Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sebenta Prática FCRCV
Sebenta Prática FCRCV
Índice
Técnica de exame da permeabilidade das vias aéreas, estado do parênquima e espaço pleural (eliminatória) ....................................................................... 10
Medição da força dos músculos respiratórios pelas PiMax e PeMax usando o manómetro de pressão .................................................................................... 13
Explicação da elaboração dos testes de terreno para avaliação da tolerância ao esforço ........................................................................................................ 14
PM6M .................................................................................................................................................................................................................................. 14
REVISÕES .................................................................................................................................................................................................................................. 19
Diafragma ............................................................................................................................................................................................................................ 19
Lobos ................................................................................................................................................................................................................................... 20
1. Avaliação dos sinais vitais (Eliminatória) - São usadas para avaliar a gravidade da condição, para guiar o processo de tomada de decisões, para avaliar os
efeitos a nível cardio-respiratório e vascular das técnicas de fisioterapia aplicadas e para contribuir para a avaliação da eficiência do plano de tratamento
SINAIS: Temperatura / FC / FR / Tensão arterial / dor
Sinal vital Valores de Porque se mede Como se Mede Onde Fatores que podem alterar
referencia
- Hipotermia: Ajudar a averiguar a Coloque o termómetro na região Oral, Rectal, Axilar, Timpânico ou Temperatura do Meio Ambiente no qual a
Temperatura Temperatura presença de um escolhida, Retirar após 5 min, Inguinal medicação vai ser realizada;
abaixo de 35°C processo realize a leitura e registar o valor
- Afebril/ apirético: inflamatório/infecioso obtido A prática de exercício/atividade física
36,1°C a 37,2°C - do utente em numa altura próxima da medição;
Normal (ausência questão, bem como Instrumentos
de febre) para perceber a Termómetro A Idade (a Temperatura Corporal tende a
- Febril: 37,3°C a Qualidade de diminuir com a Idade);
37,7°C Inicio da funcionamento dos
febre Órgãos Internos, de
O Ciclo Menstrual (Nas Mulheres) e as
- Febre: 37,8°C a um modo Global.
emoções.
38,9°C
- Pirexia ou
Hipertermia: 39°C a
40°C Temperatura
alta
-Hiperpirexia: acima
de 40°C – Altíssima
(Risco)
FR Nascimento/1 ano: Vai-nos permitir Colocar o doente em posição Temperatura do Meio Ambiente no qual a
30-60 avaliar o número de confortável e expor o seu tórax. Se medição foi realizada;
1-3 anos: 24-40 Ciclos Respiratórios não for possível expor o tórax,
3-6 anos: 22-34 que o utente realiza coloque o antebraço do doente Idade (mais elevada nos Bebés);
6-12 anos: 18-30 durante um Minuto. sobre o tórax; Observar os
12-18 anos: 12-16 Para além de que vai movimentos ventilatórios Prática de exercício/atividade física numa
Eupneia(frequência permitir avaliar o tipo, imediatamente a seguir à medição altura próxima à da medição;
normal) relugaridade e do pulso (manter os dedos no
Polipneia ( FR) profundidade do punho enquanto conta os ciclos
“Stress”/Estados Emocionais.
Taquipneia ( FR padrão respiratório do respiratórios); Contar os
com amplitude) utente. movimentos respiratórios (a
Bradipneia ( FR) inspiração ou expiração, mas não
Apneia (ausência ambos) durante 30 seg e
de ventilação) multiplicar por 2; se o ritmo for
irregular contar durante 60 seg;
Cianose é um sinal ou sintoma marcado pela coloração azul-arroxeada da pele ou das mucosas
Local: cavidade oral
Cianose Central
Causas: SaO2 reduzida ou Hb anormal
Depressão inspiratória dos espaços intercostais e das regiões supra-esternal e supraclaviculares que ocorre durante toda a inspiração
Local: supraclavicular; supraesternal; intercostal; infracostal; global
Músculos envolvidos: Esternocleidomastoideu (vai promover uma maior elevação do Esterno); Escalenos (vai promover uma maior
elevação das primeiras costelas); Peitoral Maior e Peitoral Menor.
Causas: dificuldades na expansão pulmonar
Tiragem
A Polipneia corresponde a um aumento na Frequência Respiratória. A Bradipneia corresponde a uma redução na Frequência Respiratória.
