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MANUAL TÉCNICO DE
MANEJO DE PRODUÇÃO
DE FRANGO DE CORTE

MT_AGR_9007
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Controle: NN- GQ
MANUAL TÉCNICO Data de Emissão: 13.04.2011
MANEJO DE PRODUÇÃO DE FRANGO DE Data de Revisão: 19.09.2016

CORTE Nº Revisão: 03
1/55
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EMITENTE: Felipe Cordova Da Rosa
APROVADOR: Rogério Chiuzi

1 SUMÁRIO

2 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4
3 OBJETIVOS .......................................................................................................... 4
4 PLANEJAMENTO ................................................................................................. 4
5 ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO PROCESSO ...................................................... 5
6 FLUXOGRAMA DO PROCESSO AGROPECUÁRIO ............................................ 5
6.1 FLUXO E CRITÉRIOS PARA TRÂNSITO - AVES .......................................... 6

7 LIMPEZA E DESINFECÇÃO ................................................................................. 7


7.1 DETALHAMENTO ATIVIDADES .................................................................... 8

7.2 QUALIDADE DA CAMA .................................................................................. 9

8 PREPARAÇÃO E ALOJAMENTO DAS AVES .................................................... 10


8.1 MATERIAL PARA AQUECIMENTO .............................................................. 10

8.2 PREPARAÇÃO DO GALPÃO ....................................................................... 11

8.3 VEDAÇÃO .................................................................................................... 12

8.4 PRÉ-AQUECIMENTO .................................................................................. 13

8.5 RECEBIMENTO DAS AVES ......................................................................... 13

8.6 MONITORIA DE RECEBIMENTO ................................................................ 14

8.6.1 Sequencia para monitoria de recebimento............................................. 15


8.7 MONITORIA CHECK DO PAPO ................................................................... 16

9 CONTROLAR AMBIENTE DAS AVES ................................................................ 16


9.1 CONFORTO DAS AVES .............................................................................. 16

9.2 COMPORTAMENTO DAS AVES ................................................................. 18

9.2.1 Sequencia manejo de equipamentos em temperaturas elevadas .......... 18


9.3 VENTILAÇÂO MÍNIMA ................................................................................. 19

9.3.1 Calculos para Ventilação Mínima........................................................... 19


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9.3.2 Circulador de ar ..................................................................................... 20
9.3.3 Ventilaçâo Positiva ................................................................................ 21
9.3.4 Ventilaçâo Negativa ............................................................................... 21
9.3.5 Teste de Vedação ................................................................................. 21
9.3.6 Entrada de Ar ........................................................................................ 22
9.3.7 Nebulização ........................................................................................... 23
9.4 MANEJO DE CAMA ..................................................................................... 24

9.5 ILUMINAÇÃO ............................................................................................... 25

9.6 QUALIDADE DO AR..................................................................................... 25

10 FORNECER ÁGUA AS AVES ............................................................................. 25


10.1 ORIGEM DA ÁGUA .................................................................................. 25

10.2 ABASTECIMENTO DE ÁGUA................................................................... 26

10.3 QUALIDADE E FORNECIMENTO ............................................................ 26

10.4 RESERVATÓRIO DE ÁGUA ..................................................................... 28

10.5 CONSUMO DE ÁGUA .............................................................................. 29

10.6 BEBEDOUROS ......................................................................................... 30

10.6.1 Regulagem bebedouros ........................................................................ 31


11 FORNECER RAÇÂO AS AVES .......................................................................... 33
11.1 RECEBIMENTO DE RAÇÃO .................................................................... 33

11.2 QUALIDADE FÍSICA DAS RAÇÕES ......................................................... 33

11.3 RECEBIMENTO DE RAÇÃO .................................................................... 35

11.4 CONSUMO DE RAÇÃO ............................................................................ 36

11.5 REGULAGEM COMEDOUROS ................................................................ 38

11.6 NÚMERO DE COMEDOUROS ................................................................. 39

12 GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES ........................................................... 39


12.1 PASSO 1................................................................................................... 40

12.2 PASSO 2................................................................................................... 40

12.3 PASSO 3................................................................................................... 41

12.4 PASSO 4................................................................................................... 42

12.5 PASSO 5................................................................................................... 44

12.6 PASSO 6................................................................................................... 44


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13 CARREGAMENTO AVES / APANHA.................................................................. 45
13.1 JEJUM PRÉ-ABATE ................................................................................. 45

13.2 DESINFECÇÃO ........................................................................................ 46

13.3 FLUXO CARREGAMENTO ....................................................................... 46

13.3.1 Colocar os canos ................................................................................... 47


13.3.2 Descarregar as caixas ........................................................................... 47
13.3.3 Apanhar as aves .................................................................................... 48
13.3.4 Carregar as caixas no caminhão ........................................................... 49
13.3.5 Molhar as aves e preencher as documentações .................................... 49
14 PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA .............................................................. 49
14.1 FALTA DE ÁGUA E RAÇÃO ..................................................................... 49

14.2 CURTO CIRCUITO ................................................................................... 50

14.2.1 Contato direto ........................................................................................ 50


14.2.2 Contato indireto ..................................................................................... 51
14.3 QUEDA DE ENERGIA .............................................................................. 51

14.4 ENCHENTE / VENDAVAL / INCÊNDIO .................................................... 52

14.5 INTOXICAÇÃO POR PRODUTOS QUÍMICOS ......................................... 53

15 TREINAMENTOS................................................................................................ 53
15.1 TREINO INTERNO ................................................................................... 53

16 TREINO EXTERNO ............................................................................................ 53


16.1 BIOSSEGURIDADE .................................................................................. 53

16.2 MANEJO DE INVERNO ............................................................................ 54

16.3 MANEJO DE VERÃO ................................................................................ 54


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2 INTRODUÇÃO

O Manual de Produção da Cadeia de frango de corte visa descrever as


diretrizes aplicáveis à cadeia produtiva da agropecuária do negócio frangos da JBS
Foods buscando assegurar a maior eficiência e o menor custo de produção a cadeia
produtiva. Este procedimento aplica-se às Granjas de Terminação de Frangos de
corte.
Tem o objetivo de garantir a produção de Matéria Prima e produtos com
qualidade e seguros para o consumidor final, através do desenvolvimento e a
implantação de procedimentos padrões de operação na cadeia de produção
agropecuária.
O programa envolve desde o momento de preparação para alojamento das
aves na granja até a entrega dos frangos a plataforma de abate.

3 OBJETIVOS

 Melhorar continuamente os índices zootécnicos e a produtividade,


buscando sempre alternativas na redução dos custos de produção;
 Minimizar os riscos de impactos sanitários através da implantação de
padrões e treinamentos;
 Otimizar gestão da área de produção animal pela padronização de
procedimentos da equipe de produção.

4 PLANEJAMENTO

Etapa fundamental na cadeia do frango de corte. É considerada no


planejamento anual do processo de terminação de frangos a demanda de produção do
processo industrial e a partir daí planeja-se toda a cadeia produtiva de animais vivos e
necessidade de m² de instalações de terminação.
Entre os indicadores fundamentais a serem gerenciados no planejamento
agropecuário, destacamos Acuracidade de Pesos, Assertividade de pesos, e avaliação
da curva de ganho diário.
Acuracidade de pesos é obtida quando os frangos entregues na plataforma de
abate estão dentro da faixa de peso meta da unidade de abate (com variação
permitida de + ou – 3%).
Assertividade de pesos é obtida quando os frangos entregues na plataforma
estão dentro da faixa de peso prevista pelo extensionista e planejador agropecuário
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(com variação de + ou – 3%). Este índice independe do peso meta da unidade, sendo
focado na veracidade dos pesos esperados pela equipe agropecuária. Esta etapa está
correlacionada diretamente ao pré-abate realizado pelo extensionista.
Revisão das curvas de ganho de peso diário, é etapa fundamental para a
realização das projeções de entrega futura no frigorifico, sendo fundamentais as
pesagens intermediárias dos lotes, para que o planejador agropecuário possa corrigir
a curva de ganhos quando necessário.

5 ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO PROCESSO

Consideram-se Orientações Técnicas do Processo todos os padrões utilizados


nas granjas de produção, departamento técnico e áreas de apoio que visam
proporcionar aos animais o máximo da expressão do seu potencial genético.
Neste manual as orientações técnicas estão segregadas em capítulos abaixo
descritos:
 CAPÍTULO 1: LIMPEZA E DESINFECÇÃO
 CAPÍTULO 2: PREPARAÇÃO E ALOJAMENTO DAS AVES
 CAPÍTULO 3: CONTROLAR AMBIENTE DAS AVES
 CAPÍTULO 4: FORNECER RAÇÃO AS AVES
 CAPÍTULO 5: FORNECER ÁGUA AS AVES
 CAPÍTULO 6: GERENCIMENTO DE INFORMAÇÕES
 CAPÍTULO 6: PREPARAÇÃO PARA CARREGAMENTO / CARREGAMENTO
DAS AVES
 CAPÍTULO 7: PROCEDIMENTO DE EMERGÊNCIA
 CAPITULO 8: TREINAMENTOS

6 FLUXOGRAMA DO PROCESSO AGROPECUÁRIO

Na Figura 1 temos o fluxograma do processo de agropecuária, demonstrando os


procedimentos básicos de produção de frango de corte. O objetivo do processo é
termos um tratamento adequado para as aves de forma a expressar todo potencial de
crescimento, uniformidade e conversão alimentar, garantido que a saúde e o bem
estar sejam atendidos.
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Figura 1 – Fluxograma do Processo Agropecuário

6. CONTROLE DE ACESSO E VISITAS


É expressamente proibida a visita de qualquer pessoa não autorizada pela JBS
Foods em seus processos, bem como integração a campo (acesso as propriedades).
Para seguir o fluxo normal e seguro de visitas, devemos seguir os
procedimentos descritos na Instrução de Trabalho – Procedimentos Para Transito
Entre Os Setores Das Unidades – IT_AGR_9001.
Objetivo é estabelecer procedimento para trânsito entre as áreas de produção
Agropecuária, Industrial e Administrativa da empresa, válida para trânsito de
funcionários da mesma unidade de produção.

