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Agente de Trânsito

Língua Portuguesa

Língua Portuguesa
Interpretação e caracterização dos textos..................................................................... 1
Ortografia oficial (AOLP 1990 - Decreto nº 6583/2008)................................................. 3
Fonética.......................................................................................................................... 7
Emprego e classificação das palavras e vocábulos....................................................... 8
Flexões nominal e verbal. ............................................................................................. 15
Concordâncias nominal e verbal.................................................................................... 25
Regências nominal e verbal........................................................................................... 27
Sintaxe da oração e do período. ................................................................................... 30
Semântica...................................................................................................................... 37
Pontuação...................................................................................................................... 39
Exercícios....................................................................................................................... 41
Gabarito.......................................................................................................................... 52

Apostila gerada especialmente para: Marta Lima 051.839.463-88


Interpretação e caracterização dos textos

Compreender um texto trata da análise e decodificação do que de fato está escrito, seja das frases ou das
ideias presentes. Interpretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao conectar as ideias
do texto com a realidade. Interpretação trabalha com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qualquer texto ou discurso e se amplia no entendi-
mento da sua ideia principal. Compreender relações semânticas é uma competência imprescindível no merca-
do de trabalho e nos estudos.
Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-se criar vários problemas, afetando não só o
desenvolvimento profissional, mas também o desenvolvimento pessoal.

Busca de sentidos

Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo os tópicos frasais presentes em cada pará-
grafo. Isso auxiliará na apreensão do conteúdo exposto.
Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma relação hierárquica do pensamento defendi-
do, retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.
Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explicitadas pelo autor. Textos argumentativos não
costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. Deve-se
ater às ideias do autor, o que não quer dizer que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é funda-
mental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas.

Importância da interpretação
A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o
raciocínio e a interpretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos específicos, aprimora a
escrita.

Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fatores. Muitas vezes, apressados, descuida-
mo-nos dos detalhes presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz suficiente. Interpretar
exige paciência e, por isso, sempre releia o texto, pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreen-
dentes que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de sentidos do texto, pode-se tam-
bém retirar dele os tópicos frasais presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreensão do
conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom texto, de
maneira aleatória, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação
hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não costumam
conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às
ideias do autor, isso não quer dizer que você precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. Ler com atenção é um exercício que deve
ser praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes.

Diferença entre compreensão e interpretação


A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do texto e verificar o que realmente está escrito
nele. Já a interpretação imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O leitor tira conclusões
subjetivas do texto.

Gêneros Discursivos

Romance: descrição longa de ações e sentimentos de personagens fictícios, podendo ser de comparação
com a realidade ou totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma novela é a extensão do tex-
to, ou seja, o romance é mais longo. No romance nós temos uma história central e várias histórias secundárias.

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Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente imaginário. Com linguagem linear e curta,
envolve poucas personagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única ação, dada em um só
espaço, eixo temático e conflito. Suas ações encaminham-se diretamente para um desfecho.

Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferenciado por sua extensão. Ela fica entre o conto e
o romance, e tem a história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O tempo na novela é ba-
seada no calendário. O tempo e local são definidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais curto.

Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que nós mesmos já vivemos e normalmente é
utilizado a ironia para mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não é relevante e quando
é citado, geralmente são pequenos intervalos como horas ou mesmo minutos.

Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da linguagem, fazendo-o de maneira particular, refle-
tindo o momento, a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de imagens.

Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a opinião do editor através de argumentos e fatos
sobre um assunto que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é convencer o leitor a concordar
com ele.

Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um entrevistador e um entrevistado para a ob-
tenção de informações. Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas de destaque sobre
algum assunto de interesse.

Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materializa em uma concretude da realidade. A cantiga
de roda permite as crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando os professores a iden-
tificar o nível de alfabetização delas.

Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo de informar, aconselhar, ou seja, recomendam
dando uma certa liberdade para quem recebe a informação.

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Ortografia oficial (AOLP 1990 - Decreto nº 6583/2008).

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO


Falar sobre o novo acordo ortográfico implica saber que em termos históricos já se fizeram várias tentativas
de unificação da língua portuguesa, sendo que a primeira grande reforma foi em Portugal em 1911.
Depois existiram várias tentativas, sendo a mais importante a de 1990, por estar por trás de todo o celeuma
levantado atualmente sobre a questão.
Segundo o disposto da reunião da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), realizado em
Julho de 2004 em São Tomé e Príncipe, ficou decidido que para o novo acordo ortográfico entrar em vigor, bas-
taria que três países o ratificassem. Assim o Brasil em Outubro de 2004, Cabo Verde em Abril de 2005 e São
Tomé em Novembro de 2006 ratificaram o acordo disposto pela CPLP.
Em Portugal, o acordo ortográfico foi ratificado pelo governo em 6 de Março de 2008, faltando a aprovação
do Parlamento e do Presidente da República.
No Brasil o novo Acordo Ortográfico entrou em vigor em Janeiro de 2009, mas a implementação obedecerá
ao período de transição de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistiu a norma
ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.
Apenas 0,5% das palavras sofrerão modificações no Brasil, já em Portugal e nos restantes dos países lusó-
fonos, as mudanças afetarão cerca de 2.600 palavras, ou seja, 1,6% do vocabulário total.
Assim vejamos as mudanças que ocorreram em nossa língua.

— Alfabeto1

ANTES DEPOIS

ABCDEFGHIJLMNOP ABCDEFGHIJKLMNO
QRSTUVXZ PQRSTUVWXYZ

Na prática, as letras k, w e y são usadas em várias situações, como na escrita de símbolos de unidades de
medida (Ex.: km, kg) e de palavras e nomes estrangeiros (Ex.: show, William).

— Trema

Não se usa mais o trema, exceto em nomes próprios estrangeiros ou derivados, como por exemplo: Müller,
mülleriano, Hübner, hüberiano etc.

ANTES DEPOIS
cinquenta
cinqüenta
frequente
freqüente
quinquênio
qüinqüênio
seqüência sequência
tranqüilo tranquilo

1 bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/2912/reforma_ortografica.pdf.

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— Acentuação

Perdem o acento os ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na
penúltima sílaba).

ANTES DEPOIS

assembléia assembleia
idéia ideia
jóia joia
colméia colmeia
estréia estreia
platéia plateia
apóia (verbo apoiar) apoia
apóio (verbo apoiar) apoio

Perdem o acento o i e o u tônicos nas palavras paroxítonas, quando eles vierem depois de ditongo.

ANTES DEPOIS

feiúra feiura
baiúca baiuca
Bocaiúva bocaiuva

Atenção: O acento permanece se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (mesmo
quando seguidos de s).

Ex.: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.

Perdem o acento as palavras terminadas em êem e ôo(s).

ANTES DEPOIS

abençôo abençoo
enjôo enjoo
vôo voo
crêem creem
dêem deem
dôo doo
lêem leem
magôo magoo
perdôo perdoo

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Perdem o acento diferencial as duplas: pára/para, péla(s)/pela(s), pólo(s)/polo(s), pêlo(s)/pelo(s), pêra/
pera.

ANTES DEPOIS
Ele foi ao Pólo Norte. Ele foi ao Polo Norte.
Ele pára o carro. Ele para o carro.
Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo.
Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos.
Comi uma pêra. Comi uma pera.

Atenção:
Permanece o acento diferencial:

Nas duplas
- pôde/pode

Ex.: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
- pôr/por

Ex.: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

No plural dos verbos ter e vir, assim como das correspondentes formas compostas (manter, deter,
reter, conter, convir, intervir, advir etc.)

Ex.: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.


Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.

Obs: * É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma.

Ex.: Qual é a forma da fôrma do bolo?


* O circunflexo sai da palavra côa (do verbo coar).

Perde o acento o u tônico das formas verbais rizotônicas (com acento na raiz) nos grupos que e qui/gue e
gui.

ANTES DEPOIS

ele argúi ele argui


apazigúe apazigue
averigúe averigue
obliqúe oblique

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— Hífen

Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com as letras r ou s,
que serão duplicadas.

ANTES DEPOIS
auto-retrato autorretrato
anti-social antissocial
extra-regimento extrarregimento
ultra-som ultrassom
contra-regra contrarregra

Atenção: Mantém-se o hífen quando os prefixos hiper, inter e super se ligam a elementos iniciados por r.

Ex.: hiper-requisitado; inter-regional; super-resistente.


Usa-se o hífen quando o prefixo termina com a mesma vogal que inicia o segundo elemento.

ANTES DEPOIS
antiinflamatório anti-inflamatório
arquiinimigo arqui-inimigo
microondas micro-ondas
microônibus micro-ônibus
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da que inicia o segundo elemento.

ANTES DEPOIS
auto-escola autoescola
contra-indicação contraindicação
extra-oficial extraoficial
infra-estrutura infraestrutura
semi-árido semiárido

Atenção: Não se usa o hífen com o prefixo co, ainda que o segundo elemento comece pela vogal o.

Ex.: coocupante, cooptar.


Não se usa hífen em palavras compostas que, pelo uso, passaram a formar uma unidade.

ANTES DEPOIS

manda-chuva mandachuva
pára-quedas paraquedas
pára-quedismo paraquedismo

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Fonética

— Definições Gerais
Fonética e Fonologia são ramos que integram a primeira parte dos estudos da Gramática Descritiva e se
dedicam ao estudo das características e dos fenômenos físicos, fisiológicos e fônicos da língua. Seus objetivos
são a investigação e a classificação dos dos sons da fala, que nada mais são do que os componentes mínimos
da linguagem articulada. A fonética concentra-se nos sons da fala em sua realização efetiva, enquanto a
fonologia volta-se para o sistema de fonemas. Por seus objetos de estudo estarem estritamente vinculados,
essas áreas são compreendidas como complementares.   

Fonética
Analisa as propriedades fisiológicas e acústicas dos sons reais dos atos de fala, abrangendo a produção
desses sons, bem como suas articulações e variações. Em outros termos, procura investigar a realização
concreta dos sons das palavras.  

Os sons e a formação das palavras: sempre que alguém profere uma fala, sons são produzidos pela
corrente de ar que é liberada dos pulmões; esses sons associam-se para constituir palavras. Nesse processo,
o sentido das palavras pode ser modificado se houver alguma alteração na geração do som.   

Exemplo: as palavras gado e gato possuem sons semelhantes, a não ser pelo [d] e pelo [t]. Essa mínima
diferença altera o significado de cada uma dessas palavras.  

Exemplo de análise fonética:

[a] = vogal baixa central arredondada [b] = oclusiva bilabial vozeada


[e] = vogal média alta anterior não arredondada [p] = oclusiva bilabial desvozeada/surda
[i] = vogal alta anterior não arredondada [d] = oclusiva velar vozeada
[o] = vogal média alta posterior arredondada [t] = Oclusiva alveolar desvozeada/surda
[u] = vogal alta posterior arredondada [tʃ] = Africada alveopalatal desvozeada/surda

Fonologia
É o estudo dos sons (fonemas) de uma língua. Lembrando que fonema consiste na representação sonora de
uma letra ou de um grupo de letras; fonema é som. De acordo com a Fonologia, o fonema é uma unidade acús-
tica desprovida de significado, o que quer dizer que esses componentes consistem nos distintos sons que são
produzidos que possamos manifestar nossas ideias, emoções e sentimentos, em virtude da união de unidades
diferenciadas. Tais unidades, por sua vez, ao se juntarem, formam as palavras e as sílabas.   

– Palavras: constituem a unidade básica da interação verbal e são formadas pela junção das sílabas.

– Sílabas: unidades menores que as palavras: na fala, temos sílabas e sons; na escrita, sílabas e letras.

– Fonemas: com origem na junção dos termos gregos fono (som) + emas (unidades distintas), os fonemas
são as menores unidades de som que compõem as palavras.

– Classificação dos fonemas: devido aos diversos tipos de sons gerados pela corrente que parte dos
pulmões em direção a órgãos específicos, com ou sem obstrução, seja pela boca e/ou pelo nariz, os fonemas
são classificados em vogais, semivogais e consoantes.

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Emprego e classificação das palavras e vocábulos

CLASSES DE PALAVRAS

Substantivo

São as palavras que atribuem nomes aos seres reais ou imaginários (pessoas, animais, objetos), lugares,
qualidades, ações e sentimentos, ou seja, que tem existência concreta ou abstrata.

Classificação dos substantivos

SUBSTANTIVO SIMPLES: Olhos/água/


apresentam um só radical em sua muro/quintal/caderno/macaco/
estrutura. sabão
SUBSTANTIVOS COMPOSTOS: Macacos-prego/
são formados por mais de um radical porta-voz/
em sua estrutura. pé-de-moleque
SUBSTANTIVOS PRIMITIVOS: são Casa/
os que dão origem a outras palavras, ou mundo/
seja, ela é a primeira. população
/formiga
SUBSTANTIVOS DERIVADOS: são Caseiro/mundano/populacional/
formados por outros radicais da língua. formigueiro
SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS: Rodrigo
designa determinado ser entre outros /Brasil
da mesma espécie. São sempre /Belo Horizonte/Estátua da
iniciados por letra maiúscula. Liberdade
SUBSTANTIVOS COMUNS: biscoitos/ruídos/estrelas/cachorro/
referem-se qualquer ser de uma mesma prima
espécie.
SUBSTANTIVOS CONCRETOS: Leão/corrente
nomeiam seres com existência própria. /estrelas/fadas
Esses seres podem ser animadoso ou /lobisomem
inanimados, reais ou imaginários. /saci-pererê
SUBSTANTIVOS ABSTRATOS: Mistério/
nomeiam ações, estados, qualidades bondade/
e sentimentos que não tem existência confiança/
própria, ou seja, só existem em função lembrança/
de um ser. amor/
alegria
SUBSTANTIVOS COLETIVOS: Elenco (de atores)/
referem-se a um conjunto de seres acervo (de obras artísticas)/buquê
da mesma espécie, mesmo quando (de flores)
empregado no singular e constituem um
substantivo comum.
NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS PALAVRAS QUE
NÃO ESTÃO AQUI!

