar mais resistência
com a aplicação da força, o que foi adotado como critério de ruptura. A Figura 27
apresenta o corpo de prova de solo arenoso após a ruptura.
54

Figura 27 – Corpos de prova de solo arenoso (a) e argiloso (b) após a ruptura.

(a) (b)
Fonte: Do autor, 2014.
55

4 RESULTADOS

Neste capítulo serão apresentados os resultados obtidos através dos


procedimentos dos ensaios de compactação, adensamento e cisalhamento direto,
tanto para o solo arenoso, quanto para o argiloso.

4.1 SOLO ARENOSO

Foram compactados 3 cilindros pequenos na umidade ótima de


14%. A partir destes cilindros, foram moldados 4 corpos de prova de 6x6x2 cm para
a realização dos ensaios de cisalhamento.

4.1.1 Características físicas dos cilindros compactados

O Quadro 17 apresenta os índices físicos dos cilindros


compactados, como: massa específica seca, teor de umidade, índice de vazios, grau
de saturação, desvio do teor de umidade e grau de compactação.
A partir dos índices físicos foi feito o controle de compactação,
verificando se os limites adotados de grau de compactação e variação do teor de
umidade foram atendidos. Foram aceitos somente aqueles que apresentaram
GC ≥ 95% e ω =  2%.

Quadro 17 – Índices físicos dos cilindros compactados do solo arenoso.

CILINDRO ɣd (g/cm³) w (% ) Δw (% ) e S (% ) GC (% )
1 1,84 14,74 0,74 0,46 85,56 98,83
2 1,85 13,77 -0,23 0,46 80,90 99,21
3 1,83 13,20 -0,80 0,47 76,03 98,59
Média 1,84 13,90 0,46 80,83 98,88
Desvio Padrão 0,01 0,78 - 0,00 4,76 0,31
Coeficiente de Variabilidade 0,31% 5,60% 0,99% 5,89% 0,31%

Fonte: Do autor, 2014.


56

4.1.2 Características físicas dos corpos de prova moldados

O Quadro 18 apresenta os índices físicos dos corpos de prova


moldados a partir dos cilindros compactados antes da ruptura, como: massa
específica seca, teor de umidade, índice de vazios, grau de saturação, desvio do
teor de umidade e grau de compactação. Também apresenta o valor do grau de
saturação previsto após a ruptura. Este valor foi estimado, já que após o ensaio, não
foi possível se obter a massa completa do corpo de prova.
A partir dos índices físicos também foi feito o controle de
compactação, verificando se os limites adotados de grau de compactação e variação
de teor de umidade foram atendidos. Foram aceitos somente aqueles que
apresentaram GC ≥ 95% e ω =  2%.

Quadro 18 – Índices físicos dos corpos de prova do solo arenoso antes da ruptura.
Cilindro de w antes da w após a S antes da S* após a
CP ɣd (g/cm³) Δw (% ) e GC (% )
origem ruptura (% ) ruptura (% ) ruptura (% ) ruptura (% )
1 1 1,81 14,74 0,74 19,15 0,48 97,55 82,17 95,48
2 3 1,80 13,20 -0,80 19,41 0,50 96,68 79,94 93,77
3 2 1,80 13,77 -0,23 20,71 0,49 97,01 80,79 98,02
4 3 1,77 13,20 -0,80 19,46 0,52 95,37 76,78 90,46
Média 1,80 13,73 19,68 0,50 96,65 79,92 94,43
Desvio Padrão 0,02 0,73 - 0,70 0,01 0,93 2,29 3,17
Coeficiente de Variabilidade 0,96% 5,30% 3,54% 2,91% 0,96% 2,86% 3,36%

*Grau de saturação previsto após a ruptura.


Fonte: Do autor, 2014.

4.1.3 Resultados do Adensamento

Cada um dos 4 corpos de prova foram submetidos a um estágio de


adensamento antes do início do ensaio de cisalhamento direto. Foi aplicada uma
tensão normal diferente em cada corpo de prova, sendo 50, 100, 200 e 300 kPa,
para o CP1, CP2, CP3 e CP4, respectivamente. O Quadro 19 mostra os valores
obtidos da variação da dimensão vertical dos copos de prova de acordo com o
tempo. A Figura 28 mostra os gráficos de adensamento dos corpos de prova.
57

Quadro 19 – Dados do adensamento dos corpos de prova do solo arenoso.

Tempo Deformação vertical (mm)


(min) CP1 - 50 kPa CP2 - 100 kPa CP3 - 200 kPa CP4 - 300 kPa
0,00 19,79 19,84 19,89 19,89
0,50 18,41 18,22 18,46 17,77
1,00 18,37 18,21 18,45 17,77
2,00 18,29 18,20 18,45 17,77
4,00 18,26 18,20 18,45 17,77
8,00 18,23 18,19 18,46 17,77
15,00 18,19 18,19 18,46 17,77
30,00 18,17 18,19 18,46 17,77

Fonte: Do autor, 2014.

Figura 28 – Gráficos do adensamento dos corpos de prova do solo arenoso.

Fonte: Do autor, 2014.

Por meio do método gráfico de Taylor e a Equação 4, foram


encontrados, para cada carregamento, os valores do coeficiente de adensamento
Cv. Os valores são mostrados no Quadro 20.
58

Quadro 20 – Valores de Cv encontrados pelo método de Taylor.

Tensão normal Coeficiente de


aplicada (kPa) adensamento C v (cm²/s)
50 7,60 x 10-2
100 7,00 x 10-2
200 3,80 x 10-2
300 5,00 x 10-2
Fonte: Do autor, 2014.

4.1.4 Resultados dos ensaios de Cisalhamento Direto

Os ensaios de cisalhamento direto foram realizados nos 4 corpos de


prova, sendo aplicados nos CP1, CP2, CP3, CP4 as tensões normais de 50, 100 ,
200 e 300 kPa, respectivamente. Não houve a dissipação da pressão neutra, por
isso os resultados estão em função das tensões totais.
As Figuras 29 e 30 mostram as curvas de tensão cisalhante versus
deformação horizontal e deformação vertical versus deformação horizontal,
respectivamente.

Figura 29 – Curvas tensão cisalhante versus deformação horizontal do solo arenoso.

Fonte: Do autor, 2014.

As curvas da Figura 29 não mostram claramente um ponto de


59

ruptura típico, onde a curva apresentaria uma queda do valor da tensão cisalhante.
As curvas mostram que, após a ruptura física dos corpos de prova, ainda houve uma
resistência ao cisalhamento residual.

Figura 30 – Curvas deformação vertical versus deformação horizontal do solo


arenoso.

Fonte: Do autor, 2014.

As curvas da Figura 30 mostram que, durante o ensaio, os corpos de


prova apresentaram uma diminuição da dimensão vertical e, consequentemente, de
seu volume, comportamento esperado neste tipo de ensaio. Após a ruptura física,
notou-se um aumento de volume dos corpos de prova devido ao movimento
horizontal dos grãos, uns sobre os outros, ao longo da superfície de ruptura do corpo
de prova. Essa variação volumétrica é chamada de dilatância, fenômeno típico em
solos arenosos compactados onde a possibilidade de rearranjo das partículas são
reduzidas e os deslocamentos dos grãos até a ruptura exigem uma variação
volumétrica. (BUENO & VILAR, 1979)
A partir das curvas tensões cisalhantes versus tensões normais,
para cada tensão normal aplicada, determinou-se as tensões cisalhantes por três
critérios. Primeiro foi definida a tensão de cisalhamento para uma deformação
hotizontal máxima de 5%. Depois, pelo segundo critério, foram analisadas as curvas
60

de tensão cisalhante versus deformação horizontal, sendo adotadas como tensões


cisalhantes de ruptura os pontos máximos das curvas. E finalmente, pelo último
critério, foi observado nas curvas tensão cisalhante versus deformação horizontal o
ponto de mudança de comportamento do solo, em que a curva muda sua direção.
Foram traçadas duas tangentes à curva e foi adotada como tensão cisalhante de
ruptura o valor referente ao ponto de intersecção entre as tangentes. Todos estes
valores são mostrados no Quadro 21.

Quadro 21 – Tensões de ruptura dos corpos de prova de solo arenoso ensaiados.


Máximas Tensões Mudança de
Tensão Deformação de 5%
Cisalhantes Comportamento
CP Normal
Tensão Cisalhante Tensão Cisalhante Tensão Cisalhante
(kPa)
(kPa) (kPa) (kPa)
1 50 51,13 51,41 51,11
2 100 93,96 95,27 92,73
3 200 134,87 138,10 125,71
4 300 191,75 196,94 184,00

Fonte: Do autor, 2014.

A partir disso, foram criadas as envoltórias de tensões para os três


critérios (Figuras 31, 32 e 33) e assim, a partir da equação linear 𝜏 = 𝑡𝑔𝜙 ∗ 𝜎 + 𝑐, se
obteve os valores dos parâmetros de resistência ao cisalhamento direto, ângulo de
atrito e intercepto coesivo, mostrados no Quadro 22.
61

Figura 31 – Envoltória de tensões totais do solo arenoso para tensões de


cisalhamento com 5% de deformação.

Fonte: Do autor, 2014.

Figura 32 – Envoltória de tensões totais do solo arenoso para as máximas tensões


cisalhantes.

Fonte: Do autor, 2014.


62

Figura 33 – Envoltória de tensões totais do solo arenoso para a mudança de


comportamento do solo.

Fonte: Do autor, 2014.

Quadro 22 – Valores do ângulo de atrito e intercepto coesivo do solo arenoso.

Critério φ (graus) c (kPa)

Deformação de 5% 28,24 30,68


Máximas Tensões
29,07 30,00
Cisalhantes
Mudança de
26,61 32,00
Comportamento

Fonte: Do autor, 2014.

4.2 SOLO ARGILOSO

Foram compactados 2 cilindros pequenos na umidade ótima de


32%. A partir destes cilindros, foram moldados 4 corpos de prova de 6x6x2 cm para
a realização do ensaio de cisalhamento.
63

4.2.1 Características físicas dos cilindros compactados

O Quadro 23 apresenta os índices físicos dos cilindros


compactados, como: massa específica seca, teor de umidade, índice de vazios, grau
de saturação, desvio do teor de umidade e grau de compactação.
A partir dos índices físicos foi feito o controle de compactação,
verificando se os limites adotados de grau de compactação e variação de teor de
umidade foram atendidos. Foram aceitos somente aqueles que apresentaram
GC ≥ 95% e ω =  2%.

Quadro 23 – Índices físicos dos cilindros compactados do solo argiloso.