6.1 FLUXO E CRITÉRIOS PARA TRÂNSITO - AVES

Granja Matrizes Recria → Granja de Matrizes Produção de Ovos → Incubatório


→ Fábrica de Rações → Integração de Aves → Termoprocessados → Abatedouro de
Aves → Fábrica de Farinhas e Óleos → Laboratórios (Microbiologia/ Bromatologia/
Físico-química e Saúde Animal) → ETE
Nota: O fluxo de trânsito acima NÃO requer vazio sanitário.
O cumprimento total desta regra visa manter a qualidade sanitária dos animais
a campo.
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7 LIMPEZA E DESINFECÇÃO

A partir do momento em que retiramos a última carga de aves do galpão deverá


considerado um novo lote. Desta forma existem várias tarefas a serem aplicadas neste
período para maximizar o desempenho e reduzir a pressão de infecção na instalação,
período também conhecido como vazio sanitário.
Primeiramente deve ser retirada toda a sobra de ração das linhas e comedouros,
ensacar e pesar, colocando a ração sobre um estrado, em local seco, ou transferida
para outro integrado, com emissão de nota fiscal de produtor rural. Em caso de sobra
de ração final (RAF) em silo especifico informar a quantidade estimada para a fábrica
de rações. Registrar o destino da sobra de ração na ficha do lote.
A limpeza e desinfecção pode ser caracterizada como completa (retirada da
cama) ou entre lotes (reaproveitamento da cama).
Sendo a limpeza completa (Figura 2), deverá ser retirada toda a cama do
galpão, depois de fermentada no interior do galpão pelo período mínimo de sete dias.
Se a cama permanecer na propriedade, deverá permanecer a uma distância mínima
de 50m dos aviários e coberta com lona. O galpão deverá ser varrido e arredores.

Figura 2 – Limpeza Completa do Aviário


Caso a limpeza seja realizada entre lotes o procedimento padrão é realizar a
limpeza dos equipamentos e fermentar a cama com lona estendida. Este processo
anaeróbico permite melhorarmos o status sanitário do lote. Este procedimento é
obrigatório. As etapas do processo se encontram na figura abaixo.
Limpar e desinfetar todos os equipamentos e instalações, lavar toda estrutura
com alta pressão, conforme Figura 3 fazendo com que não fiquem resíduos acima das
estruturas. Deveremos manter o aviário fechado para que o produto faça o efeito
correto durante 24 horas no mínimo. Todo produto deve ser registrado na ficha de
acompanhamento do lote (data, produto, partida, quantidade e diluição).
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Figura 3 - Lavar a estrutura com jatos de altas pressões


Após a limpeza dos equipamentos devemos imediatamente realizar o
procedimento de fermentação de cama seguindo os passos descritos na Figura 4 para
que tenhamos uma alta eficiência do processo. Todo detalhamento do processo está
descrito no Manual de Sanidade JBS Foods.

Figura 4 - Passos para Fermentação de Cama


Lembrando que todos os equipamentos individuais de segurança necessários
as tarefas são de uso obrigatório.

7.1 DETALHAMENTO ATIVIDADES

Imediatamente após o carregamento, fazer o recolhimento das aves mortas,


após lavar externamente o Nipple ou bebedouros pendulares, comedouros,
ventiladores, campânulas e varrer telas, usando se necessário algum produto com
efeito detergente com fim de desengordurar os mesmos e facilitar ação dos
desinfetantes.
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Molhar a cama conforme orientação técnica. Este processo depende do
número de camas (volume). Locais da cama que se apresentam muito seca, necessita
incrementar água para fins de ocorrer uma boa fermentação. A recomendação de
umidade da cama para uma boa fermentação é de aproximadamente 25%.
Com a utilização de bandos laterais enlonar imediatamente a cama após
procedimento A e B. toda a extensão onde conter cama deverá está coberta.
Se houver necessidade, aplicar inseticida em muretas, esteios e pontos
estratégicos onde a fermentação não atua e que possam servir de esconderijo ao
cascudinho.
Se houver, envolver os esteios centrais com lona (colarinhos com mais ou
menos 1 m²), procurando calçar a lona nestes pontos. Aviários de vão livre dispensam
este procedimento.
Retirar a lona após no mínimo seis dias, colocar a lona enrolada no sol para
redução de agentes patogênicos.
Após a retirada da lona, promover a limpeza da mesma e preferencialmente
estende-la expondo-a ao sol para posteriormente armazenar no local apropriado.
Após a retirada da lona, retirar cascões (caso houver), mexer toda a cama,
queimar penas.
Preparar a pinteira para alojamento conforme OT_AGR_9037.
Durante a fermentação de cama, lavar internamente Nipple e caixa d’água,
limpeza da área de serviço, arredores do aviário, fonte de água, silo, manutenção nos
equipamentos, nebulizador (OT_AGR_9035). Também durante o intervalo deve
intensificar controle de roedores (OT_AGR_9042)

7.2 QUALIDADE DA CAMA

Entende-se como uma cama de qualidade um material que se apresente seco,


macio, isento de pedaços de madeira ou qualquer outro material, tendo origem
conhecida e certificada, livre de agentes contaminantes.
Para mantermos uma boa qualidade da cama é fundamental o cumprimento dos
procedimentos de intervalo descritos anteriormente e OT_AGR_9034, OT_AGR_9035.
O conforto adequado das aves durante a fase de criação em área de alojamento,
abertura de cercado, ventilação mínima, circulação de ar também asseguram uma
ótima qualidade da cama bem como bem estar das aves.
A cama poderá ser reutilizada, desde que tratada adequadamente nos
intervalos, por um período máximo de dois anos, havendo problemas sanitários a
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mesma deve ser substituída, conforme a orientação técnica do Sanitarista
responsável.
A espessura mínima para início da criada é de 7 cm de cama. Não se
recomenda a reposição de cama nova na pinteira a partir da segunda criada. Não se
recomenda a utilização de cal, estando facultada a orientação do sanitarista
responsável em casos onde se fizer necessário.

8 PREPARAÇÃO E ALOJAMENTO DAS AVES

Esta etapa visa assegurar uma boa preparação para o recebimento das aves.
Este período de preparação exige planejamento de tarefas muito anteriores a data do
efetivo alojamento. A correta operação do capítulo anterior (procedimento de intervalo)
é fundamental para preparação do galpão ao novo alojamento.

8.1 MATERIAL PARA AQUECIMENTO

Inicialmente para assegurarmos uma boa preparação se faz necessário a


quantidade e qualidade de material para aquecimento das aves, sendo ele lenhoso,
deve-se checar junto ao produtor a origem do material comprovando a legalidade do
mesmo de acordo com a legislação ambiental vigente, em material reflorestado /
comprovado origem. Estando terminantemente proibida a utilização de material não de
acordo com o descrito acima, ficando sob responsabilidade do extensionista pela
aplicação imediata das penalidades e não alojamento em casos se houver.
A lenha deve estar seca, armazenada em local coberto, preferencialmente sob
estrado ou qualquer outro material livre de umidade, conforme Figura 5.

Figura 5 - Lenha Armazenada


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Para novos empreendimentos orienta-se preferencialmente por sistemas de
aquecimento automatizados.
Uma boa manutenção dos equipamentos para aquecimento durante a fase de
intervalo a garantem melhor funcionamento no momento da utilização. Seguir sempre
orientação do fabricante quanto a manutenção necessária.

8.2 PREPARAÇÃO DO GALPÃO

A área a ser alojada deverá ser delimitada, preconizando o melhor acesso a


água e ração as aves. Seguir a Tabela 1, abaixo.
Equipamento Tipo Quantidade

Pendular Máximo: 80 pintos por bebedouro


Bebedouros (pinteira)
Nipple Máximo: 25 pintos por bico
Pendular Máximo: 80 pintos por bebedouro
Bebedouros (Frango)
Nipple Máximo: 12 aves por bico
Pintos Ideal: 100 aves por prato
Comedouro
Frango Ideal: 45 aves por prato
Tabela 1 - Distribuição de Equipamentos
Os equipamentos deverão ser testados antes do alojamento, com prazo mínimo
para tomar medidas corretivas caso necessite.
A pinteira deverá ser instalada em no mínimo dois vãos após a entrada de ar,
conforme Figura 6 abaixo.

Figura 6 - Padrão para Instalação de Pinteira


Utilizar cercas divisórias (cano pvc e tela plástica), delimitando em boxes em
função de cargas ao carregamento (um box por carga).
Para chegada das aves a água deve estar clorada, e a ração já distribuida nos
comedouros e auxiliares.
Utilizar a ração sobre faixas de papel distribuidas ao lado de cada linha de
Nipple na pinteira para estimular o consumo inicial. O papel deverá ser mantido limpo
e renovado até o 3° dia de vida das aves, conforme Figura 7 abaixo.
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Figura 7 - Padrão para Papel de Pinteira

8.3 VEDAÇÃO

As cortinas devem estar em bom estado de vedação conservação e instalação,


conforme Figura 8. Verificar sempre a vedação do bandô, cantoneiras, envelopes
(cortinas duplas).

Figura 8 - Padrão de Cortinas


Usar cortinas internas e externas em toda a extensão do aviário. Deve ser
utilizada no mínimo duas cortinas divisórias antes e após a pinteira, conforme Figura 9.

Figura 9 - Padrão para Instalação de Cortinas


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8.4 PRÉ-AQUECIMENTO

Realizar o procedimento de pré-aquecimento das aves no pré alojamento,


tendo como objetivo atender a uma temperatura de cama próxima de 30°C. Para tanto
as máquinas deverão ser acionadas previamente, de acordo com a característica da
região (4hs, 6hs, 12hs antes do alojamento).
As fontes de aquecimento (fornalhas) devem ser posicionadas de maneira que
favoreçam o direcionamento de ar e melhor uniformidade de temperatura, conforme
Figura 10.

