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MANUAL DE OPERAÇÃO DA

SALA DE MÁQUINAS
Segurança é o caminho da vida.

Elaborado:
Aprovado:
SESMT Data Elaboração:
Emilio Giacometti
Emilio Giacometti 03/08/2016
Supervisor Sala de Máquina

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Manual de Operação Sala de Máquina
1. INTRODUÇÃO. ............................................................................................................................... 4
1.1. RECOMENDAÇÕES. .............................................................................................................. 4
2. CARACTERÍSTICA DA AMÔNIA. ................................................................................................... 4
2.1. NOMENCLATURA: ................................................................................................................. 5
2.2. LIMITES DE IGNIÇÃO PARA AMÔNIA. ................................................................................. 5
2.3. RISCOS TOXICOLÓGICOS E EFEITOS TÓXICOS. ............................................................. 6
3. PRIMEIROS SOCORROS PARA ACIDENTES COM AMÔNIA. .................................................... 6
3.1. REGRAS BÁSICAS PARA OS PRIMEIROS SOCORROS. ................................................... 6
3.2. INALAÇÃO. ............................................................................................................................. 7
3.3. OLHOS FERIDOS POR ESGUICHOS DE LÍQUIDO OU VAPOR CONCENTRADO. ........... 7
3.4. PELE QUEIMADA POR ESGUICHOS DE LÍQUIDO OU VAPOR CONCENTRADO ............ 7
3.5. COMO O CORPO DE HUMANO É AFETADO. ...................................................................... 8
4. PROCESSO DE REFRIGERAÇÃO. ............................................................................................... 8
4.1. PRINCIPAIS TERMOS TÉCNICOS RELACIONADOS À REFRIGERAÇÃO: ........................ 9
5. SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO POR AMÔNIA. ....................................................................... 10
5.1. COMPRESSOR..................................................................................................................... 11
5.2. CONDENSADOR. ................................................................................................................. 11
5.3. EVAPORADOR. .................................................................................................................... 12
6. GESTÃO SEGURA DE SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO ............................................................ 13
7. INSTALAÇÕES. ............................................................................................................................ 14
8. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS.................................................................................................. 14
9. MEDIDAS DE PRECAUÇÃO. ....................................................................................................... 15
9.1 PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA. ............................................................................................ 16
10. INSTRUÇÕES E CONSIDERAÇÕES GERAIS DE SEGURANÇA. ......................................... 17
10.1 OBSERVAR OS AVISOS E ALERTAS DE SEGURANÇA À RESPEITO DAS INSTALAÇÕES
FRIGORIFICA. .................................................................................................................................. 17
10.2 FERRAMENTAS SEGURAS..................................................................................................... 18
10.3 PERIGO ALTA VOLTAGEM ................................................................................................... 19
11. REGRAS BÁSICAS PARA UMA OPERAÇÃO SEGURA. ........................................................ 20
12. INICIALIZANDO A SALA DE MÁQUINA. .................................................................................. 24
12.1. 1º PASSO: LIGAR OS CONDENSADORES EVAPORATIVOS. .......................................... 24
12.2. 2º PASSO: LIGAR AS BOMBAS DE AMÔNIA ..................................................................... 24
12.3. COMO FAZER:...................................................................................................................... 25
12.4. 3º PASSO: INICIAR OS COMPROMESSORES................................................................... 26
12.5. Realização da Purga de óleo do Separador ......................................................................... 27
12.6. 4º Passo: Acionar a Ventilação das Câmaras....................................................................... 30
13. ATIVIDADE CRITICA ................................................................................................................ 33

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Manual de Operação Sala de Máquina
14.1 INICIAR A BOMBA DE AMÔNIA........................................................................................... 33
14.2 INICIAR CONDENSADORES ............................................................................................... 34
14.3 INICIAR COMPRESSORES ................................................................................................. 34
14.4 DESLIGAR COMPRESSOR ................................................................................................. 35
14.4.1 PROCEDIMENTOS ....................................................................................................... 36
14.4.2 AÇÃO CORRETIVA ...................................................................................................... 36
14.4.3 AÇÃO PEVENTIVA ....................................................................................................... 36
15 RISCOS DOS SISTEMAS DE REFRIGERAÇÂO ..................................................................... 36
15.1 PODEM OCORRER VAZAMENTOS CAUSADOS POR: ..................................................... 37
15.2 MEDIDAS PREVENTIVAS. ................................................................................................... 38
15.3 MEDIDAS MITIGADORAS. ................................................................................................... 38
16.1 PROCEDIMENTOS A SEREM EXECUTADOS. .................................................................. 39
16.2 RESPONSABILIDADES. ....................................................................................................... 41
17. EM CASO DE VAZAMENTO DE AMÔNIA. .............................................................................. 42
18. VAZAMENTO DE AMÔNIA NA COBERTURA DA INDÚSTRIA. ............................................. 43
19. VAZAMENTO DE AMÔNIA NO INTERIOR DA SALA DE MÁQUINA ...................................... 44
20. PRINCIPIO DE INCÊNDIO NOS RESERVATÓRIOS .............................................................. 44
22. VAZAMENTO NO LADO DE ALTA PRESSÃO ........................................................................ 46
24. VAZAMENTO DE ALTA PRESSÃO.......................................................................................... 48
27. VAZAMENTO NO LADO DE BAIXA PRESSÃO. ...................................................................... 53
28. VAZAMENTO NO LADO DE BAIXA PRESSÃO ....................................................................... 54
29. VAZAMENTO NO INTERIOR DO RESFRIADOR CASCO TUBO ........................................... 56
30. AÇÕES PARA DETECTAR POSSIVEIS FALHAS NO SISTEMA. ........................................... 57
31. SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA. ............................................................................................ 57
31.1 AVISO .................................................................................................................................... 57
32. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA. ............................................. 60
32.1 KIT PROTEÇÃO QUÍMICA ................................................................................................... 62
32.2 PONTOS IMPORTANTES. ................................................................................................... 67
33. SISTEMA DE DETECÇÃO DE AMÔNIA. ................................................................................. 68
33.1 OBJETIVO. ............................................................................................................................ 68
33.2 LÓGICA DE FUNCIONAMENTO E PROCEDIMENTO OPERACIONAL. ............................ 70
33.2.1 1º NIVEL DE ALARME. ................................................................................................. 71
33.2.2 2º NIVEL DE ALARME. ................................................................................................. 71
33.2.4 4º NIVEL DE ALARME. ................................................................................................. 72
34. DETECTOR PORTÁTIL. ........................................................................................................... 73
35. REFERÊNCIA ........................................................................................................................... 74

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Manual de Operação Sala de Máquina
1. INTRODUÇÃO.

O presente manual estabelece as diretrizes necessárias para operação da


Sala de Maquinas do Frigorifico BETTER BEEF, situada na Rod. SP 284, Km 519,
cidade de Rancharia – SP. Este manual de instruções se dirige ao pessoal com
conhecimento e experiência na operação e na manutenção de sistemas de
compressão, condensação, expansão e evaporação de fluidos. Da mesma forma,
estas instruções se dirigem a operadores a par dos riscos que se apresentam na
manipulação de gases inflamáveis e tóxicos Amônia (também conhecido como
“amônia” = NH3 ).