CILINDRO ɣd (g/cm³) w (% ) Δw (% ) e S (% ) GC (% )
1 1,45 31,72 -0,28 1,12 86,90 100,37
2 1,44 32,07 0,07 1,12 87,59 100,22
Média 1,44 31,90 1,12 87,24 100,29
Desvio Padrão 0,00 0,24 - 0,00 0,49 0,11
Coeficiente de Variabilidade 0,11% 0,77% 0,20% 0,56% 0,11%

Fonte: Do autor, 2014.

4.2.2 Características físicas dos corpos de prova moldados


O Quadro 24 apresenta os índices físicos dos corpos de prova
moldados a partir dos cilindros compactados antes da ruptura, como: massa
específica seca, teor de umidade, índice de vazios, grau de saturação, desvio do
teor de umidade e grau de compactação. Também apresenta o valor do grau de
saturação previsto após a ruptura. Este valor foi estimado, já que após o ensaio, não
foi possível se obter a massa completa do corpo de prova.
A partir dos índices físicos também foi feito o controle de
compactação, verificando se os limites adotados de grau de compactação e variação
de teor de umidade foram atendidos. Foram aceitos somente aqueles que
apresentaram GC ≥ 95% e ω =  2%.
64

Quadro 24 – Índices físicos dos corpos de prova do solo argiloso antes da ruptura.
Cilindro de w antes da w após a S antes da S* após a
CP ɣd (g/cm³) Δw (% ) e GC (% )
origem ruptura (% ) ruptura (% ) ruptura (% ) ruptura (% )
1 1 1,43 31,72 -0,28 36,87 1,14 99,19 84,99 92,03
2 2 1,38 32,07 0,07 38,20 1,22 95,54 80,16 88,06
3 2 1,41 32,07 0,07 36,50 1,18 97,64 83,42 89,40
4 2 1,41 32,07 0,07 35,26 1,17 97,79 83,67 88,05
Média 1,40 31,98 36,71 1,18 97,54 83,06 89,39
Desvio Padrão 0,02 0,17 - 1,21 0,03 1,51 2,05 1,87
Coeficiente de Variabilidade 1,55% 0,54% 3,30% 2,87% 1,55% 2,47% 2,10%

*Grau de saturação previsto após a ruptura.


Fonte: Do autor, 2014.

4.2.3 Resultados do Adensamento

Cada um dos 4 corpos de prova foram submetidos a um estágio de


adensamento antes do início do ensaio de cisalhamento direto. Foi aplicada uma
tensão normal diferente em cada corpo de prova, sendo 50, 100, 200 e 300 kPa,
para o CP1, CP2, CP3 e CP4, respectivamente. O Quadro 25 mostra os valores
obtidos da variação da dimensão vertical dos copos de prova de acordo com o
tempo. A Figura 34 mostra os gráficos de adensamento dos corpos de prova.

Quadro 25 – Dados do adensamento dos corpos de prova do solo argiloso.

Tempo Deformação vertical (mm)


(min) CP1 - 50 kPa CP2 - 100 kPa CP3 - 200 kPa CP4 - 300 kPa
0,00 19,94 19,73 19,91 19,89
0,50 19,41 18,56 18,24 17,90
1,00 19,41 18,55 18,22 17,90
2,00 19,40 18,53 18,20 17,89
4,00 19,39 18,52 18,19 17,88
8,00 19,39 18,51 18,18 17,87
15,00 19,38 18,45 18,17 17,87
30,00 19,38 18,44 18,17 17,86

Fonte: Do autor, 2014.


65

Figura 34 – Gráficos do adensamento dos corpos de prova do solo argiloso.

Fonte: Do autor, 2014.

Por meio do método gráfico de Taylor e a Equação 4, foram


encontrados, para cada carregamento, os valores do coeficiente de adensamento
Cv. Os valores são mostrados no Quadro 26.

Quadro 26 – Valores de Cv encontrados pelo método de Taylor.

Tensão normal Coeficiente de


aplicada (kPa) adensamento C v (cm²/s)
-2
50 7,30 x 10
-2
100 5,65 x 10
200 7,30 x 10-2
-2
300 12,23 x 10
Fonte: Do autor, 2014.

4.2.4 Resultados dos ensaios de Cisalhamento Direto

Os ensaios de cisalhamento direto foram realizados nos 4 corpos de


prova, sendo aplicados nos CP1, CP2, CP3, CP4 as tensões normais de 50, 100 ,
66

200 e 300 kPa, respectivamente. Não houve a dissipação da pressão neutra, por
isso os resultados estão em função das tensões totais.
As Figuras 35 e 36 mostram as curvas de tensão cisalhante versus
deformação horizontal e deformação vertical versus deformação horizontal,
respectivamente.

Figura 35 – Curvas tensão cisalhante versus deformação horizontal do solo argiloso.

Fonte: Do autor, 2014.

As curvas da Figura 35 não mostram claramente um ponto de


ruptura típico, onde a curva apresentaria uma queda do valor da tensão cisalhante.
As curvas mostram que, após a ruptura física dos corpos de prova, ainda houve uma
resistência ao cisalhamento residual.
67

Figura 36 – Curvas deformação vertical versus deformação horizontal do solo


argiloso.

Fonte: Do autor, 2014.

As curvas da Figura 36 mostram que, durante o ensaio, os corpos de


prova apresentaram uma diminuição da dimensão vertical e, consequentemente, de
seu volume, comportamento esperado neste tipo de ensaio. Mesmo após a ruptura,
o solo não apresentou comportamento expansivo, onde seu volume aumentaria.
A partir das curvas tensões cisalhantes versus tensões normais,
para cada tensão normal aplicada, determinou-se as tensões cisalhantes por três
critérios. Primeiro foi definida a tensão de cisalhamento para uma deformação
hotizontal máxima de 5%. Depois, pelo segundo critério, foram analisadas as curvas
de tensão cisalhante versus deformação horizontal, sendo adotadas como tensões
cisalhantes de ruptura os pontos máximos das curvas. E finalmente, pelo último
critério, foi observado nas curvas tensão cisalhante versus deformação horizontal o
ponto de mudança de comportamento do solo, em que a curva muda sua direção.
Foram traçadas duas tangentes à curva e foi adotada como tensão cisalhante de
ruptura o valor referente ao ponto de intersecção entre as tangentes. Todos estes
valores são mostrados no Quadro 27.
68

Quadro 27 – Tensões de ruptura dos corpos de prova de solo argiloso ensaiados.


Máximas Tensões Mudança de
Tensão Deformação de 5%
Cisalhantes Comportamento
CP Normal
Tensão Cisalhante Tensão Cisalhante Tensão Cisalhante
(kPa)
(kPa) (kPa) (kPa)
1 50 62,00 64,94 62,00
2 100 79,26 92,06 65,00
3 200 137,42 150,17 117,14
4 300 164,91 178,25 132,31

Fonte: Do autor, 2014.

A partir disso, foram criadas as envoltórias de tensões para os três


critérios (Figuras 37, 38 e 39) e assim, a partir da equação linear 𝜏 = 𝑡𝑔𝜙 ∗ 𝜎 + 𝑐, se
obteve os valores dos parâmetros de resistência ao cisalhamento direto, ângulo de
atrito e intercepto coesivo, mostrados no Quadro 28.

Figura 37 – Envoltória de tensões totais do solo argiloso para tensões de


cisalhamento com 5% de deformação.

Fonte: Do autor, 2014.


69

Figura 38 – Envoltória de tensões totais do solo argiloso para as máximas tensões


cisalhantes.

Fonte: Do autor, 2014.

Figura 39 – Envoltória de tensões totais do solo argiloso para a mudança de


comportamento do solo.

Fonte: Do autor, 2014.


70

Quadro 28 – Valores do ângulo de atrito e intercepto coesivo do solo argiloso.

Critério φ (graus) c (kPa)


Deformação de 5% 23,33 40,83
Máximas Tensões
24,85 46,09
Cisalhantes
Mudança de
17,38 43,22
Comportamento

Fonte: Do autor, 2014.


71

5 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Neste capítulo, os valores encontrados dos parâmetros de


resistência ao cisalhamento direto, ângulo de atrito e intercepto coesivo, serão
comparados aos de outros trabalhos realizados com o solo em condições diferentes
das utilizadas neste. Além disso, serão comparados entre si os valores encontrados
neste trabalho do solo arenoso e do solo argiloso.

5.1 SOLO ARENOSO

5.1.1 Análise das características físicas dos cilindros compactados e dos corpos
de prova

De acordo com os Quadros 17 e 18 (itens 4.1.1 e 4.1.2,


respectivamente) nota-se que a média dos teores de umidade, tanto dos cilindros
compactados como dos corpos de prova, se mantiveram dentro do limite de variação
desejado (ω =  2%). O limite mínimo do grau de compactação também foi
atendido, estando todos acima de 95%.
Os coeficientes de variabilidade de todos os índices físicos
calculados ficaram abaixo de 15%, indicando cilindros compactados e corpos de
prova de baixa dispersão para o solo, possuindo todos características semelhantes,
garantindo a validade dos resultados.

5.1.2 Análise dos resultados do adensamento

Observa-se no gráfico da Figura 28, item 4.1.3, que a maior parte do


adensamento do corpo de prova ocorre nos primeiro 30 segundos de aplicação da
tensão normal e que a quantidade de tempo em que as leituras foram feitas (30
minutos) foi o suficiente para que ocorresse quase 100% do adensamento.
Pelo Quadro 20, item 4.1.3, nota-se que os valores de coeficiente de
adensamento não variaram muito de um corpo de prova para outro, sendo que todos
se mantiveram com a potência -2.
72

5.1.3 Análise dos resultados do ensaio de cisalhamento direto

Souza et. al. (2015) analisou o mesmo solo arenoso da região de


Mandaguaçu, realizando os mesmos ensaios de cisalhamento direto do solo
compactado, porém na condição não inundada, sendo o solo ensaiado na sua
umidade ótima de 14%. Os resultados obtidos para os parâmetros de resistência (ϕ
e c), em relação às tensões totais, para os critérios de deformação de 5% e de
máximas tensões cisalhantes, se econtram no Quadro 29.

Quadro 29 – Parâmetros de resistência encontrados por Souza et. al. (2015) para
um solo arenoso.

Critério φ (graus) c (kPa)


Deformação de 5% 31,90 83,90
Máximas Tensões
31,90 84,30
Cisalhantes

Fonte: Do autor, 2014.