Figura 10 - Padrão para Instalação de Fornalhas


No momento de alojamento dos pintos a temperatura da área de pinteira deve
estar entre 30°C a 32°C.
Posicionar sondas distantes da fonte de calor, próximas do centro da pinteira e
na altura a um metro da cama.

8.5 RECEBIMENTO DAS AVES

A tarefa de recebimento dos pintinhos (Figura 11) é critica e deverá ser


executada de maneira rápida, pois manter o caminhão aberto expôe as aves a
variação de temperatura com o ambiente externo. Para recebimento dos pintainhos
posicionar os canos para auxiliar no descarregamento das caixas de pintos até a area
de pinteira.
Descarregar os pintos com cuidado em diversos pontos da área da pinteira.
Recomenda-se a contagem das aves em 10% das caixas no recebimento. Registrar
na ficha do lote todos os dados do alojamento. Deverá ser orientado ao produtor aferir
a qualidade das aves no recebimento e comunicar ao extensionista qualquer
anormalidade.
Caso haja mortalidade no transporte, deverão ser contadas e marcadas na
ficha de gerenciamento do lote.
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Figura 11 – Descarregamento de Pintos

8.6 MONITORIA DE RECEBIMENTO

Deverá ser realizado aleatoriamente pelo extensionista uma monitoria da


qualidade dos pintos recebidos.
As caracteristicas a avaliar são reflexo, umbigo, pernas, joelhos e defeitos,
conforme descrição na Tabela 2 abaixo, relacionado com a Figura 12.
Característica A-Excelente B-Aceitável C-Inaceitável
Pinto deitado de Pinto deitado de costas Pinto não se vira ou
Reflexo costas se vira em se vira de 4 até 10 leva mais de 10
até 3 segundos segundos segundos
Limpo e bem Fechado mas Não fechado, cordão
Umbigo
curado levemente exposto exposto e úmido
Pernas limpas e Desidratado, seco e Desidratado com veias
Pernas
"enceradas" pálido salientes
Limpos, sem Ligeiro rubor Cor avermelhada, rubor
Joelhos
manchas (avermelhado) intenso
Penas secas e Penas úmidas e com Aves molhadas, presença
Penugem limpas aderências de sujidades e resíduos
de incubação
Sem defeitos Alterações sutis Sem olho/cego, pernas
tortas/abertas/com
Defeitos
abrasões, bico cruzado,
sem empenar, abatido
Tabela 2 - Características para Monitoria de Recebimento
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Figura 12 - Características para Monitoria de Recebimento

8.6.1 Sequencia para monitoria de recebimento

 Acompanhar recebimento da carga de pintos;


 Fazer registros da temperatura do caminhão;
 Conferir números de aves por caixa e número de caixas;
 Proceder avaliação de no mínimo 20 pintinhos por aviário;
 Para avaliação do reflexo, colocar o pintinho com as costas para baixo e
contar tempo de retomada;
 Medir temperatura cloacal com termômetro e registrar a temperatura;
 Utilizar imagens como gabarito;
 Fazer avaliações simultâneas e cruzadas, visando reproduzir/repetir
padrão;
 Retornar com avaliação para o fomento agropecuário;
 Fazer relato de anomalia (ACA) caso haja inconformidade (Escore C)
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8.7 MONITORIA CHECK DO PAPO

Monitorar o ganho de peso nas primeiras horas é uma otima ferramenta de


avaliação das condições de alojamento e recebimento das aves.
A monitoria deverá ser realizada nas primeiras 12 horas da chegada das aves
no galpão. A meta alvo é ter 95% das aves com conteudo após amostragem. Deve ser
amostrado 1% das aves em 3 pontos de amostragem.
Caso o resultado da amostragem esteja abaixo do ideal deverá ser identificado
as falhas e corrigido imediatamente com o produtor. Falhas no conforme e
dimensionamento do alojamento são as mais frequentes.

9 CONTROLAR AMBIENTE DAS AVES

O correto controle ambiental permite que a ave aproveite da melhor forma todo
alimento ofertado expressando assim máximo potencial de crescimento, uniformidade
e conversão. Promover o melhor ambiente as aves durante toda sua vida é tarefa
fundamental, visando o bem-estar e respeito ao animal produzido.

9.1 CONFORTO DAS AVES

Manter as aves dentro da faixa ideal de temperatura e umidade conforme


Gráfico 1.

Gráfico 1 - Faixa ideal de Umidade e Temperatura para as Aves


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Este controle deverá ser preenchido na ficha de acompanhamento do lote. Os
controladores de ambiência deverão ser parametrizados para operar nesta curva com
acionamento de ventilações, aquecimento e nebulizações. A sensação termica deve
ser considerada em função da ventilação e umidade de acordo com a Tabela 3 abaixo.
TABELA DE SENSAÇÃO TÉRMICA POR UMIDADE E VELOCIDADE DE VENTO
Temperatura Real Umidade Relativa Velocidade do Ar
°C 30% 50% 70% 80% 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5
35,00 * 35,0 31,6 26,1 23,8 22,7 22,2
35,00 * 35,0 32,2 26,6 24,4 23,3 22,2
35,00 * 36,3 35,5 30,5 28,8 26,1 24,4
35,00 * 40,0 37,2 31,6 30,0 27,2 25,5
32,20 * 37,2 35,0 30,0 27,7 27,2 26,1
32,20 * 32,2 29,4 35,5 23,8 22,7 21,1
32,20 * 35,5 32,7 28,8 27,2 25,5 23,3
32,20 * 37,2 35,0 30,0 27,7 27,7 27,2
29,40 * 29,4 26,1 23,8 22,2 20,5 19,4
29,40 * 29,4 26,6 24,4 22,8 21,1 20,0
29,40 * 31,6 30,0 27,2 25,5 24,4 23,3
29,40 * 33,3 31,6 28,8 26,6 35,5 23,8
26,60 * 26,6 23,6 21,6 20,5 17,7 17,7
26,60 * 26,6 24,4 22,2 21,1 18,9 18,3
26,60 * 28,3 26,1 24,4 23,3 20,5 19,4
26,60 * 29,4 27,2 25,5 23,8 21,1 20,5
23,90 * 23,8 22,2 20,5 19,4 16,6 16,6
23,90 * 23,9 22,8 21,1 20,0 17,7 16,6
23,90 * 25,5 24,4 23,3 22,2 20,0 18,8
23,90 * 26,1 25,0 23,8 22,7 20,5 20,0
21,10 * 21,1 18,9 18,3 17,7 16,6 16,1
21,10 * 21,1 18,9 18,3 17,7 16,6 16,1
21,10 * 23,3 20,5 19,4 18,8 18,3 17,2
21,10 * 24,4 21,6 20,0 18,8 18,8 18,8

Tabela 3 - Sensação Térmica por Umidade e Velocidade de Vento


Sempre que tivermos valores inferiores a 40% ou superiores a 75% de
umidade devemos ter ações corretivas, como bloqueio ou acionamento de
nebulizadores ou placas de entrada de ar.
Para controlar todos estes parametros de temperatura e umidade além de
diferentes modelos de controladores cada galpão deve ter um termohigrômetro (Figura
13).

Figura 13 - Termohigrômetro
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9.2 COMPORTAMENTO DAS AVES

O comportamento das aves diz muito em relação ao seu estado de conformo,


deve-se portanto observar continuamente o comportamento das mesmas.
As aves devem estar ativas, bem distribuidas, comendo ração e bebendo água
normalmente, conforme Figura 14.
Exemplos de comportamentos frente a desafios ambientais:
 Aves com frio estão amontoadas
 Aves com calor estão ofegantes, enterrando-se na cama
 Aves letárgicas, podem significar altos niveis de CO2 ou falhas na
iluminação.

Figura 14 – Frango Fase Final

9.2.1 Sequencia manejo de equipamentos em temperaturas elevadas

 Reduzir imediatamente o aquecimento


 Suspender as cortinas internas
 Abrir gradativamente a cortina externa do lado contrário à corrente do vento
(ventilações positivas)
 Com a persistência do calor acionar os ventiladores
 Acionar os nebulizadores
 Em aviários com pressão negativa e dark house, ajustar os parâmetros no
painel automático.
 Para aviários climatizados trabalhar em pressão negativa do inicio ao fim do
lote.
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9.3 VENTILAÇÂO MÍNIMA

Sua função principal é renovar o ar dentro do galpão sem alterar temperatura


das aves. Sempre deve ser realizada por temporização e necessidade de troca e
nunca por temperatura. A disposição de cortinas divisórias deve ser instalada
conforme Figura 15 para atender a troca pré aquecendo o ar a ser inserido na pinteira.

Figura 15 - Padrão para Disposição de Cortinas Divisórias


Não existe tabela única para ventilação mínima, para galpão deverá ter a sua
tabela variando estes parametros em função a capacidade do exaustor

9.3.1 Calculos para Ventilação Mínima

a. Volume cúbico de ar na pinteira

Comprimento x largura x altura do galpão exemplo: 42m x 14m x2,6 = 1529m³


(area de alojamento)

b. Volume em ciclos

Porcentagem a ser renovado em cada ciclo


Exemplo: dividir em 5 ciclos de troca (20%) ou seja 306m³ de ar em cada ciclo

c. Ar a ser renovado em cada ciclo, considerando a vazão do exaustor por


segundo

Tempo ligado da ventilação mínima


Exemplo: 1 exaustor como recomendação retira 38000 m³/h, transformar em
segundos ( 38.000/3.600 = 10,5m³ segundo)
a. 306m³ / 10,5m³ = 29,2 = 30 segundos
b. 30 segundos ligado renova 20% (306m³) da pinteira de 1529m³
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d. Ciclos

As condições de qualidade do ar (CO2, amônia, umidade) são fundamentais


para decisão de ciclos.
Geralmente em condições normais utiliza-se módulo de 5 minutos para troca
total.
Exemplo 300seg = 300 – 30 = 270 desligado.
Para parametrização de cada galpão seguir a tabela orientativa para ventilação
em cada galpão. Para qualquer alteração no tempo de ventilação minima deve-se
sempre alterar o tempo desligado e nunca o tempo ligado.