Este manual não pretende substituir a indispensável formação de base do


operador, não poderá ser responsável por todo e qualquer acidente, decorrente de
manobra equivocada ou mesmo de operação ou manutenção incorretas, mesmo se
as presentes instruções não tratarem especificamente sobre o ponto em questão.

1.1. RECOMENDAÇÕES.

Mantenha sempre este manual de operação ao alcance e à disposição de


todos os funcionários envolvidos com a operação e manutenção da instalação, para
consulta e constante treinamento.

É imperativo que os operadores se familiarizem completamente com os


conteúdos deste manual de instruções, tanto para garantir uma confiabilidade como
uma operação eficiente.

2. CARACTERÍSTICA DA AMÔNIA.

A amônia é constituída por um átomo de nitrogênio e três de hidrogênio,


liquefaz-se sob pressão atmosférica a -33,35ºC. É altamente higroscópica, e a
reação com a água forma hidróxido de amônio (NH4OH), líquido na temperatura
ambiente, que possui as mesmas propriedades químicas da soda cáustica. É estável
quando armazenada e utilizada em condições normais de estocagem e manuseio.
Acima de 450ºC, pode decompor-se, liberando nitrogênio e hidrogênio.

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Manual de Operação Sala de Máquina
2.1. NOMENCLATURA:

Amônia anidra, amônia gás, amônia liquefeita.


Fórmula química: NH3
Número do CAS: 7664.41.7
Número da ONU: 1005

2.2. LIMITES DE IGNIÇÃO PARA AMÔNIA.

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Manual de Operação Sala de Máquina
2.3. RISCOS TOXICOLÓGICOS E EFEITOS TÓXICOS.

Tanto a amônia gasosa como a líquida são produtos extremamente irritantes.

É uma base com grande afinidade por água, o que constitui a base para os
efeitos irritantes nos olhos, pele, trato respiratório e membranas mucosas das fossas
nasais, vias aéreas e pulmões.

Falhas de equipamentos ou erros de operação podem causar exposição


acidental à amônia líquida ou gasosa. Os danos químicos são os mesmos,
entretanto a exposição à amônia líquida envolve complicações como congelamento
dos tecidos e injeção de um fluxo líquido sob alta pressão.

Normalmente seu odor característico e desagradável propicia amplo aviso


antes que qualquer condição perigosa exista. Pode ser detectada pelo olfato
humano já a partir de 10 ppm.

Entre 150 e 400 ppm causa irritação e desconforto nas membranas mucosas
das fossas nasais e vias aéreas, mas sem consequências duradouras. Exposição a
concentrações acima de 1500 ppm, mesmo por curtos períodos, podem danificar ou
destruir tecidos das regiões descritas.

3. PRIMEIROS SOCORROS PARA ACIDENTES COM AMÔNIA.

3.1. REGRAS BÁSICAS PARA OS PRIMEIROS SOCORROS.

Chamar um médico imediatamente;


Estar preparado: manter uma garrafa de irrigação contendo 2,5% de bórax
(borato de sódio) e 2,5% de ácido bórico (H3BO3) em água destilada, sempre
disponível;
Um chuveiro com lava olhos deverá estar disponível próximo às instalações com
amônia;
Na aplicação dos primeiros socorros as pessoas assistidas deverão ser
devidamente atendidas para evitar mais ferimentos.

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Manual de Operação Sala de Máquina
3.2. INALAÇÃO.

Levar as pessoas afetadas imediatamente para locais ventilados e afrouxar as


roupas que dificultam a respiração;
Chamar imediatamente um médico/ambulância com equipamentos de oxigênio;
Manter o paciente calmo e aquecido enrolado em lençóis;
Se a boca e a garganta estiverem queimadas (congelamento ou ácido bórico)
faça o paciente consciente beber água em pequenos goles;
A aplicação de oxigênio deve ser sob supervisão médica;
No caso de parada respiratória, aplique respiração artificial.

3.3. OLHOS FERIDOS POR ESGUICHOS DE LÍQUIDO OU VAPOR


CONCENTRADO.

Manter as pálpebras abertas e enxaguar imediatamente os olhos com uma


solução de 2,5% de bórax e 2,5% de ácido bórico em água destilada (ou água
pura corrente). Enxaguar no mínimo por 30 minutos;
Chamar um médico imediatamente.

3.4. PELE QUEIMADA POR ESGUICHOS DE LÍQUIDO OU VAPOR


CONCENTRADO

Lavar imediatamente com água abundante por no mínimo 15 minutos removendo


cuidadosamente as roupas contaminadas durante o banho;
Chamar um médico imediatamente;
Depois de lavar, aplicar compressas úmidas (solução de 2,5% de bórax e 2,5%
de ácido bórico em água destilada) nas áreas afetadas até que uma assistência
médica esteja disponível.

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Manual de Operação Sala de Máquina
3.5. COMO O CORPO DE HUMANO É AFETADO.

CONCENTRAÇÃO
DE GÁS TEMPO LIMITE DE
EFEITOS SOBRE O HOMEM SEM PROTEÇÃO
EXPOSIÇÃO
(PPM)

O cheiro característico da amônia pode ser


percebido.
Irrestrito
20 A baixas temperaturas (-0ºC) pequenas concentr
ações, aproximadamente 5PPM pode ser
percebida.

25 Percepção pelo cheiro Limite de Tolerância Brasil

Sem efeito perigoso para pessoas saudáveis.


Se expor somente o tempo
100 Causa certo desconforto para pessoas sem
necessário
experiências anteriores com a amônia.

Imediata irritação no nariz, olhos e aparelho Abandone a área o mais


400 – 700
respiratório. rápido possível

Em circunstâncias normais,
Tosse, grave irritação no nariz olhos e aparelho
1700 não provoca sérios danos a
respiratório, convulsões.
saúde.

Tosse, grave irritação no nariz olhos e 30 minutos de exposição


2000 – 5000
aparelho respiratório, convulsões. pode levar a sérias lesões

Letal dentro de poucos


5000 Asfixia e paralisação
minutos

Fonte: FISPQ NH3 – MORGANIA QUIMICA

4. PROCESSO DE REFRIGERAÇÃO.

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Manual de Operação Sala de Máquina
4.1. PRINCIPAIS TERMOS TÉCNICOS RELACIONADOS À
REFRIGERAÇÃO:

Acumulador – Depósito situado em uma linha de sucção para separar o


liquido que entrou na linha de sucção.

Armazenamento em câmara frigorífica – Preservação de alimentos ou


outros perecíveis por refrigeração.

Capacidade de refrigeração – A capacidade de um sistema refrigerante ou


parte dele em remover calor, usualmente medida em Btu/h, ou toneladas/24
horas.

Ciclo de refrigeração – Curso completo de operação de um refrigerante de


volta ao ponto inicial, medido em termos termodinâmicos.

Compressor – Equipamento que recebe o refrigerante em forma de vapor a


baixa pressão e o comprime em um volume menor à alta pressão.

Condensador – Dispositivo de transferência de calor que recebe vapor à alta


pressão, a temperaturas acima dos meios refrigerantes, como ar ou água, ao
qual o condensador transmite calor latente do refrigerante, provocando a
liquefação do vapor refrigerante.

Controle de baixa pressão – Disjuntor elétrico, reagente à pressão, ligado


na parte de baixa pressão de um sistema de refrigeração. Geralmente fecha à
alta pressão e abre à baixa.

