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Língua Portuguesa
Língua Portuguesa
Interpretação e caracterização dos textos..................................................................... 1
Ortografia oficial (AOLP 1990 - Decreto nº 6583/2008)................................................. 3
Fonética.......................................................................................................................... 7
Emprego e classificação das palavras e vocábulos....................................................... 8
Flexões nominal e verbal. ............................................................................................. 15
Concordâncias nominal e verbal.................................................................................... 25
Regências nominal e verbal........................................................................................... 27
Sintaxe da oração e do período. ................................................................................... 30
Semântica...................................................................................................................... 37
Pontuação...................................................................................................................... 39
Exercícios....................................................................................................................... 41
Gabarito.......................................................................................................................... 52
Compreender um texto trata da análise e decodificação do que de fato está escrito, seja das frases ou das
ideias presentes. Interpretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao conectar as ideias
do texto com a realidade. Interpretação trabalha com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qualquer texto ou discurso e se amplia no entendi-
mento da sua ideia principal. Compreender relações semânticas é uma competência imprescindível no merca-
do de trabalho e nos estudos.
Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-se criar vários problemas, afetando não só o
desenvolvimento profissional, mas também o desenvolvimento pessoal.
Busca de sentidos
Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo os tópicos frasais presentes em cada pará-
grafo. Isso auxiliará na apreensão do conteúdo exposto.
Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma relação hierárquica do pensamento defendi-
do, retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.
Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explicitadas pelo autor. Textos argumentativos não
costumam conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. Deve-se
ater às ideias do autor, o que não quer dizer que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é funda-
mental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas.
Importância da interpretação
A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o
raciocínio e a interpretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos específicos, aprimora a
escrita.
Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fatores. Muitas vezes, apressados, descuida-
mo-nos dos detalhes presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz suficiente. Interpretar
exige paciência e, por isso, sempre releia o texto, pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreen-
dentes que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de sentidos do texto, pode-se tam-
bém retirar dele os tópicos frasais presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreensão do
conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo menos em um bom texto, de
maneira aleatória, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação
hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não costumam
conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às
ideias do autor, isso não quer dizer que você precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. Ler com atenção é um exercício que deve
ser praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes.
Gêneros Discursivos
Romance: descrição longa de ações e sentimentos de personagens fictícios, podendo ser de comparação
com a realidade ou totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma novela é a extensão do tex-
to, ou seja, o romance é mais longo. No romance nós temos uma história central e várias histórias secundárias.
Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferenciado por sua extensão. Ela fica entre o conto e
o romance, e tem a história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O tempo na novela é ba-
seada no calendário. O tempo e local são definidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais curto.
Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que nós mesmos já vivemos e normalmente é
utilizado a ironia para mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não é relevante e quando
é citado, geralmente são pequenos intervalos como horas ou mesmo minutos.
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da linguagem, fazendo-o de maneira particular, refle-
tindo o momento, a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de imagens.
Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a opinião do editor através de argumentos e fatos
sobre um assunto que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é convencer o leitor a concordar
com ele.
Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um entrevistador e um entrevistado para a ob-
tenção de informações. Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas de destaque sobre
algum assunto de interesse.
Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materializa em uma concretude da realidade. A cantiga
de roda permite as crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando os professores a iden-
tificar o nível de alfabetização delas.
Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo de informar, aconselhar, ou seja, recomendam
dando uma certa liberdade para quem recebe a informação.
— Alfabeto1
ANTES DEPOIS
ABCDEFGHIJLMNOP ABCDEFGHIJKLMNO
QRSTUVXZ PQRSTUVWXYZ
Na prática, as letras k, w e y são usadas em várias situações, como na escrita de símbolos de unidades de
medida (Ex.: km, kg) e de palavras e nomes estrangeiros (Ex.: show, William).
— Trema
Não se usa mais o trema, exceto em nomes próprios estrangeiros ou derivados, como por exemplo: Müller,
mülleriano, Hübner, hüberiano etc.
ANTES DEPOIS
cinquenta
cinqüenta
frequente
freqüente
quinquênio
qüinqüênio
seqüência sequência
tranqüilo tranquilo
1 bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/2912/reforma_ortografica.pdf.
Perdem o acento os ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na
penúltima sílaba).
ANTES DEPOIS
assembléia assembleia
idéia ideia
jóia joia
colméia colmeia
estréia estreia
platéia plateia
apóia (verbo apoiar) apoia
apóio (verbo apoiar) apoio
Perdem o acento o i e o u tônicos nas palavras paroxítonas, quando eles vierem depois de ditongo.
ANTES DEPOIS
feiúra feiura
baiúca baiuca
Bocaiúva bocaiuva
Atenção: O acento permanece se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (mesmo
quando seguidos de s).
ANTES DEPOIS
abençôo abençoo
enjôo enjoo
vôo voo
crêem creem
dêem deem
dôo doo
lêem leem
magôo magoo
perdôo perdoo
ANTES DEPOIS
Ele foi ao Pólo Norte. Ele foi ao Polo Norte.
Ele pára o carro. Ele para o carro.
Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo.
Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos.
Comi uma pêra. Comi uma pera.
Atenção:
Permanece o acento diferencial:
Nas duplas
- pôde/pode
Ex.: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
- pôr/por
Ex.: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
No plural dos verbos ter e vir, assim como das correspondentes formas compostas (manter, deter,
reter, conter, convir, intervir, advir etc.)
Perde o acento o u tônico das formas verbais rizotônicas (com acento na raiz) nos grupos que e qui/gue e
gui.
ANTES DEPOIS
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com as letras r ou s,
que serão duplicadas.
ANTES DEPOIS
auto-retrato autorretrato
anti-social antissocial
extra-regimento extrarregimento
ultra-som ultrassom
contra-regra contrarregra
Atenção: Mantém-se o hífen quando os prefixos hiper, inter e super se ligam a elementos iniciados por r.
ANTES DEPOIS
antiinflamatório anti-inflamatório
arquiinimigo arqui-inimigo
microondas micro-ondas
microônibus micro-ônibus
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da que inicia o segundo elemento.
ANTES DEPOIS
auto-escola autoescola
contra-indicação contraindicação
extra-oficial extraoficial
infra-estrutura infraestrutura
semi-árido semiárido
Atenção: Não se usa o hífen com o prefixo co, ainda que o segundo elemento comece pela vogal o.
ANTES DEPOIS
manda-chuva mandachuva
pára-quedas paraquedas
pára-quedismo paraquedismo
— Definições Gerais
Fonética e Fonologia são ramos que integram a primeira parte dos estudos da Gramática Descritiva e se
dedicam ao estudo das características e dos fenômenos físicos, fisiológicos e fônicos da língua. Seus objetivos
são a investigação e a classificação dos dos sons da fala, que nada mais são do que os componentes mínimos
da linguagem articulada. A fonética concentra-se nos sons da fala em sua realização efetiva, enquanto a
fonologia volta-se para o sistema de fonemas. Por seus objetos de estudo estarem estritamente vinculados,
essas áreas são compreendidas como complementares.