9.3.2 Circulador de ar

Para garantir a homogeinização de ar dentro da pinteira deve-se utilizar


circuladores de ar, conforme Figura 16, poscionados no centro da pinteira com fluxos
de ar invertidos a 60cm da forração, conforme Figura 17. Para galpões de pressão
negativa o acionamento deve ser alternado com a ventilação mínima. Aviários até 16m
de largura mínimo 2 e para aviários maiores de 16m de largura utilizar no mínimo 4.

Figura 16 - Circuladores de Ar

Figura 17 - Posicionamento Circuladores de Ar


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9.3.3 Ventilaçâo Positiva

Para galpões de ventilação positiva deve-se utilizar ventiladores de 36


polegadas dispostos em três linhas. A quantidade recomendada é de no mínimo 1
ventilador para 60m² de área. Não recomenda-se a instalação de ventiladores laterais.
Operar estes galpões com as cortinas fechadas do primeiro ao último dia,
devendo ter um sistema de alarme e desarme de cortinas. Os frontais dos galpões
deverão ter aberturas para realizar a entrada e saída de ar. Os ventiladores devem
estar a 1m do chão em ângulo reto.

9.3.4 Ventilaçâo Negativa

Ventilação negativa são galpões que temos o fluxo de ar em regime de pressão


negativa. Com exaustores em uma extremidade e colling a outra. A quantidade dos
exaustores é em função da capacidade de cada equipamento / fornecedor. A
recomendação é para termos como atendimento referencial mínimo a velocidade de 3
m/s
Ao instalar exaustores em um novo galpão deve se considerar a instalação
lateral do galpão próximo a extremidade, conforme Figura 18.

Figura 18 - Instalação Exaustores

9.3.5 Teste de Vedação

Semestralmente devemos realizar um teste de vedação nestes galpões afim de


garantirmos vedação e correto funcionamento do sistema. Para este teste devemos
utilizar somente um exaustor ligado e o galpão totalmente lacrado, espera-se valores
superiores a 15 pascais como mínimo aceitaveis (Figura 19). Caso encontre valores
abaixo de 15 pascais uma revisão completa da vedação do galpão deverá ser
realizada.
O teste de vedação também deve ser aplicado sempre no ato da entrega de
uma nova obra, havendo problemas na medição realizar medidas corretivas antes de
liberar a finalização da obra para futuro alojamento.
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Figura 19 - Padrão de Resultado de Teste de Vedação

9.3.6 Entrada de Ar

Conforme Figura 20, as entradas de ar deverão ter somente de placas de


celulose com proteção UV. As entradas deverão ter sistema de cortinado ou janelas
para aberturas (tunnel door). A abertura vaira de acordo com o numero de exaustores,
porcentagem de abertura deve ser regulada considerando a pressão estática do
sistema e necessidade de ventilação conforme a fase de vida da ave.
O correto dimensionamento e operação da abertura da placa, garantem uma
melhor uniformidade de ar ao longo do galpão, retirada de agua ao longo do galpão e
controle da sensação térmica.

Figura 20 - Padrão das Entradas de Ar


Para galpões com a largura de até 16m considerar a entrada de ar somente
lateral, em galpões com a largura maior que 16m instalar abertura também frontal,
dividindo o valor total entre laterais e frontal.
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9.3.7 Nebulização

O sistema de nebulizadores (Figura 21) tem a função de auxiliar no controle da


sensação termica do galpão e regular a umidade.

Figura 21 - Sistema de Nebulizadores


A evaporação da umidade faz baixar a temperatura, porém a umidade
excessiva dificulta a troca de calor pela respiração do frango. Recomenda-se sempre a
utilização de sistemas automáticos para o acionamento e mellhor controle.
Lembrando apenas que assim como na temperatura é necessário comparar o valor de
umidade acusado no controlador versus o valor demonstrado no termohigrometro para
calibração do sistema.
Os bicos para nebulização deverão ter sistemas antigotejamento e com
disposição em duas linhas independentes. Deve-se ter bomba exclusiva para
nebulização.
A nebulização é diferenciada de acordo com o tipo de ventilação. Os sistemas
automáticos são recomendados, pois permitem que o avicultor programe os limites de
temperatura, umidade e tempo, facilitando a operação.
Umidade relativa do ar e temperatura são fatores condicionantes a utilização do
sistema de nebulização. Quando a umidade relativa do ar estiver acima de 80%
independente da temperatura, não se recomenda a utilização do sistema e quando a
umidade estiver abaixo de 35% o sistema pode ser utilizado independente da
utilização do sistema de ventilação.
Altas taxas de umidade relativa, associadas às temperaturas altas, fazem com
que as trocas de calor entre as aves e o meio ambiente fiquem comprometidos. A ave
pode não ter capacidade suficiente para manter uma frequência respiratória alta o
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bastante para remover o excesso de calor interno, causando hipertermia, seguida de
prostração e morte. Altas amplitudes térmicas influenciam também na queda do bem-
estar, na produtividade e na conversão alimentar das aves.
Nebulização com Ventilação Negativa: deve ser realizada com bomba
exclusiva e pressão de trabalho média mínimo de 200 a 400 libras. Os bicos devem
ser anti-gotejo com disposição em 2 linhas independentes e transversais, contínuas,
com descarga no final da rede e pelo menos 4 registros por linha. Início no primeiro vai
após a entrada de ar (com exceção aos aviários que não possuem cooling) e final a
pelo menos 20m dos exaustores. Número de bicos por linha depende da largura e
especificação do bico.
Nebulização com Ventilação Positiva: a recomendação de pressão é que seja
de 200 libras. As linhas devem ser dispostas a 2-3m dos ventiladores, com os bicos
concentrados na linha destes.

9.4 MANEJO DE CAMA

As aves devem estar sempre acondicionado sob uma cama de boa qualidade
(Figura 22), Uma boa ventilação contribue para uma uma cama seca e em boas
condições.
Falhas em ambiencia comprometem significativamente a qualidade da cama,
se fazendo necessario a tomada de medidas corretivas como mexer a cama para
retirar pontos de umidade. Se houver a formação de cascões os mesmos devem ser
retirados do galpão e cama reposta.
O excesso de densidade ou falhas na abertura de espaço também contribuem
negativamente na qualidade da cama.

Figura 22 - Padrão de Cama com Qualidade


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Para abertura de cercado seguir disposição de equipamentos de água a e
ração descrita no item 10.

9.5 ILUMINAÇÃO

A recomendação para o dimensionamento é de atendimento de no mínimo 25


lux na primeira semana compreendendo aproximadamente 60% do galpão, 10 lux na
segunda, 8 lux na terceira e 5 lux da quarta em diante.
É recomendado o manejo de luz continuo ou em bloco, jamais sendo em
lanches ou pique de luz.

9.6 QUALIDADE DO AR

Um bom ambiente para criação de frangos apresenta as seguintes


características:
 Amônia: 20 ppm ( ideal < 10 ppm) nos últimos dias antes do abate. Os efeitos
dos níveis de amônia dentro do aviário podem causar danos ao aparelho
respiratório e cegueira.
 Dióxido de Carbono: 3000ppm – Primeiros dias do lote
 Monóxido de Carbono: 50 ppm – Primeiros dias do lote
 Temperatura: conforme tabela que acompanha a ficha de gerenciamento na
criação de aves.
 Umidade: conforme tabela que acompanha a ficha de gerenciamento na
criação de aves.

10 FORNECER ÁGUA AS AVES

10.1 ORIGEM DA ÁGUA

A água disponibilizada as aves deve ser de fonte fechada (protegida),


preferencialmente poço artesiano.
Ao alocar um novo galpão primeiramente devemos verificar a situação de
oferta de água, ex. vazão do poço, a fim de evitarmos o dimensionamento insuficiente
do mesmo. Lembrando que toda a documentação e legislação para o procedimento
extração da agua deve ser atendida previamente.
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10.2 ABASTECIMENTO DE ÁGUA

A água de bebida fornecida as aves deve ser clorada com no mínimo 3 PPM do
início ao fim do lote (com exceção quando se faz vacina via água de bebida). O
reservatório de água tem que ser mantido fechado e com sombreamento.
Durante as visitas de rotina, o cloro deve ser medido pelos extensionistas a fim
de manter a qualidade da água. Essa medição se faz através da fita teste de cloro
onde é possível mediar PPM e pH da água.
Depois de realizada as medições é necessário fazer o registro na ficha de
acompanhamento do lote (PLAN_AGR_9014).
A utilização de qualquer produto via água de bebida está estritamente proibida
a não ser que o produto seja fornecido pela equipe técnica da JBS Foods, a não
obediência deste causará rescisão contratual imediata.

