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Suástica

A suástica ou cruz gamada é um símbolo místico en-


contrado em muitas culturas em tempos diferentes, dos
índios Hopi aos Astecas, dos Celtas aos Budistas, dos
Gregos aos Hindus. Alguns autores acreditam que a suás-
tica tem um valor especial por ser encontrada em muitas
culturas sem contatos umas com as outras. Os símbolos
a que chamamos suástica possuem detalhes gráficos bas-
tante distintos. Vários desenhos de suásticas usam figuras
com três linhas. A nazista tem os braços, apontando para
o sentido horário, ou seja, indo para a direita e roda a
figura de modo a um dos braços estar no topo. Outras
chamadas suásticas não têm braços e consistem de cru-
zes com linhas curvas. Os símbolos Islâmicos e Malteses
parecem mais hélices do que propriamente suásticas. A
chamada suástica celta dificilmente se assemelha a uma.
As suásticas Budistas e Hopi parecem reflexos no espelho
do símbolo Nazista. Na China há um símbolo de orien-
tação quádrupla, que segue os pontos cardeais; desde o
ano 700 ela assume ali o significado de número dez mil.
No Japão, a suástica ( manji) é usada para represen- Suástica “virada à direita” - uma decorativa forma Hindu.
tar templos e santuários em mapas, bem como em outros
países do extremo oriente.
diversas culturas, sem qualquer interferência umas com
as outras. A Cruz Suástica também é utilizada em diver-
sas cerimônias civis e religiosas da Índia: muitos templos
1 Difusão do símbolo indianos, casamentos, festivais e celebrações são decora-
dos com suásticas. O símbolo foi introduzido no Sudeste
Asiático por reis hindus, e remanescentes desse período
subsistem de forma integral no Hinduísmo balinês até os
dias atuais, além de ser um símbolo bastante comum na
Indonésia.
O símbolo tem uma história bastante antiga na Europa,
aparecendo na cerâmica da pré-história de Troia e
Chipre, mas não aparece no Egito antigo, Assíria ou
Babilônia; A. H. Sayce sugere que a sua origem é hitita.[2]
No começo do século XX era largamente utilizado em
muitas partes do mundo, considerado como amuleto de
sorte e sucesso. Entre os nórdicos, a suástica está associ-
ada a uma Runa, Gibur, ou Gebo.
Desde que foi adotado como logotipo do Partido Na-
zista de Adolf Hitler a suástica passou a ser associada ao
fascismo, ao racismo, à supremacia branca, à II Guerra
Mundial e ao Holocausto na maior parte do Ocidente.
Antes ela havia reaparecido num reconhecido trabalho
arqueológico de Heinrich Schliemann, quando descobriu
A suástica é um símbolo muito antigo. esta imagem no antigo sítio em que localizara a cidade
de Troia, sendo então associada com as migrações ances-
A imagem da cruz suástica é um dos amuletos mais anti- trais dos povos “proto-indo-europeus” dos Arianos. Ele
gos e universais, sendo utilizada desde o Período Neolí- fez uma conexão entre estes achados e antigos vasos ger-
tico.[1] Foi também adotada por nativos americanos, em mânicos, e teorizou que a suástica era um “significativo

1
2 3 HISTÓRICO

“suástica” é shubhtika (literalmente, “boa marca”). A pa-


lavra tem sua primeira aparição nos clássicos épicos em
sânscrito Ramayana e Mahabharata
Formas alternativas de escrita deste vocábulo sânscrito
em inglês incluem “suastika” e “svastica”. Formas alter-
nativas de denominar o símbolo:

• “Aranha negra” - como chamada por diversos povos


da Europa Ocidental.

• “Cruz torta”

• “Cruz Gamada” (ou “em ganchos”) - na Heráldica.

3 Histórico
As primeiras formas similares à suástica estão conserva-
das em vasos cerâmicos datados de cerca de 4000 a.C.,
em antigas inscrições europeias (escrita “vinca”), e como
parte da escrita encontrada na região do Indo, de cerca de
3000 a.C., a qual as religiões posteriores (hinduísmo, bu-
dismo) passaram a usar como um de seus símbolos. Va-
sos encontrados em Sintashta, datados de cerca de 2000
a.C. também foram decorados com o símbolo suástico
Um tipo de veneração à suástica. (veja aqui). Símbolos semelhantes foram encontrados em
objetos remanescentes das Idades do Bronze e do Ferro
no norte do Cáucaso e no Azerbaijão, oriundos das cul-
símbolo religioso de nossos remotos ancestrais”, unindo os turas dos cítios e sarmácios (vide:). Em todas as demais
antigos germânicos às culturas gregas e védicas. O casal culturas, com a exceção daquelas do sul asiático, a suás-
William Thomas e Kate Pavitt especulou que a difusão da tica não parece apresentar alguma significação relevante,
suástica entre diversas culturas mundiais (Índia, África, mas surge como uma forma em meio a uma série de sím-
América do Norte e do Sul, Ásia e Europa) apontava para bolos similares em complexas variações.
uma origem comum, possivelmente da Atlântida.[1]
Na Antiguidade, a suástica foi usada largamente pelos
Os nazistas utilizaram-se destas ideias, desde os primór- indo-arianos, hititas, celtas e gregos, dentre outros. Em
dios dos movimentos chamados “völkisch”, adotando a especial, a suástica era um símbolo sacro do hinduísmo,
suástica como símbolo a “identidade ariana” - conceito budismo e jainismo. Ela ocorre em outras culturas asiáti-
este referendado por teóricos como Alfred Rosenberg, cas, europeias, africanas e indígenas americanas - na mai-
associando-a às raças nórdicas - grupos originários do oria das vezes como elemento decorativo, eventualmente
norte europeu. A suástica sobrevive como símbolo dos como símbolo religioso.
grupos neonazistas ou como forma de alguns grupos de
ativistas ofenderem seus adversários.
3.1 Hipóteses