Fonética
Analisa as propriedades fisiológicas e acústicas dos sons reais dos atos de fala, abrangendo a produção
desses sons, bem como suas articulações e variações. Em outros termos, procura investigar a realização
concreta dos sons das palavras.
Os sons e a formação das palavras: sempre que alguém profere uma fala, sons são produzidos pela
corrente de ar que é liberada dos pulmões; esses sons associam-se para constituir palavras. Nesse processo,
o sentido das palavras pode ser modificado se houver alguma alteração na geração do som.
Exemplo: as palavras gado e gato possuem sons semelhantes, a não ser pelo [d] e pelo [t]. Essa mínima
diferença altera o significado de cada uma dessas palavras.
Fonologia
É o estudo dos sons (fonemas) de uma língua. Lembrando que fonema consiste na representação sonora de
uma letra ou de um grupo de letras; fonema é som. De acordo com a Fonologia, o fonema é uma unidade acús-
tica desprovida de significado, o que quer dizer que esses componentes consistem nos distintos sons que são
produzidos que possamos manifestar nossas ideias, emoções e sentimentos, em virtude da união de unidades
diferenciadas. Tais unidades, por sua vez, ao se juntarem, formam as palavras e as sílabas.
– Palavras: constituem a unidade básica da interação verbal e são formadas pela junção das sílabas.
– Sílabas: unidades menores que as palavras: na fala, temos sílabas e sons; na escrita, sílabas e letras.
– Fonemas: com origem na junção dos termos gregos fono (som) + emas (unidades distintas), os fonemas
são as menores unidades de som que compõem as palavras.
– Classificação dos fonemas: devido aos diversos tipos de sons gerados pela corrente que parte dos
pulmões em direção a órgãos específicos, com ou sem obstrução, seja pela boca e/ou pelo nariz, os fonemas
são classificados em vogais, semivogais e consoantes.
CLASSES DE PALAVRAS
Substantivo
São as palavras que atribuem nomes aos seres reais ou imaginários (pessoas, animais, objetos), lugares,
qualidades, ações e sentimentos, ou seja, que tem existência concreta ou abstrata.
Adjetivo
É a palavra variável que especifica e caracteriza o substantivo: imprensa livre, favela ocupada. Locução
adjetiva é expressão composta por substantivo (ou advérbio) ligado a outro substantivo por preposição com o
mesmo valor e a mesma função que um adjetivo: golpe de mestre (golpe magistral), jornal da tarde (jornal
vespertino).
Flexão do Adjetivos
• Gênero:
– Uniformes: apresentam uma só para o masculino e o feminino: homem feliz, mulher feliz.
– Biformes: apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino: juiz sábio/ juíza sábia, bairro
japonês/ indústria japonesa, aluno chorão/ aluna chorona.
• Número:
– Os adjetivos simples seguem as mesmas regras de flexão de número que os substantivos: sábio/ sábios,
namorador/ namoradores, japonês/ japoneses.
– Os adjetivos compostos têm algumas peculiaridades: luvas branco-gelo, garrafas amarelo-claras, cintos
da cor de chumbo.
• Grau:
– Grau Comparativo de Superioridade: Meu time é mais vitorioso (do) que o seu.
– Grau Comparativo de Inferioridade: Meu time é menos vitorioso (do) que o seu.
Artigo
É uma palavra variável em gênero e número que antecede o substantivo, determinando de modo particular
ou genérico.
• Classificação e Flexão do Artigos
– Artigos Definidos: o, a, os, as.
Numeral
É a palavra que indica uma quantidade definida de pessoas ou coisas, ou o lugar (posição) que elas ocupam
numa série.
• Classificação dos Numerais
– Cardinais: indicam número ou quantidade:
O quíntuplo do preço.
– Fracionários: indicam a parte de um todo:
Pronome
É a palavra que substitui os substantivos ou os determinam, indicando a pessoa do discurso.
• Pronomes pessoais vão designar diretamente as pessoas em uma conversa. Eles indicam as três pessoas
do discurso.
• Pronomes de Tratamento são usados no trato com as pessoas, normalmente, em situações formais de
comunicação.
Pronomes de Trata-
Emprego
mento
Você Utilizado em situações informais.
Senhor (es) e Senhora
Tratamento para pessoas mais velhas.
(s)
Usados para pessoas com alta autori-
Vossa Excelência
dade
Usados para os reitores das Universi-
Vossa Magnificência
dades.
Empregado nas correspondências e
Vossa Senhoria
textos escritos.
Vossa Majestade Utilizado para Reis e Rainhas
Utilizado para príncipes, princesas,
Vossa Alteza
duques.
Vossa Santidade Utilizado para o Papa
Vossa Eminência Usado para Cardeais.
Utilizado para sacerdotes e religiosos
Vossa Reverendíssima
em geral.
• Pronomes Demonstrativos são utilizados para indicar a posição de algum elemento em relação à pes-
soa seja no discurso, no tempo ou no espaço.
Pronomes Demonstra-
Singular Plural
tivos
Feminino esta, essa, aquela estas, essas, aquelas
Masculino este, esse, aquele estes, esses, aqueles
• Pronomes Interrogativos são palavras variáveis e invariáveis utilizadas para formular perguntas diretas e
indiretas.
• Pronomes Relativos referem-se a um termo já dito anteriormente na oração, evitando sua repeti-
ção. Eles também podem ser variáveis e invariáveis.
Verbos
São as palavras que exprimem ação, estado, fenômenos meteorológicos, sempre em relação ao um deter-
minado tempo.
• Flexão verbal
Os verbos podem ser flexionados de algumas formas.
– Modo: É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na frase para indicar uma atitude da pessoa que
o usou. O modo é dividido em três: indicativo (certeza, fato), subjuntivo (incerteza, subjetividade) e imperativo
(ordem, pedido).
– Tempo: O tempo indica o momento em que se dá o fato expresso pelo verbo. Existem três tempos no
modo indicativo: presente, passado (pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito) e futuro (do presente e do
pretérito). No subjuntivo, são três: presente, pretérito imperfeito e futuro.
– Número: Este é fácil: singular e plural.
– Pessoa: Fácil também: 1ª pessoa (eu amei, nós amamos); 2º pessoa (tu amaste, vós amastes); 3ª pessoa
(ele amou, eles amaram).
• Formas nominais do verbo
Os verbos têm três formas nominais, ou seja, formas que exercem a função de nomes (normalmente, subs-
tantivos). São elas infinitivo (terminado em -R), gerúndio (terminado em –NDO) e particípio (terminado em –DA/
DO). • Voz verbal
É a forma como o verbo se encontra para indicar sua relação com o sujeito. Ela pode ser ativa, passiva ou
reflexiva.
Sujeito paciente + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros) + verbo principal da ação conjugado no
particípio + preposição por/pelo/de + agente da passiva.
A casa foi aspirada pelos rapazes
A voz passiva sintética, também chamada de voz passiva pronominal (devido ao uso do pronome se) é
formada por:
Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plural) + pronome apassivador «se» + sujeito pa-
ciente.
Aluga-se apartamento.