Comparando os valores de Souza et. al. (2015) com os obtidos


neste trabalho (Quadro 30), onde a única variável é a condição de inundação, nota-
se que quando os corpos de prova foram inundados ambos os valores dos
parâmetros de resistência ao cisalhamento direto (ϕ e c) foram menores em relação
aos valores na condição não inundada. Isso se explica, como descrito por Vanapalli
(1994) e Martínez (2003), pelo fato dos solos com teores de umidade mais baixos
apresentarem uma estrutura mais rígida, já que há um maior intertravamento das
partículas.
73

Quadro 30 – Comparação dos resultados deste trabalho com os de Souza et. al.
(2015) para um solo arenoso.

Critério
Máximas Tensões
Autor Deformação de 5%
Cisalhantes
φ (graus) c (kPa) φ (graus) c (kPa)
Souza et. al. (2015) 31,90 83,90 31,90 84,30
Zanin (2014) 28,24 30,68 29,07 30,00

Fonte: Do autor, 2014.

Pode-se ainda comparar os resultados deste trabalho com os de


Bastos et. al. (2008), pois ambos os estudos foram feitos com solos arenosos.
Porém, no trabalho de Bastos houve a dissipação de pressão neutra, sendo assim
os resultados dados em relação às tensões efetivas.
Observa-se que o ângulo de atrito foi menor neste trabalho (ϕ =
29,07°) do que no de Bastos (ϕ = 37,40°). A diferença no valor do ângulo pode ser
explicada pela dissipação da pressão neutra feita nos ensaios de Bastos, já que
quando se dissipa a pressão neutra, o valor da tensão efetiva aumenta e
consequentemente o valor do ângulo interno de atrito também aumenta. Além disso,
os corpos de prova foram compactados na energia Intermediária de Proctor
resultando em um índice de vazios menor que dos corpos de prova deste presente
trabalho, garantindo uma maior interação entre os grãos do solo, aumentando assim
sua resistência.

5.2 SOLO ARGILOSO

5.2.1 Análise das características físicas dos cilindros compactados e dos corpos
de prova

De acordo com os Quadros 23 e 24 (itens 4.2.1 e 4.2.2,


respectivamente) nota-se que a média dos teores de umidade, tanto dos cilindros
compactados como dos corpos de prova, se mantiveram dentro do limite de variação
desejado (ω =  2%). O limite mínimo do grau de compactação também foi
atendido, estando todos acima de 95%.
74

Os coeficientes de variabilidade de todos os índices físicos


calculados ficaram abaixo de 15%, indicando cilindros compactados e corpos de
prova de baixa dispersão para o solo, possuindo todos características semelhantes,
garantindo a validade dos resultados.

5.2.2 Análise dos resultados do adensamento

Observa-se no gráfico da Figura 34, item 4.2.3, que a maior parte do


adensamento do corpo de prova ocorre nos primeiro 30 segundos de aplicação da
tensão normal e que a quantidade de tempo em que as leituras foram feitas (30
minutos) foi o suficiente para que ocorresse quase 100% do adensamento.
Pelo Quadro 26, item 4.2.3, nota-se que os valores de coeficiente de
adensamento não variaram muito de um corpo de prova para outro, sendo que todos
se mantiveram com a potência -2.

5.2.3 Análise dos resultados do ensaio de cisalhamento direto

Reus et. al. (2012) analisou o mesmo solo argiloso do CEEG,


realizando os mesmos ensaios de cisalhamento direto, tanto na condição inundada
como na umidade natural. Porém o solo foi ensaiado em sua estrutura natural,
indeformada, sem ser caompactado. Os resultados obtidos para os parâmetros de
resistência (ϕ e c), em relação às tensões totais para o critério de máximas tensões
cisalhantes, se econtram no Quadro 31.

Quadro 31 – Parâmetros de resistência encontrados por Reus et. al. (2012).

Condição φ (graus) c (kPa)


Natural 25,30 36,30

Saturada 33,30 6,00

Fonte: Do autor, 2014.

Comparando os valores de Reus et. al. (2012) na condição saturada


75

com os obtidos neste trabalho (Quadro 32), onde a única variável é a estrutura do
solo, nota-se que quando os corpos de prova ensaiados eram de solo compactado o
valor do ângulo de atrito foi menor em relação ao valor na estrutura indeformada. Já
o valor do intercepto coesivo aumentou. Isso se dá porque a compactação enrijece o
material, aumentando sua densidade e o entrosamento entre as partículas do solo.
Com isso, houve um aumento da parcela da resistência conferida pelo intercepto
coesivo (c) e consequentemente uma diminuição da inclinação da reta de envoltória
de tensões, diminuindo o valor do ângulo de atrito (ϕ).

Quadro 32 – Comparação dos resultados deste trabalho com os de Reus et. al.
(2012).

Parâmetros de resistência na
Autor condição saturada
φ (graus) c (kPa)
Reus et. al. (2012) 33,30 6,00
Zanin (2014) 24,85 46,09

Fonte: Do autor, 2014.

Souza et. al. (2015) também realizou ensaios de cisalhamento em


amostras de solo argilo do CEEG da UEL. Porém, a única diferença foi que os
ensaios foram feitos na umidade ótima de compactação (32%). O Quadro 33 mostra
os resultados de Souza, em relação às tensções totais, para os critérios de
deformação de 5% e de máximas tensões cisalhantes.

Quadro 33 – Parâmetros de resistência encontrados por Souza et. al. (2015) para
um solo argiloso.

Critério φ (graus) c (kPa)


Deformação de 5% 25,10 73,50
Máximas Tensões
28,80 81,60
Cisalhantes
Fonte: Do autor, 2014.

Comparando os valores de Souza et. al. (2015) com os obtidos


neste trabalho (Quadro 34), onde a única variável é a condição de inundação, nota-
se que quando os corpos de prova foram inundados ambos os valores dos
76

parâmetros de resistência ao cisalhamento direto (ϕ e c) foram menores em relação


aos valores na condição não inundada. Isso se explica também, como descrito por
Vanapalli (1994) e Martínez (2003), pelo fato dos solos com teores de umidade mais
baixos apresentarem uma estrutura mais rígida, já que há um maior intertravamento
das partículas.

Quadro 34 – Comparação dos resultados deste trabalho com os de Souza et. al.
(2015) para um solo argiloso.

Critério
Deformação de Máximas Tensões
Autor
5% Cisalhantes
φ (graus) c (kPa) φ (graus) c (kPa)
Souza et. al. (2015) 25,10 73,50 28,80 81,60
Zanin (2014) 23,33 40,83 24,85 46,09
Fonte: Do autor, 2014.

5.3 COMPARAÇÃO ENTRE OS SOLOS ARENOSOS E ARGILOSO

Comparando-se os valores do ângulo de atrito e intercepto coesivo


do solo arenoso com o solo argiloso estudados neste trabalho, como mostra o
Quadro 35, nota-se que ocorreu o descrito pela literatura, onde solos arenosos
possuem ângulos de atrito maiores que os argilosos e, por sua vez, os solos
argilosos possuem interceptos coesivos maiores que os arenosos. Isso se dá devido
a diferença granulométrica dos dois solos. As areias possuem grãos maiores e mais
angulares, e suas tensões de contatos são grandes, acarretando ângulos de atritos
maiores. Já as argilas possuem grãos laminares, de menor dimensão,
proporcionando uma espécie de cimentação entre os grãos, o que acarreta valores
de interceptos coesivos maiores.
77

Quadro 35 – Comparação dos resultados dos solos arenoso e argiloso.

Critério
Deformação de Máximas Tensões Mudança de
Solo
5% Cisalhantes Comportamento
φ (graus) c (kPa) φ (graus) c (kPa) φ (graus) c (kPa)
Arenoso 28,24 30,68 29,07 30,00 26,61 32,00
Argiloso 23,33 40,83 24,85 46,09 17,38 43,22
Fonte: Do autor, 2014.
78

6 CONCLUSÕES

Dos valores de índices físicos obtidos, tanto para os cilindros


compactados como para os corpos de prova ensaiados, conclui-se que todos
possuem características semelhantes entre si, confirmado através dos valores dos
coeficientes de variabilidade abaixo de 15%, para ambos os solos.
Os gráficos de deformação vertical versus raíz quadrada do tempo,
obtidos da fase de adensamento e coeficientes de adensamento resultaram em
curvas e valores esperados, para ambos os solos.
Dos ensaios de cisalhamento direto, foram obtidos os valores dos
parâmetros de resitência para o solo arenoso compactado e inundado de ϕ = 28,24°
e c = 30,68 kPa para o critério de deformação de 5%, ϕ = 29,07° e c = 30,00 kPa
para o critério de máximas tensões cisalhantes e ϕ = 26,61° e c = 32,00 kPa para o
critério de mudança de comportamento do solo. Os valores encontrados pelo
primeiro e segundo critérios foram menores quando comparados com os
encontrados por Souza et. al. (2015), que realizou, para o mesmo solo compactado,
os ensaios na umidade ótima.
Em relação ao solo argiloso, os valores encontrados para os
parâmetros de resistência deste solo compactado e inundado foram: ϕ = 23,33° e c =
40,83 kPa para o critério de deformação de 5%, ϕ = 24,85° e c = 46,09 kPa para o
critério de máximas tensões e ϕ = 17,38° e c = 43,22 kPa para o critério de mudança
de comportamento do solo. Os valores encontrados pelo primeiro e segundo critérios
também foram menores que os encontrados por Souza et. al. (2015), para o mesmo
solo compactado e ensaiado na umidade ótima.
Os resultados de Reus et. al. (2012), mostram para o solo argiloso,
ensaiado em sua estrutura natural, que o valor de c foi bem menor quando
comparado com o deste trabalho, evidenciando a influência da compactação na
resistência do solo.
Comparando-se os parâmetros de resistência dos dois solos, obtidos
do ensaio de cisalhamento direto após sua compactação e inundação, foi
confirmado o que é descrito pela literatura, onde solos mais arenosos possuem
ângulos de atrito maiores enquanto solos mais argilosos possuem interceptos
coesivos maiores.
79

REFERÊNCIAS

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de compactação. Rio de Janeiro, 1986b.

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82

ANEXOS
83

ANEXO A
Dados extraídos dos ensaios de cisalhamento direto do solo arenoso.

CP1 - Tensão Normal de 50 kPa.


