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TEORIA DO PODER CONSTITUINTE,

AS CONSTITUIÇÕES DO BRASIL
Fichamento do Poder Constituinte Profº Pinto Ferreira

Do que se trata o poder constituinte em sua essência?


Alguns mestres estudiosos do assunto opinam em extremos consensos, uns afirmam que
é a modificação extrema das diretrizes de básicas do ordenamento jurídico de uma nação.
É o poder de criar a constituição de uma nação. Defendido por Schmidt, Heller e outros.
Por outra vertente Walter Dodd e Rui Barbosa por exemplo, atuam a defesa da tese de
que não é só a capacidade de mudança, mas também de criação da constituição.
Em sua obra Schmitt, defende que a mudança é realizada naturalmente e legalmente, sem
alteração dos direitos básicos utilizando-se as anteriores como base das mudanças.
Rui Barbosa entre os seus por outro lado ensejam bravamente a bandeira da defesa do
poder constituinte para renovação da constituição.
A raiz da elaboração da teoria do poder constituinte é oriunda do pensamento francês do
século XVII, utilizando-se da concepção da soberania nacional e revoluções emanadas do
povo. Com o passar do tempo, foi atribuído ao povo o poder constituinte.
No Brasil assim como, seus vizinhos, sofreram uma forte influência na formação de sua
constituição, tomando como espelho as europeias. A constituição de 1824, refletia as
bases franco-britânico, com a forte presença do imperador a sua frente, a de 1891 já se
rebuscou da norte-americana. Após a instauração da república, as de 1934 e 1946
continuaram se inspirando na norte-americana e seus conceitos de presidencialismo.
As constituições do Brasil seguem as linhas formais, onde o conceito de legislar é bom,
porem de difícil execução, com os dissabores de emendas e revisões contrarias as
formalidades.
Após a conturbada e proclamação da república, em 1934 o modelo da alemã foi sendo
infiltrado na influência da nossa. Com Getúlio no Poder, a constituição de 1934 durou
apenas 03 anos até o golpe de estado de 1937. Getúlio torna-se um ditador e governa com
mão de ferro. Em 1946 volta a solenidade da elaboração de uma constituição, porém
diversos fatos históricos ocorrem e derrubam a imagem da constituição de 1946. A
revolução de 1964 quando chega derruba a constituição de 46 e o novo governo baixou
alguns decretos singulares. A de 1967 foi uma regida pelo militarismo autoritário de
figueiredo. O povo aclama uma assembleia constituinte. Com diversos e tumultuados atos
populares históricos contra o militarismo e autoritarismo desenfreados, até que a nova
assembleia é convocada, instituindo os três poderes e a eleição direta.
Em toda história política do brasil sempre foi lutas de classe sociais opostas, conservadora
e democrática onde o povo sempre marginal. Votos comprados ou votos defuntos, não
interessa o povo é sempre o lado mais fraco da corda.
No fim temos sempre uma alternância de poderes, entre autoritarismo e liberalismo ambos
como fiel da balança de poderes capitalistas.

Bibliografia
Texto do Prof. de direito Pinto Ferreira da cadeira de Direito constitucional
UFPE.
O CONSTITUCIONALISMO NOS
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA:
DAS TREZE COLÔNIAS À
REPÚBLICA FEDERATIVA
PRESIDENCIALISTA
Fichamento de Constitucionalismo Gassen Zaki Gebara

Para entender a forma dos constitucionalismos dos estados unidos, temos uma análise do
processo de colonização no qual determinou o surgimento do país.
As colônias foram se auto organizando de acordo com seus interesses diversos, no âmbito
religioso, político entre outros. O escambo entre as colônias foi causa determinante entre
a individualização dos poderes autônomos pilares da ideia da constituição americana.
Nasce um sentimento de orgulho profundo de patriotismo e liberdade nas colônias, ato
este que foi determinante na revolução gloriosa das colônias.
A desarmonia com a metrópole é intensificada com a relação de aumentos tributários, e
após conflitos como: o Sugar de 1765 e o massacre de Boston em 1770. A constituição
dos Estados Unidos se deu através de muitos conflitos em busca de liberdade
Com isto surge a primeira constituição escrita, que vira o símbolo da conquista da
revolução americana.
Em 1777, as Colônias aprovaram os “Os Artigos da Confederação a União Perpétua”, em
que constituíram o primeiro documento de governo dos Estados Unidos da América. Após
o termino das guerras de independência, surgem as diversas carências de ajustes.
Houveram algumas modificações ao longo dos anos para adequação dos movimentos
distintos da sociedade. Por exemplo nos EUA, o presidente não tem poderes
legislativos, apesar de participar no respectivo processo, seja propondo projetos de leis
(inclusive de emenda constitucional), seja para exercer o poder de veto, tampouco o
Congresso pode destituir o Presidente, salvo em decorrência de processo de
impeachment, que tramita pelo Senado da república e que tem a participação da Suprema
Corte. O sistema presidencial tem a prerrogativa do isolamento de poderes que se
desponta particularmente amainada pela concentração do poder executivo, onde um
sistema parlamentar, essa desvantagem inexiste, visto que, o executivo é exercido por um
colegiado. O fato mais importante é que apesar de mais de duzentos anos, a constituição
preservou seus princípios básicos, tendo sofrido apenas 27 emendas, e conserva-se em
regime jurídico de Common Law, onde as necessidades de alteração para adequação aos
fatos não necessariamente necessitam de modificação da constituição originaria. E segue
funcional em seus preceitos até os dias atuais.

Bibliografia
Gebara, Gassen Zaki. O Constitucionalismo Nos Estados Unidos Da América: Das
Treze Colônias À República Federativa Presidencialista.
CORRELAÇÃO DOS TEXTOS

O grande x da questão das constituições dos países, é que sempre demanda de poderes e
classes sociais, o Brasil também povoado em sistema de colônias, demandava uma
constituição de respeito aos direitos sociais, os EUA de liberdade e patriotismo. O sistema
jurídico adotado pelos EUA, propicia a uma vasta e multável interpretação das leis, e
pouquíssimas alterações de seus princípios. No Brasil, a luta de classes divide o país em
pontos históricos que mudam nossa constituição toda vez que a um rompimento bruto
transitório.

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