Advérbio
É a palavra invariável que modifica o verbo, adjetivo, outro advérbio ou a oração inteira, expressando uma
determinada circunstância. As circunstâncias dos advérbios podem ser:
– Tempo: ainda, cedo, hoje, agora, antes, depois, logo, já, amanhã, tarde, sempre, nunca, quando, jamais,
ontem, anteontem, brevemente, atualmente, à noite, no meio da noite, antes do meio-dia, à tarde, de manhã,
às vezes, de repente, hoje em dia, de vez em quando, em nenhum momento, etc.
– Lugar: Aí, aqui, acima, abaixo, ali, cá, lá, acolá, além, aquém, perto, longe, dentro, fora, adiante, defronte,
detrás, de cima, em cima, à direita, à esquerda, de fora, de dentro, por fora, etc.
– Modo: assim, melhor, pior, bem, mal, devagar, depressa, rapidamente, lentamente, apressadamente, fe-
lizmente, às pressas, às ocultas, frente a frente, com calma, em silêncio, etc.
– Afirmação: sim, deveras, decerto, certamente, seguramente, efetivamente, realmente, sem dúvida, com
certeza, por certo, etc.
– Negação: não, absolutamente, tampouco, nem, de modo algum, de jeito nenhum, de forma alguma, etc.
– Intensidade: muito, pouco, mais, menos, meio, bastante, assaz, demais, bem, mal, tanto, tão, quase, ape-
nas, quanto, de pouco, de todo, etc.
– Dúvida: talvez, acaso, possivelmente, eventualmente, porventura, etc.
Preposição
É a palavra que liga dois termos, de modo que o segundo complete o sentido do primeiro. As preposições
são as seguintes:
• Conjunções Subordinativas
Interjeição
É a palavra invariável que exprime ações, sensações, emoções, apelos, sentimentos e estados de espírito,
traduzindo as reações das pessoas.
• Principais Interjeições
Oh! Caramba! Viva! Oba! Alô! Psiu! Droga! Tomara! Hum!
Dez classes de palavras foram estudadas agora. O estudo delas é muito importante, pois se você tem bem
construído o que é e a função de cada classe de palavras, não terá dificuldades para entender o estudo da
Sintaxe.
FLEXÃO NOMINAL
Flexão de número
Os nomes (substantivo, adjetivo etc.), de modo geral, admitem a flexão de número: singular e plural.
Ex.: animal – animais.
Palavras Simples
coro - coros
corvo - corvos
destroço - destroços
forno - fornos
fosso - fossos
poço - poços
rogo - rogos
Palavras Compostas
Quanto a variação das palavras compostas:
1) Variação de dois elementos: neste caso os compostos são formados por substantivo mais palavra variá-
vel (adjetivo, substantivo, numeral, pronome). Ex.:
amor-perfeito − amores-perfeitos
couve-flor − couves-flores
segunda-feira − segundas-feiras
3) A palavra também irá variar quando o segundo substantivo determina o primeiro (fim ou semelhança). Ex.:
banana-maçã − bananas-maçã (semelhante a maçã)
navio-escola − navios-escola (a finalidade é a escola)
Observações:
- Alguns autores admitem a flexão dos dois elementos, porém é uma situação polêmica.
Ex.: mangas-espada (preferível) ou mangas-espadas.
- Quando apenas o último elemento varia:
a) Quando os elementos são adjetivos. Ex.: hispano-americano − hispano-americanos.
Observações:
- Como se vê pelo segundo exemplo, pode haver alguma alteração nos elementos, ou seja, não serem
iguais.
- Se forem verbos repetidos, admite-se também pôr os dois no plural. Ex.: pisca-pisca − pisca-piscas ou
piscas-piscas.
Observações:
- São invariáveis arco-íris, louva-a-deus, sem-vergonha, sem-teto e sem-terra.
Ex.: Os sem-terra apreciavam os arco-íris.
- Admitem mais de um plural:
pai-nosso − pais-nossos ou pai-nossos
padre-nosso − padres-nossos ou padre-nossos
terra-nova − terras-novas ou terra-novas
salvo-conduto − salvos-condutos ou salvo-condutos
xeque-mate − xeques-mates ou xeques-mate
Flexão de gênero
Os substantivos e as palavras que o acompanham na frase admitem a flexão de gênero: masculino e femi-
nino. Ex.:
Meu amigo diretor recebeu o primeiro salário.
Minha amiga diretora recebeu a primeira prestação.
A flexão de feminino pode ocorrer de duas maneiras.
2) Por meio de diferentes sufixos nominais de gênero, muitas vezes com alterações do radical. Veja alguns
femininos importantes:
ateu − ateia
bispo − episcopisa
conde − condessa
duque − duquesa
frade − freira
ilhéu − ilhoa
judeu − judia
marajá − marani
monje − monja
pigmeu − pigmeia
Alguns substantivos são uniformes quanto ao gênero, ou seja, possuem uma única forma para masculino e
feminino. E podem ser divididos em:
a) Sobrecomuns: admitem apenas um artigo, podendo designar os dois sexos. Ex.: a pessoa, o cônjuge, a
testemunha.
b) Comuns de dois gêneros: admitem os dois artigos, podendo então ser masculinos ou femininos. Ex.: o
estudante − a estudante, o cientista − a cientista, o patriota − a patriota.
c) Epicenos: admitem apenas um artigo, designando os animais. Ex.: O jacaré, a cobra, o polvo.
Observações:
- O feminino de elefante é elefanta, e não elefoa. Aliá é correto, mas designa apenas uma espécie de ele-
fanta.
- Mamão, para alguns gramáticos, deve ser considerado epiceno. É algo discutível.
- Há substantivos de gênero duvidoso, que as pessoas costumam trocar. Veja alguns que convém gravar.
Masculinos - Femininos
champanha - aguardente
dó - alface
Flexão de grau
Por razões meramente didáticas, incluo, aqui, o grau entre os processos de flexão.
Grau do substantivo
2) Aumentativo:
a) Sintético: chapelão;
b) Analítico: chapéu grande, chapéu enorme etc.
3) Diminutivo:
a) Sintético: chapeuzinho;
b) Analítico: chapéu pequeno, chapéu reduzido etc.
Obs.: Um grau é sintético quando formado por sufixo; analítico, por meio de outras palavras.
Grau do adjetivo
2) Comparativo:
a) De superioridade: João é mais forte que André. (ou do que);
b) De inferioridade: João é menos forte que André. (ou do que);
c) De igualdade: João é tão forte quanto André. (ou como);
3) Superlativo:
a) Absoluto
Sintético: João é fortíssimo.
Analítico: João é muito forte. (bastante forte, forte demais etc.)
b) Relativo:
De superioridade: João é o mais forte da turma.
De inferioridade: João é o menos forte da turma.
Observações:
a) O grau superlativo absoluto corresponde a um aumento do adjetivo. Pode ser expresso por um sufixo
(íssimo, érrimo ou imo) ou uma palavra de apoio, como muito, bastante, demasiadamente, enorme etc.
FLEXÃO VERBAL
Obs.: O pretérito perfeito indica uma ação extinta; o imperfeito, uma ação que se prolongava num determi-
nado ponto do passado; o mais-que-perfeito, uma ação passada em relação a outra ação, também passada.