10.3 QUALIDADE E FORNECIMENTO

Fornecer água em quantidade e qualidade para o atendimento das


necessidades das aves, com índice zero de contaminantes é nosso objetivo constante.
A água é um ingrediente biológico essencial à vida. Não é apenas um nutriente
vital, como também está envolvida em muitas funções fisiológicas importantes, tais
como:
 Digestão e absorção, onde sustenta a função enzimática e o transporte de
nutrientes.
 Termo regulação.
 Lubrificação de articulações e órgãos, além da passagem de alimento pelo
trato gastrintestinal.
 É também um componente essencial do sangue e dos tecidos do corpo.
Os frangos consomem praticamente o dobro de água em relação a uma
quantidade de alimento, embora esta relação possa ser muito maior durante as
estações de calor. Aproximadamente 70% do peso dos pintos é composto por água
(isto pode chegar até os 85% ao nascimento), portanto, qualquer redução no consumo
de água ou aumento da perda de água pela ave terá um efeito significativo sobre o
desempenho da vida do pinto. Devido ao papel fundamental que a água exerce na
saúde e no desempenho dos sistemas biológicos, é vital garantir um fornecimento
limpo e adequado de água.
A temperatura ambiente pode ter grande impacto sobre o consumo de água;
este consumo aumentará entre 5-8% para cada grau acima de 20°C. Portanto, é
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essencial que a disponibilidade de água responda às mudanças da temperatura
ambiente. A água armazenada ficará a uma temperatura semelhante àquela do seu
ambiente. Em climas quentes, pode haver uma redução do consumo de água devido a
um aumento na temperatura da água. Em lugares onde a temperatura da água
normalmente excede os 24°C, métodos de controle da temperatura da água são
realizados (ex.: flushing; isolamento dos encanamentos (canos enterrados, conforme
Figura 23) e reservatórios de água sob a sombra).

Figura 23 – Canos de Água Enterrados


Ao chegar ao bebedouro, a água deve ter uma temperatura entre 20 e 24°C,
pH entre 6.5 e 8.0, zero coliforme total e fecal / 100ml. O fornecimento de água limpa e
não contaminada deve ficar livremente à disposição das aves o tempo todo.
Entretanto, dependendo da fonte, a água fornecida às aves pode conter quantidades
excessivas de vários minerais ou estar contaminada com bactérias. Níveis aceitáveis
de minerais e matéria orgânica no suprimento de água são apresentados na Tabela 4.
Parâmetro Nível (mg/l)
Sólidos dissolvidos totais (SDT) 500
Ph 6-9
Dureza total <110
Cloreto <250
Nitrato <10
Sulfato 250
E.coli 0/100 ml
Tabela 4 - Parâmetros ideais para água de bebida das aves
As análises físico-químicas e microbiológicas são realizadas nos laboratórios
da JBS Foods quando da liberação de construção de aviários novos e/ou sempre que
ocorra troca de fonte para fornecimento de água às aves. Como rotina é recomendada
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fazer a análise físico-química e microbiológica no mínimo uma vez ao ano. Caso
algum laboratório não esteja capacitado para a realização das análises especificadas
o encaminhamento de amostras é realizado com o auxílio da Coordenação de
Sanidade. A colheita é realizada pelo extensionista, no ponto de bebida das aves, em
frascos estéreis, transportadas em caixa de isopor com gelo e identificada
corretamente. Em caso de não atendimento dos itens acima, seguir o fluxo inverso (do
ponto de bebida em direção à fonte) para identificar o ponto de contaminação.
As análises físico-químicas e microbiológicas são realizadas nos laboratórios
da JBS Foods laboratórios externos credenciados. Atendendo a legislação vigente
deve-se fazer a análise físico-química e microbiológica no duas vezes ao ano.
A colheita é realizada pelo extensionista, no ponto de bebida das aves, em
frascos estéreis, transportadas em caixa de isopor com gelo e identificada
corretamente. Em caso de não atendimento dos itens acima, seguir o fluxo inverso (do
ponto de bebida em direção à fonte) para identificar o ponto de contaminação.

10.4 RESERVATÓRIO DE ÁGUA

A propriedade deve ter condição de armazenamento de no mínimo 24 horas no


pico de consumo (Figura 24). Fechado, de fibra ou metálica com pintura interna para
evitar corrosão.

Figura 24 – Reservatório de Água

Uma caixa d’água auxiliar para eventual diluição de medicamentos, com


disponibilidade de 1.000 litros (Figura 25) é necessária para os aviários que não
tiverem dosador do sistema Nipple (Figura 26).
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Figura 25 - Caixa de Medicamento Figura 26 - Dosador de Medicamento e Filtro


Ao final de cada lote o reservatório é lavado. Casos onde o reservatório de
água da granja é central, a limpeza pode ser realizada anualmente desde que a água
deste permaneça sempre clorada e sejam realizadas análises frequentes sem
comprometimento da qualidade da mesma.
Em caso de utilização de bebedouro tipo Nipple, a coluna de água (diferença
entre a tubulação do Nipple e o nível de água do reservatório) é mantida com no
mínimo 3 metros de altura.

10.5 CONSUMO DE ÁGUA

Disponibilidade total de água do início ao fim do lote, inclusive durante o jejum


parcelado da apanha, manter limpa e clorada, para que todas as aves tenha acesso
fácil.
Para 100 % dos produtores, o registro do consumo diário bem como a
presença de hidrômetro (Figura 27) é obrigatório. As anotações de consumo devem
estar na ficha de acompanhamento do lote, além de indicativo para possíveis
problemas sanitários e nutricionais.
Tomar muito cuidado com a instalação dos hidrômetros pois podem causar
estrangulamento das entradas de água para as tubulações do Nipple. Seguir
orientações do fabricante.
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Figura 27 - Hidrômetro

10.6 BEBEDOUROS

Na área da pinteira utiliza-se 1 bico de Nipple para 25 aves no máximo e 1 tipo


pendular para cada 100 pintinhos.
Para aves adultas o padrão é 1 bebedouro pendular para cada 80 aves e 1 bico
de Nipple para cada 12 aves.
Ao garantir a proporção de nº de equipamentos por aves (Tabela 5), os
bebedouros pendulares são distribuídos de forma que as aves não necessitem se
deslocar quando adultas mais do que 3 metros para alcançar a água, respeitando-se
uma distância mínima 0,80cm das fontes de aquecimento, de maneira que não haja
um aumento de temperatura da água. Linhas de bebedouros tipo Nipple são
intercaladas com linhas de comedouros.
Os bebedouros pendulares são limpos no mínimo duas vezes ao dia usando
esponja e água limpa. Manter as taças dos bebedouros Nipple sempre limpas onde
houver.
Bebedouro (pinteira) Pendular Máximo 80 pintos por bebedouro
Bebedouro (pinteira) Nipple Máximo 25 pintos por bico
Bebedouro (frangos) Pendular Máximo 80 pintos por bebedouro
Bebedouro (frangos) Nipple Máximo 12 aves por bico
Tabela 5 - Proporção equipamentos
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10.6.1 Regulagem bebedouros

e. Bebedouros Pendulares

Tabela 6 - Regulagem Bebedouros Pendulares


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f. Bebedouros Nipple

Tabela 7 - Regulagem Bebedouros Nipple


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11 FORNECER RAÇÂO AS AVES

11.1 RECEBIMENTO DE RAÇÃO

A ração é fornecida do início ao fim do lote, interrompendo apenas durante a


fase de jejum pré-abate. Importante seguirmos corretamente as fases de consumo
conforme tabela de nutrição (phase feeding) que estão cadastradas no MTECH.
Para recebermos a primeira ração do lote, no caso a ração pré-inicial (RAPI)
devemos limpar e desinfetar o silo antes (Figura 28) e sempre descarregar a ração
com silo vazio. A sobra de ração final (RAF) do lote anterior deve ter silo específico.
Na ausência deste, limpar completamente o silo único antes de descarregar a ração
final.
Importante lembrar que NUNCA devemos misturar a ração final (RAF) com
outros tipos de ração. No caso de sobra esta deve ser fornecida apenas na fase final
do lote seguinte, não diluir nas demais.
Manter os silos identificados para facilitar a entrega e gestão de consumos,
pode ser utilizado um adesivo.

Figura 28 - Limpeza de silo antes do recebimento ração

11.2 QUALIDADE FÍSICA DAS RAÇÕES

A ração é fornecida seguindo as especificações físicas adequadas por fase de


produção seguindo a tabela abaixo que se encontra em nosso PV_AGR_9002
(Controle de processo de produções de rações de aves e suínos)
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A programação de ração é feita pelo sistema MTECH o qual é automática a
partir do momento que é criado o lote pelo programador de agropecuária. A partir daí
todo envio de ração é feito de acordo com a Tabela 8 de phase feeding padrão para o
mix da unidade.

Tabela 8 – DGM da Ração


Fábricas que peletizam ração importante ressaltar que as rações iniciais são
trituradas e não devem possuir pellets inteiros (Figura 29).
As qualidades físicas das rações é primordial para o sucesso de ganho de peso
diário e conversão alimentar.
Granulometria considerada ideal para cada fase do processo de produção:

Figura 29 - Ração Triturada - Iniciais e Ração Peletizada


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Os silos de ração são feitos em condições que permitem a manutenção da
qualidade, entrada de água, animais, garantindo a separação e evitando mistura dos
diferentes tipos.
Este tipo de procedimento pode ser viabilizado através da utilização de dois
silos ou um silo (Figura 30 e Figura 31) com realização de limpezas adequadas.

Figura 30 - Dois silos metálicos para um aviário

Figura 31 - Dois silos metálicos para dois aviários

11.3 RECEBIMENTO DE RAÇÃO

No ato do recebimento de ração o produtor deve seguir alguns passos


muito importantes para não haver nenhum comprometimento com qualidade ou
resultado zootécnico do lote que são eles:
 Conferir a nota fiscal – necessário estar com o nome do mesmo e se a
ração que ele irá receber confere com a fase de consumo.
 Verificar a integridade do lacre (Figura 32) e conferir se o número da nota
bate com o número do lacre.
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Figura 32 - Tipo de Lacre


 Assinar o canhoto da nota fiscal/documento, certificando que o silo foi
esvaziado entre a troca de ração.
 Anotar a data, número da nota fiscal, tipo de ração e peso na ficha de
acompanhamento do lote.
 Manter uma amostra de ração por carga de ração recebida, identificando o
tipo, a data e número da NF.