Evaporador – Dispositivo no qual o refrigerante se evapora enquanto


absorve calor.

Linha de sucção – Tubulação ou encanamento que transporta o vapor


refrigerante do evaporador para a admissão do compressor.

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Manual de Operação Sala de Máquina
Linha de líquido – Tubulação que leva o refrigerante na forma líquida de um
condensador ou receptor de um sistema de refrigeração para um dispositivo
de pressão reduzida.

Válvula de alívio – Válvula projetada para abrir a pressões excessivamente


elevadas, para permitir o escapamento do refrigerante.

Válvula de retenção de fluxo – Válvula projetada de forma a permitir o


escoamento do fluido em determinada direção, porém com fechamento
automático no caso de fluxo reverso devido a diferencial de pressão.

Válvula solenoide – Válvula aberta pelo efeito magnético de uma corrente


elétrica através de uma bobina solenoide.

5. SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO POR AMÔNIA.

Os sistemas de refrigeração por amônia consistem de uma série de vasos e


tubulações interconectados, que comprimem e bombeiam o refrigerante para um ou
mais ambientes, com a finalidade de resfriá-los ou congelá-los a uma temperatura
específica.

Sua complexidade varia tanto em função do tamanho dos ambientes, quanto


em função das temperaturas a serem atingidas. Como se trata de sistemas
fechados, a partir do carregamento inicial, o agente refrigerante somente é
adicionado ao sistema (recarga) quando da ocorrência de vazamento ou drenagem.

A produção do frio em circuito fechado foi proposta por Oliver Evans em 1805,
e sua aplicação à indústria começou na segunda metade do século XIX. Os
processos de refrigeração variam bastante, assim como os agentes refrigerantes.

Porém, os princípios básicos continuam sendo a compressão, liquefação e


expansão de um gás em um sistema fechado.

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Manual de Operação Sala de Máquina
Ao se expandir, o gás retira o calor do ambiente e dos produtos que nele
estiverem contidos. De uma forma simplificada, podem-se perceber três
componentes distintos nos sistemas de refrigeração: o compressor, o condensador e
o evaporador.

5.1. COMPRESSOR.

O compressor é geralmente constituído por uma bomba dotada de um tubo de


aspiração e compressão, possuindo um dispositivo que impede fugas de gás e
entrada de ar atmosférico. Situado entre o evaporador e o condensador, aspira a
amônia evaporada e a encaminha ao condensador sob a forma de um vapor quente
sob pressão elevada.

Vista frontal de um compressor.

5.2. CONDENSADOR.

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O condensador é formado geralmente por uma série de tubos de diâmetros
diversos, unidos em curvas, podendo ser dotados exteriormente de hélices que
garantem o mais perfeito aproveitamento das superfícies de contato. É resfriado por
uma corrente de água em seu interior. Nas pequenas instalações, o resfriamento é
normalmente feito pelo próprio ar atmosférico. A amônia gasosa vinda do
compressor liquefaz-se ao entrar em contato com a temperatura fria do
condensador, sendo em seguida encaminhada para o reservatório (tanque de
armazenamento), de onde passará ao evaporador.

Visto do conjunto de condensadores, localizados acima da sala de maquinas.

5.3. EVAPORADOR.

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O evaporador consiste geralmente de uma série de tubos, as serpentinas, que
se encontram no interior do ambiente a ser resfriado. A amônia sob forma líquida
evapora-se nesses tubos, retirando calor do ambiente na passagem ao estado
gasoso. Sob a forma gasosa, volta ao condensador pelo compressor, fechando
assim o ciclo.

6. GESTÃO SEGURA DE SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO

Uma instalação segura de refrigeração por amônia sustenta-se em três


pilares: o projeto apropriado, orientado por normas e códigos de engenharia,
manutenção eficaz e operação adequada.

Dessa forma, elementos para a gestão da segurança e saúde em


estabelecimentos que possuam esse tipo de sistemas devem inclui:

Informações de segurança do processo;


Análises dos riscos existentes;
Procedimentos operacionais e de emergência;
Capacitação de trabalhadores;
Plano de Manutenção preventiva e preditiva;
Mecanismos de gestão de mudanças e subcontratação;
Auditorias periódicas;

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Manual de Operação Sala de Máquina
Investigação de incidentes.

7. INSTALAÇÕES.

Cuidados especiais devem ser tomados quanto à instalação da casa de


máquinas, que deve ser localizada no térreo, no nível do solo, de preferência em
edificação separada. Inexistindo essa possibilidade e havendo necessidade de se
mantê-la na mesma edificação onde se realizem outras atividades administrativas ou
de produção, a casa de máquinas deverá ser instalada fora do prédio, com o
máximo de paredes exteriores possíveis.

Uma ventilação adequada é fundamental e, nos casos de ambientes


fechados, o pé-direito deve ser, no mínimo, de 4 metros, existindo pelo menos duas
saídas de emergência. É essencial a existência de detectores de vazamento de
amônia no local.

Os escapamentos dos dispositivos de alívio de pressão devem localizar-se


em altura e distante de portas, janelas e entradas de ar – o ideal é mantê-los acima
do telhado e pelo menos a 5 metros acima do nível do solo e a mais de 6 metros de
distância de janelas, entradas de ar ou portas.

8. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS.

Todos os equipamentos do sistema de refrigeração devem ser


adequadamente dimensionados e instalados, além de testados antes de sua
operação. É essencial que os componentes, inclusive tubulações, sejam
devidamente sinalizados e identificados.

Condensadores, compressores, outros vasos, evaporadores e bombas devem


estar equipados com válvulas de alívio de pressão. Os compressores devem ter
controle de baixa pressão e dispositivo de limitação da pressão. As tubulações

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podem ser de ferro ou aço; sendo zinco ou cobre proibidos para instalações
contendo amônia.

A armazenagem de amônia deve ser feita preferencialmente em área coberta,


seca, ventilada, com piso impermeável e afastada de materiais incompatíveis,
recomendando-se a instalação de diques de contenção.

É essencial que se definam cuidados especiais com os tanques de amônia,


inclusive no seu abastecimento.

Considerando o risco envolvido, todas as instalações onde existe amônia


devem sofrer processo periódico de inspeção para verificação de suas condições.

Recomenda-se uma inspeção visual em todos os pontos críticos – soldas,


curvas, junções, selos mecânicos – pelo menos a cada três meses. Tanques e
reservatórios devem passar por inspeção de segurança completa, nos prazos
máximos previstos na legislação (NR-13), recomendando-se radiografia de soldas e
testes de pressão.

9. MEDIDAS DE PRECAUÇÃO.

Na operação é extremamente importante que as leis e normas vigentes sejam


observadas. As instalações frigoríficas trabalham com várias pressões e
temperaturas e, portanto devem ser operadas com muita atenção.

Uma operação inadequada poderá resultar em problemas incalculáveis,


sendo assim o pessoal da operação deve possuir treinamento adequado.

No caso da realização de manutenção em certas partes da instalação, é


absolutamente imperativo que estas sejam evacuadas e nenhuma pressão exista na
parte a ser reparada.

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Manual de Operação Sala de Máquina
O pessoal de operação deverá sempre usar máscara de gás para a
desmontagem das partes. Sendo assim deve-se ter disponível uma quantidade
adequada de máscaras de gás facial com filtro para amônia.