2 Etimologia e outros nomes Bárbara G. Walker, autora da obra The Woman’s Dictio-
nary of Symbols and Sacred Objects, defende que a cruz
A palavra “suástica” deriva do sânscrito svastika (no suástica representaria os 4 ventos. Com relação à forma
script Devanagari - स्वस्तिक), significando felicidade, em que esta surge como uma armação de 4 letras gama ( Γ
prazer e boa sorte.[1] Ela é formada do prefixo "su-" (cog- ), Walker diz que são um emblema de uma antiga deusa e
nata do grego ευ-), significando "bom, bem" e "-asti", provavelmente representa “os solstícios e equinócios, ou
uma forma abstrata para representar o verbo “ser”.[1] Su- as quatro direções, quatro elementos, e os quatro deuses
asti significa, portanto, “bem-ser”. O sufixo "-ca" designa guardiães do mundo.”
uma forma diminutiva, portanto “suástica” pode ser li- A ubiquidade do símbolo suástico pode ser explicada por
teralmente traduzida por “pequenas coisas associadas ao ser um sinal muito simples, e surge facilmente em qual-
que traz um bom viver (ser)". O sufixo "-tica", inde- quer sociedade ao redor do globo. A suástica é um de-
pendentemente do quanto foi dito, significa literalmente senho repetitivo, criado em diversos momentos da histó-
“marca”. Desta forma na Índia um nome alternativo para ria, ocorrendo num ponto e difundindo-se para os demais.
3.3 Hinduísmo primitivo 3

rivadas de cometas, mas sim eram na verdade alegorias


de “pés de aves” por sua semelhança com esta parte da
anatomia desses animais – e sugere que o símbolo seja a
representação de um faisão, incluindo também nesta hi-
pótese aqueles localizados pelo arqueólogo Schliemann.

3.3 Hinduísmo primitivo

Dois vasos de óleo - desenho de Schliemann em “Ilios”.

Outra teoria justifica esta onipresença do sinal argumen-


tando que todas as culturas se entrelaçam, e outros argu-
mentam com a teoria do “inconsciente coletivo” de Carl
Gustav Jung.
A existência do símbolo no continente americano pode
ser explicada pela teoria do entrelaçamento cultural, mas
não comportaria a teoria da difusão entre culturas. En-
quanto alguns pesquisadores defendem que a suástica foi
transferida secretamente por uma primitiva civilização
europeia para a América do Norte, a hipótese mais prová- Selos da civilização do Vale do Indo.
vel é de que o desenho teve um desenvolvimento isolado
e paralelo. A suástica é um dos símbolos sagrados do hinduísmo há
pelo menos um milênio e meio. Ela é usada ali em vá-
rios contextos: sorte, o Sol, Brahma, ou no conceito da
3.2 Hipótese do cometa/pássaro “samsara”. O budismo particularmente teve grande pene-
tração noutras culturas, em especial no Sudeste da Ásia,
China, Coreia, Japão, Tibete e Mongólia desde fins do
primeiro milênio. Supõe-se que o uso da suástica pelos
fiéis “Bom” do Tibet, e de religiões sincréticas como a
“Cao Daí” do Vietnã , e “Falun Gong” da China, tenha
sido tomado emprestado ao budismo. Da mesma forma,
a existência da suástica como símbolo do Sol entre o povo
“Akan” – civilização do sudoeste da África, pode ter sido
igualmente resultado da transferência cultural em virtude
do tráfico escravista por volta do ano de 1500.

parte do “Atlas dos cometas da Dinastia Han” (note a suástica, 3.4 Adoção da Suástica no Oriente
à esquerda).
A descoberta do grupo linguístico indo-europeu em 1790
Uma outra explicação foi proposta pelo astrônomo Carl teve um grande efeito na arqueologia, que pôde unir
Sagan no seu livro “Cometa”. Sagan reproduz um an- os povos pré-históricos da Europa com os antigos indo-
tigo manuscrito chinês que exibe algumas variedades de arianos. Seguindo-se as descobertas de objetos contendo
cometas: a maioria são variações de cometas com caudas a suástica nas ruínas de Troia, Heirinch Schliemann con-
simples, mas as últimas representações apresentam o nú- sultou dois especialista em sânscrito da época – Emile
cleo dos cometas com quatro braços curvados, lembrando Burnouf e Max Muller. Schliemann concluiu que a suás-
a suástica. Sagan sugere que na antiguidade um cometa tica era um símbolo específico indo-europeu. Descober-
possa haver se aproximado bastante da Terra de forma tas posteriores deste símbolo entre ruínas hititas e do
que os jatos de gases que fluem dele, vergados pela rota- antigo Irã pareceram confirmar esta teoria. A ideia foi
ção do cometa, tornaram-se visíveis – o que justificaria propagada por muitos outros autores, e a suástica rapi-
a representação da suástica como símbolo mundialmente damente tornou-se popular no mundo ocidental – apare-
existente. cendo em muitos desenhos entre 1880 e os anos 20.
Bob Kobres em Comets and the Bronze Age Collapse Estas descobertas e a grande popularidade do símbolo
(1992 - em inglês) , refuta esta teoria de que as repre- suástico levaram a um desejo de emprestar-se um signi-
sentações similares à suástica da Dinastia Han sejam de- ficado para ele. Na Escandinávia e Alemanha, regiões
4 5 A VISÃO DE WILHELM REICH

Colar indo-ariano, escavado em Kaluraz, Guilan (cerca de 1000


dC, Museu Nacional do Irã).
Suástica na proporção 5x5.

onde exemplares antigos foram encontrados, o símbolo


ganhou o significado de boa-sorte, tal como na tradição proposta é a rotação visível do céu noturno no Hemisfério
indo-iraniana. Norte, ao redor da Estrela Polar.
O uso do símbolo no ocidente, junto às significações
religiosas e culturais que lhe emprestaram, foi corrom-
pido no começo do século XX, quando foi adotado pelo 5 A visão de Wilhelm Reich
Partido Nazista. Isto ocorreu porque os nazistas decla-
ravam que os arianos eram os antepassados do povo ale- O polêmico psicanalista Wilhelm Reich (ucraniano de
mão moderno e propuseram, por causa disto, que a su- origem germânica), em Die Massenpsychologie des Fas-
bordinação do mundo à Alemanha fosse algo imperativo, chismus, Frankfurt 1974, S. 102-107, faz a seguinte lei-
e até mesmo predestinado. A suástica então tornou-se tura do efeito psicológico da suástica:
um símbolo conveniente, de forma geométrica simples e
ao mesmo tempo marcante, a enfatizar este mito ariano- 1. O Nazismo serviu-se da simbologia para atrair
alemão, insuflando o orgulho racial. Desde a II Guerra sobretudo a massa de trabalhadores alemães,
Mundial a maior parte do mundo ocidental tem a suástica enganando-os com a promessa de que Hitler seria
apenas como um símbolo nazista, levando a equivocadas um Lênin para a Alemanha;
interpretações de seu uso no Oriente, além de confusão
quanto ao seu papel sagrado e histórico em outras cultu- 2. "sob o simbolismo da propaganda, a bandeira era o
ras. que primeiro chama a atenção (cantando:).