Ex.:
Eu cantei aquela música. (perfeito)
Eu cantava aquela música. (imperfeito)
Quando ele chegou, eu já cantara. (mais-que-perfeito)
c) Futuro:
- Do presente: estudaremos
- Do pretérito: estudaríamos
Obs.: No modo subjuntivo, com relação aos tempos simples, temos apenas o presente, o pretérito imperfei-
to e o futuro (sem divisão). Os tempos compostos serão estudados mais adiante.
Obs.: Estudaremos bem o pronome apassivador (ou partícula apassivadora) na sétima lição: concordância
verbal.
c) Reflexiva: o sujeito pratica e sofre a ação verbal; aparece um pronome reflexivo. Ex.: O garoto se machu-
cou.
Formação do Imperativo
1) Afirmativo: tu e vós saem do presente do indicativo menos a letra s; você, nós e vocês, do presente do
subjuntivo.
Ex.: Imperativo afirmativo do verbo beber
Bebo → beba
bebes → bebe (tu) bebas
bebe beba → beba (você)
bebemos bebamos → bebamos (nós)
bebeis → bebei (vós) bebais
bebem bebam → bebam (vocês)
Observações:
a) No imperativo não existe a primeira pessoa do singular, eu; a terceira pessoa é você.
b) O verbo ser não segue a regra nas pessoas que saem do presente do indicativo. Eis o seu imperativo:
- Afirmativo: sê, seja, sejamos, sede, sejam.
- Negativo: não sejas, não seja, não sejamos, não sejais, não sejam.
c) O tratamento dispensado a alguém numa frase não pode mudar. Se começamos a tratar a pessoa por
você, não podemos passar para tu, e vice-versa.
Ex.: Pede agora a tua comida. (tratamento: tu)
Peça agora a sua comida. (tratamento: você)
d) Os verbos que têm z no radical podem, no imperativo afirmativo, perder também a letra e que aparece
antes da desinência s.
Ex.: faze (tu) ou faz (tu)
dize (tu) ou diz (tu)
e) Procure ter “na ponta da língua” a formação e o emprego do imperativo. É assunto muito cobrado em
concursos públicos.
1) O presente do indicativo é tempo primitivo. Da primeira pessoa do singular sai todo o presente do sub-
juntivo.
Ex.: digo → que eu diga, que tu digas, que ele diga etc.
dizes
diz
Obs.: isso não ocorre apenas com os poucos verbos que não apresentam a desinência o na primeira pes-
soa do singular.
Ex.: eu sou → que eu seja.
eu sei → que eu saiba.
Tempos Compostos
Formam-se os tempos compostos com o verbo auxiliar (ter ou haver) mais o particípio do verbo que se quer
conjugar.
1) Compor, repor, impor, expor, depor etc.: seguem integralmente o verbo pôr.
Ex.: ponho → componho, imponho, deponho etc.
pus → compus, repus, expus etc.
Observações:
- Como se vê nesses quatro itens iniciais, o verbo derivado segue a conjugação do seu primitivo. Basta con-
jugar o verbo primitivo e recolocar o prefixo. Há outros verbos que dão origem a verbos derivados. Por exemplo,
dizer, haver e fazer. Para eles, vale a mesma regra explicada acima.
Ex.: eu houve → eu reouve (e não reavi, como normalmente se fala por aí).
- Requerer e prover não seguem integralmente os verbos querer e ver. Eles serão mostrados mais adiante.
5) Crer, no pretérito perfeito do indicativo: cri, creste, creu, cremos, crestes, creram.
6) Estourar, roubar, aleijar, inteirar etc.: mantém o ditongo fechado em todos os tempos, inclusive o presente
do indicativo. Ex.: A bomba estoura. (e não estóra, como normalmente se diz).
10) Apaziguar, averiguar, obliquar, no presente do subjuntivo: apazigúe, apazigúes, apazigúe, apaziguemos,
apazigueis, apazigúem.
11) Mobiliar:
a) presente do indicativo: mobílio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobíliam.
b) presente do subjuntivo: mobílie, mobílies, mobílie, mobiliemos, mobilieis, mobíliem.
12) Polir, no presente do indicativo: pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem.
Observações:
- Os verbos desse grupo (importantíssimo) apresentam o ditongo ei nas formas rizotônicas, mas apenas nos
dois presentes.
- Os verbos estrear e idear apresentam ditongo aberto.
Ex.: estreio, estreias, estreia; ideio, ideias, ideia.
Observações:
- Esses verbos não têm o ditongo ei nas formas rizotônicas.
- Mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar e intermediar, apesar de terminarem em iar, apresentam o ditongo
ei.
Ex.: medeio, medeias, medeia, mediamos, mediais, medeiam, medeie, medeies, medeie, mediemos, me-
dieis, medeiem.
16) Prover: conjuga-se como verbo regular no pretérito perfeito, no mais-que-perfeito, no imperfeito do sub-
juntivo, no futuro do subjuntivo e no particípio; nos demais tempos, acompanha o verbo ver.
Ex.: Provi, proveste, proveu; provera, proveras, provera; provesse, provesses, provesse etc.
provejo, provês, provê; provia, provias, provia; proverei, proverás, proverá etc.
17) Reaver, precaver-se, falir, adequar, remir, abolir, colorir, ressarcir, demolir, acontecer, doer são verbos
defectivos. Estude o que falamos sobre eles na lição anterior, no item sobre a classificação dos verbos. Ex.:
Reaver, no presente do indicativo: reavemos, reaveis.
Visão Geral: sumariamente, as concordâncias verbal e nominal estudam a sintonia entre os componentes
de uma oração.
– Concordância verbal: refere-se ao verbo relacionado ao sujeito, sendo que o primeiro deve,
obrigatoriamente, concordar em número (flexão em singular e plural) e pessoa (flexão em 1a, 2a, ou 3a pessoa)
com o segundo. Isto é, ocorre quando o verbo é flexionado para concordar com o sujeito.
Concordância verbal com o infinitivo pessoal: existem três situações em que o verbo no infinitivo é fle-
xionado:
I – Quando houver um sujeito definido;
II – Sempre que se quiser determinar o sujeito;
III – Sempre que os sujeitos da primeira e segunda oração forem distintos.
Observe os exemplos:
“Eu pedir para eles fazerem a solicitação.”
Concordância verbal com o infinitivo impessoal: não há flexão verbal quando o sujeito não for definido,
ou sempre que o sujeito da segunda oração for igual ao da primeira oração, ou mesmo em locuções verbais,
com verbos preposicionados e com verbos imperativos.
Exemplos:
“Os membros conseguiram fazer a solicitação.”
“Foram proibidos de realizar o atendimento.”
Concordância verbal com verbos impessoais: nesses casos, verbo ficará sempre em concordância com
a 3a pessoa do singular, tendo em vista que não existe um sujeito.
Observe os casos a seguir:
– Verbos que indicam fenômenos da natureza, como anoitecer, nevar, amanhecer.
Exemplo: “Não chove muito nessa região” ou “Já entardeceu.»
– O verbo haver com sentido de existir. Exemplo: “Havia duas professoras vigiando as crianças.”