Toda instalação frigorífica obrigatoriamente necessita ter válvulas de


segurança calibradas anualmente.

Para facilitar a operação da instalação e ser possível isolar partes da mesma


para reparos, fez-se necessário a instalação de uma quantidade de válvulas de
bloqueio em locais estratégicos. Lembrando que havendo problemas na instalação
com liquido, isto é, linhas de líquido ou vasos com líquido e se estas forem fechadas,
a pressão hidráulica pode aumentar quando a temperatura do líquido aumenta.

Como na prática o líquido não pode ser comprimido, o aumento de


temperatura pode causar ruptura da parte cheia de líquido. Para neutralizar o risco
da pressão hidráulica, é necessário ter certeza de que as partes fechadas não
estejam cheias de líquido.

A instalação possui uma quantidade grande de pressostatos e termostatos de


segurança. Estes estão corretamente ajustados de acordo com as normas vigentes.
Quando a instalação estiver operando, estes equipamentos de segurança não
devem ser “jampeados” e de forma alguma desligados.

9.1 PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA.

IMPORTANTE !

As precauções foram preparadas para auxiliar operadores, programadores e


colaboradores da manutenção em boas práticas de segurança.

Operadores e pessoal da manutenção deverão ler e entender completamente


estas precauções antes de operar, montar, rodar ou realizar manutenção na
instalação frigorífica.

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Manual de Operação Sala de Máquina
Estas precauções devem ser usadas como suplemento e aviso para os
procedimentos de segurança e incluídas em:

Todos os demais manuais pertencentes à unidade compressora.


Normas e procedimentos de segurança locais, da instalação e da empresa.
Normas e regulamentações nacionais de segurança.

10. INSTRUÇÕES E CONSIDERAÇÕES GERAIS DE SEGURANÇA.

Todos os dias gestores, operadores, colaboradores da manutenção e


inspeção devem fazer dos procedimentos de segurança uma parte vital dos seus
trabalhos. A prevenção de acidentes deve ser um dos seus principais objetivos,
independentemente da atividade envolvida.

Conhecer e respeitar as unidades compressoras. Ler e realizar os


procedimentos de segurança e verificações prescritas.

Tenha certeza de que todos os colaboradores estão comprometidos com a


segurança do sistema e o mais importante: cumprem os procedimentos e
orientações de segurança quando operando a unidade de processo.

10.1 OBSERVAR OS AVISOS E ALERTAS DE SEGURANÇA À RESPEITO


DAS INSTALAÇÕES FRIGORIFICA.

Usar equipamentos de segurança quando trabalhar com partes contendo


refrigerante e/ou óleo lubrificante, coloquar luvas apropriadas assim como as
proteções para os olhos e face, botinas de segurança com solas antiderrapantes
podem evitar quedas e ferimentos. Manter os equipamentos de segurança em
boas condições.

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Manual de Operação Sala de Máquina
Nunca operar ou realizar a manutenção de equipamentos sob influência de
álcool, drogas ou outras substâncias, ou ainda se estiver em condições onde sua
percepção estejam prejudicados.

Área de trabalho segura, mantenha sua área de trabalho sempre limpa.

Sujeiras perigosas, tais como: óleo, entulhos ou água sobre o piso; podem
causar a queda de alguém, entrar nas máquinas e causar danos materiais e
fisicos.

Tenha certeza que a área esteja livre de obstruções perigosas e fique atento às
partes salientes das máquinas.

Mantenha-a sempre arrumada de tal forma que você possa escapar em caso de
uma situação perigosa.

Relate para o seu supervisor ou departamento de segurança qualquer condição


de trabalho inseguro.

10.2 FERRAMENTAS SEGURAS.

Tenha certeza sempre de que as ferramentas manuais estejam em


condições apropriadas de trabalho. Remova as ferramentas manuais tais como
chaves inglesas, equipamentos de medição, martelos, etc. da unidade compressora
e outros equipamentos com movimento, imediatamente após o seu uso.

Operação segura: leia e entenda todas as instruções de segurança antes de


montar, operar ou fazer manutenção em qualquer parte da instalação.

Designe somente pessoas qualificadas instruídas em segurança e em todas


as funções dos compressores e demais equipamentos, para operá-los e inspecioná-
los. Operadores e pessoal da manutenção deverão ler cuidadosamente, entender e
cumprir completamente todos os avisos e placas de instruções montadas na
instalação. Não pinte, altere, desfigure ou remova estas placas da instalação.
Reponha todas as placas que se tornaram ilegíveis.

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Manual de Operação Sala de Máquina
NOTA: Proteções, barreiras de segurança, coberturas e aparelhos de segurança
não deverão ser removidos enquanto a instalação estiver operando.

Todas as partes essenciais de segurança, liberações e intertravamentos


deverão estar no local e funcionando corretamente antes que a instalação seja
colocada em operação.

Mantenha todas as partes do seu corpo fora da unidade compressora/motor


durante a operação. Nunca encoste ou debruce sobre um compressor.

Durante a operação, preste atenção nos processos da unidade compressora.


Vibração excessiva, sons incomuns, etc. podem indicar problemas e
requerem uma imediata atenção.

Manutenção segura, não tente fazer manutenção na unidade compressora até


que tenha lido e entendido todas as instruções de segurança.

Designe somente pessoal qualificado para realizar manutenção e reparos na


unidade. Antes de qualquer tentativa de inspeção ou reparo, eles deverão consultar
o manual de serviço.

10.3 PERIGO ALTA VOLTAGEM

Antes de trabalhar sobre qualquer circuito elétrico, coloque a chave principal


da unidade compressora e demais equipamentos, na posição “DESLIGADA (OFF)” e
trave a mesma. Retire os fusíveis principais dos equipamentos a menos que haja
declaração expressa em documentação fornecida pelo fabricante ou por um
representante apropriado de assistência técnica. NÃO trabalhe com a energia
elétrica “LIGADA (ON)”. Se tal declaração ou aviso existe, o trabalho com a energia
“LIGADA (ON)” deverá ser realizado apenas pelo técnico da manutenção.

NOTA: O NÃO CUMPRIMENTO DESTA INSTRUÇÃO PODERÁ RESULTAR EM


MORTE OU CHOQUES ELÉTRICOS.

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Manual de Operação Sala de Máquina
Todas as etapas da manutenção do sistema devem ser cuidadosamente
especificadas e adequadamente registradas, definindo-se procedimentos específicos
para operações de risco, tais como a purga de óleo do sistema, a drenagem de
amônia e a realização de reparos em tubulações.

A operação da Sala de Máquinas deve ser efetuada por profissional


capacitado, com certificado em “Operação em Unidade de Processos” expedido por
profissional habilitado de acordo com a Norma Regulamentadora – NR13.

11. REGRAS BÁSICAS PARA UMA OPERAÇÃO SEGURA.

REGRA Nº 01 - CONHEÇA A SUA INSTALAÇÃO!

Você deve:

Conhecer os pontos fortes e, especialmente os pontos fracos da instalação: (ex:


condensadores pequenos, reservatório de amônia, bombas de amônia, falta de
válvulas, etc.);
Conhecer o fluxograma do sistema de refrigeração;
Saber a localização da botoeira de parada de emergência;
Saber a localização dos equipamentos de primeiros socorros;
Saber a localização mais próxima de extintores e hidrantes;
Saber a localização da estação de emergência com o chuveiro e lava olhos.