Nós somos o exército da


4 Geometria e simbolismo suástica,
Erguemos as bandeiras
Geometricamente a suástica pode ser definida como um vermelhas
icoságono (polígono de 20 lados) irregular. Os “braços” O trabalhador alemão nós
têm largura variável e são frequentemente retilíneos (mas queremos
isto não é obrigatório). As proporções da suástica nazista, Assim trazer para a liber-
entretanto, eram fixas: foram fixadas numa grade 5x5. dade.”
Usando músicas que claramente pareciam co-
Uma característica fixa é a rotação em 180° de simetria
munistas, e com a bandeira habilmente com-
e não equilateral – portanto com ausência de simetria re-
posta, passava o Nazismo um caráter revoluci-
flexiva entre as suas metades.
onário para as massas.
A suástica é, depois da cruz equilateral simples (a "cruz
grega"), a versão mais difundida da cruz. Reich atesta que a “teoria irracional” da superioridade ra-
Visto como uma cruz, as quatro linhas que emanam do cial, tinha apelos ao subconsciente, através das formas da
ponto de centro às quatro direções cardeais. A associ- suástica e dos contrastes oferecidos pelas cores utiliza-
ação mais comum é com o Sol. Outra correspondência das (vermelho, preto e branco), chegando mesmo Hitler
5

a afirmar que esta cruz era um símbolo anti-semita, em com que se lajeiam compartimentos de edifícios - espécie
sua origem. de mosaico). Um exemplo de tessela é a que orna o piso
E, indo mais longe, faz a leitura de que a suástica es- da Catedral de Amiens, na França. Bordas de suástica
querda tem nítido apelo sexual: unidas também era um motivo arquitetônico comum em
Roma, e pode ser visto em edifícios mais recentes como
elemento neoclássico.
"Se olharmos detidamente para as suásticas no
lado direito, vemos que elas claramente revelam
formas humanas esquematizadas. Já a suás-
tica voltada para a esquerda, mostra um ato se-
xual…".

Conclui, assim, que o símbolo representou importante fa-


tor de atração para as massas, em torno de uma ideologia
que considera falaciosa.

6 Arte e Arquitetura

Igreja de Rosazza - detalhe.

O sinal da suástica é reproduzido, provavelmente como


símbolo solar, na arquitetura neo-românica da Igreja pa-
roquial de Rosazza, no Piemonte, construída em torno
de1850.
O “Laguna Bridge”, no Arizona, construído em 1905 pelo
“Reclamation Department” (Departamento de Recupera-
ção) dos Estados Unidos está enfeitado com uma fila de
suásticas.
O artista canadense ManWoman tentou reabilitar a
"pacífica suástica ".
Suástica num mosaico romano.

A suástica comum ( ) é um desenho de motivo muito 7 Religião e mitologia


recorrente na arquitetura e arte hindus e indianas, como
ainda na arquitetura Ocidental antiga, aparecendo com
7.1 Hinduísmo
frequência em mosaicos, frisos e outros elementos da an-
tiguidade. Antigos desenhos arquitetônicos gregos estão A Suástica é encontrada em templos hindus, símbolos,
repletos de sequências com este motivo. Estes símbolos altares, quadros e na iconografia sagrada que há por toda
ocidentais clássicos incluem a suástica propriamente dita, parte. É usada em todos os casamentos hindus, nos fes-
em cruz, como o “triskele” (com 3 braços - “triskelion”) e tivais, em cerimônias variadas, nas casas e portões, em
ainda os de pontas arredondadas. Neste último contexto,
roupas e jóias, meios de transporte e até mesmo como ele-
a suástica também é conhecida por “gammadion”. mento decorativo de pratos diversos, como bolos e mas-
Na arte chinesa, coreana, e japonesa, a suástica é achada sas.
frequentemente como parte de um padrão decorativo. É um dos 108 símbolos de Vishnu - e representa ali os
Um padrão comum, chamado sayagata em japonês, in- raios do Sol, sem os quais não haveria vida.
clui suásticas viradas para a esquerda e para a direita, uni-
das por duas linhas. O som Aum é também sagrado no Hinduísmo.
Considera-se Aum como representativo do único tom
O símbolo de suástica foi bastante encontrado nas ruínas primordial da criação. Já a Suástica é uma marca
da cidade antiga de Troia. puramente geométrica, sem nenhum som que lhe esteja
Na arte e arquitetura Greco-romana, como na arte ro- associado. Também é vista como indicadora das quatro
mânica e gótica do Oriente, suásticas isoladas são relati- direções (Norte, Leste, Sul e Oeste), neste caso simboli-
vamente raras, e geralmente são encontradas como ele- zando estabilidade e solidez. Já o seu uso como símbolo
mento repetitivo de bordas ou tesselas (pedras quadradas do Sol pode ser visto primeiro como uma representação
6 7 RELIGIÃO E MITOLOGIA

de Surya - o deus hindu do Sol. marca as fachadas de muitos templos budistas. As suásti-
Para o Hinduismo, os dois símbolos representam as duas cas (qualquer das duas variantes) costumam ser desenha-
formas do deus criador, Brahma: voltada para a direita, das no peito de muitas esculturas de Buda, e frequente-
a cruz representa a evolução do Universo (ou Pravritti); mente aparecem ao pé da estatuária de Buda.
para a esquerda, simboliza a involução do Universo (Ni- Em razão da associação da suástica voltada para a direita
vritti). Também pode ser interpretado como represen- com o nazismo após a segunda metade do século XX, a
tando as quatro direções (Norte, Leste, Sul e Oeste), com suástica budista fora da Índia tem sido utilizada apenas na
significado de estabilidade e solidez. sua forma (virada para a esquerda).
Usada como símbolo do Sol, pode ser interpretada pri- Esta forma da suástica é comum também nas caixas de
meiro como representação de Surya, o deus hindu do Sol. comida chinesa indicando que a comida é vegetariana e
A Suástica é considerada extremamente santa e auspici- pode ser comida por budistas de princípios mais rígidos.
osa por todos os hindus, e seu uso decorativo está presente Também é bordada com frequência nos colarinhos das
em todos os tipos de artigos relativos à sua cultura. blusas das crianças chinesas, para os proteger de maus
espíritos.
No interior do subcontinente indiano pode ser visto nas
laterais de templos, desenhada em inscrições dos túmu-
los, em muitos desenhos religiosos.
O deus Ganesh muitas vezes é feito sentado sobre uma
flor de lótus, numa cama de suásticas.
Já entre os hindus de Bengala (e atual Bangladesh), é co-
mum ver-se o nome da Suástica ser aplicado a um dese-
nho ligeiramente diferente, mas com a mesma significa- Mapas do metrô de Taipei, onde a suástica-esquerda representa
ção da suástica comum, e da mesma forma usada como os templos, junto à cruz que indica igrejas cristãs.
sinal auspicioso. Este símbolo se parece um tanto com a
figura de um ser humano, e é um nome bastante comum
Em 1922 o movimento sincrético chinês "Daoyuan" fun-
entre os bengali, a tal ponto que uma importante revista
dou uma associação filantrópica denominada "Sociedade
de Calcutá é "Suástica". A figura ali usada, entretanto,
da Suástica Vermelha", copiando a ocidental Cruz Ver-
não tem uso muito comum, na Índia.
melha, que foi bastante atuante na China, durante as dé-
cadas de 1920 e 30.
7.2 Budismo A suástica usada na arte e escultura budistas é conhe-
cida dentro da língua japonesa como "manji" (que, lite-
ralmente, pode ser traduzido como: caractere chinês para
eternidade - ), e representa o Dharma, a harmonia uni-
versal, o equilíbrio dos opostos. O símbolo virado à es-
querda representa amor e piedade; voltado para a direita
é força e inteligência.