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Flexão dos Substantivos
• Gênero: Os gêneros em português podem ser dois: masculino e feminino. E no caso dos substantivos
podem ser biformes ou uniformes
– Biformes: as palavras tem duas formas, ou seja, apresenta uma forma para o masculino e uma para o
feminino: tigre/tigresa, o presidente/a presidenta, o maestro/a maestrina
– Uniformes: as palavras tem uma só forma, ou seja, uma única forma para o masculino e o feminino. Os
uniformes dividem-se em epicenos, sobrecomuns e comuns de dois gêneros.
a) Epicenos: designam alguns animais e plantas e são invariáveis: onça macho/onça fêmea, pulga macho/
pulga fêmea, palmeira macho/palmeira fêmea.
b) Sobrecomuns: referem-se a seres humanos; é pelo contexto que aparecem que se determina o gênero:
a criança (o criança), a testemunha (o testemunha), o individuo (a individua).
c) Comuns de dois gêneros: a palavra tem a mesma forma tanto para o masculino quanto para o feminino:
o/a turista, o/a agente, o/a estudante, o/a colega.
• Número: Podem flexionar em singular (1) e plural (mais de 1).
– Singular: anzol, tórax, próton, casa.
– Plural: anzóis, os tórax, prótons, casas.
• Grau: Podem apresentar-se no grau aumentativo e no grau diminutivo.
– Grau aumentativo sintético: casarão, bocarra.
– Grau aumentativo analítico: casa grande, boca enorme.
– Grau diminutivo sintético: casinha, boquinha
– Grau diminutivo analítico: casa pequena, boca minúscula.

Adjetivo

É a palavra variável que especifica e caracteriza o substantivo: imprensa livre, favela ocupada. Locução
adjetiva é expressão composta por substantivo (ou advérbio) ligado a outro substantivo por preposição com o
mesmo valor e a mesma função que um adjetivo: golpe de mestre (golpe magistral), jornal da tarde (jornal
vespertino).
Flexão do Adjetivos
• Gênero:

– Uniformes: apresentam uma só para o masculino e o feminino: homem feliz, mulher feliz.

– Biformes: apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino: juiz sábio/ juíza sábia, bairro
japonês/ indústria japonesa, aluno chorão/ aluna chorona.
• Número:

– Os adjetivos simples seguem as mesmas regras de flexão de número que os substantivos: sábio/ sábios,
namorador/ namoradores, japonês/ japoneses.

– Os adjetivos compostos têm algumas peculiaridades: luvas branco-gelo, garrafas amarelo-claras, cintos
da cor de chumbo.
• Grau:

– Grau Comparativo de Superioridade: Meu time é mais vitorioso (do) que o seu.

– Grau Comparativo de Inferioridade: Meu time é menos vitorioso (do) que o seu.

– Grau Comparativo de Igualdade: Meu time é tão vitorioso quanto o seu.

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– Grau Superlativo Absoluto Sintético: Meu time é famosíssimo.

– Grau Superlativo Absoluto Analítico: Meu time é muito famoso.

– Grau Superlativo Relativo de Superioridade: Meu time é o mais famoso de todos.

– Grau Superlativo Relativo de Inferioridade; Meu time é menos famoso de todos.

Artigo
É uma palavra variável em gênero e número que antecede o substantivo, determinando de modo particular
ou genérico.
• Classificação e Flexão do Artigos
– Artigos Definidos: o, a, os, as.

O menino carregava o brinquedo em suas costas.

As meninas brincavam com as bonecas.


– Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas.

Um menino carregava um brinquedo.

Umas meninas brincavam com umas bonecas.

Numeral
É a palavra que indica uma quantidade definida de pessoas ou coisas, ou o lugar (posição) que elas ocupam
numa série.
• Classificação dos Numerais
– Cardinais: indicam número ou quantidade:

Trezentos e vinte moradores.

– Ordinais: indicam ordem ou posição numa sequência:

Quinto ano. Primeiro lugar.

– Multiplicativos: indicam o número de vezes pelo qual uma quantidade é multiplicada:

O quíntuplo do preço.
– Fracionários: indicam a parte de um todo:

Dois terços dos alunos foram embora.

Pronome
É a palavra que substitui os substantivos ou os determinam, indicando a pessoa do discurso.
• Pronomes pessoais vão designar diretamente as pessoas em uma conversa. Eles indicam as três pessoas
do discurso.

Pronomes Retos Pronomes Oblíquos


Pessoas do Discurso
Função Subjetiva Função Objetiva
1º pessoa do singular Eu Me, mim, comigo
2º pessoa do singular Tu Te, ti, contigo

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3º pessoa do singular Ele, ela, Se, si, consigo, lhe, o,
a
1º pessoa do plural Nós Nos, conosco
2º pessoa do plural Vós Vos, convosco
3º pessoa do plural Eles, elas Se, si, consigo, lhes,
os, as

• Pronomes de Tratamento são usados no trato com as pessoas, normalmente, em situações formais de
comunicação.

Pronomes de Trata-
Emprego
mento
Você Utilizado em situações informais.
Senhor (es) e Senhora
Tratamento para pessoas mais velhas.
(s)
Usados para pessoas com alta autori-
Vossa Excelência
dade
Usados para os reitores das Universi-
Vossa Magnificência
dades.
Empregado nas correspondências e
Vossa Senhoria
textos escritos.
Vossa Majestade Utilizado para Reis e Rainhas
Utilizado para príncipes, princesas,
Vossa Alteza
duques.
Vossa Santidade Utilizado para o Papa
Vossa Eminência Usado para Cardeais.
Utilizado para sacerdotes e religiosos
Vossa Reverendíssima
em geral.

• Pronomes Possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.

Pessoa do Discurso Pronome Possessivo


1º pessoa do singular Meu, minha, meus, minhas
2º pessoa do singular teu, tua, teus, tuas
3º pessoa do singular seu, sua, seus, suas
1º pessoa do plural Nosso, nossa, nossos, nossas
2º pessoa do plural Vosso, vossa, vossos, vossas
3º pessoa do plural Seu, sua, seus, suas

• Pronomes Demonstrativos são utilizados para indicar a posição de algum elemento em relação à pes-
soa seja no discurso, no tempo ou no espaço.

Pronomes Demonstra-
Singular Plural
tivos
Feminino esta, essa, aquela estas, essas, aquelas
Masculino este, esse, aquele estes, esses, aqueles

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• Pronomes Indefinidos referem-se à 3º pessoa do discurso, designando-a de modo vago, impreciso, inde-
terminado. Os pronomes indefinidos podem ser variáveis (varia em gênero e número) e invariáveis (não variam
em gênero e número).

Classificação Pronomes Indefinidos


algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhu-
mas, muito, muita, muitos, muitas, pouco, pouca, poucos, poucas, todo,
Variáveis toda, todos, todas, outro, outra, outros, outras, certo, certa, certos, certas,
vário, vária, vários, várias, tanto, tanta, tantos, tantas, quanto, quanta, quan-
tos, quantas, qualquer, quaisquer, qual, quais, um, uma, uns, umas.
Invariáveis quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada.

• Pronomes Interrogativos são palavras variáveis e invariáveis utilizadas para formular perguntas diretas e
indiretas.

Classificação Pronomes Interrogativos


qual, quais, quanto, quantos, quanta, quan-
Variáveis
tas.
Invariáveis quem, que.

• Pronomes Relativos referem-se a um termo já dito anteriormente na oração, evitando sua repeti-
ção. Eles também podem ser variáveis e invariáveis.

Classificação Pronomes Relativos


o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta,
Variáveis
quantos, quantas.
Invariáveis quem, que, onde.

Verbos
São as palavras que exprimem ação, estado, fenômenos meteorológicos, sempre em relação ao um deter-
minado tempo.
• Flexão verbal
Os verbos podem ser flexionados de algumas formas.

– Modo: É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na frase para indicar uma atitude da pessoa que
o usou. O modo é dividido em três: indicativo (certeza, fato), subjuntivo (incerteza, subjetividade) e imperativo
(ordem, pedido).
– Tempo: O tempo indica o momento em que se dá o fato expresso pelo verbo. Existem três tempos no
modo indicativo: presente, passado (pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito) e futuro (do presente e do
pretérito). No subjuntivo, são três: presente, pretérito imperfeito e futuro.
– Número: Este é fácil: singular e plural.
– Pessoa: Fácil também: 1ª pessoa (eu amei, nós amamos); 2º pessoa (tu amaste, vós amastes); 3ª pessoa
(ele amou, eles amaram).
• Formas nominais do verbo
Os verbos têm três formas nominais, ou seja, formas que exercem a função de nomes (normalmente, subs-
tantivos). São elas infinitivo (terminado em -R), gerúndio (terminado em –NDO) e particípio (terminado em –DA/
DO). • Voz verbal
É a forma como o verbo se encontra para indicar sua relação com o sujeito. Ela pode ser ativa, passiva ou
reflexiva.

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– Voz ativa: Segundo a gramática tradicional, ocorre voz ativa quando o verbo (ou locução verbal) indica
uma ação praticada pelo sujeito. Veja:

João pulou da cama atrasado


– Voz passiva: O sujeito é paciente e, assim, não pratica, mas recebe a ação. A voz passiva pode ser ana-
lítica ou sintética. A voz passiva analítica é formada por:

Sujeito paciente + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros) + verbo principal da ação conjugado no
particípio + preposição por/pelo/de + agente da passiva.
A casa foi aspirada pelos rapazes

A voz passiva sintética, também chamada de voz passiva pronominal (devido ao uso do pronome se) é
formada por:

Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plural) + pronome apassivador «se» + sujeito pa-
ciente.
Aluga-se apartamento.

Advérbio
É a palavra invariável que modifica o verbo, adjetivo, outro advérbio ou a oração inteira, expressando uma
determinada circunstância. As circunstâncias dos advérbios podem ser:
– Tempo: ainda, cedo, hoje, agora, antes, depois, logo, já, amanhã, tarde, sempre, nunca, quando, jamais,
ontem, anteontem, brevemente, atualmente, à noite, no meio da noite, antes do meio-dia, à tarde, de manhã,
às vezes, de repente, hoje em dia, de vez em quando, em nenhum momento, etc.
– Lugar: Aí, aqui, acima, abaixo, ali, cá, lá, acolá, além, aquém, perto, longe, dentro, fora, adiante, defronte,
detrás, de cima, em cima, à direita, à esquerda, de fora, de dentro, por fora, etc.
– Modo: assim, melhor, pior, bem, mal, devagar, depressa, rapidamente, lentamente, apressadamente, fe-
lizmente, às pressas, às ocultas, frente a frente, com calma, em silêncio, etc.
– Afirmação: sim, deveras, decerto, certamente, seguramente, efetivamente, realmente, sem dúvida, com
certeza, por certo, etc.
– Negação: não, absolutamente, tampouco, nem, de modo algum, de jeito nenhum, de forma alguma, etc.
– Intensidade: muito, pouco, mais, menos, meio, bastante, assaz, demais, bem, mal, tanto, tão, quase, ape-
nas, quanto, de pouco, de todo, etc.
– Dúvida: talvez, acaso, possivelmente, eventualmente, porventura, etc.

Preposição
É a palavra que liga dois termos, de modo que o segundo complete o sentido do primeiro. As preposições
são as seguintes:

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Conjunção
É palavra que liga dois elementos da mesma natureza ou uma oração a outra. As conjunções podem ser
coordenativas (que ligam orações sintaticamente independentes) ou subordinativas (que ligam orações com
uma relação hierárquica, na qual um elemento é determinante e o outro é determinado).
• Conjunções Coordenativas

Tipos Conjunções Coordenativas


Aditivas e, mas ainda, mas também, nem...
contudo, entretanto, mas, não obstante, no entanto, porém,
Adversativas
todavia...
Alternativas já…, já…, ou, ou…, ou…, ora…, ora…, quer…, quer…
assim, então, logo, pois (depois do verbo), por conseguinte,
Conclusivas
por isso, portanto...
Explicativas pois (antes do verbo), porquanto, porque, que...

• Conjunções Subordinativas

Tipos Conjunções Subordinativas


Causais Porque, pois, porquanto, como, etc.
Concessivas Embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, etc.
Condicionais Se, caso, quando, conquanto que, salvo se, sem que, etc.
Conforme, como (no sentido de conforme), segundo, consoante,
Conformativas
etc.
Finais Para que, a fim de que, porque (no sentido de que), que, etc.
Proporcionais À medida que, ao passo que, à proporção que, etc.
Temporais Quando, antes que, depois que, até que, logo que, etc.
Que, do que (usado depois de mais, menos, maior, menor, me-
Comparativas
lhor, etc.
Que (precedido de tão, tal, tanto), de modo que, De maneira que,
Consecutivas
etc.
Integrantes Que, se.

Interjeição
É a palavra invariável que exprime ações, sensações, emoções, apelos, sentimentos e estados de espírito,
traduzindo as reações das pessoas.
• Principais Interjeições
Oh! Caramba! Viva! Oba! Alô! Psiu! Droga! Tomara! Hum!
Dez classes de palavras foram estudadas agora. O estudo delas é muito importante, pois se você tem bem
construído o que é e a função de cada classe de palavras, não terá dificuldades para entender o estudo da
Sintaxe.

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Flexões nominal e verbal

FLEXÃO NOMINAL E VERBAL

FLEXÃO NOMINAL

Flexão de número
Os nomes (substantivo, adjetivo etc.), de modo geral, admitem a flexão de número: singular e plural.
Ex.: animal – animais.

Palavras Simples

1) Na maioria das vezes, acrescenta-se S.


Ex.: ponte – pontes / bonito – bonitos.

2) Palavras terminadas em R ou Z: acrescenta-se ES.


Ex.: éter – éteres / avestruz – avestruzes.

Observação: o pronome qualquer faz o plural no meio: quaisquer.

3) Palavras oxítonas terminadas em S: acrescenta-se ES.


Ex.: ananás – ananases.

Observação: as paroxítonas e as proparoxítonas são invariáveis. Ex.: o pires − os pires / o ônibus − os


ônibus.

4) Palavras terminadas em IL:


a) átono: trocam IL por EIS. Ex.: fóssil – fósseis.
b) tônico: trocam L por S. Ex.: funil – funis.

5) Palavras terminadas em EL:


a) átono: plural em EIS. Ex.: nível – níveis.
b) tônico: plural em ÉIS. Ex.: carretel – carretéis.

6) Palavras terminadas em X são invariáveis.


Ex.: o clímax − os clímax.

7) Há palavras cuja sílaba tônica avança.