Causas: um maior trabalho dos músculos respiratórios, que leve a que haja um maior consumo de O2 e uma maior produção de CO2 (como
Polipneia / Bradipneia
consequência da maior atividade muscular), que leve a que tenha que haver um aumento na Frequência Respiratória, para que os valores
da Gasometria Arterial se possam manter o mais normais possíveis.
Afastamento das asas do nariz durante a inspiração, é sobretudo visível nas crianças, sendo que nestas é considerado um equivalente da
tiragem
Adjeso Nasal
Causas: tem como objetivo reduzir o colapso precoce das vias aéreas, por aumento da pressão nas vias
Justificação: ao realizar isto leva-se a um aumento do volume corrente, uma diminuição da frequência respiratória e um aumento da
Expiração com os lábios semicerrados
oxigenação
Tórax Morfologia: normal; barrel chest; kyphosis; pectus excavatum; pectus carinatum
Mobilidade: Normal/anormal; Simétrica/assimétrica; Hiper/Hipomóvel nas zonas costal superior, costal média e costal inferior.
Medição dos perímetros torácicos 3 níveis: região torácica superior (nível da 2ª costela);
região torácica média (nível do apêndice xifóideu)região torácica inferior (ponto médio
entre o apêndice xifoideu e o umbigo
Cuidados na medição:
• Doente sentado ou em pé
• Coloca-se a fita na região do tórax a avaliar
• Mede-se o perímetro em ventilação de repouso e depois mede-se em inspiração máxima
e expiração máxima
• A medição deve ser feita pelo menos 3 x, e/ou até se encontrar pelo menos duas
medições idênticas
• Regista-se o valor da medição que foi reprodutível
Fatores que influenciam a fidedignidade e sensibilidade: prática do
examinador; características do instrumento; posição do doente, incentivo dado
Medição Índice Freno-cinético no Rx (PODEM SER PEDIDO PARA MEDIR O ÍNDICE NAS PELÍCULAS DE RX)
Técnica palpatória → Doente decúbito 1. O examinador coloca os polegares, sem pressão, bilateralmente na região infracostal
dorsal, membros inferiores fletidos, 2. Avaliar a excursão diafragmática em ventilação de repouso e em inspiração máxima (a expiração deverá ser sempre passiva)
abdómen relaxado. 3. Na inspiração máxima deve ser solicitada uma ventilação predominantemente feita pelo diafragma
4. Registar a informação obtida
Técnica percussão digito-digital 1. Determina-se os níveis dos diafragmas durante a ventilação a VC.
(cuidados a ter antes e durante a2. Percutir na direcção inferior, de 5 em 5 cm, para sentir o início da macicez.
excução, fatores que diminuem a3. A percussão é efectuada na região da linha médio-clavícular posterior
fidedignidade e sensibilidade, causas
4. Percute-se, perto do suposto limite inferior do pulmão, procurando o limite inferior da ressonância e o início da macicez, definindo assim a
da diminuição da excursão) posição do diafragma.
5. Definir o limite do pulmão a VC, na inspiração máxima e expiração máxima. É necessário que o doente aguente algum tempo de apneia.
6. Meça a diferença encontrada entre expiração máxima e na inspiração máxima (excursão diafragmática).
Trapézio superior O terapeuta suporta a cabeça do paciente na posição média, estabilizando o ombro do lado a testar
e realiza flexão lateral da cabeça para o lado oposto.
Pequeno peitoral Exerce bilateralmente pressão sobre os ombros avaliando a qualidade do endfeel, que deverá ser
suave, com um gradual aumento da resistência.
Grande peitoral 1. Fibras esternais: realiza-se abdução da gleno-umeral até aos 150o graus, com ligeira
rotação externa. O membro superior deve atingir o plano horizontal quando submetido a
uma ligeira pressão com progressiva resistência. A incapacidade do braço em atingir o
plano horizontal, ou uma resistência abrupta ou tensão são indicações de encurtamento.