7.3 Jainismo

O Jainismo dá mais ênfase à suástica que o Hinduísmo.


É um símbolo do progresso humano,[1] e representa o sé-
timo Jina (Santo), o Tirthankara Suparsva. É conside-
rada uma das 24 marcas auspiciosas, emblema do sétimo
Suástica em um templo budista da Coreia. arhat dos tempos atuais. Todos os templos do Jain, as-
sim como seus livros santos, contêm a suástica. Suas ce-
O Budismo foi fundado por um príncipe hindu e as duas rimônias começam e terminam com o desenho da suás-
formas da suástica são uma herança dessa cultura. O sím- tica feito várias vezes em volta do altar.
bolo foi incorporado desde a Dinastia Liao nos ideogra- Os adeptos também usam o arroz para desenhar a suás-
mas chineses, com o sinal representativo ou (wan, tica (também conhecida por "Sathiyo" no estado indiano
em chinês; man, em japonês; van, em vietnamita), signi- de Gujarat) diante dos ídolos nos templos. Os Jains colo-
ficando algo como "um grande número", "multiplicidade", cam uma oferenda sobre esta suástica - geralmente uma
"grande felicidade" ou "longevidade",[1] mas o desenho fruta, um doce (mithai), uma fruta em passa ou ainda uma
(suástica virada à direita) é raramente usado. A suástica moeda ou cédula de dinheiro.
7.7 Tradições dos nativos americanos 7

7.4 Zoroastrismo vertido), e também é chamada de kagi jūji, significando,


literalmente, "cruz em gancho".
Em Surakhany (a 15 km. de Baku, no Azerbaijão)
existe um Ateshgah ou "Templo do Fogo", supostamente
construído por volta do século VI a.C. por adoradores de
Zoroastro, sobre uma fonte de gás natural (atualmente
exaurida), onde ficava uma “chama eterna”, que ardia
noite e dia. Este templo foi também um santuário para
os Parsis (adeptos de Zoroastro na Índia) e para os pere-
grinos hindus e sikhs. O pavilhão, quadrangular, possui
inscrições em sânscrito e gravações com uma suástica.

7.5 Religiões abrâmicas

A suástica não era usada pelos adeptos das religiões Abrâ-


Tapeceria dos Navajos, com suásticas nas duas direções.
micas. Onde aparece não tem nenhum simbolismo reli-
gioso e sim meramente decorativo - eventualmente po-
dendo ser um sinal de boa sorte. Um claro exemplo é o A suástica esquerda budista também aparece no emblema
chão da sinagoga de Ein Gedi, construída durante a ocu- do Falun Gong. Isto acabou gerando problemas para
pação da Judeia pelo Império Romano, que era ornado os seguidores da prática, particularmente na Alemanha,
com a suástica. onde a polícia chegou a confiscar várias bandeiras que
traziam o emblema. Uma decisão judicial posterior per-
Algumas igrejas cristãs no período românico e gótico es- mitiu aos seguidores alemães do Falun Gong continuarem
tavam enfeitadas com suásticas, sobretudo as do início do com o uso do símbolo.
período românico. Suásticas são o principal motivo de
um mosaico na igreja de Santa Sofia, em Kiev (Ucrânia),
erguida no século XII. Também aparece como ornamento 7.7 Tradições dos nativos americanos
na Basílica de Santo Ambrósio em Milão. Deste período
é a Catedral de Nossa Senhora, em Amiens - acima ci- O formato da suástica foi usado por alguns dos povos
tada - que foi erguida sobre um local de práticas pagãs, americanos. Foi encontrado em escavações junto ao rio
algo que, entretanto, nenhuma relação possui com o sím- Mississipi, como no vale do rio Ohio, e era usada por mui-
bolo. tas tribos norte-americanas, com destaque pelos Navajos.
A mesquita islã "Sexta-feira" de Isfahan (Irã), e a Mes- Em cada tribo a suástica possuía uma significação dis-
quita de Taynal em Trípoli (Líbano) possuem ambas mo- tinta. Para o povo Hopi representava os clãs nômades;
tivos com a suástica. para os Navajos, era o símbolo usado para representar
um tronco girando - imagem sagrada que evocava uma
lenda usada nos rituais curativos.
7.6 Outras tradições asiáticas

Algumas fontes indicam que a imperatriz chinesa Wu


( ) da dinastia Tang (684-704), decretou que a suás-
tica seria usada como um símbolo alternativo para re-
presentar o sol. Como parte da lista de caracteres do
idioma chinês (mandarim), a suástica tem seu código
(Unicode) U+534D (e a pronúncia segue o caractere
chinês, no cantonês, man; no mandarim, wan) para a
suástica voltada para a esquerda, e U+5350 para a suás-
tica virada à direita.
O mandarim Wan é um homófono para o número 10 mil,
que é usado para representar o todo da criação, no Tao
Te Ching, o livro basilar do taoísmo. bandeira de Kuna Yala.
No Japão, a suástica é chamada manji. Desde a Idade
Média é usado como um Mon - ou "brasão de armas" A forma da suástica é um símbolo bastante antigo na cul-
de algumas famílias. Na simbologia japonesa a suástica tura Kuna, de Kuna Yala, no Panamá. Para eles a ima-
virada à esquerda e horizontal ou manji é usada para in- gem lembra o polvo que criou o mundo: seus tentáculos,
dicar o local de um templo budista. A suástica à direita voltados para os quatro pontos cardeais, deram origem ao
é chamada de gyaku manji ( - literalmente, manji in- arco-íris, ao sol, à lua e às estrelas.
8 7 RELIGIÃO E MITOLOGIA

Em fevereiro de 1925 os Kuna se revoltaram contra a su-


pressão de sua cultura, pelo governo panamenho, e em
1930 conquistaram autonomia. A bandeira oficial do es-
tado exibe a suástica, com formas e cores que variaram
ao longo dos tempos: as faixas antes da cor laranja eram
vermelhas, e em 1942 um círculo (representando o tra-
dicional anel de nariz dos Kunas) foi acrescentado para
diferenciá-la ainda mais do símbolo do partido nazista.