Leitura Leitura Leitura Deform. Deform. Deform. Deform. Força Área Cor. Tensão Tensão
Const. ext. Const. t/s
hor. (mm) ver. (mm) anel (mm) hor. (cm) hor. (%) ver. (cm) ver. (%) Tang. (N) (cm²) Normal Cis.(kPa)
0,010 2,186 0,000 0,000 0,000 0,000 0,00 0,0000 0,00 0,00 36,00 50,00 0,000 0,000
0,010 2,186 0,100 -0,010 0,013 0,010 0,17 -0,0010 -0,05 28,42 35,94 50,08 7,907 0,158
0,010 2,186 0,200 -0,030 0,019 0,020 0,33 -0,0030 -0,15 41,53 35,88 50,17 11,576 0,231
0,010 2,186 0,300 -0,050 0,023 0,030 0,50 -0,0050 -0,25 50,28 35,82 50,25 14,036 0,279
0,010 2,186 0,400 -0,068 0,029 0,040 0,67 -0,0068 -0,34 63,39 35,76 50,34 17,728 0,352
0,010 2,186 0,500 -0,084 0,031 0,050 0,83 -0,0084 -0,42 67,77 35,70 50,42 18,982 0,376
0,010 2,186 0,600 -0,104 0,036 0,060 1,00 -0,0104 -0,52 78,70 35,64 50,51 22,081 0,437
0,010 2,186 0,700 -0,119 0,040 0,070 1,17 -0,0119 -0,60 87,44 35,58 50,59 24,576 0,486
0,010 2,186 0,800 -0,130 0,043 0,080 1,33 -0,0130 -0,65 94,00 35,52 50,68 26,463 0,522
0,010 2,186 0,900 -0,150 0,047 0,090 1,50 -0,0150 -0,75 102,74 35,46 50,76 28,974 0,571
0,010 2,186 1,000 -0,163 0,050 0,100 1,67 -0,0163 -0,82 109,30 35,40 50,85 30,876 0,607
0,010 2,186 1,100 -0,180 0,052 0,110 1,83 -0,0180 -0,90 113,67 35,34 50,93 32,165 0,632
0,010 2,186 1,200 -0,192 0,053 0,120 2,00 -0,0192 -0,96 115,86 35,28 51,02 32,840 0,644
0,010 2,186 1,300 -0,205 0,057 0,130 2,17 -0,0205 -1,03 124,60 35,22 51,11 35,378 0,692
0,010 2,186 1,400 -0,213 0,059 0,140 2,33 -0,0213 -1,07 128,97 35,16 51,19 36,682 0,717
0,010 2,186 1,500 -0,222 0,060 0,150 2,50 -0,0222 -1,11 131,16 35,10 51,28 37,368 0,729
0,010 2,186 1,600 -0,230 0,063 0,160 2,67 -0,0230 -1,15 137,72 35,04 51,37 39,303 0,765
0,010 2,186 1,700 -0,237 0,066 0,170 2,83 -0,0237 -1,19 144,28 34,98 51,46 41,245 0,802
0,010 2,186 1,800 -0,242 0,068 0,180 3,00 -0,0242 -1,21 148,65 34,92 51,55 42,568 0,826
0,010 2,186 1,900 -0,250 0,070 0,190 3,17 -0,0250 -1,25 153,02 34,86 51,64 43,896 0,850
0,010 2,186 2,000 -0,250 0,072 0,200 3,33 -0,0250 -1,25 157,39 34,80 51,72 45,228 0,874
0,010 2,186 2,100 -0,250 0,074 0,210 3,50 -0,0250 -1,25 161,76 34,74 51,81 46,564 0,899
0,010 2,186 2,200 -0,250 0,077 0,220 3,67 -0,0250 -1,25 168,32 34,68 51,90 48,536 0,935
0,010 2,186 2,300 -0,247 0,078 0,230 3,83 -0,0247 -1,24 170,51 34,62 51,99 49,251 0,947
0,010 2,186 2,400 -0,239 0,079 0,240 4,00 -0,0239 -1,20 172,69 34,56 52,08 49,969 0,959
0,010 2,186 2,500 -0,231 0,080 0,250 4,17 -0,0231 -1,16 174,88 34,50 52,17 50,690 0,972
0,010 2,186 2,600 -0,221 0,080 0,260 4,33 -0,0221 -1,11 174,88 34,44 52,26 50,778 0,972
0,010 2,186 2,700 -0,212 0,080 0,270 4,50 -0,0212 -1,06 174,88 34,38 52,36 50,867 0,972
0,010 2,186 2,800 -0,200 0,080 0,280 4,67 -0,0200 -1,00 174,88 34,32 52,45 50,956 0,972
0,010 2,186 2,900 -0,190 0,080 0,290 4,83 -0,0190 -0,95 174,88 34,26 52,54 51,045 0,972
0,010 2,186 3,000 -0,180 0,080 0,300 5,00 -0,0180 -0,90 174,88 34,20 52,63 51,135 0,972
0,010 2,186 3,100 -0,167 0,080 0,310 5,17 -0,0167 -0,84 174,88 34,14 52,72 51,224 0,972
0,010 2,186 3,200 -0,154 0,080 0,320 5,33 -0,0154 -0,77 174,88 34,08 52,82 51,315 0,972
0,010 2,186 3,300 -0,141 0,080 0,330 5,50 -0,0141 -0,71 174,88 34,02 52,91 51,405 0,972
0,010 2,186 3,400 -0,129 0,079 0,340 5,67 -0,0129 -0,65 172,69 33,96 53,00 50,852 0,959
0,010 2,186 3,500 -0,120 0,079 0,350 5,83 -0,0120 -0,60 172,69 33,90 53,10 50,942 0,959
0,010 2,186 3,600 -0,109 0,079 0,360 6,00 -0,0109 -0,55 172,69 33,84 53,19 51,033 0,959
0,010 2,186 3,700 -0,100 0,078 0,370 6,17 -0,0100 -0,50 170,51 33,78 53,29 50,476 0,947
0,010 2,186 3,800 -0,094 0,077 0,380 6,33 -0,0094 -0,47 168,32 33,72 53,38 49,918 0,935
0,010 2,186 3,900 -0,086 0,076 0,390 6,50 -0,0086 -0,43 166,14 33,66 53,48 49,357 0,923
0,010 2,186 4,000 -0,080 0,075 0,400 6,67 -0,0080 -0,40 163,95 33,60 53,57 48,795 0,911
0,010 2,186 4,100 -0,073 0,073 0,410 6,83 -0,0073 -0,37 159,58 33,54 53,67 47,578 0,887
0,010 2,186 4,200 -0,069 0,071 0,420 7,00 -0,0069 -0,35 155,21 33,48 53,76 46,358 0,862
0,010 2,186 4,300 -0,065 0,070 0,430 7,17 -0,0065 -0,33 153,02 33,42 53,86 45,787 0,850
0,010 2,186 4,400 -0,061 0,069 0,440 7,33 -0,0061 -0,31 150,83 33,36 53,96 45,214 0,838
0,010 2,186 4,500 -0,057 0,067 0,450 7,50 -0,0057 -0,29 146,46 33,30 54,05 43,983 0,814
84

CP2 - Tensão Normal de 100 kPa.


Leitura Leitura Leitura Deform. Deform. Deform. Deform. Força Área Cor. Tensão Tensão
Const. ext. Const. t/s
hor. (mm) ver. (mm) anel (mm) hor. (cm) hor. (%) Ver. (cm) ver. (%) Tang. (N) (cm²) Normal Cis.(kPa)
0,010 2,186 0,000 0,000 0,000 0,000 0,00 0,0000 0,00 0,00 36,00 100,00 0,000 0,000
0,010 2,186 0,100 -0,024 0,019 0,010 0,17 -0,0024 -0,12 41,53 35,94 100,17 11,556 0,115
0,010 2,186 0,200 -0,049 0,030 0,020 0,33 -0,0049 -0,25 65,58 35,88 100,33 18,278 0,182
0,010 2,186 0,300 -0,075 0,045 0,030 0,50 -0,0075 -0,38 98,37 35,82 100,50 27,462 0,273
0,010 2,186 0,400 -0,100 0,052 0,040 0,67 -0,0100 -0,50 113,67 35,76 100,67 31,787 0,316
0,010 2,186 0,500 -0,115 0,059 0,050 0,83 -0,0115 -0,58 128,97 35,70 100,84 36,127 0,358
0,010 2,186 0,600 -0,132 0,068 0,060 1,00 -0,0132 -0,66 148,65 35,64 101,01 41,708 0,413
0,010 2,186 0,700 -0,150 0,073 0,070 1,17 -0,0150 -0,75 159,58 35,58 101,18 44,850 0,443
0,010 2,186 0,800 -0,168 0,082 0,080 1,33 -0,0168 -0,84 179,25 35,52 101,35 50,465 0,498
0,010 2,186 0,900 -0,180 0,090 0,090 1,50 -0,0180 -0,90 196,74 35,46 101,52 55,482 0,547
0,010 2,186 1,000 -0,195 0,095 0,100 1,67 -0,0195 -0,98 207,67 35,40 101,69 58,664 0,577
0,010 2,186 1,100 -0,208 0,101 0,110 1,83 -0,0208 -1,04 220,79 35,34 101,87 62,475 0,613
0,010 2,186 1,200 -0,216 0,109 0,120 2,00 -0,0216 -1,08 238,27 35,28 102,04 67,538 0,662
0,010 2,186 1,300 -0,222 0,111 0,130 2,17 -0,0222 -1,11 242,65 35,22 102,21 68,894 0,674
0,010 2,186 1,400 -0,230 0,118 0,140 2,33 -0,0230 -1,15 257,95 35,16 102,39 73,364 0,717
0,010 2,186 1,500 -0,237 0,120 0,150 2,50 -0,0237 -1,19 262,32 35,10 102,56 74,735 0,729
0,010 2,186 1,600 -0,240 0,125 0,160 2,67 -0,0240 -1,20 273,25 35,04 102,74 77,982 0,759
0,010 2,186 1,700 -0,242 0,130 0,170 2,83 -0,0242 -1,21 284,18 34,98 102,92 81,241 0,789
0,010 2,186 1,800 -0,242 0,132 0,180 3,00 -0,0242 -1,21 288,55 34,92 103,09 82,632 0,802
0,010 2,186 1,900 -0,242 0,135 0,190 3,17 -0,0242 -1,21 295,11 34,86 103,27 84,656 0,820
0,010 2,186 2,000 -0,241 0,139 0,200 3,33 -0,0241 -1,21 303,85 34,80 103,45 87,314 0,844
0,010 2,186 2,100 -0,239 0,140 0,210 3,50 -0,0239 -1,20 306,04 34,74 103,63 88,094 0,850
0,010 2,186 2,200 -0,235 0,140 0,220 3,67 -0,0235 -1,18 306,04 34,68 103,81 88,247 0,850
0,010 2,186 2,300 -0,230 0,141 0,230 3,83 -0,0230 -1,15 308,23 34,62 103,99 89,031 0,856
0,010 2,186 2,400 -0,221 0,143 0,240 4,00 -0,0221 -1,11 312,60 34,56 104,17 90,451 0,868
0,010 2,186 2,500 -0,212 0,145 0,250 4,17 -0,0212 -1,06 316,97 34,50 104,35 91,875 0,880
0,010 2,186 2,600 -0,205 0,146 0,260 4,33 -0,0205 -1,03 319,16 34,44 104,53 92,670 0,887
0,010 2,186 2,700 -0,199 0,147 0,270 4,50 -0,0199 -1,00 321,34 34,38 104,71 93,468 0,893
0,010 2,186 2,800 -0,190 0,147 0,280 4,67 -0,0190 -0,95 321,34 34,32 104,90 93,631 0,893
0,010 2,186 2,900 -0,181 0,147 0,290 4,83 -0,0181 -0,91 321,34 34,26 105,08 93,795 0,893
0,010 2,186 3,000 -0,173 0,147 0,300 5,00 -0,0173 -0,87 321,34 34,20 105,26 93,960 0,893
0,010 2,186 3,100 -0,161 0,148 0,310 5,17 -0,0161 -0,81 323,53 34,14 105,45 94,765 0,899
0,010 2,186 3,200 -0,149 0,148 0,320 5,33 -0,0149 -0,75 323,53 34,08 105,63 94,932 0,899
0,010 2,186 3,300 -0,140 0,148 0,330 5,50 -0,0140 -0,70 323,53 34,02 105,82 95,099 0,899
0,010 2,186 3,400 -0,131 0,148 0,340 5,67 -0,0131 -0,66 323,53 33,96 106,01 95,267 0,899
0,010 2,186 3,500 -0,126 0,146 0,350 5,83 -0,0126 -0,63 319,16 33,90 106,19 94,146 0,887
0,010 2,186 3,600 -0,120 0,145 0,360 6,00 -0,0120 -0,60 316,97 33,84 106,38 93,667 0,880
0,010 2,186 3,700 -0,113 0,145 0,370 6,17 -0,0113 -0,57 316,97 33,78 106,57 93,834 0,880
0,010 2,186 3,800 -0,109 0,145 0,380 6,33 -0,0109 -0,55 316,97 33,72 106,76 94,001 0,880
0,010 2,186 3,900 -0,101 0,144 0,390 6,50 -0,0101 -0,51 314,78 33,66 106,95 93,519 0,874
0,010 2,186 4,000 -0,094 0,142 0,400 6,67 -0,0094 -0,47 310,41 33,60 107,14 92,385 0,862
0,010 2,186 4,100 -0,085 0,141 0,410 6,83 -0,0085 -0,43 308,23 33,54 107,33 91,898 0,856
0,010 2,186 4,200 -0,078 0,141 0,420 7,00 -0,0078 -0,39 308,23 33,48 107,53 92,063 0,856
0,010 2,186 4,300 -0,070 0,139 0,430 7,17 -0,0070 -0,35 303,85 33,42 107,72 90,920 0,844
0,010 2,186 4,400 -0,063 0,138 0,440 7,33 -0,0063 -0,32 301,67 33,36 107,91 90,428 0,838
0,010 2,186 4,500 -0,052 0,133 0,450 7,50 -0,0052 -0,26 290,74 33,30 108,11 87,309 0,808
85