2. Fibras Claviculares: o terapeuta estabiliza o tronco e realiza abdução do ombro até 90o
graus, realizando-se a sequência anterior
Palpação da traqueia Com o doente sentado, coluna cervical em posição neutra, o Ft. Coloca o dedo indicador na porção interna da fúrcula esternal, repetindo o
mesmo procedimento para o lado oposto. Para que se considere que não há desvio da traqueia deverá existir bilateralmente uma distância
idêntica entre a clavícula e a traqueia. A palpação deve ser feita de forma suave, pois a traqueia é “sensível” à palpação.
Palpação do impulso apical Auscultação ou palpação do ponto de impulso máximo do coração. O ponto situa-se normalmente a nível do 5o espaço intercostal, na linha
(choque de ponta) médio-clavicular esquerda. Alteração da posição pode implicar desvio do mediastino (atelectasia, derrame pleural, pneumotórax, cor
pulmonar crónico) ou cardiomegália.
Instruções ao utente: ventile a grande volume pulmonar e a débito elevado, com a boca bem aberta
Sequência: Auscultar o utente na posição de sentado (se na cama as pernas deve estar fora dela, com os joelhos flectidos) e a pélvis horizontal.
As mãos devem estar apoiadas nas coxa, com os braços em ligeira abdução, de forma a se poder auscultar a região axilar. Auscultar respeitando
a seguinte sequência: auscultação peroral (escuta dos ruídos respiratórios e adventícios ao nível da boca, com ou sem estetoscópio), auscultação
da Auscultar o tórax de forma sequencial, respeitando a regra de examinar uma região hemitorácica e depois imediatamente a seguir a região
homóloga oposta, de forma a poder comparar a intensidade dos RRN, a presença unilateral de RRB ou de ruídos adventícios.
Auscultação da voz Na Auscultação da Voz, vamos realizar uma Auscultação ao tórax do utente , enquanto o utente diz “33”. A Auscultação da Voz vai ter uma
grande importância para percebermos como é que a dispersão do Som está a ocorrer pelo tórax. Tendo em conta aquilo que ouvimos, podemos
enquadrar os resultados nas seguintes definições:
→ Ressonância Vocal Normal: Vai-se auscultar um Som indistinto, na grande maioria das vezes. Pode estar ligeiramente reduzido ou
aumentando, tendo em conta o utente. Vai ter maior intensidade nas zonas superiores dos Pulmões, comparativamente com as suas zonas
inferiores, devido à dispersão do Som pelo meio gasoso (Ar nos Pulmões).
→ Broncofonia: A voz do utente vai ser Perfeitamente audível, embora de um modo não 100% claro, mesmo nas zonas mais periféricas/distais
dos Pulmões. Presente nas situações de densificação/consolidação do parênquima pulmonar.
→ Pectoriloquia: Vai poder ser dos seguintes tipos:
Fónica: Auscultação 100% clara da voz falada;
Afónica: Auscultação 100% clara da voz sussurrada.
→ Egofonia: Auscultação da Voz com uma forma nasalada ou metálica (ou seja, com perda de algum Timbre do Som). Típica de situações de
Derrame Pleural.
Palpação das vibrações Vibração transmitida à parede do tórax, produzida pela voz.
vocais (frêmico vocal)
1. Coloca-se as mãos bilateralmente e de forma simétrica, sobre o tórax
2. Pede-se ao doente para dizer “33”
As vibrações vocais podem estar mantidas, aumentadas (processos condensantes como as pneumonias), diminuídas unilateralmente (ex.
derrame pleural peq.volume, pneumotórax, fibrotórax,...) diminuídas bilateralmente (ex. enfisema, insuflação do asmático), ou abolidas.
Palpação abdominal Regiões: cada um dos quatro quadrantes (quadrantes superiores direito, quadrante
superior esquerdo, quadrante inferior direito e quadrante inferior esquerdo
índice de tiffeneau percentagem da capacidade vital que se consegue mobilizar no 1º segundo de uma
expiração forçada, após uma inspiração máxima – FEV1/capacidade vital forçada * 100)
• normal > 80%; valores menores sugestivos de doença obstrutiva
Espirometria (prova funcional respiratória que avalia as propriedades Procedimentos: Respirar em volume corrente durante pelo menos 3 ciclos respiratórios;
mecânicas do sistema respiratório) – mede volumes e débitos
1. Inspiração máxima até ao nível da capacidade pulmonar total (CPT) e de seguida
Interpretação: proceder a uma expiração tão rápida e tão forte quanto possível até ao nível do
• Síndrome restritivo (dim .CV; dim. FEV1; tiffeneau normal; dim.CPT) volume residual (VR). Prolongar o tempo de expiração forçada de forma a que este
• Síndrome obstrutivo (CV normal; dim.FEV1; dim. Tiffeneau) não seja inferior a 6 segundos;
• Síndrome obstrutivo com insuflação (dim.CV; aum.VR; dim.FEV1; 2. No final da expiração, proceder a uma inspiração máxima tão rápida quanto
dim.tiffeneau possível até à CPT, após o que volta a respirar em volume corrente.