7.8 A Europa pré-cristã

A antiga cruz do sol escandinava.

deste povo europeu. Também foram encontradas formas


semelhantes em artefatos alemães antigos (período nô-
made), como uma ponta de lança encontrada em Brest-
Litovsk, Rússia, ou a pedra de Snoldelev, em Ramsø,
Dinamarca.
As religiões neo-pagãs Asatru e Heathenry germânicas a
forma da suástica é frequentemente usada como símbolo
religioso. Seus adeptos argumentam que o uso não possui
qualquer implicação política que o símbolo ganhou com
a ideologia nazista, lembrando as origens pré-cristãs do
símbolo.
A suástica estava também presente na mitologia eslava
pré-cristã. Era dedicada ao deus do Sol, chamado Sva-
brasão inglês com a fylfot. rog, e tinha o nome de Kolovrat (em polonês: kolowrót).
Na República Polonesa o símbolo da suástica era popu-
A suástica, também chamada de "cruz fylfot", um sím- lar entre os nobres. As crônicas registram que o prín-
bolo usado em moedas do século XIX como referência cipe Oleg, varangiano (um dos povos escandinavos), que
a uma cunha usada como calço nas janelas das igrejas no século IX junto aos seus guerreiros vikings russos
medievais, aparece como ornamento em muitos artefatos conquistaram Constantinopla, havia inscrito uma suás-
pré-cristãos, tanto com as pontas viradas para a esquerda tica vermelha nos portões daquela cidade. Várias das
como para a direita. Motivos similares, dentro de círcu- casas nobres da Polônia, como por exemplo Boreyko,
los ou formas arredondadas, foram também interpretados Borzym, e Radziechowski da Rutênia ostentavam suás-
como formas da suástica. ticas em seus brasões. As famílias alcançaram a nobreza
entre os séculos XIV e XV, e a cruz suástica pode ser
Na Grécia Antiga a deusa Atena era por vezes retratada vista em muitos livros de heráldica então produzidos.
num roupão ornado por suásticas.
O Museu do Vaticano contém várias amostas de cerâmica
Uma inscrição no alfabeto ogâmico numa pedra foi en- etrusca com a suástica representada.
contrada em Condado de Kerry, na localidade de An-
glish, que fora modificada para uso num túmulo de um
cristão primitivo - e estava ornada com duas suásticas e 7.9 A medieval Liga da Corte Sagrada
uma Cruz Pátea. Em restos de cerimônia fúnebre pré-
cristã, em Sutton Hoo, Inglaterra, foram achadas xícarasWalker (em A Woman’s Dictionary of Symbols and Sa-
de ouro e adornos com a suástica. cred Objects) informa que a suástica duplicada era asso-
O símbolo nórdico denominado cruz do Sol ou roda do ciada com as Cortes Vêmicas da Idade Média, uma seita
Sol, forma habitualmente interpretada como uma vari- secreta fundada para perseguir os hereges e judeus, antes
ante da suástica, aparece frequentemente na arte antiga de ficar associada à Inquisição. Esses tribunais, segundo
9

ela diz, continuaram como sociedades ocultas para a prá-


tica da justiça sumária e do anti-semitismo, até o século
XIX, quando foi sucedida pelo Partido Nazista, cujos as-
sociados teriam substituído a suástica dupla pela única.

7.10 Teosofia

Emblema da Seicho-No-Ie.

8 Início do Século XX

8.1 Reino Unido

Brasão da Sociedade Teosófica.

Baseada nos ensinamentos de Helena Petrovna Blavatski


e seguidores como o Rev. Charles Webster Leadbeater,
no corpo doutrinário denominado Teosofia, a Sociedade
Teosófica, fundada na segunda metade do Século XIX,
trazia a suástica no topo do seu emblema, marcando
desta forma sua influência no hinduísmo e outras ideias
orientais.
Neste selo (criado em 1875), encontra-se a suástica junto
à Estrela de Davi, símbolo associado ao judaísmo.

7.11 Seicho-No-Ie Logo de uma edição em 1911 de Rudyard Kipling.

A parte externa do emblema, em forma de círculo, repre- O autor britânico Rudyard Kipling, fortemente influenci-
senta o Sol, do qual saem 32 raios simbolizando a luz que ado pela cultura indiana, tinha a suástica como o seu si-
tudo ilumina. A parte interior é constituída pela lua e, no nal pessoal inscrito no frontispício de seus livros até que
centro, por uma estrela. Os três astros reunidos harmoni- a ascensão do Nazismo tornou isto inapropriado. Na sua
osamente simbolizam o Universo. obra “Just So Stories”, a história “The Crab That Played
A lua representa o budismo. No budismo a Lua é um With The Sea” tinha uma ilustração de página inteira, ela-
símbolo com importante significado, pois Buda frequen- borada pelo autor, chamada de “marca mágica”, que era
temente a ela se referia para esclarecer seus ensinamen- uma suástica. Algumas edições posteriores suprimiram a
tos. Note também que a Lua tem formato de cruz gamada marca, mas não a sua referência, de forma que os leitores
com pontas direcionadas para o sentido horário, repre- ficaram desejosos por saber qual era a tal “marca”.
sentando o movimento da polaridade positiva (esquerda) Durante a Primeira Guerra Mundial, a suástica era usada
sobre a negativa (direita). como o emblema do “British National War Savings
10 8 INÍCIO DO SÉCULO XX