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Manual de Operação Sala de Máquina
REGRA Nº 02 - ANTES DE INICIAR QUALQUER ATIVIDADE!

Você deve:

Tomar as devidas precauções para sua segurança, em especial observar a


necessidade do uso de EPI’s (proteção dos olhos, proteção respiratória, uso de
luvas apropriadas, etc.);
Observação Importante: nunca use lentes de contato quando for trabalhar com
amônia. Se por acaso houver um jato de amônia contra os seus olhos, as lentes
poderão aderir à córnea, causando danos irreversíveis a sua visão.
Certifique-se que alguém sempre saiba onde você está e o que está fazendo;
Tenha sempre em mente onde e como você pode conseguir ajuda em caso de
alguma situação de emergência.

REGRA Nº 03 - EM CASO DE VAZAMENTO!

(Nunca adentrar sozinho num ambiente com vapor de amônia)

Você deve:

Acionar o Ramal de Emergência 9600


Cuidar da segurança das outras pessoas (orientando o abandono da área);
Avisar as pessoas conforme definido no Plano de Emergência e ou Normas
Internas estabelecidas;

Via rádio de comunicação interna.

Segurança do Trabalho – 9553 / 9503 / 9508

Supervisor Sala de Máquina – 3045 - 3046

Enfermaria - 9535

Bombeiro – 193

Policia - 190

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Manual de Operação Sala de Máquina
REGRA Nº 04 - AÇÕES RÁPIDAS E CORRETAS REDUZEM OS DANOS!

Você deve:

Lembrar-se: a pressa é inimiga da perfeição;


Manter a calma;
Usar o bom senso.

REGRA Nº 05 - IMPORTANTE

Nunca despeje ou pulverize água diretamente em amônia líquida;


Amônia líquida pode se despejar diretamente na água.

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Manual de Operação Sala de Máquina
REGRA Nº 06 - Uma planta de refrigeração é uma instalação pressurizada!

Você deve:

Agir com cuidado ao abrir tubulações, válvulas, flanges, caps, etc.;


Seguir os procedimentos de operação e segurança.

É muito importante que o operador ou o técnico conheça o Sistema de


Refrigeração.

O operador ou técnico deve ser treinado em primeiros socorros.

O operador deve saber exatamente o que realizar em caso de vazamento;


Ele deve estar devidamente treinado no uso dos equipamentos de segurança;
Ele deve saber a localização de todas as válvulas da instalação;
Ele deve saber a localização das botoeiras de parada de emergência e
ventilação forçada;
Ele deve saber a localização dos equipamentos de proteção para amônia
(máscaras, roupas de segurança, luvas de borracha, equipamentos
autônomos, etc.);
Devem ser realizados treinamentos regulares no uso das máscaras, roupas
de segurança e equipamentos autônomos;
Devem conhecer o plano de emergência e de abandono de área em caso de
vazamento.

Quem deve ser contatado em caso de vazamento;

Engenheiro responsável/supervisor;
Médico do trabalho;
Equipe de segurança do trabalho;
Equipe de emergência interna;
Autoridades (bombeiros, polícia, meio ambiente, etc.);
Central de atendimento de emergência;
Empresa de refrigeração responsável pelo projeto.

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Manual de Operação Sala de Máquina
12. INICIALIZANDO A SALA DE MÁQUINA.

12.1. 1º PASSO: LIGAR OS CONDENSADORES EVAPORATIVOS.

Verificar se as Bacias dos condensadores estão cheias de agua;


Verificar se está chegando água, levantando as boias, caso não esteja
chegando, comunicar a manutenção de imediato para solucionar o problema
e só então retornar a sequência;
Caso esteja sem alteração seguir a sequência normal.
Ligar as bombas de água e os ventiladores dos condensadores acionando os
botões liga/desliga.

12.2. 2º PASSO: LIGAR AS BOMBAS DE AMÔNIA

Ligar as bombas de amônia, após abaixar o nível do separador, ligar os


compressores;
Seguir os mesmos procedimentos para os dois regimes ( -10ºC, -35ºC,).

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NOTA: Caso o nível se encontre normal já com as bombas ligadas, ligar os
compressores, caso esteja acima do nível, aguarde que o mesmo diminua até o
padrão normal e estará liberado o compressor para ser ligado. Nunca deixar os
condensadores desligado e a válvula da descarga aberta. Com a sala de máquina
em funcionamento deixar aberto a descarga somente os condensadores que estão
em trabalho.

Obs: Quando for desligar toda a sala de maquinas, desligar os condensadores


somente 20 minutos após o desligamento dos compressores. Não poderá fechar a
válvula de descarga dos condensadores, pois os mesmos estarão pronto para
reiniciar novamente.

12.3. COMO FAZER:

Verificar as válvulas e acionar através de botoeiras as bombas de amônia dos


separadores de cada regime, acionando os botões liga/desliga;
Após ligar as bombas, abrir a válvula de entrada de liquido de cada uma que
entrará em trabalho.

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12.4. 3º PASSO: INICIAR OS COMPROMESSORES

Verificar se as válvulas do circuito de óleo estão abertas (alimentação entrada


e saída da bomba de óleo e circulação);
Verificar se as válvulas de saída do compressor ou seja da descarga estão
todas abertas.

Verificar se o nível de óleo do compressor está normal e se não há


concentração de amônia no separador.

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Manual de Operação Sala de Máquina
Verificar em todos os regimes antes de start cada compressor se o nível de
amônia no separador está normal, não havendo anormalidade seguir a
operação, se estiver alto aguardar o mesmo diminuir, seguindo o
procedimento do 2º passo.

12.5. Realização da Purga de óleo do Separador

Realizar semanamentel a purga de óleo do separador de liquido;

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Verificação do painel de comando;
Verificar todas as pressões e temperaturas apresentadas na tela e avaliar se
todas estão dentro das normalidades;
Verificar a amperagem do motor;

Acionar a partida do compressor no modo “auto” verificando os parâmetros de


amperagem. Caso a partida seja interrompida, verificar o quadro de alarmes,
identificando o erro, solucionado o problema resetar o mesmo, repita a
operação, se persistir a falha, procure o supervisor do setor e informe o
ocorrido. Caso não haja supervisor informar o departamento de manutenção
elétrica. Resolvido a ocorrência, a partida deverá ser reiniciada com atenção
para o problema ocorrido.

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Manual de Operação Sala de Máquina
Antes de colocar o compressor para operar no modo automático, o operador
deve acompanhar a partida do mesmo até que atinja o regime de trabalho.
Apôs esse procedimento, deve-se acompanhar o desempenho
periódicamente.

No caso do conjunto de compressores que trabalham em buster, aguardar a


estabilidade de pressões do mesmo para em seguida acionar a partida do
compressor do regime de baixa. Os procedimentos de partida dos
compressores devem ser padronizadas.

Após ter resolvido os problemas, deve o operador tomar todas as precauções


para devolver o compressor ao processo normal de trabalho. Verificando
pressões e temperaturas,

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Manual de Operação Sala de Máquina
Estando dentro da normalidade, é dever do operador informar á
manutenção elétrica e a supervisão do setor sobre o desempenho do
equipamento.