• Síndrome misto (dim.tiffeneau; dim.FEV1; dim.CV; VR normal ou dim.;
dim.CPT Permite a classificação das síndromes ventilatórias restritivas, obstrutivas e mistas
Pletismografia permite avaliar a capacidade pulmonar total, o volume residual, as resistências das vias
aéreas, a distensibilidade do sistema pulmão-parede torácica
Achados frequentes nas Derrame pleural: lesões que ocupam espaço, empurrando o parênquima pulmonar
patologias mais comuns Pneumotórax: lesões que ocupam espaço, empurrando o parênquima pulmonar
Atelectasia: diminuição da capacidade de distensão do pulmão
13. Medição da força dos músculos respiratórios pelas PiMax e PeMax usando o manómetro de pressão
Contra indicações Absoluta – angina instável ou enfarto agudo do miocárdio no mês anterior
Relativas – frequência cardíaca em repouso > 120 bpm; TAsist > 180 mmHg, TAdiast > 100 mmHg
Material Cadeira(s), corredor de 20 a 30 metros (se o doente tiver uma grande limitação na marcha pode ser um corredor de 10 metros)
marcado de 2 em 2 metros, pontos de viragem para o percurso, esfigmomanómetro, oxímetro, escala de Borg modificada, folha de
registo da prova, cronómetro.
Check list pré teste Senta o doente e faz as avaliações iniciais; Faz uma breve história para identificação de fatores de risco / contra indicações; Garante
que o doente fez a sua medicação habitual e não está em jejum; Explica a prova ao doente; Exemplifica a tarefa
Incentivos Inicie a contagem até aos 6 min com a seguinte expressão:
“O(a) senhor(a) vai realizar uma prova de marcha, onde vai percorrer uma determinada distância durante 6 minutos.Deverá adoptar
o passo mais rápido que pense ser capaz de manter durante toda a prova, sem desconforto excessivo. Pode parar as vezes que julgar
necessárias. "
Ao fim de 1 minutos incentivar com a frase: “Está a ir muito bem. Faltam 5 min para terminar a prova”
Ao fim de 2 minutos incentivar com a frase: “Está a ir muito bem. Faltam 4 min para terminar a prova
Ao fim de 3 minutos incentivar com a frase: “Está a ir muito bem. Está a meio da prova”
Ao fim de 4 minutos incentivar com a frase: “Está a ir muito bem. Faltam2 min para terminar a prova
Ao fim de 5 minutos incentivar com a frase: “Está a ir muito bem. Falta apenas 1 min para terminar a prova
Quando faltarem 15 segundos informe o doente que está quase a pedir que pare.
O que monotorizar durante/após a prova FC / FR / PA / SpO2 / grau de dispneia e fadiga na EBM
Material Cadeira(s), corredor de 20 a 30 metros marcado de 2 em 2 metros, pontos de viragem para o percurso,
esfigmomanómetro, oxímetro, escala de Borg modificada, folha de registo da prova, cronómetro. sistema de som e
percurso de 10 m
Quando o teste termina (sintomas) o utente fica demasiado cansado para prosseguir ou ficar a mais de 0,5m do cone ao sinal sonoro (dá-se uma
tolerância de um shuttle)
Quando parar FC / FR / PA / SpO2 / grau de dispneia e fadiga na EBM
Distancia clinicamente significativa 47 m
Indicações Este é um teste alternativo ao teste de caminhada de 6 minutos ou se o indivíduo manifestar dificuldade na marcha (desequilíbrio) ou se não
houver espaço suficiente para o realizar
Objetivo Estimar a tolerância ao exercício; Avaliar o risco de complicações no pós- operatório; Avaliar hipoxemia relacionada com o esforço em diferentes
estádios de doença;
Vantagens Pouco espaço; portabilidade; Sem necessidade de grande tecnologia ou expertise para realizar
Diferentes tipos de teste Cadência externa (carga incremental e carga constante) e auto cadenciados
Índice de Dispneia Basal (IDB) e O IDB é uma avaliação de base da Dispneia que o utente experiencia. Trata-se de um instrumento de medida Descriminativo e
Índice de Dispneia de Transição: Multidimensional.