Committee”. preta pintada sobre um fundo branco. A empresa foi fun-


A suástica também foi utilizada como um símbolo pelos dada no começo do século XX e existiu até o final deste.
Escoteiros do Reino Unido, e dali em todo o mundo. De O outdoor da lavanderia destacava-se no alto da lavande-
acordo com o “Johnny” Walker, os primeiros Escoteiros ria, e era visível das ruas próximas. Conta-se que o físico
a utilizaram em 1911. Robert Baden-Powell, Primeiro Erwin Schrodinger, exilando-se na Irlanda depois de fu-
Barão Baden-Powell, acrescentou em 1922 uma flor de gir do regime nazista, quase foi assassinado pouco antes
lis à suástica, na Medalha do Mérito Explorador, como de um destes furgões cruzar a rua, e logo acreditou que a
sinal de sorte ao seu vencedor. Assim como Kipling, teria tentativa fora patrocinada pelo Terceiro Reich. O nome
e o logotipo desapareceram quando a lavanderia foi in-
sofrido influência da cultura indiana.
corporada a outra empresa maior - a companhia Spring
Na página 63 do livro Guia do Escoteiro escrito em Grove.
1925 por Benjamin Sodré a cruz suástica ou “roda de
fogo” representava o sol em movimento. Também afir-
mava que Robert Baden-Powell a apresentava como sig- 8.4 Letônia
nificando as quatro partes do mundo e que em todas as
partes os escoteiros deveriam viver em fraternidade. EmTambém na Letônia a suástica (ali chamada de "Cruz
do Trovão" ou "Cruz de Fogo") era usada como uma
nota no prefácio do livro reeditado em 1994, o sr. Carlos
Borba, presidente da CCME informa que nas reedições marca da Força Aérea, entre 1918 e 1934, como tam-
bém foi a insígnia de algumas unidades militares. Tam-
posteriores foram retiradas as informações sobre a suás-
tica. bém foi usada pelo movimento fascista do país (chamado
de Perkonkrusts - ou "Cruz do Trovão", no idioma local),
Durante 1934 muitos jovens escoteiros pediram para que
e ainda por outras organizações apolíticas.
o desenho fosse mudado em razão do uso da suástica pe-
los nazistas. Uma nova Medalha de Mérito britânica foi Na Letônia, a suástica voltada para a esquerda (ou Cruz
emitida, em 1935. do Trovão) remonta à Idade do Bronze. É encontrada
insculpida em pedras, armas e cerâmicas, como um sinal
protetor.
8.2 Finlândia
Na Finlândia a suástica era usada como uma marca naci- 8.5 Estados Unidos
onal e oficial do Exército Finlandês entre 1918 e 1944, e
também pela Força Aérea daquele país por algum tempo. Nos Estados Unidos a suástica foi muito utilizada antes
A suástica ali também foi utilizada pela organização do nazismo. Além da Sociedade Teosófica, fundada em
Lotta Svärd. A suástica azul era um símbolo de boa Nova York, e das tribos nativas, como os Navajos, até a
sorte usado pela família sueca do Conde Eric von Ro- década de 1930 a suástica era frequente no Sudoeste ame-
sen, que doou o primeiro aeroplano para a Finlândia para ricano em suvenires, como mantas, medalhinhas e outras
a “Guarda Branca” durante a guerra civil daquele país. lembranças.
Não havia qualquer conexão oficial com o Partido Na- As estradas estaduais do Arizona, até 1940 tinham em
zista, mas representava a “Cruz da Liberdade”, uma an- suas placas uma suástica sobreposta ao sinal de trânsito
tiga ordem finlandesa. Esta posição, contudo, permanece (Arizona Roads - em inglês)
contraditória para alguns autores, uma vez que Rosen foi
um dos fundadores do Nationalsocialistiska Blocket – a • Em 1907, o "Palácio do Milho" (Corn Palace), em
versão nazi sueca de partido político. Posteriormente Ro- Mitchell (Dakota do Sul), tinha uma suástica dese-
sen ganhou uma maior e íntima ligação com a Alemanha nhada em uma de suas torres. Neste mesmo estado
nazista com o casamento de Hermann Göring com Karin norte-americano, em Rapid City, havia suásticas or-
Kantzow, que era irmã de sua esposa. namentando o salão de recepção do Alex-Johnson
A suástica aparecia em muitas medalhas e condecora- Hotel. Esta decoração era uma homenagem à cultura
ções finlandesas. Isto se deu sobretudo durante a Primeira dos índios locais. Quando o lobby foi remodelado,
Guerra Mundial. A “Cruz de Mannerheim” era a equiva- esses símbolos desapareceram.
lente finlandesa para a Cruz da Vitória ou Victoria Cross,
a Croix de guerre ou a Medal of Honor. • O foyer da "Central High School" de Pueblo,
Colorado, tinha seu chão de azulejos decorado com
a suástica virada à direita. Esta escola foi construída
8.3 Irlanda em 1906.

In Dublin, Irlanda, uma lavanderia chamava-se "Swastika


Laundry", e existiu por muitos anos em Ballsbridge, ao • A 45ª Divisão de Infantaria do Exército norte-
sul da cidade. A companhia possuía uma frota de fur- americano usava uma suástica amarela sobre fundo
gões vermelhos para entrega rápida, com uma suástica vermelho como símbolo da unidade até os anos
8.6 Canadá 11

tribos renunciam ao uso do em-


blema, hoje geralmente conhecido
por suástica ou fylfot, em nossas
mantas, cestos, objetos artísticos,
pintura corporal e vestimentas".

8.6 Canadá
Suástica é o nome de uma pequena comunidade do norte
de Ontário, no Canadá, situada a aproximadamente 580
quilômetros ao norte de Toronto, e 5 quilômetros de Kir-
kland Lake, cidade à qual pertence. A vila de Suástica
foi fundada em 1906. Ouro foi descoberto perto dali e a
Swastika Mining Company foi formada em 1908. O go-
verno de Ontário tentou mudar o nome da cidade durante
II Guerra Mundial, mas a população resistiu.
Em Windsor (Nova Scotia), havia entre 1905 e 1916 um
Insígnia do 45th Infantry. time de hóquei no gelo que se chamava "The Swastikas",
e seu uniforme característico tinha este símbolo estam-
pado. Outros times com este nome existiram em Edmon-
30, como referência ao Pássaro-trovão da mitologia ton (Alberta), por volta de 1916, e outro em Fernie (na
(Thunderbird). Colúmbia Britânica), por volta de 1922.
• Em 1925 a Coca-Cola fez um brinde que era um
“relógio da sorte” com o formato da suástica, onde
8.7 Polônia
se lia o slogan: "Beba Coca-Cola, cinco centavos em
garrafas" ("Drink Coca Cola five cents in bottles").
• A HPER (Health, Physical Education and Recrea-
tion Building), da Universidade de Indiana, contém
revestimentos decorativos inspirados em desenhos
dos nativos americanos, com a suástica. Foi feito na
década de 1920, antes do partido Nazista chegar ao
poder na Alemanha. Nos últimos tempos os moti-
vos da suástica da HPER, junto aos murais do pin-
tor Thomas Hart Benton (estes no Woodburn Hall,
próximos daquele) causaram bastante polêmica no
campus.
• A base da Marinha Americana, em Coronado,
Califórnia, é construída no formado de uma suástica.
( Mapa no Google). Esta base naval foi construída
antes da Segunda Guerra Mundial.
• Logo após a II Guerra, vários povos indígenas
norte-americanos (como as tribos Navajo, Apache,
Tohono O'odham e Hopi), publicaram um decreto
declarando que não mais usariam a suástica em sua Brasão de armas dos Boreyko.
arte. Isto porque a suástica passou a simbolizar o
mal, entre eles. O decreto, assinado por represen- Na Polônia, desde o começo da Idade Média que a suás-
tantes dessas tribos, dizia: tica era parte integrante da nobreza muito utilizada nas
terras eslavas. Conhecida por "swazyca", era especial-
"Porque o antigo sinal, que foi um mente associada com um dos deuses eslavos, chamado
símbolo de amizade entre nossos an- Swarog.
tepassados durante muitos séculos, Este significado, com o tempo, foi desaparecendo, mas
foi recentemente profanado por ou- permaneceu associado como sinal individual de várias
tra nação de homens." personalidades, a exemplo do Brasão dos Boreyko, e
"Fica então resolvido que desta data ainda na região de Podhale, onde era usado como
por diante e para sempre nossas talismã, até o século XX. Como um símbolo do Sol, era
12 9 O NAZISMO