11.4 CONSUMO DE RAÇÃO

O gerenciamento de consumo de ração no lote é feito pelo produtor porém


com referência a tabela de consumo padrão.
A ração permanece sempre disponível, desde a chegada das aves até o
momento do jejum pré- abate (Figura 33). É mantida limpa e isenta de fezes ou cama,
para que todas as aves possam alimentar-se normalmente sem disputas e sem
desperdício.

Figura 33 - Aves bem distribuídos com ração a vontade


A Tabela 9 referencia o ideal de consumo diário das aves por sexo, lembrando
que esses números podem variar dependendo das condições de manejo, nutrição e
ambiência.
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TABELA
MACHOS MISTO FEMEAS
CONS. CONS. CONS. CONS. CONS. CONS.
IDADE PESO DIÁRIO ACUM. CA PESO DIÁRIO ACUM. CA PESO DIÁRIO ACUM. CA
0 43 42 41
1 53 52 51
2 67 66 65
3 82 81 80
4 101 100 99
5 123 122 121
6 150 148 146
7 179 151 151 0,844 177 150 150 0,847 175 150 150 0,857
8 211 30 181 0,858 208 30 180 0,865 205 30 180 0,878
9 247 35 216 0,874 242 35 215 0,888 237 35 215 0,907
10 288 40 256 0,889 279 40 255 0,914 270 40 255 0,944
11 331 46 302 0,912 320 45 300 0,938 309 44 299 0,968
12 377 52 354 0,939 364 50 350 0,962 351 48 347 0,989
13 424 58 412 0,972 410 55 405 0,988 396 52 399 1,008
14 475 63 475 1,000 459 60 465 1,013 443 57 456 1,029
15 531 70 545 1,026 511 66 531 1,039 491 62 518 1,055
16 592 77 622 1,051 567 72 603 1,063 542 67 585 1,079
17 657 84 706 1,075 626 78 681 1,088 595 72 657 1,104
18 724 91 797 1,101 688 84 765 1,112 652 77 734 1,126
19 793 97 894 1,127 753 90 855 1,135 713 83 817 1,146
20 864 103 997 1,154 821 96 951 1,158 778 89 906 1,165
21 938 109 1106 1,179 891 102 1053 1,182 844 95 1001 1,186
22 1014 117 1223 1,206 964 109 1162 1,205 911 101 1102 1,210
23 1093 123 1346 1,231 1039 116 1278 1,230 979 107 1209 1,235
24 1175 133 1479 1,259 1115 123 1401 1,257 1048 113 1322 1,261
25 1260 141 1620 1,286 1193 130 1531 1,283 1118 119 1441 1,289
26 1348 148 1768 1,312 1272 137 1668 1,311 1190 126 1567 1,317
27 1439 155 1923 1,336 1353 144 1812 1,339 1264 133 1700 1,345
28 1531 162 2085 1,362 1436 151 1963 1,367 1341 140 1840 1,372
29 1626 170 2255 1,387 1521 158 2121 1,394 1419 146 1986 1,400
30 1722 178 2433 1,413 1608 165 2286 1,422 1498 152 2138 1,427
31 1819 184 2617 1,439 1697 172 2458 1,448 1578 158 2296 1,455
32 1917 194 2811 1,466 1788 179 2637 1,475 1660 164 2460 1,482
33 2016 201 3012 1,494 1880 186 2823 1,502 1744 171 2631 1,509
34 2116 208 3220 1,522 1973 193 3016 1,529 1829 178 2809 1,536
35 2217 215 3435 1,549 2067 200 3216 1,556 1914 185 2994 1,564
36 2319 217 3652 1,575 2162 202 3418 1,581 1999 186 3180 1,591
37 2422 219 3871 1,598 2257 203 3621 1,604 2084 187 3367 1,616
38 2526 221 4092 1,620 2352 205 3826 1,627 2169 188 3555 1,639
39 2631 223 4315 1,640 2447 206 4032 1,648 2254 189 3744 1,661
40 2737 225 4540 1,659 2542 208 4240 1,668 2339 190 3934 1,682
41 2844 226 4766 1,676 2637 209 4449 1,687 2425 191 4125 1,701
42 2953 228 4994 1,691 2732 210 4659 1,705 2511 192 4317 1,719
43 3060 230 5224 1,707 2826 212 4871 1,724 2596 194 4511 1,738
44 3165 232 5456 1,724 2919 214 5085 1,742 2679 196 4707 1,757
45 3268 234 5690 1,741 3011 216 5301 1,761 2760 198 4905 1,777
46 3369 236 5926 1,759 3102 218 5519 1,779 2841 200 5105 1,797
47 3468 238 6164 1,777 3192 220 5739 1,798 2922 202 5307 1,816
48 3565 240 6404 1,796 3281 222 5961 1,817 3003 204 5511 1,835
49 3660 242 6646 1,816 3369 224 6185 1,836 3084 206 5717 1,854
50 3753 244 6890 1,836 3456 225 6410 1,855 3165 206 5923 1,871
51 3844 245 7135 1,856 3542 226 6636 1,874 3246 206 6129 1,888
52 3933 246 7381 1,877 3627 226 6862 1,892 3325 206 6335 1,905
53 4020 247 7628 1,898 3711 227 7089 1,910 3404 206 6541 1,922
54 4105 248 7876 1,919 3794 227 7316 1,928 3483 206 6747 1,937
55 4190 249 8125 1,939 3876 228 7544 1,946 3562 206 6953 1,952
56 4275 250 8375 1,959 3958 228 7772 1,964 3641 206 7159 1,966

Tabela 9 – Consumo de Ração Ideal Diária


MT_AGR_9007 - 03 38 de 55
11.5 REGULAGEM COMEDOUROS

Cada fase de crescimento e consumo das aves existe uma regulagem


ideal para que as aves tenham fácil acesso e tenham conforto ao consumir o alimento.
Uma falha de regulagem de comedouros pode causar baixo ganho de peso, alta
conversão alimentar e também condenações no abatedouro, portanto os padrões
descritos na Tabela 10 devem ser seguidos.

Tabela 10 - Regulagem dos Comedouros


As aves devem ser estimuladas a consumir o necessário de ração para obter o
seu máximo de ganho (potencial), para isso temos alguns manejos necessários a
serem feitos, primeiramente a ração deve ser mantida limpa, sem a presença de fezes
ou cama a fim de proporcionar um melhor aspecto de qualidade e facilitar o consumo
pelas aves.
MT_AGR_9007 - 03 39 de 55
A movimentação diária é muito eficiente para estimular o consumo das aves,
sempre que possível procurar caminhar dentro do galpão. O manejo de luz deve ser
seguido rigorosamente também para ajudar no estímulo de consumo e ao mesmo
tempo respeitando o bem estar animal.
Devemos fazer o adensamento (Figura 34) de prato de comando e ao mesmo
tempo a iluminação exclusiva do mesmo. Para facilitar o adensamento pode-se fazer:
 Utilizar divisórias para adensamento desde o alojamento, essas podem ser de
Eucatex (até o 7º dia) ou com tela de aproximadamente de 0,5m de altura com
tela malha 2 cm, com finalidade de fazer a delimitação da área do
adensamento do prato comando.
 Fechar totalmente a regulagem dos pratos “vizinhos” ao prato comando;
 Adensar o dobro de aves recomendado por prato disponível para a idade da
ave; e respeitar o nº de bicos de Nipple por ave;
 Instalar a iluminação exclusiva do prato comando

Figura 34 - Exemplo de Adensamento

11.6 NÚMERO DE COMEDOUROS

Comedouro Pintos Ideal: 100 aves/prato


Comedouro Frango Ideal: 45 aves/prato
Tabela 11 - Padrão Número de Comedouros

12 GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES

Todo processo documental dos produtores precisam estar nos arquivos da JBS
Foods sendo eles:
 Cadastro atualizado – PLAN_AGR_9046
 Contrato de parceria;
MT_AGR_9007 - 03 40 de 55
 Licenciamento ambiental;
 Registro no MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento);
Na criação de frango existem várias informações diárias, semanais e mensais
as quais devem ser geridas pela equipe do DAT (Departamento de Assistência
Técnica), essas informações nos ajudam a tomar rapidamente decisões para
excelência do processo.
Segue os passos de informações operacionais:

12.1 PASSO 1

Toda informação do lote se inicia dentro do MTECH (sistema operacional de


gerenciamento de dados) quando é criado um lote de frango de corte para um
determinado produtor. Essa informação é gerada pelo programador de agropecuária a
qual é automaticamente gerada para a fábrica de rações e incubatório
simultaneamente.

12.2 PASSO 2

Incubatório recebendo as informações iniciam o processo de formação de lotes


dentro do sistema. A quantidade a ser alojada neste produtor obrigatoriamente tem
que respeitar as condições das estruturas existentes na propriedade cadastradas no
MTECH. Caso haja divergências entre o programado e realizado de eclosão o
incubatório deverá comunicar imediatamente o extensionista da região para tomada de
decisão de alojar mais ou menos.
Ainda no incubatório, as principais informações referentes ao lote irão para
ficha de acompanhamento do lote (FAL) - PLAN_AGR_9014 (Figura 35)
obrigatoriamente contendo as mesmas informações oficiais contidas na GTA (Guia de
Transito Animal).
MT_AGR_9007 - 03 41 de 55

Figura 35 - PLAN_AGR_9014

No processo de produção de pintos de um dia existe uma tarefa que é realizar


a pesagem dos pintos, com objetivo de realizar a pesagem de pintinhos para obter o
peso médio dos pintos que irão compor o lote de frango.
A partir das informações geradas de peso de pinto automaticamente o
extensionista e o produtor saberão qual é a meta de peso médio aos 7 dias (4,5x o
peso do pinto).
A fábrica de rações programará o envio da ração pré-inicial (RAPI) no mínimo
48 horas que antecedem o alojamento das aves de acordo com as informações
geradas no sistema principalmente com a quantidade alojada para atendimento do
phase feeding (fases de consumo cadastradas no MTECH de acordo com orientação
da equipe de Nutrição da JBS Foods).