(IDT): O IDT vai ser utilizado num determinado ponto/momento do tratamento/reabilitação do utente, podendo também ser utilizado
como “Follow-UP” à intervenção. Deve ser comparado com o IDB, para que possa ser feita uma avaliação do Sucesso (ou não), do
nosso tratamento.
“Score” de 0-12. 12 indica menor limitação funcional pela Dispneia. 0 indica maior limitação funcional, pela Dispneia.
Têm 3 categorias cada um:
→ Nível de limitação funcional do utente;
→ Magnitude da Tarefa motora realizada pelo utente;
→ Magnitude da perceção de esforço do utente.
“Chronic Respiratory
Disease Questionnaire”
CAT Deve ser utilizado no Início e no final da intervenção, bem como como “Follow-Up”, a cada 2-3 Meses.
Tem 8 questões, sendo que para cada questão existem 0-5 Pontos. “Scores” totais:
→ De 0-10 revelam impacto ligeiro da Doença na Qualidade de Vida do utente;
→ De11-20: Impacto moderado:
→ De21-30: Impacto elevado;
→ De31-40: Impacto muito elevado.
Lobos
DPOC
Componentes da DPOC
Fisiopatologia da DPOC
1. Redução persistente do FEV (mais típico)
2. Aumento do volume residual e da razão VR/CPT – mecanismos de air-trapping (hiperinsuflação que leva a dispneia) - Air-trapping: quantidade de ar no pulmão que não se
consegue expelir completamente
3. Distribuição heterogénea da ventilação: zonas muito pouco ventiladas e a ventilar mal
4. Desigualdades ventilação-perfusão
• Obstrução ao fluxo aéreo: - Doentes com obstrução do fluxo aérea relacionada com a DPOC têm reduções crónicas da razão FEV 1/FCV, afetando também o Índice de TIffeneau. -
Na fase inicial da doença, como o componente obstrutivo ainda não é significativo, o colapso completo só ocorre a baixos volumes (final da expiração).
• Hiperinsuflação e air trapping:
o Fenómenos tardios
o Apesar de estar associada consequências desfavoráveis, a hiperinsuflação é uma compensação ao colapso das vias aéreas:
▪ Aumento do volume pulmonar condiciona uma dilatação das vias aéreas numa fase inicial que diminui a resistência e preserva o fluxo respiratório
o Hiperinsuflação vai causar retificação diafragmática e condiciona uma diminuição da mobilidade torácica
• Anomalias nas trocas gasosas:
o PaO2 é normal até que FEV1 < 50 % do valor previsto
o PaCO2 é normal até que FEV 1 < 25 % do valor previsto
o HTP grave à cor pulmonale* – ocorre em indivíduos com FEV1 < 25 % do previsto e PaO2 < 55 mmHg
Intervenção em DPOC
1. Avaliação e monitorização da doença
2. Redução dos fatores de risco
3. Controlo da estabilidade da DPOC
4. Controlo das exacerbações Agravamento da DPOC Insuficiência cardíaca crónica – parcial ou global
Objetivos de um controlo eficaz da DPOC:
• Prevenir a progressão da doença
• Aliviar os sintomas
• Melhorar a tolerância ao exercício
• Melhorar o estado de saúde
• Prevenir e tratar complicações
• Prevenir e tratar exacerbações
• Reduzir mortalidade
3 intervenções que influenciam a história natural da DPOC:
• Cessação tabágica
• Oxigenoterapia (hipoxemia crónica)
• Cirurgia de redução do volume pulmonar em doentes com enfisema
Reabilitação pulmonar – bem estabelecida e amplamente difundida sendo eficaz no alívio dos sintomas
Beatriz Fernandes 20/21 e otimiza a funcionalidade, melhorando a qualidade de vida 24