pintado ou esculpido no interior das casas nas Montanhas


de Tatra, sob a crença de que protegia a moradia contra
o mal.

primeira logomarca da ASEA.

A cruz montesa, usada pela 21ª e 22ª Divisões de Infantaria.

O antigo símbolo que era usado pelas sociedades chama-


das Góral, foram depois adotadas pelas unidades mon-
tanhesas da infantaria polonesa, nos anos 20. Era uma
insígnia de Regimento das unidades polacas de artilha-
ria, da 21ª Divisão de Infantaria, da 22ª, e ainda pelos
Bandeira da Espanha Nacionalista durante a Guerra Civil Es-
soldados da 4ª Divisão de Infantaria, do 2º e 4º Regimen- panhola.
tos. Um distintivo com uma suástica sobre fundo azul era
o emblema da Liga de Defesa Aérea e Antigás (LOPP,
em polonês) entre 1928 e 1939, e que em 1937 chegou a 8.9 Espanha
possuir cerca de um milhão e meio de associados.
Fora do uso militar, a suástica montesa influenciou ainda Os nacionalistas eram chamados de nazistas pelos repu-
outros símbolos e logotipos utilizados em terras polone- blicanos, enquanto os republicanos eram chamados de
sas. Dentre estes estava o logotipo da companhia edi- comunistas pelos nacionalistas.
tora IGNIS (de 1822), o símbolo pessoal de Mieczyslaw
Karlowicz (Mieczysław Karłowicz, no polonês), notável
compositor e amante das montanhas Tatras. Sua morte 9 O Nazismo
trágica nas montanhas, em 1909 fez com que o lugar
do óbito fosse assinalado com uma pedra comemora- O Partido Nazista ( Nationalsozialistische Deutsche Arbei-
tiva e uma suástica. Finalmente, també era um símbolo terpartei ou NSDAP ) formalmente adotou a suástica ou
usado como marca pessoal e ex libris por Walery Eliasz- 'Hakenkreuz ' (cruz em gancho, numa versão literal) em
Radzikowski, escritor polonês que também foi influen- 1920.
ciado pela cultura montanhesa do país, e tinha a suástica
marcando o frontispício de todos os seus livros e cartas. O símbolo era usado na bandeira do partido, distintivos e
braçadeiras - embora tenha sido não oficialmente usado
pelo NSDAP e seu antecessor: o Partido dos Trabalha-
dores da Alemanha (Deutsche Arbeiteerpartei - DAP)
8.8 Suécia
Em Mein Kampf, Adolf Hitler escreveu:
A companhia sueca ASEA, agora parte da Asea Brown
Boveri, usava a suástica em sua marca, desde a década de Obs: Vermelho, branco, e preto - usadas por
1890 até 1933, quando esta foi removida do logotipo. Hitler - já eram as cores da bandeira do velho
9.2 Nacionalismo - a suástica na bandeira alemã 13

tica seria um símbolo ariano, tempos antes dos escritos de


Émile-Louis Burnouf. Assim como muitos outros escri-
tores nazis, o poeta nacionalista Guido von Listam fez
acreditar que este era um símbolo exclusivamente ariano.
Quando Hitler criou a bandeira para o Partido, procurou
incorporar a suástica e ainda "essas cores veneráveis que
expressam nossa homenagem ao passado glorioso que tan-
tas honras trouxe à nação alemã" (que eram o vermelho,
preto e branco).
Também declarou Hitler que "o vermelho expressa o pen-
samento social que está sob o movimento. Branco, o pen-
Bandeira da Alemanha Nazista e do NSDAP. Proporção: 3:5
samento nacionalista. E a suástica significa a missão a nós
Dimensões: 60 x 100
reservada: a luta pela vitória da raça humana ariana, e
Diâmetro do círculo: 45
Suástica: 6 ao mesmo tempo o triunfo do ideal de trabalho criativo em
si inerente, que será sempre anti-semítico." ( Mein Kampf
).
Império alemão.