12.6. 4º Passo: Acionar a Ventilação das Câmaras

Verificar os computadores, quais os ambientes que já estavam ligados e


acioná-los conforme necessidades.

Verificar com a produção quais os ambientes que precisam ser ligados e


definir em planilhas os horários a serem ativados.

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Manual de Operação Sala de Máquina
Acionar a ventilação de acordo com a necessidade de cada ambiente seja no
computador ou na botoeira do painel elétrico.

Acompanhar através dos softwares de controles, as temperaturas dos


ambientes e transferir para o sistema a responsabilidade parcial do controle
automático de temperatura dos ambientes.

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Manual de Operação Sala de Máquina
Cada ambiente tem um padrão de temperatura para trabalhar, este padrão é
passado para o sistema através do set point de controle, em alguns casos este
controle de temperatura é auxiliado pelo controle de ventilação também. Este
procedimento em ambientes de elaboração tipo desossa e expedições e outros
ajudam muito, pois a ventilação ajuda a reduzir a sensação térmica.

O controle de temperatura manual pode ser prejudicial em vários pontos,


desgastes dos equipamentos, consumo de energia, e perca total ou parcial dos
produtos a serem refrigerados.

Existem diversos tipos de controle de temperatura que podem ser utilizados,


softwares, através de pressões, controladores digitais independentes,
controladores digitais conjugados e outros.

Em todos os processos de controle de temperatura, o objetivo é comum,


conseguir qualidade na refrigeração com baixo consumo dos recursos naturais.

Para uma boa operação de um sistema de refrigeração é preciso ter


conhecimentos teóricos e práticos sobre o funcionamento de sistema de

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Manual de Operação Sala de Máquina
refrigeração bem como noções básicas do funcionamento elétrico dos
componentes que acionam todos os equipamentos. Estes conhecimentos são
adquiridos através de cursos teóricos e práticos.

13. ATIVIDADE CRITICA

14.1 INICIAR A BOMBA DE AMÔNIA

abrir válvulas de entrada/saídas e retorno de líquidos;


Ligar evaporadores das câmaras e túneis;
Em seguida ligar motor da bomba de amônia. (Risco de Vazamentos
Causando Queimaduras Cegueira e Asfixia).

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Manual de Operação Sala de Máquina
14.2 INICIAR CONDENSADORES

Conferir válvulas de entrada/saída de amônia, verificar alimentação de água e


bomba d’água. (Risco de Queda e Vazamentos, Causando queimaduras,
Cegueira e Afixia).

14.3 INICIAR COMPRESSORES

Verificar nível de óleo e válvulas de entrada/ saída do resfriador de óleo;


Verificar válvulas de descarga/ sucção, depois destravar a emergência,
colocando em manual com capacidade de 0% a máquina e depois que
estabilizar, colocar a capacidade conforme a necessidade. (Risco de
Vazamentos Causando Queimaduras, Cegueira e Asfixia)

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Manual de Operação Sala de Máquina
14.4 DESLIGAR COMPRESSOR

Fechar separador, recolher Amônia, por em manual, zerar a capacidade,


desligar e apertar a emergência. (Risco de Vazamentos Causando
Queimaduras, Cegueira e Asfixia).

NOTA: Utilizar Equipamentos de Proteção Individual e Coletivos nas atividades de


manutenção corretiva ou preventiva ou em caso de vazamento:

Capacete de Proteção;
Luva PVC;
Luva Látex;
Vestimenta Nível B;
Macacão Nível A;
Mascara Facial;
Filtro de Amônia;
Bota PVC;
Óculos de Proteção;
Equipamento de Proteção Respiratória

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Manual de Operação Sala de Máquina
14.4.1 PROCEDIMENTOS

Conferir válvulas e nível de óleo.


Verificar a ausência de tensão necessária para partir as maquina.
Não havendo tensão necessária não se deve funcionar as maquinas sem
autorização.
Sempre que ligar os evaporadores verificar “in loco” se estão funcionamento.
Se houver algum motor parado deve-se marcar e gerar (OS) para fazer a
manutenção.
Preencher os relatórios (Check list) conforme anexo no PGR.

14.4.2 AÇÃO CORRETIVA

Caso durante o processo de operação seja constatado algum defeito deve


procurar o supervisor do setor e fazer a correção do mesmo.

14.4.3 AÇÃO PEVENTIVA

Olhar sempre que parar o compressor se os parafusos do acoplamento estão


bem apertados;
Sempre quando cortar alguma tubulação para manutenção fechar as válvulas,
retirar os volantes e soldar tampão nos tubos cortados.

NOTA: O relato da situação deve conter em planilhas de relacionamento do setor,


as trocas de turnos devem se relatado no livro ata que se encontra na sala de
máquina, sendo a garantia de que tudo ocorreu bem e que ficou pendente, esteja
sempre ao conhecimento da equipe.

15 RISCOS DOS SISTEMAS DE REFRIGERAÇÂO


As instalações frigoríficas apresentam riscos específicos à segurança e à
saúde, relacionados com o tipo de agente refrigerante utilizado, porque trabalham

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Manual de Operação Sala de Máquina
com refrigerantes com características físico-químicas especiais e em condições de
temperatura, pressão e umidade diferenciadas do habitual.

Especificamente para o emprego de amônia como agente refrigerante, as


maiores preocupações são os vazamentos com formação de nuvem tóxica e as
explosões. Causas de acidentes são falhas no projeto do sistema e danos aos
equipamentos provocados pelo calor, corrosão ou vibração, assim como por
manutenção inadequada ou ausência de manutenção de seus componentes, como
válvulas de alívio de pressão, compressores, condensadores, vasos de pressão,
equipamentos de purga, evaporadores, tubulações, bombas e instrumentos em
geral.

É importante observar que mesmo os sistemas mais bem projetados podem


apresentar vazamentos de amônia, se operados e/ou mantidos de forma precária.

15.1 PODEM OCORRER VAZAMENTOS CAUSADOS POR:

Abastecimento inadequado dos vasos;


Falhas nas válvulas de alívio, tanto mecânicas quanto por ajuste inadequado
da pressão;
Danos a equipamentos ou acessórios dos mesmos, provocados por impacto
externo por equipamentos móveis, como empilhadeiras;
Corrosão externa, mais rápida em condições de grande calor e umidade,
especialmente nas porções de baixa pressão do sistema;
Fissuras internas nos vasos, que tendem a ocorrer nos pontos de solda ou
nas proximidades destes;
Aprisionamento de líquido nas tubulações, entre válvulas de fechamento;
Excesso de líquido no compressor;
Excesso de vibração no sistema, que pode levar a sua falência prematura.

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Manual de Operação Sala de Máquina
15.2 MEDIDAS PREVENTIVAS.