– O verbo fazer indicando tempo decorrido. Exemplo: “Faz duas horas que estamos esperando.”
Concordância verbal com o verbo ser: diante dos pronomes tudo, nada, o, isto, isso e aquilo como sujeito,
há concordância verbal com o predicativo do sujeito, podendo o verbo permanecer no singular ou no plural:
– “Tudo que eu desejo é/são férias à beira-mar.”
– “Isto é um exemplo do que o ocorreria.” e “Isto são exemplos do que ocorreria.”
Concordância verbal com pronome relativo quem: o verbo, ou faz concordância com o termo precedente
ao pronome, ou permanece na 3a pessoa do singular:
– “Fui eu quem solicitou.» e “Fomos nós quem solicitou.»
Concordância verbal com pronome relativo que: o verbo concorda com o termo que antecede o pronome:
– “Foi ele que fez.» e “Fui eu que fiz.»
– “Foram eles que fizeram.” e “Fomos nós que fizemos.»
Concordância verbal com a partícula de indeterminação do sujeito se: nesse caso, o verbo cria
concordância com a 3a pessoa do singular sempre que a oração for constituída por verbos intransitivos ou por
verbos transitivos indiretos:
– «Precisa-se de cozinheiro.” e «Precisa-se de cozinheiros.”
Concordância com o elemento apassivador se: aqui, verbo concorda com o objeto direto, que desempe-
nha a função de sujeito paciente, podendo aparecer no singular ou no plural:
– Aluga-se galpão.” e “Alugam-se galpões.”
Concordância verbal com as expressões a metade, a maioria, a maior parte: preferencialmente, o verbo
fará concordância com a 3° pessoa do singular. Porém, a 3a pessoa do plural também pode ser empregada:
– “A maioria dos alunos entrou” e “A maioria dos alunos entraram.”
– “Grande parte das pessoas entendeu.” e “Grande parte das pessoas entenderam.”
Concordância nominal muitos substantivos: o adjetivo deve concordar em gênero e número com o
substantivo mais próximo, mas também concordar com a forma no masculino plural:
– “Casa e galpão alugado.” e “Galpão e casa alugada.”
– “Casa e galpão alugados.” e “Galpão e casa alugados.”
Concordância nominal com adjetivos: sempre que existir dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo
permanece no singular, se houver um artigo entre os adjetivos. Se o artigo não aparecer, o substantivo deve
estar no plural:
– “A blusa estampada e a colorida.” e “O casaco felpudo e o xadrez.”
– “As blusas estampada e colorida.” e “Os casacos felpudo e xadrez.”
Concordância nominal com é proibido e é permitido: nessas expressões, o adjetivo flexiona em gênero
e número, sempre que houver um artigo determinando o substantivo. Caso não exista esse artigo, o adjetivo
deve permanecer invariável, no masculino singular:
– “É proibida a circulação de pessoas não identificadas.” e “É proibido circulação de pessoas não identificadas.”
– “É permitida a entrada de crianças.” e “É permitido entrada de crianças acompanhadas.”
Concordância nominal com menos: a palavra menos permanece é invariável independente da sua atua-
ção, seja ela advérbio ou adjetivo:
– “Menos pessoas / menos pessoas”.
– “Menos problema /menos problemas.”
Concordância nominal com muito, pouco, bastante, longe, barato, meio e caro: esses termos instauram
concordância em gênero e número com o substantivo quando exercem função de adjetivo:
– “Tomei bastante suco.” e “Comprei bastantes frutas.”
– “A jarra estava meia cheia.” e “O sapato está meio gasto”.
– “Fizemos muito barulho.” e “Compramos muitos presentes.”
Visão geral: na Gramática, regência é o nome dado à relação de subordinação entre dois termos. Quando,
em um enunciado ou oração, existe influência de um tempo sobre o outro, identificamos o que se denomina
termo determinante, essa relação entre esses termos denominamos regência.
— Regência Nominal
É a relação entre um nome o seu complemento por meio de uma preposição. Esse nome pode ser um
substantivo, um adjetivo ou um advérbio e será o termo determinante.
O complemento preenche o significado do nome, cujo sentido estaria impreciso ou ambíguo se não fosse
pelo complemento.
Observe os exemplos:
“A nova entrada é acessível a cadeirantes.”
“Eu tenho o sonho de viajar para o nordeste.”
“Ele é perito em investigações como esta.”
Na primeira frase, adjetivo “acessível” exige a preposição a, do contrário, seu sentido ficaria incompleto. O
mesmo ocorre com os substantivos “sonho“ e “perito”, nas segunda e terceira frases, em que os nomes exigem
as preposições de e em para completude de seus sentidos. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que
regem. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem uma preposição para que seu sentido seja
— Regência Verbal
Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os
termos regidos. Um verbo possui a mesma regência do nome do qual deriva.
Observe as duas frases:
REGE
No sentido de / pela
VERBO EXEMPLO
transitividade
PREPOSIÇÃO?
ajudar, dar assistência NÃO “Por favor, assista o time.”
ver SIM “Você assistiu ao jogo?”
Assistir
“Assiste aos cidadãos o direito de
pertencer SIM protestar.”
valor, preço NÃO “Esse imóvel custa caro.”
Custar desafio, dano, peso SIM “Dizer a verdade custou a ela.”
moral
fundamento / verbo NÃO “Isso não procede.”
instransitivo
Proceder
“Essa conclusão procede de muito
origem SIM vivência.”
finalidade, objetivo SIM “Visando à garantia dos direitos.”
Visar
avistar, enxergar NÃO “O vigia logo visou o suspeito.”
desejo NÃO “Queremos sair cedo.”
Querer
estima SIM “Quero muito aos meus sogros.”
pretensão SIM “Aspiro a ascensão política.”
Aspirar absorção ou NÃO “Evite aspirar fumaça.”
respiração
consequência / verbo “A sua solicitação implicará alteração do
NÃO
Implicar transitivo direto meu trajeto.”
insistência, birra SIM “Ele implicou com o cachorro.”
convocação NÃO “Chame todos!”
“Chamo a Talita de Tatá.”
Chamar Rege complemento, “Chamo Talita de Tatá.”
apelido com e sem
preposição “Chamo a Talita Tatá.”
“Chamo Talita Tatá.”
o que se paga NÃO “Paguei o aluguel.”
Pagar
a quem se paga SIM “Pague ao credor.”
quem chega, chega
Chegar a algum lugar / verbo SIM “Quando chegar ao local, espere.”
transitivo indireto
quem obedece a algo
Obedecer / alguém / transitivo SIM “Obedeçam às regras.”
indireto
Esquecer verbo transitivo direito NÃO “Esqueci as alianças.”
... exige um
verbo transitivo direito complemento
Informar “Informe o ocorrido ao gerente.”
e indireto, portanto... sem e outro com
preposição
quem vai vai a algum
Ir lugar / verbo transitivo SIM “Vamos ao teatro.”
indireto
Frase
É todo enunciado capaz de transmitir a outrem tudo aquilo que pensamos, queremos ou sentimos.
Exemplos
Caía uma chuva.
Dia lindo.
Oração
É a frase que apresenta estrutura sintática (normalmente, sujeito e predicado, ou só o predicado).