9.2 Nacionalismo - a suástica na bandeira


9.1 Suástica e pureza racial
alemã

Na realidade, a suástica já tinha seu uso como símbolo


dos völkisch - movimentos nacionalistas alemães. Na
obra "Deutschland Erwache" (ISBN 0-912138-69-6) Ul-
ric da Inglaterra (sic), assim afirma:
José Manuel Erbez diz:
Mas o fato era que Liebenfels estava utilizando-se de um
símbolo já usual.
Em 14 de março de 1933, logo após o compromisso de
Hitler como Chanceler de Alemanha, a bandeira de NS-
DAP foi içada ao lado das cores nacionais de Alemanha.
Foi adotado como a bandeira nacional exclusiva no dia 15
de setembro de 1935.
A suástica foi usada nos distintivos e bandeiras ao longo
Soldados americanos recolhem uma bandeira nazista, durante a
Segunda Guerra Mundial. a Alemanha Nazista, especialmente pelo governo e pelo
exército, mas teve seu uso por outras organizações “po-
O uso da suástica era associado pelos teóricos nazistas à pulares”, como o Reichsbund Deutsche Jägerschaft.
sua hipótese da descendência cultural ariana dos alemães. As variantes do uso da suástica pelos Nazistas:
Seguindo a teoria da invasão ariana da Índia, reivindica-
vam os nazis que os primeiros arianos naquele país in-
troduziram o símbolo, que foi incorporado nas tradições • Suástica preta, com giro de 45º, sobre disco branco
védicas, sendo a suástica o símbolo protótipo dos inva- - símbolo do NSDAP e bandeiras nacionais;
sores brancos. Também acreditavam que o sistema de
• Suástica preta, com giro de 45º, sobre um quadrado
castas hindu tinha sido um meio criado para se evitar a
branco (exemplo, a Juventude Hitlerista)
mistura racial.
O conceito de pureza racial, adotado como central na ide- • Suástica preta, com giro de 45º, sobre fundo branco,
ologia Nazista, não utilizou nenhum dos métodos moder- pintada na cauda das aeronaves da Luftwaffe;
namente aceitos como científicos. Para Alfred Rosen-
berg, que procurou emprestar cientificidade às ideias de • Suástica preta, com giro de 45º, sobre desenho de
Hitler, os arianos hindus eram, a um mesmo tempo, mo- linhas brancas e pretas finas contornando um círculo
delo a ser copiado e uma advertência para dos perigos branco (exemplo, a bandeira pessoal de Hitler, onde
da “confusão” espiritual e racial que, dizia, ocorrera pela uma grinalda de ouro cerca o símbolo)
proximidade das raças distintas. • Suástica de braços externos curvos, formando um
Com isto, viram-se os nazistas justificados em cooptar a círculo interrompido, como a usada pela Divisão
suástica como um símbolo da raça ariana. O uso da suás- Nórdica das SS.
14 10 A SUÁSTICA NO OCIDENTE ATUAL

10 A suástica no Ocidente atual através do progresso científico — usa um símbolo que


foi objeto de considerável controvérsia: a Estrela de Da-
O uso da suástica por Hitler e pelo Partido Nazista e, na vid e a suástica entrelaçadas. Em 1991 o símbolo foi
atualidade, por neonazistas e outros grupos preconceitu- modificado, removendo-se a suástica, evitando-se assim
osos, para a maioria das pessoas do Ocidente a suástica a reprovação pública.
é um símbolo associado às ideias e atos destes (O Na- A "Society for Creative Anachronism" (Sociedade para o
zismo e a supremacia branca). Por conseguinte, seu uso Anacronismo Criativo), que visa o estudo e diversão se-
tornou-se um tabu em muitos países ocidentais. gundo a Idade Média e o Renascimento, impõem restri-
ções para o uso da suástica em suas filiais - embora algu-
mas delas mais modernas usem o símbolo.
Em 2002 a China exportou para o Canadá alguns brin-
quedos (como um panda gigante) em que a suástica apa-
recia, o que provocou muitas reclamações naquele país.
Antes, em 1995 a cidade norte-americana de Glendale,
na Califórnia, teve de cobrir mais de 900 postes de ilumi-
nação, marcados com a suástica - embora estes tenham
sido fabricados por uma companhia norte-americana an-
tes dos anos 20, e nada tivessem a ver com o nazismo.

Na Alemanha de pós-guerra, por exemplo, o Código Pe-


nal (Strafgesetzbuch) tornou criminosa a exibição da suás-
tica e outros símbolos nazistas - a menos que possua al-
gum símbolo de religiosidade ou com fins de demons-
trar oposição ao nazismo (por exemplo, uma suástica que-
brada, cruzada, etc.). Este código não deixa claro, entre-
tanto, se fica também proibida a construção de templos
budistas ou jainistas no país (estes últimos sempre pos-
suem uma suástica na sua fachada, e seu ritual implica na
criação de sete suásticas com grãos de arroz em torno do
altar, durante as orações).
Na Índia, após a sua independência, a variação circular
Na Finlândia algumas unidades militares ainda usam a (semelhante à Cruz do Sol nórdica - que se vê na ima-
suástica. Em 1944 a Força Aérea mudou o seu emblema gem ao lado) as cédulas eleitorais foram timbradas com
principal, mas continuou a utilizar a suástica noutro lugar. este símbolo que, desde então, está associado aos pleitos
Em 1963 a "Grã Cruz" da Ordem da Rosa Branca mu- eleitorais.
dou o seu emblema. Mais recentemente (25 de outubro
de 2005) um emblema oficial com a suástica foi adotado
pela Força Aérea. 10.1 Brasil
Na Austrália, país que recebeu muitos refugiados durante
No Brasil, o uso da suástica para fins nazistas constitui
a guerra, o símbolo é legalmente considerado “racista”.
crime, de acordo com a lei 9.459, de 1997, como dispõe
Em protestos contra a invasão do Iraque muitos ativis- o parágrafo primeiro do seu artigo 20:[3]
tas usaram a suástica em associação a George W. Bush.
O símbolo nazista também foi usado por alguns músicos § 1º Fabricar, comercializar, dis-
para expressar sua discordância com a política do presi- tribuir ou veicular símbolos, emble-
dente norte-americano (algo que provocou certa contro- mas, ornamentos, distintivos ou pro-
vérsia, no meio artístico). paganda que utilizem a cruz suástica
Fundado nos anos 70 o Raëlismo — uma seita religiosa ou gamada, para fins de divulgação
que acredita na possibilidade da imortalidade do corpo do nazismo.
15

Pena: reclusão de dois a cinco


anos e multa.

11 Referências
[1] William Thomas Pavitt e Kate Pavitt, The Book of Ta-
lismans, Amulets and Zodiacal Gems (1922), Capítulo II,
Talismãs de raças primitivas - O machado - A ponta da
lança - A suástica - A serpente - Triângulos entrelaçados
[em linha]

[2] A. H. Sayce, The Hittites: The Story of a Forgotten Empire


(1888), Chapter VIII. Hittite Trade and Industry [em linha]

[3] Lei Nº 9.459, de 13 de maio de 1997 Casa Civil - Subche-


fia para Assuntos Jurídicos. Visitado em 21 de setembro
de 2010.

12 Ver também
• Cruz (símbolo)
• Cruz Pátea

• Cruz Céltica
• Cruz de Malta
16 13 FONTES, CONTRIBUIDORES E LICENÇAS DE TEXTO E IMAGEM

13 Fontes, contribuidores e licenças de texto e imagem


13.1 Texto
• Suástica Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Su%C3%A1stica?oldid=43176535 Contribuidores: Patrick-br, Manuel Anastácio, Scott Ma-
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13.2 Imagens
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