12.3 PASSO 3

No alojamento das aves, o produtor receberá do motorista da pinteira


(transporte de pintos) a ficha de acompanhamento do lote acompanhado da GTA para
conferir as principais informações (nome do produtor, quantidade alojada, vacinas).
MT_AGR_9007 - 03 42 de 55
Após término do descarregamento dos pintos de 1 dia o produtor deverá
juntamente com o motorista fazer as anotações que competem aos mesmos conforme
Tabela 11

Tabela 12 - Informações após descarregamento


Obs.: na informação “Nº de pintos mortos” caso haja algum sinistro durante o
transporte ou descarregamento avisar imediatamente o extensionista da região
relatando o caso para posterior lançamento no MTECH e correção da informação.

12.4 PASSO 4

As informações necessárias para criação de frango de corte estão descritas em


nossas OT’s de criação de frango de corte na Figura 38, as mesmas devem estar
disponíveis em todas as propriedades no aviário para o produtor e extensionista de
preferência em uma pasta.

Figura 36 - OT's Disponíveis


Durante a vida do lote consideramos que as fases intermediárias, as quais
designamos como semanais, são as mais críticas para informações gerenciais. Devido
a isso a importância de lançamento de informações dentro do sistema é uma tarefa
importante.
Utilizamos a ferramenta GROWERAPP no smartphone da equipe técnica para
realizar todos os lançamentos sobre o lote:
MT_AGR_9007 - 03 43 de 55
 Pesos intermediários;
 Mortalidades intermediárias;
 Monitorias sanitárias;
 Check-list de Remuneração – Frango de Corte PLAN_AGR_9020
 Produtos utilizados no lote;
 Quilometragem de rotina;
Durante o lançamento de peso de 7 dias, o extensionista levará em consideração o
peso de pinto para fazer avaliação do lote. A meta do peso de 7 dias é 4,5x o peso do
pinto independente do sexo.
No caso de produtores que não atendam o manejo adequado, o extensionista
deverá registrar a anomalia na planilha IC_GES_9064 (Figura 39).

Controle : GES
ITEM DE CONTROLE Data de Emissão: 25.07.2014
Relato de Anomalia, Causa, Ação - Integração Agropecuária Data de Revisão: 10.08.2015
IC_GES_9064 N : Revisão: 01
1/1
EMITENTE: Andriana Trentin Schweitzer APROVADOR: Carolina Reichert

INTEGRADO:

Registro Anomalia Causa Ação Tomada Resp. / Prazo Check


Data: Responsável:

Relator: Prazo:

Data: Responsável:

Relator: Prazo:

Data: Responsável:

Relator: Prazo:

Figura 37 - IC_GES_9064
Caso produtor seja reincidente em não cumprimento dos procedimentos
básicos de produção, a unidade poderá usar o recurso de notificação extrajudicial, o
qual deverá contemplar qual ou quais foram as causa(s) e prazo para regularização.
Este deve ser solicitado junto a equipe jurídica da JBS Foods.
Toda informação lançada no GROWERAPP é automaticamente usada para
realizar a gestão de pesos e mortalidades pelo programador de agropecuária que
tomará decisões importantes como atrasar ou adiantar os lotes a campo para abate
com objetivo sempre de buscar acuracidade.
Durante a vida do lote a equipe poderá obter informações relativas aos lotes no
próprio sistema como:
 Históricos dos lotes anteriores;
 Programa de abate e alojamento;
 Idade dos lotes a campo;
MT_AGR_9007 - 03 44 de 55
A ficha de acompanhamento do lote (PLAN_AGR_9014) deve ser preenchida
corretamente e sem rasuras pelo extensionista e produtor, muito importante de
orientar o produtor a assiná-la antes de enviar a empresa. É um documento que
acompanha a GTA e ordem de apanha com primeiro caminhão de abate.
O procedimento de apanha do lote também é acompanhado pelo equipe
técnica através da planilha PLAN_AGR 9078.
Os formulários padrões de preenchimento obrigatório durante a criação dos
lotes de frango de corte para monitoria são:
 PLAN_AGR_9023 – controle de roedores
 PLAN_AGR_9091 – controle de retirada e destino da cama dos aviários
 PLAN_AGR_9007 – controle de insetos
 PLAN_AGR_9026 – controle de manutenção e limpeza do aviário

Para apoio gerencial, toda unidade deve conter na gestão a vista a curva de
eventos relacionados a toda cadeia de produção (matrizes, incubatório, fábrica rações
e frango de corte)
Os indicadores zootécnicos estão disponíveis no MTECH ou painel
agropecuário corporativo, os mesmos são alimentados diariamente.

12.5 PASSO 5

Informações gerenciais do lote também são lançadas pelo abatedouro dentro


do sistema SRP (PGPK):
 Peso médio;
 Cabeças abatidas;
 Mortalidade no transporte;
 Calo de pata;
 Condenações totais e parciais

12.6 PASSO 6

O fechamento do lote ocorre posterior abate de todas as aves do lote e


lançamento dos dados do lote.
As principais informações da ficha do lote que são usadas para o fechamento
são:
 Mortalidade acumulada;
 Sobras de ração;
MT_AGR_9007 - 03 45 de 55
E do abatedouro são:
 Peso lote;
 Cabeças abatidas;
 Condenações e calo de pata;
As avaliações do fechamento são feitas pela liderança agropecuária (Gerente,
coordenador ou supervisor), importante avaliar os indicadores zootécnicos com dados
do fechamento no demonstrativo de acerto do lote, para posterior aprovação no
MTECH.

13 CARREGAMENTO AVES / APANHA

É um procedimento que consiste em carregar os frangos cuidadosamente sem


estresse, mortalidade, fraturas e contusões, reduzindo prejuízos no aproveitamento
das carcaças no abatedouro.
O carregamento pode ser realizado por equipes terceiras devidamente
documentadas respeitando legislações vigentes com contrato ativo CTR 095
(Instrumento Particular De Contrato De Prestação De Serviços De Movimentação De
Aves Vivas), ou com funcionários próprios.
Os procedimentos de carregamento das aves são monitorados pela equipe
técnica através de um Check list PLAN_AGR_9078, todo padrão de processo está
descrito na OT_AGR_9040.
Os procedimentos para carregamento das aves se inicia ainda na fase final do
lote, segue os passos a serem seguidos:

13.1 JEJUM PRÉ-ABATE

Interromper o fornecimento de ração no mínimo 6 horas antes do início do


horário previsto para o carregamento, procedimento que se faz necessário para
evitarmos que haja acúmulo de ração no interior trato digestivo das aves.
Manter o aviário iluminado com ambiente que forneça conforto térmico as aves
para que as aves tenham interessa de se movimento e consumir água. As aves devem
ser movimentadas para que o consumo de água seja o maior possível durante o jejum,
também ajudando na hidratação da mesma.
A água deve ser interrompida gradativamente para que consigamos ter uma
otimização fisiológica da mesma.
O jejum deve ser parcelado entre os Box, reduzindo assim o tempo total de
jejum das aves.
MT_AGR_9007 - 03 46 de 55
13.2 DESINFECÇÃO

Todas as pessoas envolvidas com processo de apanha devem lavar as mãos e


desinfetar os calçados antes de entrar no aviário.
Providenciar para que a esteira de carregamento seja lavada e desinfetada na
entrada e saída da propriedade pela equipe de carregamento (Figura 40).

Figura 38 - Esteira de Carregamento


É responsabilidade do produtor acompanhar todo o processo de apanha.
As esteiras devem obrigatoriamente conter duas correntes de tração para não
haver quebras na parte inferior das gaiolas.
Todas as partes elétricas devem ser blindadas com tomadas de segurança.

13.3 FLUXO CARREGAMENTO

O Carregamento deve seguir um fluxo padrão de processo, conforme Figura 41


para que obtenhamos sucesso no tempo de carregamento e ao mesmo tempo
respeitar o bem estar animal das aves.
MT_AGR_9007 - 03 47 de 55

Figura 39 - Fluxo Padrão de Carregamento

13.3.1 Colocar os canos

Os canos de carregamento devem ser colocados ainda na fase de jejum,


formando uma linha dupla no meio do aviário no sentido longitudinal. Os canos devem
ser exclusivos da propriedade, não é permitido equipes terceiras disponibilizar os
canos.
Cada aviário deve ter os seus canos para apoio das caixas, sendo quantidade
mínima de 60 metros de canos por galpão, considerando a disponibilidade de acessos
e portas.
Caso necessário lubrificar os canos para melhor deslizamento das caixas,
utilizar apenas óleo vegetal. Os canos devem ter 60 mm na cor marrom, os mesmos
tem a função de ajudar no descarregamento e carregamento do processo. Está
expressamente proibido transferir os canos para outras granjas.
Os mesmos devem ser lavados e desinfetados para posterior guarda em local
coberto e livre de agentes contaminantes.

13.3.2 Descarregar as caixas

Formar um corredor central e boxes com as caixas no interior do galpão da


forma mais calma e tranquila possível para não estressar as aves; importante manter
as divisórias durante todo procedimento de apanha;
Formar os boxes com o tamanho de aproximadamente 4 metros e a quantidade
de aves que permita uma operação adequada e evite o amontoamento das mesmas.
MT_AGR_9007 - 03 48 de 55
13.3.3 Apanhar as aves

Apanhar as aves saudáveis com as duas mãos sobre as asas, colocando-as


nas caixas com cuidado para não machucá-las (Figura 42). As aves não podem ser
apanhadas pelo pescoço ou asas.
Na programação de carregamento feito pelo programador agropecuário já está
pré-definido quantas aves por caixas devem ser carregadas atendendo número de
caminhões, devido a isso, devemos monitorar se a quantidade estabelecida está
sendo cumprida.
Toda ave machucada, refugos, aleijadas, com qualquer tipo de síndrome ou
doença, inclusive abaixo da média do peso ou demais situações que possam ocorrer,
devem ser eliminadas através de deslocamento cervical.
As referências para eliminação de refugos estão descritas na Tabela 13:
MIX Não Carregar
2,600 a 3,000 - PESADO < 2,000kg
1,300 a 1,600 - GRILLER < 0,900kg
3,200 a 3,800 - FESTIVO < 2,800kg
Tabela 13 - Referências para eliminação dos Refugos
Toda ave eliminada deve ser registrada na ficha de acompanhamento do lote.