CP3 - Tensão Normal de 200 kPa.


Leitura Leitura Leitura Deform. Deform. Deform. Deform. Força Área Cor. Tensão Tensão
Const. ext. Const. t/s
hor. (mm) ver. (mm) anel (mm) hor. (cm) hor. (%) Ver. (cm) ver. (%) Tang. (N) (cm²) Nor.(Kpa) Cis.(kPa)
0,010 2,186 0,000 0,000 0,000 0,000 0,00 0,0000 0,00 0,00 36,00 200,00 0,000 0,000
0,010 2,186 0,200 -0,020 0,057 0,020 0,33 -0,0020 -0,10 124,60 35,88 200,67 34,727 0,173
0,010 2,186 0,400 -0,050 0,095 0,040 0,67 -0,0050 -0,25 207,67 35,76 201,34 58,073 0,288
0,010 2,186 0,600 -0,070 0,132 0,060 1,00 -0,0070 -0,35 288,55 35,64 202,02 80,963 0,401
0,010 2,186 0,800 -0,100 0,145 0,080 1,33 -0,0100 -0,50 316,97 35,52 202,70 89,237 0,440
0,010 2,186 1,000 -0,120 0,160 0,100 1,67 -0,0120 -0,60 349,76 35,40 203,39 98,802 0,486
0,010 2,186 1,200 -0,130 0,172 0,120 2,00 -0,0130 -0,65 375,99 35,28 204,08 106,574 0,522
0,010 2,186 1,400 -0,140 0,181 0,140 2,33 -0,0140 -0,70 395,67 35,16 204,78 112,533 0,550
0,010 2,186 1,600 -0,150 0,189 0,160 2,67 -0,0150 -0,75 413,15 35,04 205,48 117,909 0,574
0,010 2,186 1,800 -0,160 0,193 0,180 3,00 -0,0160 -0,80 421,90 34,92 206,19 120,818 0,586
0,010 2,186 2,000 -0,165 0,199 0,200 3,33 -0,0165 -0,83 435,01 34,80 206,90 125,004 0,604
0,010 2,186 2,200 -0,170 0,201 0,220 3,67 -0,0170 -0,85 439,39 34,68 207,61 126,697 0,610
0,010 2,186 2,400 -0,170 0,207 0,240 4,00 -0,0170 -0,85 452,50 34,56 208,33 130,932 0,628
0,010 2,186 2,600 -0,170 0,209 0,260 4,33 -0,0170 -0,85 456,87 34,44 209,06 132,658 0,635
0,010 2,186 2,800 -0,170 0,210 0,280 4,67 -0,0170 -0,85 459,06 34,32 209,79 133,759 0,638
0,010 2,186 3,000 -0,170 0,211 0,300 5,00 -0,0170 -0,85 461,25 34,20 210,53 134,867 0,641
0,010 2,186 3,200 -0,160 0,212 0,320 5,33 -0,0160 -0,80 463,43 34,08 211,27 135,984 0,644
0,010 2,186 3,400 -0,160 0,212 0,340 5,67 -0,0160 -0,80 463,43 33,96 212,01 136,464 0,644
0,010 2,186 3,600 -0,150 0,212 0,360 6,00 -0,0150 -0,75 463,43 33,84 212,77 136,948 0,644
0,010 2,186 3,800 -0,150 0,211 0,380 6,33 -0,0150 -0,75 461,25 33,72 213,52 136,787 0,641
0,010 2,186 4,000 -0,145 0,211 0,400 6,67 -0,0145 -0,73 461,25 33,60 214,29 137,276 0,641
0,010 2,186 4,200 -0,145 0,210 0,420 7,00 -0,0145 -0,73 459,06 33,48 215,05 137,115 0,638
0,010 2,186 4,400 -0,145 0,210 0,440 7,33 -0,0145 -0,73 459,06 33,36 215,83 137,608 0,638
0,010 2,186 4,600 -0,145 0,210 0,460 7,67 -0,0145 -0,73 459,06 33,24 216,61 138,105 0,638
0,010 2,186 4,800 -0,145 0,210 0,480 8,00 -0,0145 -0,73 459,06 33,12 217,39 138,605 0,638
0,010 2,186 5,000 -0,145 0,210 0,500 8,33 -0,0145 -0,73 459,06 33,00 218,18 139,109 0,638
0,010 2,186 5,200 -0,150 0,210 0,520 8,67 -0,0150 -0,75 459,06 32,88 218,98 139,617 0,638
0,010 2,186 5,400 -0,150 0,210 0,540 9,00 -0,0150 -0,75 459,06 32,76 219,78 140,128 0,638
0,010 2,186 5,600 -0,155 0,210 0,560 9,33 -0,0155 -0,78 459,06 32,64 220,59 140,643 0,638
0,010 2,186 5,800 -0,160 0,210 0,580 9,67 -0,0160 -0,80 459,06 32,52 221,40 141,162 0,638
0,010 2,186 6,000 -0,160 0,210 0,600 10,00 -0,0160 -0,80 459,06 32,40 222,22 141,685 0,638
86

CP4 - Tensão Normal de 300 kPa.


