Após superar uma ditadura e iniciar um processo de redemocratização
determinado país? P? resolve elaborar uma nova constituição. Embora estivesse definido que se organizariam pela via federativa, houve uma divisão política quanto à forma de governo a ser assumida: por um lado, os mais tradicionalistas requerendo o retorno à monarquia que deu origem ao surgimento do país no Século XVIII; e, por outro lado, os que defendem uma república de viés democrático, evitando estabelecer qualquer resquício personalista ao poder. A disputa se acirra e o representante da Família Real, figura carismática e bastante conhecido entre a população local, percebendo que os constituintes estão inclinados a estabelecer a forma de governo republicana, passa a defender que a constituição preveja uma forma monárquica com eleições para rei, sendo que o eleito deve governar com mandato fixo de seis anos, além de responder politicamente pelos seus atos. Pergunta-se:
a) A proposta do representante da família real faz algum sentido sob a
perspectiva da teoria política atualmente estudada?
R: Não, pois a Monarquia tem como características a hereditariedade (de pai
para filho), a vitaliciedade de (até morrer ou abdicar) e a irresponsabilidade política. b) A Constituição brasileira de 1988 permitiria uma modificação (emenda constitucional) com a finalidade de alterar a forma de governo republicana pela forma monárquica?
R: Sim. Por outorga do poder constituinte originário, tivemos a oportunidade de
escolher a monarquia por forma de governo, havendo uma grande revisão constitucional 5 anos após a escolha. Mas não aconteceu. Manteve-se a república e nada foi alterado. Pare da doutrina entende que poderia ser alterada a forma Emenda Constitucional, porquanto não figura como cláusula pétrea no art 60 § 4º. A posição majoritária entende que haveria inconstitucionalidade por conta da inibição do sufrágio, no caso de uma monarquia. Há um segundo argumento, que chama a limitação temporal. A possibilidade de reforma a respeito desse tema estava demarcada a uma data especifica e através de espécie fixa de reforma, não havia determinação de ser alterado a qualquer tempo ou outra forma que não o plebiscito. Sistema de governo não é cláusula pétrea e tivemos a oportunidade de mudar, mas não mudamos.