Figura 40 - Apanhar as Aves


MT_AGR_9007 - 03 49 de 55
13.3.4 Carregar as caixas no caminhão

Formar pilhas no máximo com 3 caixas de altura sobre os canos e deslizando-


as até o caminhão evitando batidas entre as caixas. O carregamento deve ser o mais
calmo possível evitando estresse, lesões e mortalidade durante o processo.

13.3.5 Molhar as aves e preencher as documentações

Molhar as aves durante o processo de carregamento em dias com


temperaturas acima de 20°C evitando estresse térmico e consequentemente
mortalidade durante o transporte.
Molhar as aves através de sistema hidráulico adequado para que forneça
quantidade suficiente para o processo ou utilizar os molhadores fixos dos caminhões
já adequados na carroceria.
A ficha de acompanhamento do lote e nota fiscal de produtor tem que
acompanhar a GTA (Guia de Transito Animal) juntamente com o primeiro caminhão
carregado para ser entregue ao SIF (serviço de inspeção federal) da unidade.
Importante certificar de que todos os documentos foram devidamente preenchidos.

14 PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA

Tem como objetivo executarmos ações para minimizar os prejuízos com as


aves e edificações. É necessário estarmos preparados para qualquer eventualidade
que possa acontecer com nossas aves e edificações dos nossos parceiros.
Podemos priorizar as emergências mais comuns:
 Falta de água;
 Curto circuito;
 Queda energia prolongada;
 Enchente ou vendaval;
 Falta de ração
 Vazamento de gás de cozinha (GLP)
 Incêndio;
 Intoxicação por produtos químicos.

14.1 FALTA DE ÁGUA E RAÇÃO

Primeiramente é necessário ter reservatórios suficiente para 24 horas de


consumo em nossas propriedades (conforme Figura 43), porém no caso de falta de
água devemos conectar o reservatório de segurança ou fonte alternativa com a caixa
MT_AGR_9007 - 03 50 de 55
para tratamento da água com cloro. Quando não houver fonte alternativa, comunicar a
JBS Foods e, se necessário, providenciar um caminhão pipa para reabastecimento
imediato.
Não podemos utilizar fontes de águas superficiais (açudes, rios, lagos e
outros), sem aprovação da equipe técnica.

Figura 41 - Reservatório de Água


No caso de falta de ração o produtor deve comunicar o fato rapidamente a JBS
Foods e buscar ração em um aviário indicado pela empresa, registrando na ficha do
lote.

14.2 CURTO CIRCUITO

Em cumprimento a Norma Brasileira de Instalações elétricas NBR-5410 da


Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) faz se necessário a instalação do
DR nas instalações que envolvam a produção de frangos de corte.
Este dispositivo detecta fugas de corrente, – quando ocorre vazamento de
energia dos condutores – desarmando o disjuntor onde está ocorrendo o problema,
evitando que uma pessoa possa levar um choque.
O dispositivo DR (Diferencial Residual) protege as pessoas e os animais contra
os efeitos do choque elétrico por contato direto ou indireto (causado por fuga de
corrente).
Ao detectar uma fuga de corrente na instalação, o Dispositivo DR desliga
o circuito imediatamente.

14.2.1 Contato direto

A pessoa toca um condutor eletricamente carregado que está funcionando


normalmente.
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14.2.2 Contato indireto

A pessoa toca algo que normalmente não conduz eletricidade, mas que se
transformou em um condutor acidentalmente (por exemplo, devido a uma falha no
isolamento).
O dispositivo DR (Figura 44) é um interruptor automático que desliga correntes
elétricas de pequena intensidade (da ordem de centésimos de ampère), que um
disjuntor comum não consegue detectar, mas que pode ser fatal se percorrer o corpo
humano.
Dessa forma, um completo e eficaz sistema de aterramento deve conter o fio
terra e o dispositivo DR.

Figura 42 - Dispositivo DR

14.3 QUEDA DE ENERGIA

Sempre que houver queda de energia comunicar a fornecedora imediatamente


e logo em seguida a equipe técnica da JBS Foods. Acionar o gerador estacionário ou
o fornecedor de energia móvel (Figura 45), onde aplicável.
Os geradores devem possuir capacidade suficiente para instalação posta na
propriedade, caso haja situações em que ele não atenda, deverá ter ligação direto no
mínimo com ventiladores/exaustores e nebulizadores.
MT_AGR_9007 - 03 52 de 55
Onde possível manter um gerador estacionário em caso de emergência, assim
quando houver pane no próprio gerador central, é possível obter energia emergencial
(exaustores, ventiladores e nebulizadores) através da rotação do trator.

Figura 43 – Gerador de Energia e Desarme Automático de Cortina


Para granjas que possuem geradores deve-se realizar manutenção preventiva
e testar semanalmente o equipamento. Os sistemas de desarme de cortinas devem
ser acionados mesmo que haja gerador, assim como o alarme deve ser mantido ou
acionado com certificação de que a bateria esteja carregada.

14.4 ENCHENTE / VENDAVAL / INCÊNDIO

Neste caso devemos retirar as aves imediatamente do local afetado,


colocando-as em lugar seguro, usando chapas de Eucatex, divisórias ou algo similar
para ajudar no deslocamento das mesmas.
Em caso de Incêndio desligar a chave geral fora do aviário (Figura 46), chamar
o corpo de bombeiros. O número dos telefones de emergência deve permanecer em
lugar visível junto ao seu telefone.
Avisar imediatamente a equipe da JBS Foods para apoio e caso necessário um
profissional habilitado para providenciar reparos das instalações ou equipamentos.

Figura 44 - Procedimento em caso de Incêndio


MT_AGR_9007 - 03 53 de 55
14.5 INTOXICAÇÃO POR PRODUTOS QUÍMICOS

Seguir as orientações das fichas técnicas e emergência de cada produto, esta


ficha acompanha os produtos e tem que estar disponíveis na propriedade, pode-se
usar a própria pasta plastificada da OT para guardá-la.

15 TREINAMENTOS

Os programas de treinamentos básicos são divididos em treinamento interno e


externo conforme descrições abaixo:

15.1 TREINO INTERNO

Ocorre nas próprias instalações da empresa, em situações normais de


trabalho, com ferramentas, máquinas, documentos e outros materiais que o treinando
irá utilizar em suas atividades laborais cotidianas. O treino interno costuma ser muito
utilizado em curso de aperfeiçoamento.

16 TREINO EXTERNO

Ocorre fora do local e das situações normais de trabalho, o que significa dizer
que o treinando não conta como um trabalhador diretamente produtivo durante o
período de treino.
Os treinamentos realizados pelas unidades estão descritos na Tabela 14.

CONTEÚDO QUEM? PERIODICICIDADE


Biosseguridade / Sanitaristas Semestral
Condenações
Manejo de Inverno DAT (Dep. Assist. Técnica) Anual

Manejo de Verão DAT (Dep. Assist. Técnica) Anual

Tabela 14 - Treinamentos

16.1 BIOSSEGURIDADE

É tratado o tema de todos indicadores de biossegurança na avicultura de corte.


Público alvo: Equipe técnica e produtores integrados (de preferência com seus
funcionários caso exista)
MT_AGR_9007 - 03 54 de 55
16.2 MANEJO DE INVERNO

Foco em manejo inicial principalmente em condições de pinteira, ventilação


mínima, qualidade de lenha e condições de aquecimento.
Público alvo: Equipe técnica e produtores integrados (de preferência com seus
funcionários caso exista).

16.3 MANEJO DE VERÃO

Foco em manejo de fase intermediária principalmente ventilação e pressão


positiva e negativa.
Público alvo: Equipe técnica e produtores integrados (de preferência com seus
funcionários caso exista).
No mínimo uma vez ao ano a equipe corporativa realiza um treinamento
externo (Workshops) com membros da equipe técnica e se necessário com parceiros
técnicos de universidades ou genética, estrategicamente focando em manejo de
inverno ou verão dependendo das condições. O objetivo é reciclagem técnica e
aperfeiçoamento de nossa equipe, conforme Figura 47.
Toda equipe agropecuária obrigatoriamente tem que ser treinada em extensão
rural e OT’s frango de corte, e antes de inicial qualquer atividade a campo a equipe
atual é responsável por treinar novos funcionários, esse treinamento consistem
basicamente em:
 Contratos de integração;
 Modelo de remuneração;
 Extensão rural;
 Orientações Técnicas padrão OT’s
MT_AGR_9007 - 03 55 de 55

Figura 45 – Treinamentos: reciclagem técnica e aperfeiçoamento


Nas unidades devem ser feitos mensalmente a reunião dos melhores e piores
resultados do mês, mostrando fatos e dados via apresentação com planos individuais
para os produtores que ficaram no grupo 25% piores lotes do respectivo mês. Esse
trabalho visa proximidade com produtores. Os melhores resultados são esperados
pela equipe normalmente com um café da manhã ou tarde para compartilhar os bons
resultados obtidos com uma entrega de um certificado simbólico, conforme Figura 48.
A reunião com os produtores com resultados ruins no mês de referência poderá
ser realizada em uma granja modelo para melhor aprendizado.

Figura 46 - Certificado Simbólico


Todos os treinamentos devem ser registrados na lista de frequência padrão
JBSFOODS e guardados em local de fácil acesso.

NATUREZA DAS MODIFICAÇÕES: Revisão geral.

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