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Curso de Difusão e Capacitação - Módulo Peixes

Princípios Éticos e Manejo de Animais no Ensino e Pesquisa

COORDENAÇÃO
Princípios Éticos e Manejo de Animais em Pesquisa

Quarentena e transferência da quarentena para pesquisa

Miguel Mies

Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP)


miguel.mies@usp.br
Princípios Éticos e Manejo de Animais em Pesquisa

Conteúdo da aula em tópicos


1. A importância da quarentena
2. Como se contrai as doenças
3. As doenças
4. Os tratamentos
5. O sistema de quarentena
6. Transferência
A importância da quarentena

Evitar o contágio, transmissão e mortalidade


Existem múltiplos parasitas com elevada capacidade de contágio,
transmissão e mortalidade; a quarentena previne a entrada desses
parasitas

Respeito aos organismos e ambiente


O pesquisador é quem deve zelar pelo bem do organismo; é muito
difícil achar quarentenários e profissionais. Ainda assim, é
necessário depositar confiança neles, o que nem sempre é bom

É uma obrigação do pesquisador


Todos que possuem um organism vivo sob os seus cuidados têm a
obrigação de se certificar de que a quarentena adequada foi
realizada
Como se contrai as doenças?

Pescador; distribuidor; importador; loja; consumidor


Os peixes passam por muitas mãos, sendo que muitos os mantém
em condições precárias

“batata-quente”
Como consequência, sempre querem vender o peixe o mais rápido
possível para evitar ficarem com o prejuízo

Sistemas fechados vs. natureza


A ausência de predadores e alta densidade de estocagem de
peixes fazem com que parasitas se denvolvam com facilidade em
sistemas de laboratório
As doenças típicas

Ciliados (Cryptocaryon irritans, Brooklynella hostilis), dinoflagelados


(Amyloodinium ocellatum), platelmintos (Neobenedenia melleni), etc.
Essas são algumas das principais doenças, porém serão abordados
em outro módulo deste curso com maior detalhe

Diagnóstico nem sempre é simples


Algumas doenças possuem sintomas muito similares, portanto é
importante estudá-las e conhecê-las bem antes de arriscar um
diagnóstico

Conhecer o agente causador previamente


Conhecer os sintomas, letalidade, grau de contágio, etc.
Os tratamentos típicos

Quarentena ativa (profilática) vs. observacional


Antigamente fazia-se quarentena meramente observacional e só
se tratava o peixe se alguma doença era detectada; hoje se faz
mais quarentena profilática – é melhor prevenir do que remediar

Cobre, formalina, antibióticos, praziquantel, banhos,


trocas de tanque, etc.
Esses métodos de tratamento serão abordados em outro módulo
deste curso

Limpeza, cuidados e protocolos de biossegurança


É importante seguir protocolos que evitem o contágio cruzado
entre sistemas
O sistema básico

Deve ser bem equipada


Normalmente não se dá grande atenção para a construção da
quarentena; isso é um erro

Temperatura, salinidade, nutrientes


Os parâmetros físico-químicos precisam ser controlados com
equipamentos como skimmer, filtro bag, aquecedor, bombas de
circulação e etc.

Conforto; esconderijos, substrato


É importante fornecer tocas e esconderijos para que os peixes
possam se abrigar e evitar o estresse
O sistema básico

UV e ozônio?
Transferência para o sistema de pesquisa

Aclimatação
É necessário fazer uma breve e suave aclimatação na hora de
transferir os peixes

Parâmetros físico-químicos
O ideal é que estejam em valores similares nos sistemas de
quarentena e experimentação

Constante cuidado e manutenção


Mesmo após a quarentena, é importante ficar de olho para
detector qualquer problema que possa surgir
Principais conceitos abordados
- Existem muitas doenças contagiosas em peixes e a execução de
protocolos de quarentena é obrigação do pesquisador;

- É importante conhecer as doenças e os tratamentos de prevenção e


remediação;

- O sistema de quarentena precisa ser cautelosamente planejado e


montado;

- A transferência para o sistema de pesquisa é simples e menos


trabalhosa
Referências complementares

Bassleer G (1996) Diseases in Marine Aquarium Fish. Bassleer Biofish Publishing.

Colorni A, Padrós F (2011) Diseases and health management, Sparidae. John Wiley & Sons.

Noga EJ (2000) Fish Disease: Treatment and Diagnosis. North Carolina State University. College of Veterinary
Medicine.

Yanong RP (2010) Cryptocaryon irritans infections (marine white spot disease) in fish. EDIS Technical Paper,
FA164.

Contato para esclarecimento de dúvidas cebiot_curso@icb.usp.br


email miguel.mies@usp.br

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