São aquelas que têm como objetivo atuar diretamente na eliminação dos
eventos indesejáveis, conforme relacionadas a seguir:

Os vasos ou cilindros de amônia deverão ficar em área externa aos prédios,


constituindo uma unidade (vaso) ou baterias (cilindros) alimentando uma linha
principal com ou sem derivações.
Cada vaso ou bateria de cilindros deverá contar com uma válvula de bloqueio
na linha principal, próxima à bateria, de modo a possibilitar o bloqueio de
todos os cilindros ao mesmo tempo.
Cada vaso ou bateria de cilindros deverá ficar abrigado da incidência da luz
solar direta e de qualquer fonte de calor intenso, bem como protegido de
impactos, e o mais ventilado que for possível.
A linha principal de amônia poderá sofrer ramificações para atender a
conjuntos de equipamentos, mas neste caso, cada ramificação deverá contar
com uma válvula de bloqueio no interior do prédio onde se encontram os
compressores.
Todas as válvulas de bloqueio de linhas de amônia deverão ser sinalizadas
através de cartazes e ficar a uma altura acessível por qualquer.
Apresentação, dentro do prazo, de certificado emitido por engenheiro
mecânico atestando a adequação da instalação quanto aos materiais
empregado e à calibração das válvulas de segurança e o respectivo bom
estado para o uso.
Treinamento dos operadores da sala de maquinas no uso das máscaras.

15.3 MEDIDAS MITIGADORAS.

São aquelas que têm como objetivo atuar na redução das consequências em
decorrência de eventos indesejáveis, conforme relacionadas a seguir:

Instalação de monitores ambientais acoplados a sistema de alarme,


especialmente nos locais críticos;
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Manual de Operação Sala de Máquina
Sinalização adequada dos equipamentos e tubulações
Saídas de emergência mantidas permanentemente desobstruídas e
adequadamente sinalizadas;
Instalação de chuveiros de segurança e lava-olhos;
Sistemas apropriados de prevenção e combate a incêndios devem estar
presentes e em perfeito estado de funcionamento. O ideal é a instalação de
sprinkler sobre qualquer vaso grande de amônia para mantê-lo resfriado, em
caso de fogo. Instalações elétricas à prova de explosão.

16 DESCARREGMENTO DE AMÔNIA.

Isolar toda a área;


Calçado de segurança;
Capacete;
Respirador facial;
Filtros para respirador facial;
Luva de PVC;
Roupa de proteção para produtos químicos;
Óculos de segurança contra respingos;
Cones de sinalização;
Fita zebrada;
Calço de madeira para roldana;
Corda juntamente com a cunha-trava;
Roldana;
Mangote;
Conexões e ferramentas.

16.1 PROCEDIMENTOS A SEREM EXECUTADOS.

Chegando ao local da descarga dirigir-se diretamente a portaria e aguardar


instruções para sua entrada;
Pesar o caminhão.

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Manual de Operação Sala de Máquina
Ao chegar na área de descarga, estudar a melhor maneira para estacionar o
caminhão visando:

Menor distância do local da descarga;


Não obstruir passagens;
Não torcer os mangotes;

Caso existam obstáculos que dificultem o procedimento de descarga


como:
Barreiras entre o caminhão e a entrada de líquido no reservatório do cliente;
Diferenças de níveis acima de 1,7 metros entre o caminhão e o reservatório;
Dificuldade de acesso na entrada do caminhão;
O motorista deve informar imediatamente a Total Química para que sejam
tomadas providências juntamente com o cliente, a fim de evitar acidentes;
Estacionar o caminhão no local adequado;
Calçar o caminhão, com os calços de madeira;
Aterrar o caminhão;
Isolar a área com os cones e a fita de isolamento de modo a evitar o tráfego
de pessoas no local da descarga;
Preparar o mangote de descarga conforme entrada de recebimento do
cliente;
Conectar o mangote no caminhão e na entrada de recebimento do cliente;
Utilizar os EPI´s:
Roupas de proteção para produtos químicos;
Óculos de proteção;
Portar o respirador facial junto ao corpo;
colocar as luvas de PVC;
Conforme a direção do vento, locar a corda e cunha-trava do macaco e na
válvula de retenção de vazamento, estabelecendo uma rota de fuga, caso
ocorra vazamento;
Para rotas de fuga sempre escolher o lado oposto a direção do vento.
Perguntar ao encarregado pelo recebimento se pode iniciar a descarga;
Se o encarregado não autorizar deve aguardar sua autorização;
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Manual de Operação Sala de Máquina
Quando autorizado, peça para o encarregado do recebimento abrir
lentamente a passagem de gás de seu equipamento para verificar se não há
vazamentos nas conexões;
Finalizar a descarga quando o encarregado do recebimento autorizar;
Ao finalizar a descarga do produto, solicitar ao cliente o alívio dos mangotes.
Posteriormente descartar a água na ETA (Estação de Tratamento de Água)
do cliente;
Pesar o caminhão e repesar se necessário até atingir a quantidade
especificada na nota fiscal;
Ao finalizar a descarga por completo, deixar o local nas condições
encontradas, ou seja, guardar o equipamento utilizado na descarga.
Trazer o último ticket e pesagem, com canhoto assinado da nota fiscal pelo
recebedor da carga;

16.2 RESPONSABILIDADES.

Supervisor Sala de Máquina

Determinar o local do estacionamento do veículo


A responsabilidade do motorista limita-se apenas ao final do mangote do
caminhão;
O motorista não tem autorização para abrir ou fechar válvulas na planta do
cliente;
Caso seja necessário o motorista ajudar na descarga é necessário que o
cliente de treinamento específico documentado para o motorista;
Conferir a documentação da carga;
Estacionar o veículo em local adequado.

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Manual de Operação Sala de Máquina
Termino do Procedimento

Termino do descarregamento fechar a válvula de saída da carreta, esperar


aproximadamente três minutos, fechar a válvula de entrada de liquido e abrir
as válvulas de saída de liquido do reservatório de amônia. (Risco de
Vazamento Causando Queimaduras Cegueira e Asfixia);
Conferir válvulas e nível de óleo;
Conferir nível dos separadores de líquido e cuidar para não haver golpe de
liquido;
Conectar o mangote de alta pressão para descarregar.

NOTA: Procedimentos a serem executado com todo o cuidado, evitando qualquer


ocorrência com Amônia.

Ação Corretiva

Caso durante o processo de operação seja constatado algum defeito deve


interromper o descarregamento fechando a válvula da carreta, e de entrada de
liquido comunicar o supervisor do setor para realizar a correção.

Ação Preventiva

Antes do descarregamento comunicar o departamento de Segurança do


Trabalho para acompanhamento;
Deve – se conferir todos os EPIs;
Conferir toda as válvulas para evitar vazamento, inclusive no caminhão;
Conferir o mangote se esta em boas condições para efetuar a operação;
Estar atento sempre com os separadores e o mangote da carreta.

17. EM CASO DE VAZAMENTO DE AMÔNIA.

Comunicar imediatamente ao Setor de Segurança do Trabalho

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Manual de Operação Sala de Máquina
Isolar o local imediatamente;
Verificar o melhor local para uso das equipes de apoio, sempre contra ao
vento;
Identificar pelo rotulo ou número de risco;
Verificar os riscos na FISPQ do produto químico que tenha derramado ou
vazado;
Montar o sistema de descontaminação das vitimas e das equipes de apoio;
Adentrar a área utilizando os equipamentos de proteção individual adequado
ao nível de risco do produto químico (Roupa de proteção, equipamento de
proteção respiratória, luvas de PVC, botas de borracha), Macacão Nivel “A”.
Retirar a(s) vitima(s) da área levando-as para área de descontaminação;
Conter o produto que esteja derramando ou vazando, em caso que não seja
possível isolar o local;
Verifique se não há vazamento/escoamento para as canaletas de drenagem;
Caso haja vítima acidentada, siga as informações de Primeiros Socorros de
acordo com a FISPQ do agente;
Monitorar a contenção e realizar a descontaminação do local;
Liberar o local após medições e avaliação, somente deverá ser liberado após
não constarem duvidas sobre os riscos no local;
Consultar a Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos –
FISPQ.