Leitura Leitura Leitura Deform. Deform. Deform. Deform. Força Área Cor. Tensão Tensão
Const. ext. Const. t/s
hor. (mm) ver. (mm) anel (mm) hor. (cm) hor. (%) Ver. (cm) ver. (%) Tang. (N) (cm²) Normal Cis.(kPa)
0,010 2,186 0,000 0,000 0,000 0,000 0,00 0,0000 0,00 0,00 36,00 300,00 0,000 0,000
0,010 2,186 0,100 -0,010 0,043 0,010 0,17 -0,0010 -0,05 94,00 35,94 300,50 26,154 0,087
0,010 2,186 0,200 -0,023 0,089 0,020 0,33 -0,0023 -0,12 194,55 35,88 301,00 54,224 0,180
0,010 2,186 0,300 -0,040 0,120 0,030 0,50 -0,0040 -0,20 262,32 35,82 301,51 73,233 0,243
0,010 2,186 0,400 -0,058 0,140 0,040 0,67 -0,0058 -0,29 306,04 35,76 302,01 85,582 0,283
0,010 2,186 0,500 -0,075 0,160 0,050 0,83 -0,0075 -0,38 349,76 35,70 302,52 97,972 0,324
0,010 2,186 0,600 -0,090 0,176 0,060 1,00 -0,0090 -0,45 384,74 35,64 303,03 107,951 0,356
0,010 2,186 0,700 -0,105 0,188 0,070 1,17 -0,0105 -0,53 410,97 35,58 303,54 115,505 0,381
0,010 2,186 0,800 -0,119 0,200 0,080 1,33 -0,0119 -0,60 437,20 35,52 304,05 123,086 0,405
0,010 2,186 0,900 -0,128 0,211 0,090 1,50 -0,0128 -0,64 461,25 35,46 304,57 130,075 0,427
0,010 2,186 1,000 -0,139 0,221 0,100 1,67 -0,0139 -0,70 483,11 35,40 305,08 136,471 0,447
0,010 2,186 1,100 -0,149 0,230 0,110 1,83 -0,0149 -0,75 502,78 35,34 305,60 142,269 0,466
0,010 2,186 1,200 -0,154 0,238 0,120 2,00 -0,0154 -0,77 520,27 35,28 306,12 147,468 0,482
0,010 2,186 1,300 -0,162 0,243 0,130 2,17 -0,0162 -0,81 531,20 35,22 306,64 150,823 0,492
0,010 2,186 1,400 -0,170 0,250 0,140 2,33 -0,0170 -0,85 546,50 35,16 307,17 155,432 0,506
0,010 2,186 1,500 -0,174 0,258 0,150 2,50 -0,0174 -0,87 563,99 35,10 307,69 160,680 0,522
0,010 2,186 1,600 -0,180 0,262 0,160 2,67 -0,0180 -0,90 572,73 35,04 308,22 163,451 0,530
0,010 2,186 1,700 -0,183 0,268 0,170 2,83 -0,0183 -0,92 585,85 34,98 308,75 167,481 0,542
0,010 2,186 1,800 -0,189 0,271 0,180 3,00 -0,0189 -0,95 592,41 34,92 309,28 169,647 0,549
0,010 2,186 1,900 -0,190 0,274 0,190 3,17 -0,0190 -0,95 598,96 34,86 309,81 171,820 0,555
0,010 2,186 2,000 -0,194 0,279 0,200 3,33 -0,0194 -0,97 609,89 34,80 310,34 175,257 0,565
0,010 2,186 2,100 -0,197 0,281 0,210 3,50 -0,0197 -0,99 614,27 34,74 310,88 176,818 0,569
0,010 2,186 2,200 -0,200 0,284 0,220 3,67 -0,0200 -1,00 620,82 34,68 311,42 179,015 0,575
0,010 2,186 2,300 -0,200 0,287 0,230 3,83 -0,0200 -1,00 627,38 34,62 311,96 181,220 0,581
0,010 2,186 2,400 -0,203 0,290 0,240 4,00 -0,0203 -1,02 633,94 34,56 312,50 183,432 0,587
0,010 2,186 2,500 -0,205 0,292 0,250 4,17 -0,0205 -1,03 638,31 34,50 313,04 185,018 0,591
0,010 2,186 2,600 -0,209 0,293 0,260 4,33 -0,0209 -1,05 640,50 34,44 313,59 185,975 0,593
0,010 2,186 2,700 -0,210 0,296 0,270 4,50 -0,0210 -1,05 647,06 34,38 314,14 188,207 0,599
0,010 2,186 2,800 -0,209 0,298 0,280 4,67 -0,0209 -1,05 651,43 34,32 314,69 189,810 0,603
0,010 2,186 2,900 -0,209 0,299 0,290 4,83 -0,0209 -1,05 653,61 34,26 315,24 190,781 0,605
0,010 2,186 3,000 -0,209 0,300 0,300 5,00 -0,0209 -1,05 655,80 34,20 315,79 191,754 0,607
0,010 2,186 3,100 -0,207 0,300 0,310 5,17 -0,0207 -1,04 655,80 34,14 316,34 192,091 0,607
0,010 2,186 3,200 -0,203 0,300 0,320 5,33 -0,0203 -1,02 655,80 34,08 316,90 192,430 0,607
0,010 2,186 3,300 -0,201 0,300 0,330 5,50 -0,0201 -1,01 655,80 34,02 317,46 192,769 0,607
0,010 2,186 3,400 -0,200 0,300 0,340 5,67 -0,0200 -1,00 655,80 33,96 318,02 193,110 0,607
0,010 2,186 3,500 -0,200 0,300 0,350 5,83 -0,0200 -1,00 655,80 33,90 318,58 193,451 0,607
0,010 2,186 3,600 -0,200 0,300 0,360 6,00 -0,0200 -1,00 655,80 33,84 319,15 193,794 0,607
0,010 2,186 3,700 -0,199 0,300 0,370 6,17 -0,0199 -1,00 655,80 33,78 319,72 194,139 0,607
0,010 2,186 3,800 -0,198 0,300 0,380 6,33 -0,0198 -0,99 655,80 33,72 320,28 194,484 0,607
0,010 2,186 3,900 -0,194 0,300 0,390 6,50 -0,0194 -0,97 655,80 33,66 320,86 194,831 0,607
0,010 2,186 4,000 -0,192 0,300 0,400 6,67 -0,0192 -0,96 655,80 33,60 321,43 195,179 0,607
0,010 2,186 4,100 -0,191 0,300 0,410 6,83 -0,0191 -0,955 655,80 33,54 322,00 195,528 0,607
0,010 2,186 4,200 -0,191 0,300 0,420 7,00 -0,0191 -0,96 655,80 33,48 322,58 195,878 0,607
0,010 2,186 4,300 -0,190 0,300 0,430 7,17 -0,0190 -0,95 655,80 33,42 323,16 196,230 0,607
0,010 2,186 4,400 -0,190 0,300 0,440 7,33 -0,0190 -0,95 655,80 33,36 323,74 196,583 0,607
0,010 2,186 4,500 -0,19 0,300 0,450 7,50 -0,019 -0,95 655,80 33,30 324,32 196,937 0,607
87

ANEXO B
Dados extraídos dos ensaios de cisalhamento direto do solo argiloso.

CP1 - Tensão Normal de 50 kPa.


Leitura Leitura Leitura Deform. Deform. Deform. Deform. Força Área Cor. Tensão Tensão
Const. ext. Const. t/s
hor. (mm) ver. (mm) anel (mm) hor. (cm) hor. (%) ver. (cm) ver. (%) Tang. (N) (cm²) Normal Cis.(kPa)
0,010 2,186 0,000 0,000 0,000 0,000 0,00 0,0000 0,00 0,00 36,00 50,00 0,000 0,000
0,010 2,186 0,100 -0,018 0,009 0,010 0,17 -0,0018 -0,09 19,67 35,94 50,08 5,474 0,109
0,010 2,186 0,200 -0,034 0,015 0,020 0,33 -0,0034 -0,17 32,79 35,88 50,17 9,139 0,182
0,010 2,186 0,300 -0,057 0,023 0,030 0,50 -0,0057 -0,29 50,28 35,82 50,25 14,036 0,279
0,010 2,186 0,400 -0,080 0,030 0,040 0,67 -0,0080 -0,40 65,58 35,76 50,34 18,339 0,364
0,010 2,186 0,500 -0,098 0,038 0,050 0,83 -0,0098 -0,49 83,07 35,70 50,42 23,268 0,461
0,010 2,186 0,600 -0,121 0,047 0,060 1,00 -0,0121 -0,61 102,74 35,64 50,51 28,828 0,571
0,010 2,186 0,700 -0,149 0,053 0,070 1,17 -0,0149 -0,75 115,86 35,58 50,59 32,563 0,644
0,010 2,186 0,800 -0,170 0,056 0,080 1,33 -0,0170 -0,85 122,42 35,52 50,68 34,464 0,680
0,010 2,186 0,900 -0,198 0,060 0,090 1,50 -0,0198 -0,99 131,16 35,46 50,76 36,988 0,729
0,010 2,186 1,000 -0,226 0,062 0,100 1,67 -0,0226 -1,13 135,53 35,40 50,85 38,286 0,753
0,010 2,186 1,100 -0,252 0,067 0,110 1,83 -0,0252 -1,26 146,46 35,34 50,93 41,444 0,814
0,010 2,186 1,200 -0,279 0,069 0,120 2,00 -0,0279 -1,40 150,83 35,28 51,02 42,753 0,838
0,010 2,186 1,300 -0,309 0,071 0,130 2,17 -0,0309 -1,55 155,21 35,22 51,11 44,068 0,862
0,010 2,186 1,400 -0,330 0,074 0,140 2,33 -0,0330 -1,65 161,76 35,16 51,19 46,008 0,899
0,010 2,186 1,500 -0,354 0,078 0,150 2,50 -0,0354 -1,77 170,51 35,10 51,28 48,578 0,947
0,010 2,186 1,600 -0,379 0,080 0,160 2,67 -0,0379 -1,90 174,88 35,04 51,37 49,909 0,972
0,010 2,186 1,700 -0,401 0,081 0,170 2,83 -0,0401 -2,01 177,07 34,98 51,46 50,619 0,984
0,010 2,186 1,800 -0,422 0,084 0,180 3,00 -0,0422 -2,11 183,62 34,92 51,55 52,584 1,020
0,010 2,186 1,900 -0,440 0,085 0,190 3,17 -0,0440 -2,20 185,81 34,86 51,64 53,302 1,032
0,010 2,186 2,000 -0,460 0,087 0,200 3,33 -0,0460 -2,30 190,18 34,80 51,72 54,650 1,057
0,010 2,186 2,100 -0,481 0,089 0,210 3,50 -0,0481 -2,41 194,55 34,74 51,81 56,003 1,081
0,010 2,186 2,200 -0,499 0,090 0,220 3,67 -0,0499 -2,50 196,74 34,68 51,90 56,730 1,093
0,010 2,186 2,300 -0,519 0,090 0,230 3,83 -0,0519 -2,60 196,74 34,62 51,99 56,828 1,093
0,010 2,186 2,400 -0,532 0,091 0,240 4,00 -0,0532 -2,66 198,93 34,56 52,08 57,560 1,105
0,010 2,186 2,500 -0,550 0,093 0,250 4,17 -0,0550 -2,75 203,30 34,50 52,17 58,927 1,129
0,010 2,186 2,600 -0,563 0,093 0,260 4,33 -0,0563 -2,82 203,30 34,44 52,26 59,030 1,129
0,010 2,186 2,700 -0,575 0,095 0,270 4,50 -0,0575 -2,88 207,67 34,38 52,36 60,404 1,154
0,010 2,186 2,800 -0,581 0,095 0,280 4,67 -0,0581 -2,91 207,67 34,32 52,45 60,510 1,154
0,010 2,186 2,900 -0,588 0,097 0,290 4,83 -0,0588 -2,94 212,04 34,26 52,54 61,892 1,178
0,010 2,186 3,000 -0,593 0,097 0,300 5,00 -0,0593 -2,97 212,04 34,20 52,63 62,001 1,178
0,010 2,186 3,100 -0,598 0,098 0,310 5,17 -0,0598 -2,99 214,23 34,14 52,72 62,750 1,190
0,010 2,186 3,200 -0,601 0,098 0,320 5,33 -0,0601 -3,01 214,23 34,08 52,82 62,860 1,190
0,010 2,186 3,300 -0,604 0,099 0,330 5,50 -0,0604 -3,02 216,41 34,02 52,91 63,614 1,202
0,010 2,186 3,400 -0,608 0,100 0,340 5,67 -0,0608 -3,04 218,60 33,96 53,00 64,370 1,214
0,010 2,186 3,500 -0,610 0,100 0,350 5,83 -0,0610 -3,05 218,60 33,90 53,10 64,484 1,214
0,010 2,186 3,600 -0,610 0,100 0,360 6,00 -0,0610 -3,05 218,60 33,84 53,19 64,598 1,214
0,010 2,186 3,700 -0,612 0,100 0,370 6,17 -0,0612 -3,06 218,60 33,78 53,29 64,713 1,214
0,010 2,186 3,800 -0,616 0,100 0,380 6,33 -0,0616 -3,08 218,60 33,72 53,38 64,828 1,214
0,010 2,186 3,900 -0,618 0,100 0,390 6,50 -0,0618 -3,09 218,60 33,66 53,48 64,944 1,214
0,010 2,186 4,000 -0,619 0,099 0,400 6,67 -0,0619 -3,10 216,41 33,60 53,57 64,409 1,202
0,010 2,186 4,100 -0,620 0,099 0,410 6,83 -0,0620 -3,10 216,41 33,54 53,67 64,524 1,202
0,010 2,186 4,200 -0,620 0,098 0,420 7,00 -0,0620 -3,10 214,23 33,48 53,76 63,987 1,190
88

CP2 - Tensão Normal de 100 kPa.