Ex.: júnior – juniores / caráter – caracteres.

Observação: a palavra caracteres é plural tanto de caractere quanto de caráter.

8) Palavras terminadas em ÃO, ÃOS, ÃES e ÕES.


Fazem o plural, por isso veja alguns muito importantes:
a) Em ões: balões, corações, grilhões, melões, gaviões.
b) Em ãos: pagãos, cristãos, cidadãos, bênçãos, órgãos.

Observação: os paroxítonos, como os dois últimos, sempre fazem o plural em ÃOS.


c) Em ães: escrivães, tabeliães, capelães, capitães, alemães.

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d) Em ões ou ãos: corrimões/corrimãos, verões/verãos, anões/anãos
e) Em ões ou ães: charlatões/charlatães, guardiões/guardiães, cirugiões/cirurgiães.
f) Em ões, ãos ou ães: anciões/anciãos/anciães, ermitões/ermitãos/ermitães.

9) Plural dos diminutivos com a letra Z


Coloca-se a palavra no plural, corta-se o S e acrescenta-se zinhos (ou zinhas). Exemplo:
Coraçãozinho → corações → coraçõe → coraçõezinhos.
Azulzinha → azuis → azui → azuizinhas.

10) Plural com metafonia (ô → ó)


Algumas palavras, quando vão ao plural, abrem o timbre da vogal o; outras, não. Veja a seguir.

Com metafonia singular (ô) e plural (ó)

coro - coros
corvo - corvos
destroço - destroços
forno - fornos
fosso - fossos
poço - poços
rogo - rogos

Sem metafonia singular (ô) e plural (ô)


adorno - adornos
bolso - bolsos
endosso - endossos
esgoto - esgotos
estojo - estojos
gosto - gostos

11) Casos especiais:


aval − avales e avais
cal − cales e cais
cós − coses e cós
fel − feles e féis
mal e cônsul − males e cônsules

Palavras Compostas
Quanto a variação das palavras compostas:

1) Variação de dois elementos: neste caso os compostos são formados por substantivo mais palavra variá-
vel (adjetivo, substantivo, numeral, pronome). Ex.:
amor-perfeito − amores-perfeitos
couve-flor − couves-flores
segunda-feira − segundas-feiras

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2) Variação só do primeiro elemento: neste caso quando há preposição no composto, mesmo que oculto.
Ex.:
pé-de-moleque − pés-de-moleque
cavalo-vapor − cavalos-vapor (de ou a vapor)

3) A palavra também irá variar quando o segundo substantivo determina o primeiro (fim ou semelhança). Ex.:
banana-maçã − bananas-maçã (semelhante a maçã)
navio-escola − navios-escola (a finalidade é a escola)

Observações:
- Alguns autores admitem a flexão dos dois elementos, porém é uma situação polêmica.
Ex.: mangas-espada (preferível) ou mangas-espadas.
- Quando apenas o último elemento varia:
a) Quando os elementos são adjetivos. Ex.: hispano-americano − hispano-americanos.

Observação: a exceção é surdo-mudo, em que os dois adjetivos se flexionam: surdos-mudos.


b) Nos compostos em que aparecem os adjetivos GRÃO, GRÃ e BEL. Ex.: grão-duque − grão-duques /
grã-cruz − grã-cruzes / bel-prazer − bel-prazeres.
c) Quando o composto é formado por verbo ou qualquer elemento invariável (advérbio, interjeição, prefixo
etc.) mais substantivo ou adjetivo. Ex.: arranha-céu − arranha-céus / sempre-viva − sempre-vivas / super-ho-
mem − super-homens.
d) Quando os elementos são repetidos ou onomatopaicos (representam sons). Ex.: reco-reco − reco-recos
/ pingue-pongue − pingue-pongues / bem-te-vi − bem-te-vis.

Observações:
- Como se vê pelo segundo exemplo, pode haver alguma alteração nos elementos, ou seja, não serem
iguais.
- Se forem verbos repetidos, admite-se também pôr os dois no plural. Ex.: pisca-pisca − pisca-piscas ou
piscas-piscas.

4) Quando nenhum elemento varia.


- Quando há verbo mais palavra invariável. Ex.: o cola-tudo − os cola-tudo.
- Quando há dois verbos de sentido oposto. Ex.: o perde-ganha − os perde-ganha.
- Nas frases substantivas (frases que se transformam em substantivos). Ex.: O maria-vai-com-as-outras −
os maria-vai-com-as-outras.

Observações:
- São invariáveis arco-íris, louva-a-deus, sem-vergonha, sem-teto e sem-terra.
Ex.: Os sem-terra apreciavam os arco-íris.
- Admitem mais de um plural:
pai-nosso − pais-nossos ou pai-nossos
padre-nosso − padres-nossos ou padre-nossos
terra-nova − terras-novas ou terra-novas
salvo-conduto − salvos-condutos ou salvo-condutos
xeque-mate − xeques-mates ou xeques-mate

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- Casos especiais: palavras que não se encaixam nas regras.
o bem-me-quer − os bem-me-queres
o joão-ninguém − os joões-ninguém
o lugar-tenente − os lugar-tenentes
o mapa-múndi − os mapas-múndi

Flexão de gênero
Os substantivos e as palavras que o acompanham na frase admitem a flexão de gênero: masculino e femi-
nino. Ex.:
Meu amigo diretor recebeu o primeiro salário.
Minha amiga diretora recebeu a primeira prestação.
A flexão de feminino pode ocorrer de duas maneiras.

1) Com a troca de o ou e por a. Ex.: lobo – loba / mestre – mestra.

2) Por meio de diferentes sufixos nominais de gênero, muitas vezes com alterações do radical. Veja alguns
femininos importantes:
ateu − ateia
bispo − episcopisa
conde − condessa
duque − duquesa
frade − freira
ilhéu − ilhoa
judeu − judia
marajá − marani
monje − monja
pigmeu − pigmeia
Alguns substantivos são uniformes quanto ao gênero, ou seja, possuem uma única forma para masculino e
feminino. E podem ser divididos em:

a) Sobrecomuns: admitem apenas um artigo, podendo designar os dois sexos. Ex.: a pessoa, o cônjuge, a
testemunha.

b) Comuns de dois gêneros: admitem os dois artigos, podendo então ser masculinos ou femininos. Ex.: o
estudante − a estudante, o cientista − a cientista, o patriota − a patriota.

c) Epicenos: admitem apenas um artigo, designando os animais. Ex.: O jacaré, a cobra, o polvo.

Observações:
- O feminino de elefante é elefanta, e não elefoa. Aliá é correto, mas designa apenas uma espécie de ele-
fanta.
- Mamão, para alguns gramáticos, deve ser considerado epiceno. É algo discutível.
- Há substantivos de gênero duvidoso, que as pessoas costumam trocar. Veja alguns que convém gravar.
Masculinos - Femininos
champanha - aguardente
dó - alface

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eclipse - cal
formicida - cataplasma
grama (peso) - grafite
milhar - libido
plasma - omoplata
soprano - musse
suéter - preá
telefonema
- Existem substantivos que admitem os dois gêneros. Ex.: diabetes (ou diabete), laringe, usucapião etc.

Flexão de grau
Por razões meramente didáticas, incluo, aqui, o grau entre os processos de flexão.

Grau do substantivo

1) Normal ou positivo: sem nenhuma alteração. Ex.: chapéu.

2) Aumentativo:
a) Sintético: chapelão;
b) Analítico: chapéu grande, chapéu enorme etc.

3) Diminutivo:
a) Sintético: chapeuzinho;
b) Analítico: chapéu pequeno, chapéu reduzido etc.

Obs.: Um grau é sintético quando formado por sufixo; analítico, por meio de outras palavras.

Grau do adjetivo

1) Normal ou positivo: João é forte.

2) Comparativo:
a) De superioridade: João é mais forte que André. (ou do que);
b) De inferioridade: João é menos forte que André. (ou do que);
c) De igualdade: João é tão forte quanto André. (ou como);

3) Superlativo:
a) Absoluto
Sintético: João é fortíssimo.
Analítico: João é muito forte. (bastante forte, forte demais etc.)
b) Relativo:
De superioridade: João é o mais forte da turma.
De inferioridade: João é o menos forte da turma.

Observações:
a) O grau superlativo absoluto corresponde a um aumento do adjetivo. Pode ser expresso por um sufixo
(íssimo, érrimo ou imo) ou uma palavra de apoio, como muito, bastante, demasiadamente, enorme etc.

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b) As palavras maior, menor, melhor e pior constituem sempre graus de superioridade. Ex.:
O carro é menor que o ônibus. (menor - mais pequeno = comparativo de superioridade.)
Ele é o pior do grupo. (pior - mais mau = superlativo relativo de superioridade.)
c) Alguns superlativos absolutos sintéticos também podem apresentar dúvidas.
acre − acérrimo
amargo − amaríssimo
amigo − amicíssimo
antigo − antiquíssimo
cruel − crudelíssimo
doce − dulcíssimo
fácil − facílimo
feroz − ferocíssimo
fiel − fidelíssimo
geral − generalíssimo
humilde − humílimo
magro − macérrimo
negro − nigérrimo
pobre − paupérrimo
sagrado − sacratíssimo
sério − seriíssimo
soberbo – superbíssimo

FLEXÃO VERBAL

1) Número: singular ou plural


Ex.: ando, andas, anda → singular
andamos, andais, andam → plural

2) Pessoas: são três.


a) A primeira é aquela que fala; corresponde aos pronomes eu (singular) e nós (plural).
Ex.: escreverei, escreveremos.
b) A segunda é aquela com quem se fala; corresponde aos pronomes tu (singular) e vós (plural).
Ex.: escreverás, escrevereis.
c) A terceira é aquela acerca de quem se fala; corresponde aos pronomes ele ou ela (singular) e eles ou
elas (plural).
Ex.: escreverá, escreverão.

3) Modos: são três.


a) Indicativo: apresenta o fato verbal de maneira positiva, indubitável. Ex.: vendo.
b) Subjuntivo: apresenta o fato verbal de maneira duvidosa, hipotética. Ex.: que eu venda.
c) Imperativo: apresenta o fato verbal como objeto de uma ordem. Ex.: venda!

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4) Tempos: são três.
a) Presente: falo
b) Pretérito:
- Perfeito: falei
- Imperfeito: falava
- Mais-que-perfeito: falara

Obs.: O pretérito perfeito indica uma ação extinta; o imperfeito, uma ação que se prolongava num determi-
nado ponto do passado; o mais-que-perfeito, uma ação passada em relação a outra ação, também passada.
Ex.:
Eu cantei aquela música. (perfeito)
Eu cantava aquela música. (imperfeito)
Quando ele chegou, eu já cantara. (mais-que-perfeito)
c) Futuro:
- Do presente: estudaremos
- Do pretérito: estudaríamos

Obs.: No modo subjuntivo, com relação aos tempos simples, temos apenas o presente, o pretérito imperfei-
to e o futuro (sem divisão). Os tempos compostos serão estudados mais adiante.

5) Vozes: são três.


a) Ativa: o sujeito pratica a ação verbal.
Ex.: O carro derrubou o poste.
b) Passiva: o sujeito sofre a ação verbal.
- Analítica ou verbal: com o particípio e um verbo auxiliar.
Ex.: O poste foi derrubado pelo carro.
- Sintética ou pronominal: com o pronome apassivador se.
Ex.: Derrubou-se o poste.

Obs.: Estudaremos bem o pronome apassivador (ou partícula apassivadora) na sétima lição: concordância
verbal.
c) Reflexiva: o sujeito pratica e sofre a ação verbal; aparece um pronome reflexivo. Ex.: O garoto se machu-
cou.

Formação do Imperativo

1) Afirmativo: tu e vós saem do presente do indicativo menos a letra s; você, nós e vocês, do presente do
subjuntivo.
Ex.: Imperativo afirmativo do verbo beber
Bebo → beba
bebes → bebe (tu) bebas
bebe beba → beba (você)
bebemos bebamos → bebamos (nós)
bebeis → bebei (vós) bebais
bebem bebam → bebam (vocês)

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Reunindo, temos: bebe, beba, bebamos, bebei, bebam.

2) Negativo: sai do presente do subjuntivo mais a palavra não.


Ex.: beba
bebas → não bebas (tu)
beba → não beba (você)
bebamos → não bebamos (nós)
bebais → não bebais (vós)
bebam → não bebam (vocês)
Assim, temos: não bebas, não beba, não bebamos, não bebais, não bebam.

Observações:
a) No imperativo não existe a primeira pessoa do singular, eu; a terceira pessoa é você.
b) O verbo ser não segue a regra nas pessoas que saem do presente do indicativo. Eis o seu imperativo:
- Afirmativo: sê, seja, sejamos, sede, sejam.
- Negativo: não sejas, não seja, não sejamos, não sejais, não sejam.
c) O tratamento dispensado a alguém numa frase não pode mudar. Se começamos a tratar a pessoa por
você, não podemos passar para tu, e vice-versa.
Ex.: Pede agora a tua comida. (tratamento: tu)
Peça agora a sua comida. (tratamento: você)
d) Os verbos que têm z no radical podem, no imperativo afirmativo, perder também a letra e que aparece
antes da desinência s.
Ex.: faze (tu) ou faz (tu)
dize (tu) ou diz (tu)
e) Procure ter “na ponta da língua” a formação e o emprego do imperativo. É assunto muito cobrado em
concursos públicos.

Tempos Primitivos e Tempos Derivados

1) O presente do indicativo é tempo primitivo. Da primeira pessoa do singular sai todo o presente do sub-
juntivo.
Ex.: digo → que eu diga, que tu digas, que ele diga etc.
dizes
diz

Obs.: isso não ocorre apenas com os poucos verbos que não apresentam a desinência o na primeira pes-
soa do singular.
Ex.: eu sou → que eu seja.
eu sei → que eu saiba.

2) O pretérito perfeito é tempo primitivo. Da segunda pessoa do singular saem:


a) o mais-que-perfeito.
Ex.: coubeste → coubera, couberas, coubera, coubéramos, coubéreis, couberam.
b) o imperfeito do subjuntivo.
Ex.: coubeste → coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis, coubessem.

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c) o futuro do subjuntivo.
Ex.: coubeste → couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem.