Exemplos
Ninguém segura este menino. (Ninguém: sujeito; segura este menino: predicado)
Havia muitos suspeitos. (Oração sem sujeito; havia muitos suspeitos: predicado)
Termos da oração
Termos sujeito
1.
essenciais predicado
complemento
verbal objeto direto
Termos complemento objeto indireto
2.
integrantes nominal
agente da
passiva
Adjunto
adnominal
Termos
3. adjunto
acessórios
adverbial
aposto
4. Vocativo
Diz-se que sujeito e predicado são termos “essenciais”, mas note que o termo que realmente é o núcleo da
oração é o verbo:
Chove. (Não há referência a sujeito.)
A notícia corria rápida como pólvora. (Corria está no singular concordando com a notícia.)
As notícias corriam rápidas como pólvora. (Corriam, no plural, concordando com as notícias.)
O núcleo do sujeito é a palavra principal do sujeito, que encerra a essência de sua significação. Em torno
dela, como que gravitam as demais.
Sujeito elíptico (ou oculto): não expresso e que pode ser determinado pela desinência verbal ou pelo
contexto.
Sujeito indeterminado: é aquele que existe, mas não podemos ou não queremos identificá-lo com precisão.
Ocorre:
- quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, sem referência a nenhum substantivo anteriormente expres-
so.
Exemplos:
Vive-se bem. (VI)
Precisa-se de pedreiros. (VTI)
Falava-se baixo. (VI)
Era-se feliz naquela época. (VL)
Orações sem sujeito
Predicado nominal
O núcleo, em torno do qual as demais palavras do predicado gravitam e que contém o que de mais impor-
tante se comunica a respeito do sujeito, e um nome (isto é, um substantivo ou adjetivo, ou palavra de natureza
substantiva). O verbo e de ligação (liga o núcleo ao sujeito) e indica estado (ser, estar, continuar, ficar, perma-
necer; também andar, com o sentido de estar; virar, com o sentido de transformar-se em; e viver, com o sentido
de estar sempre).
Exemplo:
Os príncipes viraram sapos muito feios. (verbo de ligação mais núcleo substantivo: sapos)
Verbos de ligação
São aqueles que, sem possuírem significação precisa, ligam um sujeito a um predicativo. São verbos de
ligação: ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, tornar-se etc.
- O predicativo do sujeito, além de vir com verbos de ligação, pode também ocorrer com verbos intransiti-
vos ou com verbos transitivos.
Predicado verbal
Ocorre quando o núcleo é um verbo. Logo, não apresenta predicativo. E formado por verbos transitivos ou
intransitivos.
Exemplo: A população da vila assistia ao embarque. (Núcleo do sujeito: população; núcleo do predica-
do: assistia, verbo transitivo indireto)
Verbos intransitivos
São verbos que não exigem complemento algum; como a ação verbal não passa, não transita para nenhum
complemento, recebem o nome de verbos intransitivos. Podem formar predicado sozinhos ou com adjuntos
adverbiais.
Exemplos
Esse predicado tem dois núcleos (um verbo e um nome), é formado por predicativo com verbo transiti-
vo ou intransitivo.
Exemplos:
A multidão assistia ao jogo emocionada. (predicativo do sujeito com verbo transitivo indireto)
Os meus três grandes amigos [amigos: nome substantivo] vieram me fazer uma visita [visita: nome subs-
tantivo] agradável ontem à noite.
São adjuntos adnominais os (artigo definido), meus (pronome possessivo adjetivo), três (numeral), gran-
des (adjetivo), que estão gravitando em torno do núcleo do sujeito, o substantivo amigos; o mesmo acontece
com uma (artigo indefinido) e agradável (adjetivo), que determinam e qualificam o núcleo do objeto direto, o
substantivo visita.
O adjunto adnominal prende-se diretamente ao substantivo, ao passo que o predicativo se refere ao subs-
tantivo por meio de um verbo.
Complemento nominal
É o termo que completa o sentido de substantivos, adjetivos e advérbios porque estes não têm sentido
completo.
- Objeto – recebe a atividade transitiva de um verbo.
- Complemento nominal – recebe a atividade transitiva de um nome.
O complemento nominal é sempre ligado ao nome por preposição, tal como o objeto indireto.
Período
Enunciado formado de uma ou mais orações, finalizado por: ponto final ( . ), reticencias (...), ponto de excla-
mação (!) ou ponto de interrogação (?). De acordo com o número de orações, classifica-se em:
Apresenta apenas uma oração que é chamada absoluta.
O período é simples quando só traz uma oração, chamada absoluta; o período é composto quando traz mais
de uma oração. Exemplo: Comeu toda a refeição. (Período simples, oração absoluta.); Quero que você leia.
(Período composto.)
- Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não só... mas também, não só... mas ainda.
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa ideia de acréscimo ou adição com referência
à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa aditiva.
- Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa ideia de oposição à oração anterior, ou seja,
por uma conjunção coordenativa adversativa.
- Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou, ou... ou, ora... ora, seja... seja, quer... quer.
A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que estabelece uma relação de alternância ou escolha com
referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa alternativa.
- Causais: Expressam a causa do fato enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como (=
porque), pois que, visto que.
- Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para a ocorrência do que foi enunciado na principal.
Conjunções: se, contanto que, a menos que, a não ser que, desde que.
- Concessivas: Expressam ideia ou fato contrário ao da oração principal, sem, no entanto, impedir sua re-
alização. Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais que, mesmo que.
- Conformativas: Expressam a conformidade de um fato com outro. Conjunções: conforme, como (=con-
forme), segundo.
- Temporais: Acrescentam uma circunstância de tempo ao que foi expresso na oração principal. Conjun-
ções: quando, assim que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal (=assim que).
- Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que foi enunciado na oração principal. Conjunções: para
que, a fim de que, porque (=para que), que.
- Consecutivas: Expressam a consequência do que foi enunciado na oração principal. Conjunções: porque,
que, como (= porque), pois que, visto que.
- Comparativas: Expressam ideia de comparação com referência à oração principal. Conjunções: como, as-
sim como, tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado com menos ou mais).
- Proporcionais: Expressam uma ideia que se relaciona proporcionalmente ao que foi enunciado na princi-
pal. Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos.
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: É aquela que exerce a função de objeto direto do
verbo da oração principal. Observe: O filho quer a sua ajuda. (objeto direto)
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: É aquela que exerce a função de objeto indireto do
verbo da oração principal. Observe: Preciso de sua ajuda. (objeto indireto)
- Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É aquela que exerce a função de sujeito do verbo da ora-
ção principal. Observe: É importante sua ajuda. (sujeito)
- Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal: É aquela que exerce a função de complemento
nominal de um termo da oração principal. Observe: Estamos certos de sua inocência. (complemento nominal)
- Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É aquela que exerce a função de predicativo do sujeito
da oração principal, vindo sempre depois do verbo ser. Observe: O principal é sua felicidade. (predicativo)
- Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela que exerce a função de aposto de um termo da
oração principal. Observe: Ela tinha um objetivo: a felicidade de todos. (aposto)
- Subordinadas Adjetivas Restritivas: São restritivas quando restringem ou especificam o sentido da pa-
lavra a que se referem.
