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Ciência Política e Teoria do Estado – ARA- 0192

CASO CONCRETO – AV2

Estudo de Caso (total 2 pontos).

Após superar uma ditadura e iniciar um processo de redemocratização


determinado país? P? resolve elaborar uma nova constituição. Embora
estivesse definido que se organizariam pela via federativa, houve uma divisão
política quanto à forma de governo a ser assumida: por um lado, os mais
tradicionalistas requerendo o retorno à monarquia que deu origem ao
surgimento do país no Século XVIII; e, por outro lado, os que defendem uma
república de viés democrático, evitando estabelecer qualquer resquício
personalista ao poder. A disputa se acirra e o representante da Família Real,
figura carismática e bastante conhecido entre a população local, percebendo
que os constituintes estão inclinados a estabelecer a forma de governo
republicana, passa a defender que a constituição preveja uma forma
monárquica com eleições para rei, sendo que o eleito deve governar com
mandato fixo de seis anos, além de responder politicamente pelos seus atos.
Pergunta-se:

a) A proposta do representante da família real faz algum sentido sob a


perspectiva da teoria política atualmente estudada?

R: Não, pois a Monarquia tem como características a hereditariedade (de pai


para filho), a vitaliciedade de (até morrer ou abdicar) e a irresponsabilidade
política.
b) A Constituição brasileira de 1988 permitiria uma modificação (emenda
constitucional) com a finalidade de alterar a forma de governo
republicana pela forma monárquica?

R: Sim. Por outorga do poder constituinte originário, tivemos a oportunidade de


escolher a monarquia por forma de governo, havendo uma grande revisão
constitucional 5 anos após a escolha. Mas não aconteceu. Manteve-se a
república e nada foi alterado.
Pare da doutrina entende que poderia ser alterada a forma Emenda
Constitucional, porquanto não figura como cláusula pétrea no art 60 § 4º. A
posição majoritária entende que haveria inconstitucionalidade por conta da
inibição do sufrágio, no caso de uma monarquia. Há um segundo argumento,
que chama a limitação temporal. A possibilidade de reforma a respeito desse
tema estava demarcada a uma data especifica e através de espécie fixa de
reforma, não havia determinação de ser alterado a qualquer tempo ou outra
forma que não o plebiscito.
Sistema de governo não é cláusula pétrea e tivemos a oportunidade de mudar,
mas não mudamos.

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