3) Do infinitivo impessoal derivam:


a) o imperfeito do indicativo.
Ex.: caber → cabia, cabias, cabia, cabíamos, cabíeis, cabiam.
b) o futuro do presente.
Ex.: caber → caberei, caberás, caberá, caberemos, cabereis, caberão.
c) o futuro do pretérito.
Ex.: caber → caberia, caberias, caberia, caberíamos, caberíeis, caberiam.
d) o infinitivo pessoal.
Ex.: caber → caber, caberes, caber, cabermos, caberdes, caberem.
e) o gerúndio.
Ex.: caber → cabendo.
f) o particípio.
Ex.: caber → cabido.

Tempos Compostos
Formam-se os tempos compostos com o verbo auxiliar (ter ou haver) mais o particípio do verbo que se quer
conjugar.

1) Perfeito composto: presente do verbo auxiliar mais particípio do verbo principal.


Ex.: tenho falado ou hei falado → perfeito composto do indicativo tenha falado ou haja falado → perfeito
composto do subjuntivo.

2) Mais-que-perfeito composto: imperfeito do auxiliar mais particípio do principal.


Ex.: tinha falado → mais-que-perfeito composto do indicativo.
tivesse falado → mais-que-perfeito composto do subjuntivo.

3) Demais tempos: basta classificar o verbo auxiliar.


Ex.: terei falado → futuro do presente composto (terei é futuro do presente).

Verbos Irregulares Comuns em Concursos


É importante saber a conjugação dos verbos que seguem. Eles estão conjugados apenas nas pessoas,
tempos e modos mais problemáticos.

1) Compor, repor, impor, expor, depor etc.: seguem integralmente o verbo pôr.
Ex.: ponho → componho, imponho, deponho etc.
pus → compus, repus, expus etc.

2) Deter, conter, reter, manter etc.: seguem integralmente o verbo ter.


Ex.: tivermos → contivermos, mantivermos etc.
tiveste → retiveste, mantiveste etc.

3) Intervir, advir, provir, convir etc.: seguem integralmente o verbo vir.


Ex.: vierem → intervierem, provierem etc.

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vim → intervim, convim etc.

4) Rever, prever, antever etc.: seguem integralmente o verbo ver.


Ex.: vi → revi, previ etc.
víssemos → prevíssemos, antevíssemos etc.

Observações:
- Como se vê nesses quatro itens iniciais, o verbo derivado segue a conjugação do seu primitivo. Basta con-
jugar o verbo primitivo e recolocar o prefixo. Há outros verbos que dão origem a verbos derivados. Por exemplo,
dizer, haver e fazer. Para eles, vale a mesma regra explicada acima.
Ex.: eu houve → eu reouve (e não reavi, como normalmente se fala por aí).
- Requerer e prover não seguem integralmente os verbos querer e ver. Eles serão mostrados mais adiante.

5) Crer, no pretérito perfeito do indicativo: cri, creste, creu, cremos, crestes, creram.

6) Estourar, roubar, aleijar, inteirar etc.: mantém o ditongo fechado em todos os tempos, inclusive o presente
do indicativo. Ex.: A bomba estoura. (e não estóra, como normalmente se diz).

7) Aderir, competir, preterir, discernir, concernir, impelir, expelir, repelir:


a) presente do indicativo: adiro, aderes, adere, aderimos, aderimos, aderem.

b) presente do subjuntivo: adira, adiras, adira, adiramos, adirais, adiram.


Obs.: Esses verbos mudam o e do infinitivo para i na primeira pessoa do singular do presente do indicativo
e em todas do presente do subjuntivo.

8) Aguar, desaguar, enxaguar, minguar:


a) presente do indicativo: águo, águas, água; enxáguo, enxáguas, enxágua.
b) presente do subjuntivo: águe, águes, águe; enxágue, enxágues, enxágue.

9) Arguir, no presente do indicativo: arguo, argúis, argúi, arguimos, arguis, argúem.

10) Apaziguar, averiguar, obliquar, no presente do subjuntivo: apazigúe, apazigúes, apazigúe, apaziguemos,
apazigueis, apazigúem.

11) Mobiliar:
a) presente do indicativo: mobílio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobíliam.
b) presente do subjuntivo: mobílie, mobílies, mobílie, mobiliemos, mobilieis, mobíliem.

12) Polir, no presente do indicativo: pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem.

13) Passear, recear, pentear, ladear (e todos os outros terminados em ear)


a) presente do indicativo: passeio, passeias, passeia, passeamos, passeais, passeiam.
b) presente do subjuntivo: passeie, passeies, passeie, passeemos, passeeis, passeiem.

Observações:
- Os verbos desse grupo (importantíssimo) apresentam o ditongo ei nas formas rizotônicas, mas apenas nos
dois presentes.
- Os verbos estrear e idear apresentam ditongo aberto.
Ex.: estreio, estreias, estreia; ideio, ideias, ideia.

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14) Confiar, renunciar, afiar, arriar etc.: verbos regulares.
Ex.: confio, confias, confia, confiamos, confiais, confiam.

Observações:
- Esses verbos não têm o ditongo ei nas formas rizotônicas.
- Mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar e intermediar, apesar de terminarem em iar, apresentam o ditongo
ei.
Ex.: medeio, medeias, medeia, mediamos, mediais, medeiam, medeie, medeies, medeie, mediemos, me-
dieis, medeiem.

15) Requerer: só é irregular na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e, consequentemente, em


todo o presente do subjuntivo.
Ex.: requeiro, requeres, requer
requeira, requeiras, requeira
requeri, requereste, requereu

16) Prover: conjuga-se como verbo regular no pretérito perfeito, no mais-que-perfeito, no imperfeito do sub-
juntivo, no futuro do subjuntivo e no particípio; nos demais tempos, acompanha o verbo ver.
Ex.: Provi, proveste, proveu; provera, proveras, provera; provesse, provesses, provesse etc.
provejo, provês, provê; provia, provias, provia; proverei, proverás, proverá etc.

17) Reaver, precaver-se, falir, adequar, remir, abolir, colorir, ressarcir, demolir, acontecer, doer são verbos
defectivos. Estude o que falamos sobre eles na lição anterior, no item sobre a classificação dos verbos. Ex.:
Reaver, no presente do indicativo: reavemos, reaveis.

Concordâncias nominal e verbal

Visão Geral: sumariamente, as concordâncias verbal e nominal estudam a sintonia entre os componentes
de uma oração.

– Concordância verbal: refere-se ao verbo relacionado ao sujeito, sendo que o primeiro deve,
obrigatoriamente, concordar em número (flexão em singular e plural) e pessoa (flexão em 1a, 2a, ou 3a pessoa)
com o segundo. Isto é, ocorre quando o verbo é flexionado para concordar com o sujeito.

– Concordância nominal: corresponde à harmonia em gênero (flexão em masculino e feminino) e número


entre os vários nomes da oração, ocorrendo com maior frequência sobre os substantivos e o adjetivo. Em
outras palavras, refere-se ao substantivo e suas formas relacionadas: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Tal
concordância ocorre em gênero e pessoa

Casos específicos de concordância verbal

Concordância verbal com o infinitivo pessoal: existem três situações em que o verbo no infinitivo é fle-
xionado:
I – Quando houver um sujeito definido;
II – Sempre que se quiser determinar o sujeito;
III – Sempre que os sujeitos da primeira e segunda oração forem distintos.
Observe os exemplos:
“Eu pedir para eles fazerem a solicitação.”

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“Isto é para nós solicitarmos.”

Concordância verbal com o infinitivo impessoal: não há flexão verbal quando o sujeito não for definido,
ou sempre que o sujeito da segunda oração for igual ao da primeira oração, ou mesmo em locuções verbais,
com verbos preposicionados e com verbos imperativos.
Exemplos:
“Os membros conseguiram fazer a solicitação.”
“Foram proibidos de realizar o atendimento.”

Concordância verbal com verbos impessoais: nesses casos, verbo ficará sempre em concordância com
a 3a pessoa do singular, tendo em vista que não existe um sujeito.
Observe os casos a seguir:
– Verbos que indicam fenômenos da natureza, como anoitecer, nevar, amanhecer.
Exemplo: “Não chove muito nessa região” ou “Já entardeceu.»
– O verbo haver com sentido de existir. Exemplo: “Havia duas professoras vigiando as crianças.”
– O verbo fazer indicando tempo decorrido. Exemplo: “Faz duas horas que estamos esperando.”

Concordância verbal com o verbo ser: diante dos pronomes tudo, nada, o, isto, isso e aquilo como sujeito,
há concordância verbal com o predicativo do sujeito, podendo o verbo permanecer no singular ou no plural:
– “Tudo que eu desejo é/são férias à beira-mar.”
– “Isto é um exemplo do que o ocorreria.” e “Isto são exemplos do que ocorreria.”

Concordância verbal com pronome relativo quem: o verbo, ou faz concordância com o termo precedente
ao pronome, ou permanece na 3a pessoa do singular:
– “Fui eu quem solicitou.» e “Fomos nós quem solicitou.»

Concordância verbal com pronome relativo que: o verbo concorda com o termo que antecede o pronome:
– “Foi ele que fez.» e “Fui eu que fiz.»
– “Foram eles que fizeram.” e “Fomos nós que fizemos.»

Concordância verbal com a partícula de indeterminação do sujeito se: nesse caso, o verbo cria
concordância com a 3a pessoa do singular sempre que a oração for constituída por verbos intransitivos ou por
verbos transitivos indiretos:
– «Precisa-se de cozinheiro.” e «Precisa-se de cozinheiros.”

Concordância com o elemento apassivador se: aqui, verbo concorda com o objeto direto, que desempe-
nha a função de sujeito paciente, podendo aparecer no singular ou no plural:
– Aluga-se galpão.” e “Alugam-se galpões.”

Concordância verbal com as expressões a metade, a maioria, a maior parte: preferencialmente, o verbo
fará concordância com a 3° pessoa do singular. Porém, a 3a pessoa do plural também pode ser empregada:
– “A maioria dos alunos entrou” e “A maioria dos alunos entraram.”
– “Grande parte das pessoas entendeu.” e “Grande parte das pessoas entenderam.”

Concordância nominal muitos substantivos: o adjetivo deve concordar em gênero e número com o
substantivo mais próximo, mas também concordar com a forma no masculino plural:
– “Casa e galpão alugado.” e “Galpão e casa alugada.”
– “Casa e galpão alugados.” e “Galpão e casa alugados.”

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Concordância nominal com pronomes pessoais: o adjetivo concorda em gênero e número com os
pronomes pessoais:
– “Ele é prestativo.” e “Ela é prestativa.”
– “Eles são prestativos.” e “Elas são prestativas.”

Concordância nominal com adjetivos: sempre que existir dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo
permanece no singular, se houver um artigo entre os adjetivos. Se o artigo não aparecer, o substantivo deve
estar no plural:
– “A blusa estampada e a colorida.” e “O casaco felpudo e o xadrez.”
– “As blusas estampada e colorida.” e “Os casacos felpudo e xadrez.”

Concordância nominal com é proibido e é permitido: nessas expressões, o adjetivo flexiona em gênero
e número, sempre que houver um artigo determinando o substantivo. Caso não exista esse artigo, o adjetivo
deve permanecer invariável, no masculino singular:
– “É proibida a circulação de pessoas não identificadas.” e “É proibido circulação de pessoas não identificadas.”
– “É permitida a entrada de crianças.” e “É permitido entrada de crianças acompanhadas.”

Concordância nominal com menos: a palavra menos permanece é invariável independente da sua atua-
ção, seja ela advérbio ou adjetivo:
– “Menos pessoas / menos pessoas”.
– “Menos problema /menos problemas.”

Concordância nominal com muito, pouco, bastante, longe, barato, meio e caro: esses termos instauram
concordância em gênero e número com o substantivo quando exercem função de adjetivo:
– “Tomei bastante suco.” e “Comprei bastantes frutas.”
– “A jarra estava meia cheia.” e “O sapato está meio gasto”.
– “Fizemos muito barulho.” e “Compramos muitos presentes.”

Regências nominal e verbal

Visão geral: na Gramática, regência é o nome dado à relação de subordinação entre dois termos. Quando,
em um enunciado ou oração, existe influência de um tempo sobre o outro, identificamos o que se denomina
termo determinante, essa relação entre esses termos denominamos regência.

— Regência Nominal
É a relação entre um nome o seu complemento por meio de uma preposição. Esse nome pode ser um
substantivo, um adjetivo ou um advérbio e será o termo determinante.
O complemento preenche o significado do nome, cujo sentido estaria impreciso ou ambíguo se não fosse
pelo complemento.
Observe os exemplos:
“A nova entrada é acessível a cadeirantes.”
“Eu tenho o sonho de viajar para o nordeste.”
“Ele é perito em investigações como esta.”
Na primeira frase, adjetivo “acessível” exige a preposição a, do contrário, seu sentido ficaria incompleto. O
mesmo ocorre com os substantivos “sonho“ e “perito”, nas segunda e terceira frases, em que os nomes exigem
as preposições de e em para completude de seus sentidos. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que
regem. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem uma preposição para que seu sentido seja

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completo.

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO A


acessível a cego a fiel a nocivo a
agradável a cheiro a grato a oposto a
alheio a comum a horror a perpendicular a
análogo a contrário a idêntico a posterior a
anterior a desatento a inacessível a prestes a
apto a equivalente a indiferente a surdo a
atento a estranho a inerente a visível a
avesso a favorável a necessário a

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO POR


admiração por devoção por responsável por
ansioso por respeito por

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO DE


amante cobiçoso de digno de inimigo de natural de sedento de
de
contemporâneo obrigação
amigo de dotado de livre de seguro de
de de
orgulhoso
ávido de desejoso de fácil de longe de sonho de
de
capaz de diferente de impossível de louco de passível de
cheio de difícil de incapaz de maior de possível de

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO EM


doutor em hábil em interesse em negligente em primeiro em
incessante
exato em lento em parco em versado em
em
firme em indeciso em morador em perito em

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO PARA


apto para essencial para mau para
bastante para impróprio para pronto para
bom para inútil para próprio para

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO COM


amoroso com compatível com descontente com intolerante com
aparentado com cruel com furioso com liberal com
caritativo com cuidadoso com impaciente com solícito com

— Regência Verbal
Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os
termos regidos. Um verbo possui a mesma regência do nome do qual deriva.
Observe as duas frases:

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I – “Eles irão ao evento.” O verbo ir requer a preposição a (quem vai, vai a algum lugar), e isso o classifica
como verbo transitivo direto; “ao evento” são os termos regidos pelo verbo, isto é, constituem seu complemento.  
II – “Ela mora em região pantanosa.” O verbo morar exige a preposição em (quem mora mora em algum
lugar), portanto, é verbo transitivo indireto.  

