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Trabalho

De
Sociologia

Nome: Ana Vitória Silva Fernandes N°: 21


Turma: 1304

Nosso tempo é um tempo de crise. Crise que se manifesta


principalmente na política, que faz de palco a dinâmica do
mundo presente. A história da hhumanidade é perpassada
por crises que marcam a passagem das épocas. Para cada
período apresentam-se peculiaridades próprias. A de hoje,
mostra-se mais intensa por sofrer uma forte influência dos
Meios de Comunicação de Massa, formadores e
repassadores de opiniões políticas. Formadores anônimos
e parciais em suas interpretações insuflam conselhos de
como se deve governar e ser governados, de maneira
nebulosa e dificilmente questionável.

A sociedade precisa de orientações e conselhos para


uma correta e harmônica convivência com o Estado e seus
governantes. A história apresenta inúmeros pensadores
que refletiram o tema o ofereceram orientações e
conselhos em suas diferentes etapas. Entre os tantos, a
pesquisa escolheu Nicolau Maquiavel pela atualidade das
provocações que oferece, e por sua história pessoal.

Político por paixão, burocrata por profissão,


diplomata por vocação, intelectual por ser filho de seu
tempo, manifesta sua capacidade cultural em qualidade de
historiador, teatrólogo, é um personagem que marca o
pensamento universal, principalmente no que se refere à
política moderna. Vivo, sofreu para materializar suas ideias
e reflexões, sem jamais consegui-lo. Somente após sua
morte serão divulgadas, conhecidas e situadas como
orientações para uma nova e real maneira de ler e fazer
política.

Aos 3 de maio de 1469 nasce na cidade de Florença,


Itália, filho de Bernardo, advogado, e Bartolomea, Nicolau
Macchiavelli, ou mais universalmente conhecido como
Maquiavel. Juntamente com Hobbes, Locke, Rousseau, é
catalogado como clássico da Ciência Política, e conhecido
como pai dos conceitos de Estado Moderno<!--[if !
supportFootnotes]-->[1]<!--[endif]--> e da Razão de Estado.
Durante sua infância é espectador privilegiado do
surgimento da Idade Moderna, da Reforma Religiosa, das
grandes descobertas marítimas, e torna-se um dos
protagonistas do renascimento intelectual. Ambiente
profundamente humanista, o Renascimento substitui o
teocentrismo medieval pela ideia de que o homem está em
primeiro lugar (é o centro das preocupações). O espírito
crítico renascentista atinge a um só tempo, os valores
feudais, a nobreza e seu estilo de vida, a Igreja e sua
concepção de mundo. Em suma, a vida de Maquiavel, se
passa em um momento turbulento, rico de revoluções e
transições de valores, mas fecundo em suas reflexões.

A Itália, na época de Maquiavel, dividida em cerca de


10 Estados, é perpassada por uma série de desavenças
políticas. Centro do poder é o Papado, obedecido por
todos, e por todos também odiado. Com a deposição da
família Médici, contrária às ideias de Maquiavel, é
nomeado secretário dos “Dez do Poder”, cargo que lhe
permite, ao realizar diversas missões diplomáticas em
Estados vizinhos, enfronhar-se na política europeia. Após
quinze anos nesta privilegiada função, a família Médici
retoma o poder em Florença. Maquiavel, sob suspeita de
participação em complô contra os Médici, é preso. Solto, é
impedido de retomar seu cargo, exilia-se em uma pequena
propriedade no interior de Florença. Neste exílio, no ano de
1513, brota sua principal obra: O Príncipe. Inicialmente
espelho para os governantes, torna-se notável somente
cinco anos após sua morte, ocorrida em 1527.

Síntese de sua vida, rica em experiências múltiplas,


perturbada por desejos de poder nunca alcançados e
inalcançáveis por sua pouca sorte, injustiçado e
esquecido em vida, elogiado após a morte, é a frase que se
encontra na lápide do túmulo de sua sepultura: Tanto
nomini nullum par elogium<!--[if !supportFootnotes]-->[2]<!--
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Hoje, a obra se reveste de atualidade, não só como


manual para governantes e políticos, mas para a sociedade
civil que nele encontra um alerta relativo à realidade que a
mesma política vive entre abusos por partes dos políticos e
indiferença por parte do homem comum.

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