Leitura Leitura Leitura Deform. Deform. Deform. Deform. Força Área Cor. Tensão Tensão
Const. ext. Const. t/s
hor. (mm) ver. (mm) anel (mm) hor. (cm) hor. (%) Ver. (cm) ver. (%) Tang. (N) (cm²) Normal Cis.(kPa)
0,010 2,186 0,000 0,000 0,000 0,000 0,00 0,0000 0,00 0,00 36,00 100,00 0,000 0,000
0,010 2,186 0,100 -0,009 0,008 0,010 0,17 -0,0009 -0,05 17,49 35,94 100,17 4,866 0,049
0,010 2,186 0,200 -0,012 0,015 0,020 0,33 -0,0012 -0,06 32,79 35,88 100,33 9,139 0,091
0,010 2,186 0,300 -0,019 0,022 0,030 0,50 -0,0019 -0,10 48,09 35,82 100,50 13,426 0,134
0,010 2,186 0,400 -0,023 0,030 0,040 0,67 -0,0023 -0,12 65,58 35,76 100,67 18,339 0,182
0,010 2,186 0,500 -0,044 0,050 0,050 0,83 -0,0044 -0,22 109,30 35,70 100,84 30,616 0,304
0,010 2,186 0,600 -0,079 0,058 0,060 1,00 -0,0079 -0,40 126,79 35,64 101,01 35,575 0,352
0,010 2,186 0,700 -0,108 0,063 0,070 1,17 -0,0108 -0,54 137,72 35,58 101,18 38,707 0,383
0,010 2,186 0,800 -0,140 0,068 0,080 1,33 -0,0140 -0,70 148,65 35,52 101,35 41,849 0,413
0,010 2,186 0,900 -0,180 0,070 0,090 1,50 -0,0180 -0,90 153,02 35,46 101,52 43,153 0,425
0,010 2,186 1,000 -0,222 0,073 0,100 1,67 -0,0222 -1,11 159,58 35,40 101,69 45,079 0,443
0,010 2,186 1,100 -0,262 0,075 0,110 1,83 -0,0262 -1,31 163,95 35,34 101,87 46,392 0,455
0,010 2,186 1,200 -0,301 0,078 0,120 2,00 -0,0301 -1,51 170,51 35,28 102,04 48,330 0,474
0,010 2,186 1,300 -0,336 0,081 0,130 2,17 -0,0336 -1,68 177,07 35,22 102,21 50,274 0,492
0,010 2,186 1,400 -0,378 0,085 0,140 2,33 -0,0378 -1,89 185,81 35,16 102,39 52,847 0,516
0,010 2,186 1,500 -0,410 0,089 0,150 2,50 -0,0410 -2,05 194,55 35,10 102,56 55,428 0,540
0,010 2,186 1,600 -0,449 0,092 0,160 2,67 -0,0449 -2,25 201,11 35,04 102,74 57,395 0,559
0,010 2,186 1,700 -0,490 0,095 0,170 2,83 -0,0490 -2,45 207,67 34,98 102,92 59,368 0,577
0,010 2,186 1,800 -0,525 0,099 0,180 3,00 -0,0525 -2,63 216,41 34,92 103,09 61,974 0,601
0,010 2,186 1,900 -0,555 0,101 0,190 3,17 -0,0555 -2,78 220,79 34,86 103,27 63,335 0,613
0,010 2,186 2,000 -0,582 0,108 0,200 3,33 -0,0582 -2,91 236,09 34,80 103,45 67,841 0,656
0,010 2,186 2,100 -0,606 0,112 0,210 3,50 -0,0606 -3,03 244,83 34,74 103,63 70,476 0,680
0,010 2,186 2,200 -0,632 0,115 0,220 3,67 -0,0632 -3,16 251,39 34,68 103,81 72,488 0,698
0,010 2,186 2,300 -0,654 0,118 0,230 3,83 -0,0654 -3,27 257,95 34,62 103,99 74,508 0,717
0,010 2,186 2,400 -0,680 0,119 0,240 4,00 -0,0680 -3,40 260,13 34,56 104,17 75,270 0,723
0,010 2,186 2,500 -0,699 0,120 0,250 4,17 -0,0699 -3,50 262,32 34,50 104,35 76,035 0,729
0,010 2,186 2,600 -0,718 0,121 0,260 4,33 -0,0718 -3,59 264,51 34,44 104,53 76,802 0,735
0,010 2,186 2,700 -0,730 0,122 0,270 4,50 -0,0730 -3,65 266,69 34,38 104,71 77,572 0,741
0,010 2,186 2,800 -0,744 0,122 0,280 4,67 -0,0744 -3,72 266,69 34,32 104,90 77,707 0,741
0,010 2,186 2,900 -0,761 0,123 0,290 4,83 -0,0761 -3,81 268,88 34,26 105,08 78,482 0,747
0,010 2,186 3,000 -0,773 0,124 0,300 5,00 -0,0773 -3,87 271,06 34,20 105,26 79,258 0,753
0,010 2,186 3,100 -0,787 0,128 0,310 5,17 -0,0787 -3,94 279,81 34,14 105,45 81,959 0,777
0,010 2,186 3,200 -0,800 0,130 0,320 5,33 -0,0800 -4,00 284,18 34,08 105,63 83,386 0,789
0,010 2,186 3,300 -0,812 0,131 0,330 5,50 -0,0812 -4,06 286,37 34,02 105,82 84,176 0,795
0,010 2,186 3,400 -0,830 0,132 0,340 5,67 -0,0830 -4,15 288,55 33,96 106,01 84,968 0,802
0,010 2,186 3,500 -0,843 0,133 0,350 5,83 -0,0843 -4,22 290,74 33,90 106,19 85,763 0,808
0,010 2,186 3,600 -0,869 0,138 0,360 6,00 -0,0869 -4,35 301,67 33,84 106,38 89,145 0,838
0,010 2,186 3,700 -0,871 0,138 0,370 6,17 -0,0871 -4,36 301,67 33,78 106,57 89,304 0,838
0,010 2,186 3,800 -0,879 0,138 0,380 6,33 -0,0879 -4,40 301,67 33,72 106,76 89,463 0,838
0,010 2,186 3,900 -0,880 0,138 0,390 6,50 -0,0880 -4,40 301,67 33,66 106,95 89,622 0,838
0,010 2,186 4,000 -0,888 0,139 0,400 6,67 -0,0888 -4,44 303,85 33,60 107,14 90,433 0,844
0,010 2,186 4,100 -0,890 0,140 0,410 6,83 -0,0890 -4,45 306,04 33,54 107,33 91,246 0,850
0,010 2,186 4,200 -0,899 0,141 0,420 7,00 -0,0899 -4,50 308,23 33,48 107,53 92,063 0,856
89

CP3 - Tensão Normal de 200 kPa.