REGE
No sentido de / pela
VERBO EXEMPLO
transitividade
PREPOSIÇÃO?
ajudar, dar assistência NÃO “Por favor, assista o time.”
ver SIM “Você assistiu ao jogo?”
Assistir
“Assiste aos cidadãos o direito de
pertencer SIM protestar.”
valor, preço NÃO “Esse imóvel custa caro.”
Custar desafio, dano, peso SIM “Dizer a verdade custou a ela.”
moral
fundamento / verbo NÃO “Isso não procede.”
instransitivo
Proceder
“Essa conclusão procede de muito
origem SIM vivência.”
finalidade, objetivo SIM “Visando à garantia dos direitos.”
Visar
avistar, enxergar NÃO “O vigia logo visou o suspeito.”
desejo NÃO “Queremos sair cedo.”
Querer
estima SIM “Quero muito aos meus sogros.”
pretensão SIM “Aspiro a ascensão política.”
Aspirar absorção ou NÃO “Evite aspirar fumaça.”
respiração
consequência / verbo “A sua solicitação implicará alteração do
NÃO
Implicar transitivo direto meu trajeto.”
insistência, birra SIM “Ele implicou com o cachorro.”
convocação NÃO “Chame todos!”
“Chamo a Talita de Tatá.”
Chamar Rege complemento, “Chamo Talita de Tatá.”
apelido com e sem
preposição “Chamo a Talita Tatá.”
“Chamo Talita Tatá.”
o que se paga NÃO “Paguei o aluguel.”
Pagar
a quem se paga SIM “Pague ao credor.”
quem chega, chega
Chegar a algum lugar / verbo SIM “Quando chegar ao local, espere.”
transitivo indireto
quem obedece a algo
Obedecer / alguém / transitivo SIM “Obedeçam às regras.”
indireto
Esquecer verbo transitivo direito NÃO “Esqueci as alianças.”
... exige um
verbo transitivo direito complemento
Informar “Informe o ocorrido ao gerente.”
e indireto, portanto... sem e outro com
preposição
quem vai vai a algum
Ir lugar / verbo transitivo SIM “Vamos ao teatro.”
indireto

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Quem mora em algum “Eles moram no interior.”
Morar lugar (verbo transitivo SIM
indireto) (Preposição “em” + artigo “o”).
verbo transitivio
Namorar NÃO “Júlio quer namorar Maria.”
direito
verbo bi transitivo
Preferir SIM “Prefira assados a frituras.”
(direto e indireto)
quem simpatiza
simpatiza com
Simpatizar SIM “Simpatizei-me com todos.”
algo/ alguém/ verbo
transitivo indireto

Sintaxe da oração e do período

Frase
É todo enunciado capaz de transmitir a outrem tudo aquilo que pensamos, queremos ou sentimos.
Exemplos
Caía uma chuva.
Dia lindo.

Oração
É a frase que apresenta estrutura sintática (normalmente, sujeito e predicado, ou só o predicado).
Exemplos
Ninguém segura este menino. (Ninguém: sujeito; segura este menino: predicado)
Havia muitos suspeitos. (Oração sem sujeito; havia muitos suspeitos: predicado)
Termos da oração

Termos sujeito
1.
essenciais predicado

complemento
verbal objeto direto
Termos complemento objeto indireto
2.
integrantes nominal
agente da
passiva

Adjunto
adnominal
Termos
3. adjunto
acessórios
adverbial
aposto
4. Vocativo

Diz-se que sujeito e predicado são termos “essenciais”, mas note que o termo que realmente é o núcleo da
oração é o verbo:
Chove. (Não há referência a sujeito.)

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Cansei. (O sujeito e eu, implícito na forma verbal.)
Os termos “acessórios” são assim chamados por serem supostamente dispensáveis, o que nem sempre é
verdade.
Sujeito e predicado
Sujeito é o termo da oração com o qual, normalmente, o verbo concorda.
Exemplos

A notícia corria rápida como pólvora. (Corria está no singular concordando com a notícia.)

As notícias corriam rápidas como pólvora. (Corriam, no plural, concordando com as notícias.)

O núcleo do sujeito é a palavra principal do sujeito, que encerra a essência de sua significação. Em torno
dela, como que gravitam as demais.

Exemplo: Os teus lírios brancos embelezam os campos. (Lírios é o núcleo do sujeito.)


Podem exercer a função de núcleo do sujeito o substantivo e palavras de natureza substantiva. Veja:

O medo salvou-lhe a vida. (substantivo)

Os medrosos fugiram. (Adjetivo exercendo papel de substantivo: adjetivo substantivado.)


A definição mais adequada para sujeito é: sujeito é o termo da oração com o qual o verbo normalmente
concorda.

Sujeito simples: tem um só núcleo.

Exemplo: As flores morreram.

Sujeito composto: tem mais de um núcleo.

Exemplo: O rapaz e a moça foram encostados ao muro.

Sujeito elíptico (ou oculto): não expresso e que pode ser determinado pela desinência verbal ou pelo
contexto.

Exemplo: Viajarei amanhã. (sujeito oculto: eu)

Sujeito indeterminado: é aquele que existe, mas não podemos ou não queremos identificá-lo com precisão.
Ocorre:

- quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, sem referência a nenhum substantivo anteriormente expres-
so.

Exemplo: Batem à porta.


- com verbos intransitivo (VI), transitivo indireto (VTI) ou de ligação (VL) acompanhados da partícula SE,
chamada de índice de indeterminação do sujeito (IIS).

Exemplos:
Vive-se bem. (VI)
Precisa-se de pedreiros. (VTI)
Falava-se baixo. (VI)
Era-se feliz naquela época. (VL)
Orações sem sujeito

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São orações cujos verbos são impessoais, com sujeito inexistente.
Ocorrem nos seguintes casos:
- com verbos que se referem a fenômenos meteorológicos.

Exemplo: Chovia. Ventava durante a noite.


- haver no sentido de existir ou quando se refere a tempo decorrido.

Exemplo: Há duas semanas não o vejo. (= Faz duas semanas)


- fazer referindo-se a fenômenos meteorológicos ou a tempo decorrido.

Exemplo: Fazia 40° à sombra.


- ser nas indicações de horas, datas e distâncias.

Exempl: São duas horas.

Predicado nominal
O núcleo, em torno do qual as demais palavras do predicado gravitam e que contém o que de mais impor-
tante se comunica a respeito do sujeito, e um nome (isto é, um substantivo ou adjetivo, ou palavra de natureza
substantiva). O verbo e de ligação (liga o núcleo ao sujeito) e indica estado (ser, estar, continuar, ficar, perma-
necer; também andar, com o sentido de estar; virar, com o sentido de transformar-se em; e viver, com o sentido
de estar sempre).
Exemplo:

Os príncipes viraram sapos muito feios. (verbo de ligação mais núcleo substantivo: sapos)
Verbos de ligação
São aqueles que, sem possuírem significação precisa, ligam um sujeito a um predicativo. São verbos de
ligação: ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, tornar-se etc.

Exemplo: A rua estava calma.


Predicativo do sujeito
É o termo da oração que, no predicado, expressa qualificação ou classificação do sujeito.

Exemplo: Você será engenheiro.

- O predicativo do sujeito, além de vir com verbos de ligação, pode também ocorrer com verbos intransiti-
vos ou com verbos transitivos.
Predicado verbal
Ocorre quando o núcleo é um verbo. Logo, não apresenta predicativo. E formado por verbos transitivos ou
intransitivos.

Exemplo: A população da vila assistia ao embarque. (Núcleo do sujeito: população; núcleo do predica-
do: assistia, verbo transitivo indireto)
Verbos intransitivos

São verbos que não exigem complemento algum; como a ação verbal não passa, não transita para nenhum
complemento, recebem o nome de verbos intransitivos. Podem formar predicado sozinhos ou com adjuntos
adverbiais.

Exemplo: Os visitantes retornaram ontem à noite.


Verbos transitivos

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São verbos que, ao declarar alguma coisa a respeito do sujeito, exigem um complemento para a perfeita
compreensão do que se quer dizer. Tais verbos se denominam transitivos e a pessoa ou coisa para onde se
dirige a atividade transitiva do verbo se denomina objeto. Dividem-se em: diretos, indiretos e diretos e indiretos.

Verbos transitivos diretos: Exigem um objeto direto.

Exemplo: Espero-o no aeroporto.

Verbos transitivos indiretos: Exigem um objeto indireto.

Exemplo: Gosto de flores.

Verbos transitivos diretos e indiretos: Exigem um objeto direto e um objeto indireto.

Exemplo: Os ministros informaram a nova política econômica aos trabalhadores. (VTDI)


Complementos verbais
Os complementos verbais são representados pelo objeto direto (OD) e pelo objeto indireto (OI).
Objeto indireto
É o complemento verbal que se liga ao verbo pela preposição por ele exigida. Nesse caso o verbo pode ser
transitivo indireto ou transitivo direto e indireto. Normalmente, as preposições que ligam o objeto indireto ao
verbo são a, de, em, com, por, contra, para etc.

Exemplo: Acredito em você.


Objeto direto
Complemento verbal que se liga ao verbo sem preposição obrigatória. Nesse caso o verbo pode ser transi-
tivo direto ou transitivo direto e indireto.

Exemplo: Comunicaram o fato aos leitores.


Objeto direto preposicionado
É aquele que, contrariando sua própria definição e característica, aparece regido de preposição (geralmente
preposição a).

O pai dizia aos filhos que adorava a ambos.


Objeto pleonástico
É a repetição do objeto (direto ou indireto) por meio de um pronome. Essa repetição assume valor enfático
(reforço) da noção contida no objeto direto ou no objeto indireto.

Exemplos

Ao colega, já lhe perdoei. (objeto indireto pleonástico)

Ao filme, assistimos a ele emocionados. (objeto indireto pleonástico)


Predicado verbo-nominal

Esse predicado tem dois núcleos (um verbo e um nome), é formado por predicativo com verbo transiti-
vo ou intransitivo.

Exemplos:

A multidão assistia ao jogo emocionada. (predicativo do sujeito com verbo transitivo indireto)

A riqueza tornou-o orgulhoso. (predicativo do objeto com verbo transitivo direto)

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Predicativo do sujeito
O predicativo do sujeito, além de vir com verbos de ligação, pode também ocorrer com verbos intransitivos
ou transitivos. Nesse caso, o predicado é verbo-nominal.

Exemplo: A criança brincava alegre no parque.


Predicativo do objeto
Exprime qualidade, estado ou classificação que se referem ao objeto (direto ou indireto).

Exemplo de predicativo do objeto direto:

O juiz declarou o réu culpado.

Exemplo de predicativo do objeto indireto:

Gosto de você alegre.


Adjunto adnominal
É o termo acessório que vem junto ao nome (substantivo), restringindo-o, qualificando-o, determinando-o
(adjunto: “que vem junto a”; adnominal: “junto ao nome”). Observe:

Os meus três grandes amigos [amigos: nome substantivo] vieram me fazer uma visita [visita: nome subs-
tantivo] agradável ontem à noite.
São adjuntos adnominais os (artigo definido), meus (pronome possessivo adjetivo), três (numeral), gran-
des (adjetivo), que estão gravitando em torno do núcleo do sujeito, o substantivo amigos; o mesmo acontece
com uma (artigo indefinido) e agradável (adjetivo), que determinam e qualificam o núcleo do objeto direto, o
substantivo visita.
O adjunto adnominal prende-se diretamente ao substantivo, ao passo que o predicativo se refere ao subs-
tantivo por meio de um verbo.
Complemento nominal
É o termo que completa o sentido de substantivos, adjetivos e advérbios porque estes não têm sentido
completo.
- Objeto – recebe a atividade transitiva de um verbo.
- Complemento nominal – recebe a atividade transitiva de um nome.

O complemento nominal é sempre ligado ao nome por preposição, tal como o objeto indireto.

Exemplo: Tenho necessidade de dinheiro.


Adjunto adverbial
É o termo da oração que modifica o verbo ou um adjetivo ou o próprio advérbio, expressando uma circuns-
tância: lugar, tempo, fim, meio, modo, companhia, exclusão, inclusão, negação, afirmação, duvida, concessão,
condição etc.

Período
Enunciado formado de uma ou mais orações, finalizado por: ponto final ( . ), reticencias (...), ponto de excla-
mação (!) ou ponto de interrogação (?). De acordo com o número de orações, classifica-se em:
Apresenta apenas uma oração que é chamada absoluta.
O período é simples quando só traz uma oração, chamada absoluta; o período é composto quando traz mais
de uma oração. Exemplo: Comeu toda a refeição. (Período simples, oração absoluta.); Quero que você leia.
(Período composto.)

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Uma maneira fácil de saber quantas orações há num período é contar os verbos ou locuções verbais. Num
período haverá tantas orações quantos forem os verbos ou as locuções verbais nele existentes.
Há três tipos de período composto: por coordenação, por subordinação e por coordenação e subordinação
ao mesmo tempo (também chamada de misto).
Período Composto por Coordenação
As três orações que formam esse período têm sentido próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência
sintática: são independentes. Há entre elas uma relação de sentido, mas uma não depende da outra sintatica-
mente.
As orações independentes de um período são chamadas de orações coordenadas (OC), e o período forma-
do só de orações coordenadas é chamado de período composto por coordenação.
As orações coordenadas podem ser assindéticas e sindéticas.
As orações são coordenadas assindéticas (OCA) quando não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo:
Os jogadores correram, / chutaram, / driblaram.
OCA OCA OCA
- As orações são coordenadas sindéticas (OCS) quando vêm introduzidas por conjunção coordenativa.
Exemplo:

A mulher saiu do prédio / e entrou no táxi.


OCA OCS
As orações coordenadas sindéticas se classificam de acordo com o sentido expresso pelas conjunções
coordenativas que as introduzem. Pode ser:

- Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não só... mas também, não só... mas ainda.
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa ideia de acréscimo ou adição com referência
à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa aditiva.

- Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa ideia de oposição à oração anterior, ou seja,
por uma conjunção coordenativa adversativa.

- Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto, por isso, pois, logo.


A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa ideia de conclusão de um fato enunciado na
oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa conclusiva.

- Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou, ou... ou, ora... ora, seja... seja, quer... quer.
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que estabelece uma relação de alternância ou escolha com
referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa alternativa.

- Orações coordenadas sindéticas explicativas: que, porque, pois, porquanto.


A 2ª oração é introduzida por uma conjunção que expressa ideia de explicação, de justificativa em relação
à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa explicativa.
Período Composto por Subordinação
Nesse período, a segunda oração exerce uma função sintática em relação à primeira, sendo subordinada a
ela. Quando um período é formado de pelo menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a subordi-
nada) depende sintaticamente da outra (principal), ele é classificado como período composto por subordinação.
As orações subordinadas são classificadas de acordo com a função que exercem.

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Orações Subordinadas Adverbiais
Exercem a função de adjunto adverbial da oração principal (OP). São classificadas de acordo com a conjun-
ção subordinativa que as introduz:

- Causais: Expressam a causa do fato enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como (=
porque), pois que, visto que.

- Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para a ocorrência do que foi enunciado na principal.
Conjunções: se, contanto que, a menos que, a não ser que, desde que.

- Concessivas: Expressam ideia ou fato contrário ao da oração principal, sem, no entanto, impedir sua re-
alização. Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais que, mesmo que.

- Conformativas: Expressam a conformidade de um fato com outro. Conjunções: conforme, como (=con-
forme), segundo.

- Temporais: Acrescentam uma circunstância de tempo ao que foi expresso na oração principal. Conjun-
ções: quando, assim que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal (=assim que).

- Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que foi enunciado na oração principal. Conjunções: para
que, a fim de que, porque (=para que), que.

- Consecutivas: Expressam a consequência do que foi enunciado na oração principal. Conjunções: porque,
que, como (= porque), pois que, visto que.

- Comparativas: Expressam ideia de comparação com referência à oração principal. Conjunções: como, as-
sim como, tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado com menos ou mais).

- Proporcionais: Expressam uma ideia que se relaciona proporcionalmente ao que foi enunciado na princi-
pal. Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos.

Orações Subordinadas Substantivas


São aquelas que, num período, exercem funções sintáticas próprias de substantivos, geralmente são intro-
duzidas pelas conjunções integrantes que e se.

- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: É aquela que exerce a função de objeto direto do
verbo da oração principal. Observe: O filho quer a sua ajuda. (objeto direto)

- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: É aquela que exerce a função de objeto indireto do
verbo da oração principal. Observe: Preciso de sua ajuda. (objeto indireto)

- Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É aquela que exerce a função de sujeito do verbo da ora-
ção principal. Observe: É importante sua ajuda. (sujeito)

- Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal: É aquela que exerce a função de complemento
nominal de um termo da oração principal. Observe: Estamos certos de sua inocência. (complemento nominal)

- Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É aquela que exerce a função de predicativo do sujeito
da oração principal, vindo sempre depois do verbo ser. Observe: O principal é sua felicidade. (predicativo)

- Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela que exerce a função de aposto de um termo da
oração principal. Observe: Ela tinha um objetivo: a felicidade de todos. (aposto)

Orações Subordinadas Adjetivas


Exercem a função de adjunto adnominal de algum termo da oração principal.

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As orações subordinadas adjetivas são sempre introduzidas por um pronome relativo (que, qual, cujo, quem,
etc.) e são classificadas em:

- Subordinadas Adjetivas Restritivas: São restritivas quando restringem ou especificam o sentido da pa-
lavra a que se referem.

- Subordinadas Adjetivas Explicativas: São explicativas quando apenas acrescentam uma qualidade à
palavra a que se referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem restringi-lo ou especificá-lo.

Orações Reduzidas
São caracterizadas por possuírem o verbo nas formas de gerúndio, particípio ou infinitivo. Ao contrário das
demais orações subordinadas, as orações reduzidas não são ligadas através dos conectivos. Há três tipos de
orações reduzidas:

- Orações reduzidas de infinitivo:


Infinitivo: terminações –ar, -er, -ir.

Reduzida: Meu desejo era ganhar na loteria.

Desenvolvida: Meu desejo era que eu ganhasse na loteria. (Oração Subordinada Substantiva Predicativa)

- Orações Reduzidas de Particípio:


Particípio: terminações –ado, -ido.

Reduzida: A mulher sequestrada foi resgatada.

Desenvolvida: A mulher que sequestraram foi resgatada. (Oração Subordinada Adjetiva Restritiva)

- Orações Reduzidas de Gerúndio:


Gerúndio: terminação –ndo.

Reduzida: Respeitando as regras, não terão problemas.

Desenvolvida: Desde que respeitem as regras, não terão problemas. (Oração Subordinada Adverbial Con-
dicional)

Semântica

Significação de palavras
As palavras podem ter diversos sentidos em uma comunicação. E isso também é estudado pela Gramática
Normativa: quem cuida dessa parte é a Semântica, que se preocupa, justamente, com os significados das pa-
lavras. Veremos, então, cada um dos conteúdos que compõem este estudo.

Antônimo e Sinônimo
Começaremos por esses dois, que já são famosos.

O Antônimo são palavras que têm sentidos opostos a outras. Por exemplo, felicidade é o antônimo de tris-
teza, porque o significado de uma é o oposto da outra. Da mesma forma ocorre com homem que é antônimo
de mulher.

Já o sinônimo são palavras que têm sentidos aproximados e que podem, inclusive, substituir a outra. O
uso de sinônimos é muito importante para produções textuais, porque evita que você fique repetindo a mesma
palavra várias vezes. Utilizando os mesmos exemplos, para ficar claro: felicidade é sinônimo de alegria/conten-

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tamento e homem é sinônimo de macho/varão.

Hipônimos e Hiperônimos

Estes conceitos são simples de entender: o hipônimo designa uma palavra de sentido mais específico,
enquanto que o hiperônimo designa uma palavra de sentido mais genérico. Por exemplo, cachorro e gato são
hipônimos, pois têm sentido específico. E animais domésticos é uma expressão hiperônima, pois indica um
sentido mais genérico de animais. Atenção: não confunda hiperônimo com substantivo coletivo. Hiperônimos
estão no ramo dos sentidos das palavras, beleza?!?!
Outros conceitos que agem diretamente no sentido das palavras são os seguintes:

Conotação e Denotação
Observe as frases:
Amo pepino na salada.
Tenho um pepino para resolver.
As duas frases têm uma palavra em comum: pepino. Mas essa palavra tem o mesmo sentido nos dois enun-
ciados? Isso mesmo, não!

Na primeira frase, pepino está no sentido denotativo, ou seja, a palavra está sendo usada no sentido pró-
prio, comum, dicionarizado.

Já na segunda frase, a mesma palavra está no sentindo conotativo, pois ela está sendo usada no sentido
figurado e depende do contexto para ser entendida.
Para facilitar: denotativo começa com D de dicionário e conotativo começa com C de contexto.
Por fim, vamos tratar de um recurso muito usado em propagandas:

Ambiguidade
Observe a propaganda abaixo:

https://redacaonocafe.wordpress.com/2012/05/22/ambiguidade-na-propaganda/
Perceba que há uma duplicidade de sentido nesta construção. Podemos interpretar que os móveis não
durarão no estoque da loja, por estarem com preço baixo; ou que por estarem muito barato, não têm qualidade
e, por isso, terão vida útil curta.

Essa duplicidade acontece por causa da ambiguidade, que é justamente a duplicidade de sentidos que
podem haver em uma palavra, frase ou textos inteiros.

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Pontuação

Pontuação
Com Nina Catach, entendemos por pontuação um “sistema de reforço da escrita, constituído de sinais sin-
táticos, destinados a organizar as relações e a proporção das partes do discurso e das pausas orais e escritas.
Estes sinais também participam de todas as funções da sintaxe, gramaticais, entonacionais e semânticas”.
(BECHARA, 2009, p. 514)

A partir da definição citada por Bechara podemos perceber a importância dos sinais de pontuação, que é
constituída por alguns sinais gráficos assim distribuídos: os separadores (vírgula [ , ], ponto e vírgula [ ; ],
ponto final [ . ], ponto de exclamação [ ! ], reticências [ ... ]), e os de comunicação ou “mensagem” (dois pon-
tos [ : ], aspas simples [‘ ’], aspas duplas [ “ ” ], travessão simples [ – ], travessão duplo [ — ], parênteses [ ( ) ],
colchetes ou parênteses retos [ [ ] ], chave aberta [ { ], e chave fechada [ } ]).

Ponto ( . )
O ponto simples final, que é dos sinais o que denota maior pausa, serve para encerrar períodos que termi-
nem por qualquer tipo de oração que não seja a interrogativa direta, a exclamativa e as reticências.
Estaremos presentes na festa.

Ponto de interrogação ( ? )
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação interrogativa ou de incerteza, real ou fingida, também
chamada retórica.
Você vai à festa?

Ponto de exclamação ( ! )
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação exclamativa.
Ex: Que bela festa!

Reticências ( ... )
Denotam interrupção ou incompletude do pensamento (ou porque se quer deixar em suspenso, ou porque
os fatos se dão com breve espaço de tempo intervalar, ou porque o nosso interlocutor nos toma a palavra), ou
hesitação em enunciá-lo.
Ex: Essa festa... não sei não, viu.

Dois-pontos ( : )

Marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída. Em termos práticos, este sinal é usado para:
Introduzir uma citação (discurso direto) e introduzir um aposto explicativo, enumerativo, distributivo ou uma
oração subordinada substantiva apositiva.
Ex: Uma bela festa: cheia de alegria e comida boa.

Ponto e vírgula ( ; )
Representa uma pausa mais forte que a vírgula e menos que o ponto, e é empregado num trecho longo,
onde já existam vírgulas, para enunciar pausa mais forte, separar vários itens de uma enumeração (frequente
em leis), etc.
Ex: Vi na festa os deputados, senadores e governador; vi também uma linda decoração e bebidas caras.

Travessão ( — )
Não confundir o travessão com o traço de união ou hífen e com o traço de divisão empregado na partição

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de sílabas (ab-so-lu-ta-men-te) e de palavras no fim de linha. O travessão pode substituir vírgulas, parênteses,
colchetes, para assinalar uma expressão intercalada e pode indicar a mudança de interlocutor, na transcrição
de um diálogo, com ou sem aspas.
Ex: Estamos — eu e meu esposo — repletos de gratidão.

Parênteses e colchetes ( ) – [ ]
Os parênteses assinalam um isolamento sintático e semântico mais completo dentro do enunciado, além
de estabelecer maior intimidade entre o autor e o seu leitor. Em geral, a inserção do parêntese é assinalada
por uma entonação especial. Intimamente ligados aos parênteses pela sua função discursiva, os colchetes são
utilizados quando já se acham empregados os parênteses, para introduzirem uma nova inserção.
Ex: Vamos estar presentes na festa (aquela organizada pelo governador)

Aspas ( “ ” )
As aspas são empregadas para dar a certa expressão sentido particular (na linguagem falada é em geral
proferida com entoação especial) para ressaltar uma expressão dentro do contexto ou para apontar uma pala-
vra como estrangeirismo ou gíria. É utilizada, ainda, para marcar o discurso direto e a citação breve.
Ex: O “coffe break” da festa estava ótimo.

Vírgula
São várias as regras que norteiam o uso das vírgulas. Evidenciaremos, aqui, os principais usos desse sinal
de pontuação. Antes disso, vamos desmistificar três coisas que ouvimos em relação à vírgula:

1º – A vírgula não é usada por inferência. Ou seja: não “sentimos” o momento certo de fazer uso dela.

2º – A vírgula não é usada quando paramos para respirar. Em alguns contextos, quando, na leitura de um
texto, há uma vírgula, o leitor pode, sim, fazer uma pausa, mas isso não é uma regra. Afinal, cada um tem seu
tempo de respiração, não é mesmo?!?!

3º – A vírgula tem sim grande importância na produção de textos escritos. Não caia na conversa de algumas
pessoas de que ela é menos importante e que pode ser colocada depois.

Agora, precisamos saber que a língua portuguesa tem uma ordem comum de construção de suas frases,
que é Sujeito > Verbo > Objeto > Adjunto, ou seja, (SVOAdj).

Maria foi à padaria ontem.

Sujeito Verbo Objeto Adjunto


Perceba que, na frase acima, não há o uso de vírgula. Isso ocorre por alguns motivos:

1) NÃO se separa com vírgula o sujeito de seu predicado.

2) NÃO se separa com vírgula o verbo e seus complementos.

3) Não é aconselhável usar vírgula entre o complemento do verbo e o adjunto.


Podemos estabelecer, então, que se a frase estiver na ordem comum (SVOAdj), não usaremos vírgula.
Caso contrário, a vírgula é necessária:
Ontem, Maria foi à padaria.
Maria, ontem, foi à padaria.
À padaria, Maria foi ontem.

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Além disso, há outros casos em que o uso de vírgulas é necessário:
• Separa termos de mesma função sintática, numa enumeração.
Simplicidade, clareza, objetividade, concisão são qualidades a serem observadas na redação oficial.
• Separa aposto.
Aristóteles, o grande filósofo, foi o criador da Lógica.
• Separa vocativo.
Brasileiros, é chegada a hora de votar.
• Separa termos repetidos.
Aquele aluno era esforçado, esforçado.
• Separa certas expressões explicativas, retificativas, exemplificativas, como: isto é, ou seja, ademais, a sa-
ber, melhor dizendo, ou melhor, quer dizer, por exemplo, além disso, aliás, antes, com efeito, digo.
O político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara, ou seja, de fácil compreensão.
• Marca a elipse de um verbo (às vezes, de seus complementos).
O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria, os particulares. (= ... a portaria regulamenta os casos
particulares)
• Separa orações coordenadas assindéticas.
Levantava-me de manhã, entrava no chuveiro, organizava as ideias na cabeça...
• Isola o nome do lugar nas datas.
Rio de Janeiro, 21 de julho de 2006.
• Isolar conectivos, tais como: portanto, contudo, assim, dessa forma, entretanto, entre outras. E para isolar,
também, expressões conectivas, como: em primeiro lugar, como supracitado, essas informações comprovam,
etc.
Fica claro, portanto, que ações devem ser tomadas para amenizar o problema.