- Subordinadas Adjetivas Explicativas: São explicativas quando apenas acrescentam uma qualidade à
palavra a que se referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem restringi-lo ou especificá-lo.
Orações Reduzidas
São caracterizadas por possuírem o verbo nas formas de gerúndio, particípio ou infinitivo. Ao contrário das
demais orações subordinadas, as orações reduzidas não são ligadas através dos conectivos. Há três tipos de
orações reduzidas:
Desenvolvida: Meu desejo era que eu ganhasse na loteria. (Oração Subordinada Substantiva Predicativa)
Desenvolvida: A mulher que sequestraram foi resgatada. (Oração Subordinada Adjetiva Restritiva)
Desenvolvida: Desde que respeitem as regras, não terão problemas. (Oração Subordinada Adverbial Con-
dicional)
Semântica
Significação de palavras
As palavras podem ter diversos sentidos em uma comunicação. E isso também é estudado pela Gramática
Normativa: quem cuida dessa parte é a Semântica, que se preocupa, justamente, com os significados das pa-
lavras. Veremos, então, cada um dos conteúdos que compõem este estudo.
Antônimo e Sinônimo
Começaremos por esses dois, que já são famosos.
O Antônimo são palavras que têm sentidos opostos a outras. Por exemplo, felicidade é o antônimo de tris-
teza, porque o significado de uma é o oposto da outra. Da mesma forma ocorre com homem que é antônimo
de mulher.
Já o sinônimo são palavras que têm sentidos aproximados e que podem, inclusive, substituir a outra. O
uso de sinônimos é muito importante para produções textuais, porque evita que você fique repetindo a mesma
palavra várias vezes. Utilizando os mesmos exemplos, para ficar claro: felicidade é sinônimo de alegria/conten-
Hipônimos e Hiperônimos
Estes conceitos são simples de entender: o hipônimo designa uma palavra de sentido mais específico,
enquanto que o hiperônimo designa uma palavra de sentido mais genérico. Por exemplo, cachorro e gato são
hipônimos, pois têm sentido específico. E animais domésticos é uma expressão hiperônima, pois indica um
sentido mais genérico de animais. Atenção: não confunda hiperônimo com substantivo coletivo. Hiperônimos
estão no ramo dos sentidos das palavras, beleza?!?!
Outros conceitos que agem diretamente no sentido das palavras são os seguintes:
Conotação e Denotação
Observe as frases:
Amo pepino na salada.
Tenho um pepino para resolver.
As duas frases têm uma palavra em comum: pepino. Mas essa palavra tem o mesmo sentido nos dois enun-
ciados? Isso mesmo, não!
Na primeira frase, pepino está no sentido denotativo, ou seja, a palavra está sendo usada no sentido pró-
prio, comum, dicionarizado.
Já na segunda frase, a mesma palavra está no sentindo conotativo, pois ela está sendo usada no sentido
figurado e depende do contexto para ser entendida.
Para facilitar: denotativo começa com D de dicionário e conotativo começa com C de contexto.
Por fim, vamos tratar de um recurso muito usado em propagandas:
Ambiguidade
Observe a propaganda abaixo:
https://redacaonocafe.wordpress.com/2012/05/22/ambiguidade-na-propaganda/
Perceba que há uma duplicidade de sentido nesta construção. Podemos interpretar que os móveis não
durarão no estoque da loja, por estarem com preço baixo; ou que por estarem muito barato, não têm qualidade
e, por isso, terão vida útil curta.
Essa duplicidade acontece por causa da ambiguidade, que é justamente a duplicidade de sentidos que
podem haver em uma palavra, frase ou textos inteiros.
Pontuação
Com Nina Catach, entendemos por pontuação um “sistema de reforço da escrita, constituído de sinais sin-
táticos, destinados a organizar as relações e a proporção das partes do discurso e das pausas orais e escritas.
Estes sinais também participam de todas as funções da sintaxe, gramaticais, entonacionais e semânticas”.
(BECHARA, 2009, p. 514)
A partir da definição citada por Bechara podemos perceber a importância dos sinais de pontuação, que é
constituída por alguns sinais gráficos assim distribuídos: os separadores (vírgula [ , ], ponto e vírgula [ ; ],
ponto final [ . ], ponto de exclamação [ ! ], reticências [ ... ]), e os de comunicação ou “mensagem” (dois pon-
tos [ : ], aspas simples [‘ ’], aspas duplas [ “ ” ], travessão simples [ – ], travessão duplo [ — ], parênteses [ ( ) ],
colchetes ou parênteses retos [ [ ] ], chave aberta [ { ], e chave fechada [ } ]).
Ponto ( . )
O ponto simples final, que é dos sinais o que denota maior pausa, serve para encerrar períodos que termi-
nem por qualquer tipo de oração que não seja a interrogativa direta, a exclamativa e as reticências.
Estaremos presentes na festa.
Ponto de interrogação ( ? )
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação interrogativa ou de incerteza, real ou fingida, também
chamada retórica.
Você vai à festa?
Ponto de exclamação ( ! )
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação exclamativa.
Ex: Que bela festa!
Reticências ( ... )
Denotam interrupção ou incompletude do pensamento (ou porque se quer deixar em suspenso, ou porque
os fatos se dão com breve espaço de tempo intervalar, ou porque o nosso interlocutor nos toma a palavra), ou
hesitação em enunciá-lo.
Ex: Essa festa... não sei não, viu.
Dois-pontos ( : )
Marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída. Em termos práticos, este sinal é usado para:
Introduzir uma citação (discurso direto) e introduzir um aposto explicativo, enumerativo, distributivo ou uma
oração subordinada substantiva apositiva.
Ex: Uma bela festa: cheia de alegria e comida boa.
Ponto e vírgula ( ; )
Representa uma pausa mais forte que a vírgula e menos que o ponto, e é empregado num trecho longo,
onde já existam vírgulas, para enunciar pausa mais forte, separar vários itens de uma enumeração (frequente
em leis), etc.
Ex: Vi na festa os deputados, senadores e governador; vi também uma linda decoração e bebidas caras.
Travessão ( — )
Não confundir o travessão com o traço de união ou hífen e com o traço de divisão empregado na partição
Parênteses e colchetes ( ) – [ ]
Os parênteses assinalam um isolamento sintático e semântico mais completo dentro do enunciado, além
de estabelecer maior intimidade entre o autor e o seu leitor. Em geral, a inserção do parêntese é assinalada
por uma entonação especial. Intimamente ligados aos parênteses pela sua função discursiva, os colchetes são
utilizados quando já se acham empregados os parênteses, para introduzirem uma nova inserção.
Ex: Vamos estar presentes na festa (aquela organizada pelo governador)
Aspas ( “ ” )
As aspas são empregadas para dar a certa expressão sentido particular (na linguagem falada é em geral
proferida com entoação especial) para ressaltar uma expressão dentro do contexto ou para apontar uma pala-
vra como estrangeirismo ou gíria. É utilizada, ainda, para marcar o discurso direto e a citação breve.
Ex: O “coffe break” da festa estava ótimo.