Leitura Leitura Leitura Deform. Deform. Deform. Deform. Força Área Cor. Tensão Tensão
Const. ext. Const. t/s
hor. (mm) ver. (mm) anel (mm) hor. (cm) hor. (%) Ver. (cm) ver. (%) Tang. (N) (cm²) Nor.(Kpa) Cis.(kPa)
0,010 2,186 0,000 0,000 0,000 0,000 0,00 0,0000 0,00 0,00 36,00 200,00 0,000 0,000
0,010 2,186 0,100 -0,038 0,020 0,010 0,17 -0,0038 -0,19 43,72 35,94 200,33 12,165 0,061
0,010 2,186 0,200 -0,075 0,035 0,020 0,33 -0,0075 -0,38 76,51 35,88 200,67 21,324 0,106
0,010 2,186 0,300 -0,130 0,055 0,030 0,50 -0,0130 -0,65 120,23 35,82 201,01 33,565 0,167
0,010 2,186 0,400 -0,177 0,065 0,040 0,67 -0,0177 -0,89 142,09 35,76 201,34 39,734 0,197
0,010 2,186 0,500 -0,229 0,080 0,050 0,83 -0,0229 -1,15 174,88 35,70 201,68 48,986 0,243
0,010 2,186 0,600 -0,272 0,095 0,060 1,00 -0,0272 -1,36 207,67 35,64 202,02 58,269 0,288
0,010 2,186 0,700 -0,314 0,102 0,070 1,17 -0,0314 -1,57 222,97 35,58 202,36 62,668 0,310
0,010 2,186 0,800 -0,345 0,110 0,080 1,33 -0,0345 -1,73 240,46 35,52 202,70 67,697 0,334
0,010 2,186 0,900 -0,376 0,120 0,090 1,50 -0,0376 -1,88 262,32 35,46 203,05 73,976 0,364
0,010 2,186 1,000 -0,404 0,125 0,100 1,67 -0,0404 -2,02 273,25 35,40 203,39 77,189 0,380
0,010 2,186 1,100 -0,430 0,135 0,110 1,83 -0,0430 -2,15 295,11 35,34 203,74 83,506 0,410
0,010 2,186 1,200 -0,453 0,140 0,120 2,00 -0,0453 -2,27 306,04 35,28 204,08 86,746 0,425
0,010 2,186 1,300 -0,473 0,145 0,130 2,17 -0,0473 -2,37 316,97 35,22 204,43 89,997 0,440
0,010 2,186 1,400 -0,491 0,151 0,140 2,33 -0,0491 -2,46 330,09 35,16 204,78 93,881 0,458
0,010 2,186 1,500 -0,508 0,160 0,150 2,50 -0,0508 -2,54 349,76 35,10 205,13 99,647 0,486
0,010 2,186 1,600 -0,522 0,161 0,160 2,67 -0,0522 -2,61 351,95 35,04 205,48 100,441 0,489
0,010 2,186 1,700 -0,539 0,170 0,170 2,83 -0,0539 -2,70 371,62 34,98 205,83 106,238 0,516
0,010 2,186 1,800 -0,552 0,175 0,180 3,00 -0,0552 -2,76 382,55 34,92 206,19 109,550 0,531
0,010 2,186 1,900 -0,569 0,180 0,190 3,17 -0,0569 -2,85 393,48 34,86 206,54 112,874 0,547
0,010 2,186 2,000 -0,580 0,190 0,200 3,33 -0,0580 -2,90 415,34 34,80 206,90 119,351 0,577
0,010 2,186 2,100 -0,591 0,191 0,210 3,50 -0,0591 -2,96 417,53 34,74 207,25 120,186 0,580
0,010 2,186 2,200 -0,601 0,200 0,220 3,67 -0,0601 -3,01 437,20 34,68 207,61 126,067 0,607
0,010 2,186 2,300 -0,611 0,200 0,230 3,83 -0,0611 -3,06 437,20 34,62 207,97 126,285 0,607
0,010 2,186 2,400 -0,621 0,201 0,240 4,00 -0,0621 -3,11 439,39 34,56 208,33 127,137 0,610
0,010 2,186 2,500 -0,630 0,205 0,250 4,17 -0,0630 -3,15 448,13 34,50 208,70 129,893 0,622
0,010 2,186 2,600 -0,639 0,210 0,260 4,33 -0,0639 -3,20 459,06 34,44 209,06 133,293 0,638
0,010 2,186 2,700 -0,644 0,210 0,270 4,50 -0,0644 -3,22 459,06 34,38 209,42 133,525 0,638
0,010 2,186 2,800 -0,650 0,210 0,280 4,67 -0,0650 -3,25 459,06 34,32 209,79 133,759 0,638
0,010 2,186 2,900 -0,658 0,215 0,290 4,83 -0,0658 -3,29 469,99 34,26 210,16 137,183 0,653
0,010 2,186 3,000 -0,661 0,215 0,300 5,00 -0,0661 -3,31 469,99 34,20 210,53 137,424 0,653
0,010 2,186 3,100 -0,669 0,218 0,310 5,17 -0,0669 -3,35 476,55 34,14 210,90 139,586 0,662
0,010 2,186 3,200 -0,670 0,220 0,320 5,33 -0,0670 -3,35 480,92 34,08 211,27 141,115 0,668
0,010 2,186 3,300 -0,678 0,220 0,330 5,50 -0,0678 -3,39 480,92 34,02 211,64 141,364 0,668
0,010 2,186 3,400 -0,680 0,220 0,340 5,67 -0,0680 -3,40 480,92 33,96 212,01 141,614 0,668
0,010 2,186 3,500 -0,682 0,221 0,350 5,83 -0,0682 -3,41 483,11 33,90 212,39 142,509 0,671
0,010 2,186 3,600 -0,687 0,221 0,360 6,00 -0,0687 -3,44 483,11 33,84 212,77 142,762 0,671
0,010 2,186 3,700 -0,689 0,225 0,370 6,17 -0,0689 -3,45 491,85 33,78 213,14 145,604 0,683
0,010 2,186 3,800 -0,691 0,225 0,380 6,33 -0,0691 -3,46 491,85 33,72 213,52 145,863 0,683
0,010 2,186 3,900 -0,695 0,229 0,390 6,50 -0,0695 -3,48 500,59 33,66 213,90 148,721 0,695
0,010 2,186 4,000 -0,698 0,230 0,400 6,67 -0,0698 -3,49 502,78 33,60 214,29 149,637 0,698
0,010 2,186 4,100 -0,699 0,230 0,410 6,83 -0,0699 -3,50 502,78 33,54 214,67 149,905 0,698
0,010 2,186 4,200 -0,700 0,230 0,420 7,00 -0,0700 -3,50 502,78 33,48 215,05 150,173 0,698
90

CP4 - Tensão Normal de 300 kPa.


Leitura Leitura Leitura Deform. Deform. Deform. Deform. Força Área Cor. Tensão Tensão
Const. ext. Const. t/s
hor. (mm) ver. (mm) anel (mm) hor. (cm) hor. (%) Ver. (cm) ver. (%) Tang. (N) (cm²) Normal Cis.(kPa)
0,010 2,186 0,000 0,000 0,000 0,000 0,00 0,0000 0,00 0,00 36,00 300,00 0,000 0,000
0,010 2,186 0,100 -0,005 0,050 0,010 0,17 -0,0005 -0,03 109,30 35,94 300,50 30,412 0,101
0,010 2,186 0,200 -0,036 0,076 0,020 0,33 -0,0036 -0,18 166,14 35,88 301,00 46,303 0,154
0,010 2,186 0,300 -0,065 0,098 0,030 0,50 -0,0065 -0,33 214,23 35,82 301,51 59,807 0,198
0,010 2,186 0,400 -0,095 0,114 0,040 0,67 -0,0095 -0,48 249,20 35,76 302,01 69,688 0,231
0,010 2,186 0,500 -0,122 0,129 0,050 0,83 -0,0122 -0,61 281,99 35,70 302,52 78,990 0,261
0,010 2,186 0,600 -0,154 0,148 0,060 1,00 -0,0154 -0,77 323,53 35,64 303,03 90,777 0,300
0,010 2,186 0,700 -0,181 0,159 0,070 1,17 -0,0181 -0,91 347,57 35,58 303,54 97,688 0,322
0,010 2,186 0,800 -0,216 0,168 0,080 1,33 -0,0216 -1,08 367,25 35,52 304,05 103,392 0,340
0,010 2,186 0,900 -0,249 0,178 0,090 1,50 -0,0249 -1,25 389,11 35,46 304,57 109,732 0,360
0,010 2,186 1,000 -0,270 0,184 0,100 1,67 -0,0270 -1,35 402,22 35,40 305,08 113,623 0,372
0,010 2,186 1,100 -0,300 0,191 0,110 1,83 -0,0300 -1,50 417,53 35,34 305,60 118,145 0,387
0,010 2,186 1,200 -0,323 0,200 0,120 2,00 -0,0323 -1,62 437,20 35,28 306,12 123,923 0,405
0,010 2,186 1,300 -0,348 0,204 0,130 2,17 -0,0348 -1,74 445,94 35,22 306,64 126,617 0,413
0,010 2,186 1,400 -0,366 0,210 0,140 2,33 -0,0366 -1,83 459,06 35,16 307,17 130,563 0,425
0,010 2,186 1,500 -0,384 0,213 0,150 2,50 -0,0384 -1,92 465,62 35,10 307,69 132,655 0,431
0,010 2,186 1,600 -0,400 0,220 0,160 2,67 -0,0400 -2,00 480,92 35,04 308,22 137,249 0,445
0,010 2,186 1,700 -0,421 0,222 0,170 2,83 -0,0421 -2,11 485,29 34,98 308,75 138,734 0,449
0,010 2,186 1,800 -0,440 0,225 0,180 3,00 -0,0440 -2,20 491,85 34,92 309,28 140,851 0,455
0,010 2,186 1,900 -0,452 0,229 0,190 3,17 -0,0452 -2,26 500,59 34,86 309,81 143,601 0,464
0,010 2,186 2,000 -0,470 0,230 0,200 3,33 -0,0470 -2,35 502,78 34,80 310,34 144,477 0,466
0,010 2,186 2,100 -0,485 0,232 0,210 3,50 -0,0485 -2,43 507,15 34,74 310,88 145,985 0,470
0,010 2,186 2,200 -0,500 0,235 0,220 3,67 -0,0500 -2,50 513,71 34,68 311,42 148,129 0,476
0,010 2,186 2,300 -0,517 0,240 0,230 3,83 -0,0517 -2,59 524,64 34,62 311,96 151,542 0,486
0,010 2,186 2,400 -0,530 0,241 0,240 4,00 -0,0530 -2,65 526,83 34,56 312,50 152,438 0,488
0,010 2,186 2,500 -0,543 0,243 0,250 4,17 -0,0543 -2,72 531,20 34,50 313,04 153,970 0,492
0,010 2,186 2,600 -0,560 0,249 0,260 4,33 -0,0560 -2,80 544,31 34,44 313,59 158,047 0,504
0,010 2,186 2,700 -0,570 0,251 0,270 4,50 -0,0570 -2,85 548,69 34,38 314,14 159,595 0,508
0,010 2,186 2,800 -0,582 0,253 0,280 4,67 -0,0582 -2,91 553,06 34,32 314,69 161,147 0,512
0,010 2,186 2,900 -0,593 0,255 0,290 4,83 -0,0593 -2,97 557,43 34,26 315,24 162,706 0,516
0,010 2,186 3,000 -0,603 0,258 0,300 5,00 -0,0603 -3,02 563,99 34,20 315,79 164,909 0,522
0,010 2,186 3,100 -0,616 0,259 0,310 5,17 -0,0616 -3,08 566,17 34,14 316,34 165,839 0,524
0,010 2,186 3,200 -0,628 0,260 0,320 5,33 -0,0628 -3,14 568,36 34,08 316,90 166,772 0,526
0,010 2,186 3,300 -0,638 0,261 0,330 5,50 -0,0638 -3,19 570,55 34,02 317,46 167,709 0,528
0,010 2,186 3,400 -0,649 0,261 0,340 5,67 -0,0649 -3,25 570,55 33,96 318,02 168,005 0,528
0,010 2,186 3,500 -0,658 0,262 0,350 5,83 -0,0658 -3,29 572,73 33,90 318,58 168,947 0,530
0,010 2,186 3,600 -0,670 0,265 0,360 6,00 -0,0670 -3,35 579,29 33,84 319,15 171,185 0,536
0,010 2,186 3,700 -0,680 0,266 0,370 6,17 -0,0680 -3,40 581,48 33,78 319,72 172,136 0,538
0,010 2,186 3,800 -0,689 0,268 0,380 6,33 -0,0689 -3,45 585,85 33,72 320,28 173,739 0,542
0,010 2,186 3,900 -0,700 0,269 0,390 6,50 -0,0700 -3,50 588,03 33,66 320,86 174,698 0,544
0,010 2,186 4,000 -0,709 0,270 0,400 6,67 -0,0709 -3,55 590,22 33,60 321,43 175,661 0,547
0,010 2,186 4,100 -0,719 0,272 0,410 6,83 -0,0719 -3,60 594,59 33,54 322,00 177,278 0,551
0,010 2,186 4,200 -0,727 0,273 0,420 7,00 -0,0727 -3,64 596,78 33,48 322,58 178,249 0,553

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