Exercícios

1. (PREFEITURA DE ARACRUZ - ES – CONTADOR - IBADE - 2019)


LEMBRANÇA E ESQUECIMENTO
“Como é antigo o passado recente!” Gostaria que a frase fosse minha, mas ela é de Nelson Rodrigues numa
crônica de “A Menina sem Estrela”. Também fico perplexa com esse fenômeno rápido e turbulento que é o tem-
po da vida. Não são poucas as vezes em que me volto para algum acontecimento acreditando que ele ainda é
atual e descubro que ele faz parte do passado para outros. Um exemplo é quando, em sala de aula, refiro-me
a eventos que se passaram nos anos 70 e meus alunos me olham como se eu falasse da Idade Média... E eu
nem contei para eles que andei de bonde!
A distância entre nós não é apenas uma questão de gerações. Eles nasceram em um mundo já transformado
pela tecnologia e pela informática. Uma transformação que começou nos anos 50 e que não nos trouxe somente
mais eletrodomésticos e aparelhos digitais. Ela instalou uma transformação radical do nosso modo de vida.
Mudou o mundo e mudou o jeito de viver. Mudou o jeito de namorar, de vestir, de procurar emprego, de
andar na rua e de se locomover pela cidade. Mudou o corpo. Mudou o jeito de escrever, de estudar, de morar e
de se divertir. Mudou o valor da vida, do dinheiro e das pessoas...
Outros tempos. E, quando um jeito de viver muda, ele não tem volta. Não se pode ter a experiência dele
nunca mais. Por isso, meus alunos e eu só podemos compartilhar o tempo atual. Não podemos compartilhar
um tempo que, para eles, é passado, mas, para mim, ainda é presente. Os fatos de 30 anos atrás não são

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passado na minha vida. Para mim, meu passado não passou e minha história não envelhece. Minha memória
pode alcançar os acontecimentos que vivi a qualquer momento, e posso revivê-los como se ocorressem agora.
Mas, se eu os narrar, quem me ouve não pode, como eu, vivenciá-los. Por isso, para meus alunos, são contos
o que para mim é vida.
Mas é assim que corre o rio da vida dos homens, transformando em palavras o que hoje é ação. Se não
forem narrados, os acontecimentos e os nossos feitos passam sem deixar rastros. Faladas ou escritas, são as
palavras que salvam o já vivido e o conservam entre nós. Salvam os feitos e os acontecimentos da sua total
desintegração no esquecimento.
A memória do já vivido e a sua narração numa história é o que possibilita a construção da História e das
nossas histórias pessoais. Só os feitos e os acontecimentos narrados em histórias são capazes de salvaguar-
dar nossa existência e nossa identidade.
Só conservados pela lembrança é que os feitos e os acontecimentos podem entrar no tempo e fazer parte
de um passado. Recente ou antigo.
(CRITELLI, Dulce. In cronicasbrasil.blogspot.com/search/ label/Dulce%20 Critelli)
O título “Lembrança e esquecimento” constitui uma antítese que está relacionada a uma oposição de ideias
presentes no texto, correspondente:
(A) as gerações mais velhas e os mais jovens.
(B) os feitos e acontecimentos passados e a vida presente.
(C) a geração dos professores e a geração dos alunos.
(D) as mudanças do passado e a permanência do presente.
(E) o passado narrado e o passado sem narração.

2. (CORE-MT – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – INSTITUTO EXCELÊNCIA – 2019)


Morte
Sou, em princípio, contra a pena de morte, mas admito algumas exceções. Por exemplo: pessoas que con-
tam anedotas como se fossem experiências reais vividas por elas e só no fim você descobre que é anedota.
Estas deviam ser fuziladas.
Todos os outros crimes puníveis com a pena capital, na minha opinião, têm a ver, de alguma maneira, com
telefone.
Cadeira elétrica para as telefonistas que perguntam: “Da onde?”
Forca para pessoas que estendem o polegar e o dedinho ao lado da cabeça quando querem imitar um telefone.
Curiosamente, uma mímica desenvolvida há pouco. Ninguém, misericordiosamente, tinha pensado nela antes, embora
o telefone, o polegar e o mindinho existam há anos.
Garrote vil para os donos de telefone celular em geral e garrote seguido de desmembramento para os donos
de telefone celular que gostam de falar no meio de multidões e fazem questão de que todos saibam que se
atrasou para a reunião porque o furúnculo infeccionou. Claro, a condenação só viria depois de um julgamento,
mas com o Aristides Junqueira na defesa.

(L. F. Veríssimo, “Morte”, Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 22/12/1994. Caderno Opinião, p. 11)
O texto lido é uma crônica. Assinale a alternativa em que a definição contraria a justificativa inicial:
(A) Porque se ocupa em relatar e expor determinada pessoa, objeto, lugar ou acontecimento.
(B) Porque é um tipo de texto narrativo curto, geralmente, produzido para meios de comunicação, por exem-
plo, jornais, revistas, etc.
(C) Porque se encarrega de expor um tema ou assunto por meio de argumentações.
(D) Porque é um tipo de texto que apresenta uma linguagem simples.

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(E) Nenhuma das alternativas.

3. (PREFEITURA DE ARACRUZ - ES - PROFESSOR DE CIÊNCIA - IBADE - 2019)


CUIDEM DOS GAROTOS

1. O problema de Bruno está resolvido. Rapidamente, mas não poderia se diferente: raras vezes um com-
portamento criminoso é identificado e provado em pouco tempo com tanta abundância de provas, tanta escas-
sez de atenuantes. O ex-goleiro e ex-ídolo do Flamengo mostrou ser tudo que um atleta popular não pode ser.

2. Seus ex-patrões, e não falo só do flamengo, bem que poderiam fazer um exame de consciência e pergun-
tar a si mesmos se, antes de matar a companheira com repugnantes requintes de violência, Bruno já não teria
dado sinais ou mesmo provas de que alguma coisa estava errada com ele.

3. Talvez não, mas o que está mesmo em questão é a possível necessidade de uma política preventiva a
respeito dos jogadores.

4. Profissionais do futebol não são funcionários comuns de uma empresa. Ao assinarem contrato com o
clube, passam a ser parte de sua história e de sua imagem, o que significa tanto compromisso como honra – e
implica responsabilidades especiais, dentro das quatro linhas e fora delas.

5. A condição de ídolo popular tem tantas responsabilidades quanto prazeres. Sei que estou apenas citando
lugares-comuns, o que pode ser cansativo para o leitor, mas peço um pouco de paciência: eles só ficam
comuns por serem verdadeiros e resistirem ao tempo.

6. O Flamengo agiu com rapidez e eficiência, tanto quanto a polícia, no caso do Bruno, mas o torcedor tem o
direito de perguntar: o que o clube e os outros estão dispostos a fazer, não para reagir a episódios semelhantes,
mas simplesmente para evitá-los?

7. É comum, e absolutamente desejável, que rapazes, muitos ainda adolescentes, mostrem nos gramados
um grau de excelência no exercício da profissão prematuro e incomum em outras profissões. As leis da
concorrência mandam que sejam regiamente pagos por isso, mas o sucesso antes da maturidade tem riscos
óbvios. Talvez deva partir dos clubes, tanto por razões éticas como em defesa de sua própria imagem, a
iniciativa de preparar suas jovens estrelas para a administração correta do sucesso. Dá trabalho com certeza,
mas, em prazo não muito longo, trata-se da defesa de seus interesses e de seu patrimônio, sem falar no aspec-
to ético de uma política nesse sentido.

8. O caso de Bruno é, obviamente, uma aberração. Não conheço outro craque assassino, mas não faltam
exemplos de bons jogadores que jogaram fora suas carreiras e não foram cidadãos exemplares – ou pelo
menos cidadãos comuns – por absoluta incompetência na administração do êxito. Principalmente porque o
sucesso no esporte costuma chegar muito antes do que acontece com outras profissões.

9. Bruno não foi formado no Flamengo. A ele chegou pronto, para o melhor e para o pior. O que fez de sua
vida não é culpa do clube, mas serve como advertência para todos os clubes,

10. Cartolas, cuidem de seu patrimônio, cuidem de seus garotos.


Luiz Garcia – Cronista do Jornal O Globo Falecido em abril de 2018

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A crônica é um tipo de texto:
(A) narrativo longo.
(B) narrativo curto.
(C) descritivo curto.
(D) descritivo longo.
(E) expositivo.

4. (IABAS – FARMACÊUTICO - IBADE - 2019)


Infestação de escorpiões no Brasil pode ser imparável
A infestação de escorpião no Brasil é o exemplo perfeito de como a vida moderna se tornou imprevisível.
É uma característica do que, no complexo campo de problemas, chamamos de um mundo “VUCA” (Volatility,
uncertainty, complexity and ambiguity em inglês) - um mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo.
Escorpiões, como as baratas que eles comem, são um a espécie incrivelmente adaptável. O número de pes-
soas picadas em todo o Brasil aumentou de 12 mil em 2000 para 140 mil no ano passado, de acordo com o Mi-
nistério da Saúde. A espécie que aterroriza os brasileiros é o perigoso escorpião amarelo, ou Tityus serrulatus.
Ele se reproduz por meio do milagre da partenogênese, significando que um escorpião feminino simplesmente
gera cópias de si mesma duas vezes por ano - nenhuma participação masculina é necessária.
A infestação do escorpião urbano no Brasil é um clássico “problema perverso”. Este termo, usado pela pri-
meira vez em 1973, refere-se a enormes problemas sociais ou culturais como pobreza e guerra - sem solução
simples ou definitiva, e que surgem na interseção de outros problemas. Nesse caso, a infestação do escorpião
urbano no Brasil é o resultado de uma gestão inadequada do lixo, saneamento inapropriado, urbanização rápi-
da e mudanças climáticas.
No VUCA, quanto mais recursos você der para os problemas, melhor. Isso pode significar tudo, desde cam-
panhas de conscientização pública que educam brasileiros sobre escorpiões até forças-tarefa exterminadoras
que trabalham para controlar sua população em áreas urbanas. Os cientistas devem estar envolvidos. O siste-
ma nacional de saúde pública do Brasil precisará se adaptar a essa nova ameaça.
Apesar da obstinada cobertura da imprensa, as autoridades federais de saúde mal falaram publicamente
sobre o problema do escorpião urbano no Brasil. E, além de alguns esforços mornos em nível nacional e es-
tadual para treinar profissionais de saúde sobre o risco de escorpião, as autoridades parecem não ter nenhum
plano para combater a infestação no nível epidêmico para o qual ela está se dirigindo.
Temo que os escorpiões amarelos venenosos tenham reivindicado seu lugar ao lado de crimes violentos,
tráfico brutal e outros problemas crônicos com os quais os urbanitas no Brasil precisam lidar diariamente.
* Hamilton Coimbra Carvalho é pesquisador em Problemas Sociais Complexos, na Universidade de São
Paulo (USP).
Texto adaptado de Revista Galileu
(https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/MeioAmbiente/noticia/2019/02/infestacao-de-escorpioes-no-brasil-
pode-ser-imparavel-diz-pesquisador.html)
Observe a oração destacada:
“A infestação do escorpião urbano no Brasil é um clássico “problema perverso.”
Sobre seus termos, é correto afirmar que:
(A) escorpião é núcleo do sujeito.
(B) urbano é predicativo do objeto.
(C) perverso é núcleo do sujeito.
(D) clássico é núcleo do predicativo do objeto.
(E) problema é núcleo do predicativo do sujeito.

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5. (SEAP-GO - AGENTE DE SEGURANÇA PRISIONAL - IADES - 2019)

COYLE, A. Administração penitenciária: uma abordagem de direitos humanos. Manual para servidores peni-
tenciários. Brasília: Ministério da Justiça, 2002, p. 21.
Com base nas relações morfossintáticas estabelecidas pelo autor no primeiro período, assinale a alternativa
correta.
(A) Na linha 1, a conjunção “Quando” relaciona orações coordenadas entre si.
(B) Os termos “em prisões” (linha 1) e “seu aspecto físico” (linha 2) funcionam como complementos verbais
e classificam-se, respectivamente, como objeto indireto e objeto direto.
(C) As formas verbais “pensam” (linha 1) e “tendem a considerar” (linhas 1 e 2) referem-se ao mesmo sujeito
sintático: “as pessoas” (linha 1).
(D) Na linha 1, a exclusão do pronome “elas” alteraria a estrutura do período, pois o predicado da segunda
oração passaria a se referir a um sujeito indeterminado.
(E) Na linha 2, o adjetivo “físico” completa o sentido do substantivo “aspecto”, por isso desempenha a função
de complemento nominal.

6. (IF-RO - ENGENHEIRO CIVIL - IBADE - 2019)


“Viu a Rita Baiana, que fora trocar o vestido por uma saia, surgir de ombros e braços nus, para dançar. A
Lua destoldara-se nesse momento, envolvendo-a na sua coma de prata, a cujo refulgir os meneios da mestiça
melhor se acentuavam, cheios de uma graça irresistível, simples, primitiva, feita toda de pecado, toda de para-
íso, com muito de serpente e muito de mulher.
Ela saltou em meio da roda, com os braços na cintura, rebolando as ilhargas e bamboleando a cabeça, ora
para a esquerda, ora para a direita, como numa sofreguidão de gozo carnal, num requebrado luxurioso que a
punha ofegante; já correndo de barriga empinada; já recuando de braços estendidos, a tremer toda, como se se
fosse afundando num prazer grosso que nem azeite, em que se não toma pé e nunca se encontra fundo. De-
pois, como se voltasse à vida, soltava um gemido prolongado, estalando os dedos no ar e vergando as pernas,
descendo, subindo, sem nunca parar com os quadris, e em seguida sapateava, miúdo e cerrado, freneticamen-
te, erguendo e abaixando os braços, que dobrava, ora um, ora outro, sobre a nuca, enquanto a carne lhe fervia
toda, fibra por fibra, tirilando.”
O cortiço, Aluísio de Azevedo.
Em “como se se fosse afundando, num prazer grosso que nem azeite”, é correto afirmar que:
(A) o termo “que” é um pronome relativo e funciona como sujeito.
(B) em “como SE SE fosse afundando”, têm-se, respectivamente, uma conjunção subordinativa de natureza
condicional e uma partícula integrante do verbo.
(C) a expressão “que nem” é uma locução conjuntiva coordenativa aditiva.
(D) em “como se se fosse afundando”, o primeiro “se” é partícula apassivadora, enquanto o segundo “se” é
um pronome clítico.