Vírgula
São várias as regras que norteiam o uso das vírgulas. Evidenciaremos, aqui, os principais usos desse sinal
de pontuação. Antes disso, vamos desmistificar três coisas que ouvimos em relação à vírgula:
1º – A vírgula não é usada por inferência. Ou seja: não “sentimos” o momento certo de fazer uso dela.
2º – A vírgula não é usada quando paramos para respirar. Em alguns contextos, quando, na leitura de um
texto, há uma vírgula, o leitor pode, sim, fazer uma pausa, mas isso não é uma regra. Afinal, cada um tem seu
tempo de respiração, não é mesmo?!?!
3º – A vírgula tem sim grande importância na produção de textos escritos. Não caia na conversa de algumas
pessoas de que ela é menos importante e que pode ser colocada depois.
Agora, precisamos saber que a língua portuguesa tem uma ordem comum de construção de suas frases,
que é Sujeito > Verbo > Objeto > Adjunto, ou seja, (SVOAdj).
Exercícios
(L. F. Veríssimo, “Morte”, Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 22/12/1994. Caderno Opinião, p. 11)
O texto lido é uma crônica. Assinale a alternativa em que a definição contraria a justificativa inicial:
(A) Porque se ocupa em relatar e expor determinada pessoa, objeto, lugar ou acontecimento.
(B) Porque é um tipo de texto narrativo curto, geralmente, produzido para meios de comunicação, por exem-
plo, jornais, revistas, etc.
(C) Porque se encarrega de expor um tema ou assunto por meio de argumentações.
(D) Porque é um tipo de texto que apresenta uma linguagem simples.
1. O problema de Bruno está resolvido. Rapidamente, mas não poderia se diferente: raras vezes um com-
portamento criminoso é identificado e provado em pouco tempo com tanta abundância de provas, tanta escas-
sez de atenuantes. O ex-goleiro e ex-ídolo do Flamengo mostrou ser tudo que um atleta popular não pode ser.
2. Seus ex-patrões, e não falo só do flamengo, bem que poderiam fazer um exame de consciência e pergun-
tar a si mesmos se, antes de matar a companheira com repugnantes requintes de violência, Bruno já não teria
dado sinais ou mesmo provas de que alguma coisa estava errada com ele.
3. Talvez não, mas o que está mesmo em questão é a possível necessidade de uma política preventiva a
respeito dos jogadores.
4. Profissionais do futebol não são funcionários comuns de uma empresa. Ao assinarem contrato com o
clube, passam a ser parte de sua história e de sua imagem, o que significa tanto compromisso como honra – e
implica responsabilidades especiais, dentro das quatro linhas e fora delas.
5. A condição de ídolo popular tem tantas responsabilidades quanto prazeres. Sei que estou apenas citando
lugares-comuns, o que pode ser cansativo para o leitor, mas peço um pouco de paciência: eles só ficam
comuns por serem verdadeiros e resistirem ao tempo.
6. O Flamengo agiu com rapidez e eficiência, tanto quanto a polícia, no caso do Bruno, mas o torcedor tem o
direito de perguntar: o que o clube e os outros estão dispostos a fazer, não para reagir a episódios semelhantes,
mas simplesmente para evitá-los?
7. É comum, e absolutamente desejável, que rapazes, muitos ainda adolescentes, mostrem nos gramados
um grau de excelência no exercício da profissão prematuro e incomum em outras profissões. As leis da
concorrência mandam que sejam regiamente pagos por isso, mas o sucesso antes da maturidade tem riscos
óbvios. Talvez deva partir dos clubes, tanto por razões éticas como em defesa de sua própria imagem, a
iniciativa de preparar suas jovens estrelas para a administração correta do sucesso. Dá trabalho com certeza,
mas, em prazo não muito longo, trata-se da defesa de seus interesses e de seu patrimônio, sem falar no aspec-
to ético de uma política nesse sentido.
8. O caso de Bruno é, obviamente, uma aberração. Não conheço outro craque assassino, mas não faltam
exemplos de bons jogadores que jogaram fora suas carreiras e não foram cidadãos exemplares – ou pelo
menos cidadãos comuns – por absoluta incompetência na administração do êxito. Principalmente porque o
sucesso no esporte costuma chegar muito antes do que acontece com outras profissões.
9. Bruno não foi formado no Flamengo. A ele chegou pronto, para o melhor e para o pior. O que fez de sua
vida não é culpa do clube, mas serve como advertência para todos os clubes,
COYLE, A. Administração penitenciária: uma abordagem de direitos humanos. Manual para servidores peni-
tenciários. Brasília: Ministério da Justiça, 2002, p. 21.
Com base nas relações morfossintáticas estabelecidas pelo autor no primeiro período, assinale a alternativa
correta.
(A) Na linha 1, a conjunção “Quando” relaciona orações coordenadas entre si.
(B) Os termos “em prisões” (linha 1) e “seu aspecto físico” (linha 2) funcionam como complementos verbais
e classificam-se, respectivamente, como objeto indireto e objeto direto.
(C) As formas verbais “pensam” (linha 1) e “tendem a considerar” (linhas 1 e 2) referem-se ao mesmo sujeito
sintático: “as pessoas” (linha 1).
(D) Na linha 1, a exclusão do pronome “elas” alteraria a estrutura do período, pois o predicado da segunda
oração passaria a se referir a um sujeito indeterminado.
(E) Na linha 2, o adjetivo “físico” completa o sentido do substantivo “aspecto”, por isso desempenha a função
de complemento nominal.
7. (CESGRANRIO – BNDES – ADVOGADO – 2004) No título do artigo “A tal da demanda social”, a classe
de palavra de “tal” é:
(A) pronome;
(B) adjetivo;
(C) advérbio;
(D) substantivo;
(E) preposição.
8. Assinale a alternativa que apresenta a correta classificação morfológica do pronome “alguém” (l. 44).
10. (CESGRANRIO – FINEP – TÉCNICO – 2011) A vírgula pode ser retirada sem prejuízo para o significado
e mantendo a norma padrão na seguinte sentença:
(A) Mário, vem falar comigo depois do expediente.
(B) Amanhã, apresentaremos a proposta de trabalho.
(C) Telefonei para o Tavares, meu antigo chefe.
(D) Encomendei canetas, blocos e crachás para a reunião.
(E) Entrou na sala, cumprimentou a todos e iniciou o discurso.
12. (FCC – INFRAERO – ADMINISTRADOR – 2011) Está inteiramente correta a pontuação do seguinte
período:
(A) Os personagens principais de uma história, responsáveis pelo sentido maior dela, dependem, muitas
vezes, de pequenas providências que, tomadas por figurantes aparentemente sem importância, ditam o
rumo de toda a história.
(B) Os personagens principais, de uma história, responsáveis pelo sentido maior dela, dependem muitas
vezes, de pequenas providências que tomadas por figurantes, aparentemente sem importância, ditam o
rumo de toda a história.
1 E
2 C
3 B
4 E
5 B
6 B
7 A
8 E
9 B
10 B
11 E
12 A
13 B
14 E
15 B
16 D
17 C
18 E
19 A
20 C
21 B