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(E) o termo “num” é uma combinação, entre a preposição “em” e o artigo definido “um”, que apresenta cará-
ter informal na língua portuguesa.

7. (CESGRANRIO – BNDES – ADVOGADO – 2004) No título do artigo “A tal da demanda social”, a classe
de palavra de “tal” é:
(A) pronome;
(B) adjetivo;
(C) advérbio;
(D) substantivo;
(E) preposição.

8. Assinale a alternativa que apresenta a correta classificação morfológica do pronome “alguém” (l. 44).

(A) Pronome demonstrativo.


(B) Pronome relativo.
(C) Pronome possessivo.
(D) Pronome pessoal.
(E) Pronome indefinido.

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9. Em relação à classe e ao emprego de palavras no texto, na oração “A abordagem social constitui-se em
um processo de trabalho planejado de aproximação” (linhas 1 e 2), os vocábulos sublinhados classificam-se,
respectivamente, em

(A) preposição, pronome, artigo, adjetivo e substantivo.


(B) pronome, preposição, artigo, substantivo e adjetivo.
(C) conjunção, preposição, numeral, substantivo e pronome.
(D) pronome, conjunção, artigo, adjetivo e adjetivo.
(E) conjunção, conjunção, numeral, substantivo e advérbio.

10. (CESGRANRIO – FINEP – TÉCNICO – 2011) A vírgula pode ser retirada sem prejuízo para o significado
e mantendo a norma padrão na seguinte sentença:
(A) Mário, vem falar comigo depois do expediente.
(B) Amanhã, apresentaremos a proposta de trabalho.
(C) Telefonei para o Tavares, meu antigo chefe.
(D) Encomendei canetas, blocos e crachás para a reunião.
(E) Entrou na sala, cumprimentou a todos e iniciou o discurso.

11. (CESGRANRIO – PETROBRAS – TÉCNICO DE ENFERMAGEM DO TRABALHO – 2011) Há ERRO


quanto ao emprego dos sinais de pontuação em:
(A) Ao dizer tais palavras, levantou-se, despediu-se dos convidados e retirou-se da sala: era o final da reu-
nião.
(B) Quem disse que, hoje, enquanto eu dormia, ela saiu sorrateiramente pela porta?
(C) Na infância, era levada e teimosa; na juventude, tornou-se tímida e arredia; na velhice, estava sempre
alheia a tudo.
(D) Perdida no tempo, vinham-lhe à lembrança a imagem muito branca da mãe, as brincadeiras no quintal,
à tarde, com os irmãos e o mundo mágico dos brinquedos.
(E) Estava sempre dizendo coisas de que mais tarde se arrependeria. Prometia a si própria que da próxima
vez, tomaria cuidado com as palavras, o que entretanto, não acontecia.

12. (FCC – INFRAERO – ADMINISTRADOR – 2011) Está inteiramente correta a pontuação do seguinte
período:
(A) Os personagens principais de uma história, responsáveis pelo sentido maior dela, dependem, muitas
vezes, de pequenas providências que, tomadas por figurantes aparentemente sem importância, ditam o
rumo de toda a história.
(B) Os personagens principais, de uma história, responsáveis pelo sentido maior dela, dependem muitas
vezes, de pequenas providências que tomadas por figurantes, aparentemente sem importância, ditam o
rumo de toda a história.

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(C) Os personagens principais de uma história, responsáveis pelo sentido maior dela dependem muitas
vezes de pequenas providências, que, tomadas por figurantes aparentemente, sem importância, ditam o
rumo de toda a história.
(D) Os personagens principais, de uma história, responsáveis pelo sentido maior dela, dependem, muitas
vezes de pequenas providências, que tomadas por figurantes aparentemente sem importância, ditam o
rumo de toda a história.
(E) Os personagens principais de uma história, responsáveis, pelo sentido maior dela, dependem muitas
vezes de pequenas providências, que tomadas por figurantes, aparentemente, sem importância, ditam o
rumo de toda a história.

13. CÂMARA DE PILÕEZINHOS-PB – AGENTE ADMINISTRATIVO – CPCON – 2019


O Manual de Redação da Presidência da República recomenda o emprego do padrão culto da linguagem.
Assinale a alternativa cuja concordância verbal está INADEQUADA conforme as orientações da norma culta.
(A) No programa do concurso havia mais de dez assuntos para estudar.
(B) Precisam-se de professores qualificados para melhorar a educação no Brasil.
(C) Fazia mais de três anos que ele havia deixado de estudar.
(D) Nos comentários das provas, choveram críticas para o professor.
(E) Vendem-se apostilas com questões de concurso comentadas.

14. CÂMARA DE CERRO CORÁ-RN – AGENTE ADMINISTRATIVO – CPCON – 2020


A linguagem usada nos documentos oficiais deve estar de acordo com a norma culta da língua. Nesse
sentido, marque a alternativa em que a concordância verbal esteja DE ACORDO com a norma culta vigente na
língua portuguesa.
(A) Haviam muitas perguntas e poucas respostas para a causa do acidente.
(B) Precisam-se de funcionários qualificados, por isso é importante contratar os aprovados no concurso.
(C) Já fazem anos que haviam neste local árvores e flores. Hoje, só há ervas daninhas.
(D) Existe na atualidade diferentes tipos de inseticidas prejudiciais à saúde do homem.
(E) Durante as apresentações teatrais choveram aplausos para a garotinha que cantava para seus colegas.

15. CÂMARA DE MANGARATIBA-RJ – REDATOR LEGISLATIVO – ACCESS – 2020


Na Redação Oficial, os pronomes possessivos apresentam certas peculiaridades quanto às concordâncias
verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram a segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala),
levam a concordância para a terceira pessoa. (Fonte: Manual de Redação da Presidência da República.
(3ª Edição, revista, atualizada e ampliada, 2018)
Com base nessa informação, selecione a opção que apresenta a concordância correta.
(A) Vossa Senhoria designará o substituto.
(B) Vossa Senhoria designará seu substituto.
(C) Vossa Senhoria designará teu substituto.
(D) Vossa Senhoria designará vosso substituto.
(E) Vossa Senhoria designar-lhe-á vL.

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16. PREFEITURA DE BARRETOS-SP – AGENTE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – VUNESP – 2018
Assinale a alternativa em que tanto a concordância quanto a regência estão de acordo com a norma-padrão
da língua.
(A) Consciente que tudo que escrevia, inclusive as mensagens nas redes sociais, eram lidos pelo pai,
passou a censurar-se.
(B) Divulgados nos principais jornais do país, o escândalo atingiu em cheio a vida das pessoas que ele mais
se dedicava.
(C) Foi feito, naquele caso, diversas tentativas de acordo para resolver o conflito que as partes estavam
envolvidas.
(D) Escrever e falar com clareza sobre quaisquer temas é uma das exigências impostas àqueles profissionais
atuantes nas mídias.
(E) Estando ciente que os atestados foram anexados ao e-mail, os funcionários deram prosseguimento do
inquérito.

17. MPE-GO – SECRETÁRIO AUXILIAR – MPE-GO – 2018


Elas estavam ____ cansadas quando chegaram ____ dormitório. Assinale a alternativa que completa esse
enunciado de acordo com a norma culta.
(A) meias – ao
(B) meia – no
(C) meio – ao
(D) meia – no
(E) meio - no

18. IPERON-RO – TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – UERR – 2018


Facebook está construindo sua própria cidade na Califórnia
O Facebook está construindo uma espécie de minicidade para seus funcionários. A ampliação do seu
campus em Menlo Park, Califórnia, será repleta de regalias para os moradores - já que os funcionários vão
morar praticamente dentro do trabalho.
O Wall Street Journal relatou que a rede social de Mark Zuckerberg está trabalhando para construir uma
comunidade de US$ 120 milhões, com 394 unidades habitacionais a uma curta distância de seus escritórios.
Com 192 mil metros quadrados, o chamado Anton Menlo vai incluir tudo, desde um bar de esportes até uma
creche para cachorros.
O projeto do Facebook ultrapassa todas as novidades que as empresas do Vale do Silício já inventaram
para tornar seus escritórios mais divertidos e descolados. Porém, uma porta-voz da empresa disse que a ideia
de criar a propriedade não é para reter os funcionários - que estão cada dia mais disputados entre as empresas
de tecnologia.
“Certamente estamos animados para ter opções de moradia mais perto do campus, mas acreditamos que
as pessoas trabalham no Facebook porque o que elas fazem é gratificante, e elas acreditam em nossa missão”,
disse a porta-voz. Em outras palavras, eles dizem que não querem apenas bajular os funcionários com todas
as regalias possíveis para que eles não saltem para a concorrência.
Apesar de soar como inovadora, a ideia evoca memórias das “cidades empresas”, que eram comuns
na virada do século 20, onde os operários norte-americanos viviam em com unidades pertencentes ao seu
empregador e recebiam moradia, cuidados de saúde, polícia, igreja e praticamente todos os serviços oferecidos
em uma cidade. Porém, elas acabaram extintas por colocar os trabalhadores completamente nas mãos dos
empregadores, que muitas vezes se aproveitavam para explorá-los.

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É claro que ninguém espera que o Facebook faça isso. O que acontece é que os preços dos imóveis estão
subindo rapidamente no Vale do Silício - calcula-se um aumento de 24% desde o quarto trimestre de 2012, e
alguns funcionários da empresa acabam enfrentando problemas com isso. Além disso, a cidade do Facebook
terá capacidade para abrigar apenas 10% dos funcionários da companhia.
(Disponível em: http//www.canaltech.com.br - por Redação - 03/10/2013. Acesso em 22/08/2017)
Uma das opções a seguir está correta quanto à concordância verbal, assim como o binômio: “calcula-se um
aumento”/calculam-se aumentos.
(A) Necessita-se de funcionário. / Necessitam-se de funcionários.
(B) Vive-se bem nesta cidade. / Vivem-se bem nestas cidades.
(C) Obedece-se à lei trabalhista. / Obedecem-se às leis trabalhistas.
(D) Precisa-se de funcionário. / Precisam-se de funcionários.
(E) Conserta-se computador. / Consertam-se computadores.

19. PREFEITURA DE SÃO MIGUEL DO OESTE-SC – PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA –AMEOSC


– 2022
Tanto a Fonética quanto a Fonologia têm como objeto de estudo os sons da fala. Ou melhor dizendo, tanto
a fonética quanto a fonologia investigam como os seres humanos produzem e ouvem os sons da fala.
“A definição de fonema necessita da compreensão do que seja uma unidade distintiva. As línguas naturais
formam-se da união de dois conceitos: ___________é a imagem acústica do som que ainda se constitui em
uma abstração. ___________tem a ver com a ideia que essa imagem acústica transporta.”
Fonte: https://ppglin.posgrad.ufsc.br/files/2013/04/Livro_Fonetica_e_Fonologia.pdf
Assinale a sequência que completa corretamente os espaços do excerto:
(A) Significante - Significado.
(B) Significante - Sintagma.
(C) Sintagma - Significado.
(D) Sintagma - Significante.

20. PREFEITURA DE CRUZEIRO-SP – INSTRUTOR DE DESENHO – INSTITUTO EXCELÊNCIA – 2018


Sobre fonologia e fonética, observe as afirmativas a seguir:
Assinale a alternativa CORRETA:
I – A fonética se diferencia da Fonologia por considerar os sons independentes das oposições paradigmáticas
e combinações sintagmáticas.
II – A fonética estuda os sons como entidades físico-articulatórias associadas. É a parte da Gramática que
estuda de forma geral os fonemas, ou seja, os sons que as letras emitem.
III – À fonologia cabe estudar as diferenças fônicas intencionais, distintivas, isto é, que se unem a diferenças
de significação; estabelecer a relação entre os elementos de diferenciação e quais as condições em que se
combinam uns com os outros para formar morfemas, palavras e frases.
(A) As afirmativas I e II estão corretas.
(B) As afirmativas II e III estão corretas.
(C) As afirmativas I e III estão corretas.
(D) Nenhuma das alternativas.

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21. PREFEITURA DE PORTO FELIZ-SP – PROFESSOR PEB II – INSTITUTO EXCELÊNCIA – 2018
Qualquer comunicação realizada com sucesso pressupõe alguns requisitos básicos para os interlocutores:
um funcionamento físico adequado do cérebro, dos pulmões, da laringe, do ouvido, dentre outros órgãos,
responsáveis pela produção e audição (percepção) dos sons da fala. Além desses, deve haver o reconhecimento
da pronúncia de cada um dos interlocutores, pois, mesmo que tivessem os órgãos da fala e da audição em
perfeito estado, essa comunicação poderia não ter sucesso se um deles não compreendesse a língua falada
pelo outro. Sobre fonética e fonologia, assinale a alternativa CORRETA.
I – Podemos estudar a fala a partir da sua fisiologia, ou seja, a partir dos órgãos que a produzem, tais como
a língua, responsável pela articulação da maior parte dos sons da fala; e a laringe, responsável principalmente
pela produção de “voz” que leva à distinção entre sons vozeados (sonoros) e não vozeados (surdos).
II – A fala tem como principal objetivo o aporte de significado, mas, para isso, deve se constituir em uma
atividade sistematicamente organizada.
III – A fala pode ser descrita sob diferentes aspectos, uns mais próximos do que se convenciona chamar de
Fonética, outros mais próximos do que se convenciona chamar de Fonologia.
IV – Tanto a fonética quanto a fonologia investigam como os seres humanos produzem e ouvem os sons da
fala.
V – A Fonética pode ser vista como a organização da fala focalizando línguas específicas.
(A) Somente a alternativa I está correta.
(B) As alternativas I, II e IV estão corretas.
(C) Somente as alternativas II e IV estão corretas.
(D) As alternativas III e V estão corretas.

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Gabarito

1 E
2 C
3 B
4 E
5 B
6 B
7 A
8 E
9 B
10 B
11 E
12 A
13 B
14 E
15 B
16 D
17 C
18 E
19 A
20 C
21 B

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