18. VAZAMENTO DE AMÔNIA NA COBERTURA DA INDÚSTRIA.

Será acionado na sala de máquinas o sistema de detecção fixo de amônia;


O operador visualizando estará imediatamente desligando a bomba de
amônia;
Acionar a supervisão informando o ocorrido;
Todos os funcionários da equipe Brigada, SESMT, Manutenção e Operadores
deverão munir de EPI e EPC, (Mascaras autônomas, luvas e vestimentas de
proteção);
Localizar o local exato do vazamento de amônia para que seja realizado o
fechamento da válvula;

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Manual de Operação Sala de Máquina
Retirar toda a pressão da linha sucção com os compressores ligados;
Aguardar a dispersão da amônia para possível manutenção.

19. VAZAMENTO DE AMÔNIA NO INTERIOR DA SALA DE MÁQUINA

Será acionado na sala de máquina o sistema de detecção fixo.


O operador visualizando estará imediatamente desligando a bomba de
amônia;
Todos os funcionários da equipe Brigada, SESMT, Manutenção e
Operadores deverão munir de EPI e EPC, (Mascaras autônomas, luvas e
vestimentas de proteção);
Fechar a entrada de liquido do reservatório;
Realizar o recolhimento com os compressores ligados;
Aguardar a dispersão da amônia para possível manutenção;
Realizar a manutenção no local exato do vazamento;

20. PRINCIPIO DE INCÊNDIO NOS RESERVATÓRIOS

Em caso de principio de incêndio o operador deverá informar imediatamente a


Segurança do Trabalho e acionar o sistema de sprinklers para mantê-los
resfriados em caso de incendio.

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Manual de Operação Sala de Máquina
21. VAZAMENTO NO LADO DE ALTA PRESSÃO

Figura 01 - Entre compressor e Condensador.

Vazamento de amônia em alta pressão ocorre na forma de vapor a uma


temperatura entre 80 °C e 120 °C. Durante o vazamento os vapores expandem-se
no máximo de 16 bar(a) a 1 bar(a) e tem uma redução de temperatura de
aproximadamente 30º Kelvin, passando a uma temperaturas entre 90ºC para 50ºC.
Os vapores de amônia são mais leves do que o ar, com a tendência de subir.

Lembre-se: São necessários equipamentos de segurança: vestimenta,


luvas, máscara, óculos e chuveiro lava olhos.

21.1 AÇÃO NO CASO DE VAZAMENTO NO LADO DE ALTA PRESSÃO

Parar o compressor;
Fechar as válvulas A e B;
Iniciar ventilação local se o vazamento é dentro da sala de máquina;
Acionar á Manutenção.

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Manual de Operação Sala de Máquina
22. VAZAMENTO NO LADO DE ALTA PRESSÃO

Figura 02 - Condensador evaporativo.

Devido a uma maior pressão na linha de amônia do que na linha de água, o


vapor de amônia será drenado rapidamente e absorvido pela água. A água e a
amônia possuem grande propriedade de se misturarem. A água entrará no circuito
de amônia quando a pressão desta cair abaixo de 1,0 bar(a), e consequentemente
deverá ser drenada através do dreno de óleo.

É recomendável a instalação de um separador de óleo contaminado.

Lembre-se: São necessários equipamentos de segurança: Vestimenta,


luvas, máscara, óculos e chuveiro lava olhos.

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Manual de Operação Sala de Máquina
22.1 AÇÃO NO CASO DE VAZAMENTO NO LADO DE ALTA PRESSÃO

Parar o compressor, se ele não estiver interligado com outro condensador;


Fechar as válvulas (B & D) na linha de amônia, para isolar o condensador da
instalação;
Fechar a válvula (C) de abastecimento de água;
Recolher a água do condensador.
Eliminar a água contaminada com amônia, de acordo com a legislação e
procedimentos vigentes.
Fazer vácuo no condensador após correção do vazamento.
Acionar á Manutenção.

23. VAZAMENTO NO LADO DE ALTA PRESSÃO

Figura 03 - Entre reservatório e o condensador.

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Manual de Operação Sala de Máquina
Neste caso vazara amônia líquida. Devido ao "efeito Flash" a temperatura na
nuvem de amônia será muito baixa – foram medidas temperaturas abaixo de -74 ° C
Lembre-se: São necessários equipamentos de segurança: Vestimenta,
luvas, máscara, óculos e chuveiro lava olhos.

23.1 AÇÃO NO CASO DE VAZAMENTO NO LADO DE ALTA PRESSÃO

Parar o compressor;
Fechar as válvulas (B e D), antes e após o vazamento;
Iniciar ventilação;
Aguardar que amônia vaze até terminar;
Controlar os vapores de amônia com spray de água;
Acionar á Manutenção.
Importante: Nunca aspergir água diretamente na amônia líquida

24. VAZAMENTO DE ALTA PRESSÃO

Figura 04 – Reservatório.

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Manual de Operação Sala de Máquina
Se o vazamento é na região de fase líquida o escoamento de amônia será
imediatamente convertido em aerossol, ou seja, pequenas gotículas formando
uma nuvem branca. Nesta nuvem as temperaturas são muito baixas (-74 ° C). O
vaso será drenado até que o nível do liquido coincida com nível do vazamento.
Se o vazamento é na região de fase gasosa o líquido vai entrar em ebulição e
partículas de líquido podem surgir no vapor em fuga, dependendo do tamanho da
ruptura. Quando amônia liquida entrar em ebulição e a temperatura cair para -34 °
C (1 bar(a)), o fluxo de gás do vazamento cessara.

Lembre-se: São necessários equipamentos de segurança: Vestimenta,


luvas, máscara, óculos e chuveiro lava olhos.

24.1 AÇÃO NO CASO DE VAZAMENTO DE ALTA PRESSÃO

Iniciar ventilação se for dentro da sala de máquinas;


Parar o compressor;
Fechar as válvulas (D e E), antes e após a fuga;
Aguardar que a amônia vaze até terminar;
Controlar os vapores com spray de água;
Comunicar as autoridades competentes em caso de grandes vazamentos;
Acionar á Manutenção.

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Manual de Operação Sala de Máquina
25. VAZAMENTO NO LADO DE ALTA PRESSÃO.

Fig. 05 - Linha de líquido.

A linha de líquido entre reservatório e válvula de bóia mecânica de controle de


nível, está sempre cheia de amônia líquida a alta pressão (pressão de condensação
- máx 16 bar(a)). Se o vazamento – como mostrado aqui - é inferior ao nível do
reservatório, toda amônia liquida será drenada, pois está em alta pressão. O
vazamento de amônia líquida será convertido em aerossol com temperatura muito
baixa (-74 ° C).

Lembre-se: São necessários equipamentos de segurança: Vestimenta,


luvas, máscara, óculos e chuveiro lava olhos.

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Manual de Operação Sala de Máquina
25.1 AÇÃO NO CASO DE VAZAMENTO NO LADO DE ALTA PRESSÃO

Fechar as válvulas (E e F), antes e após a fuga;


Iniciar ventilação, se dentro da sala de máquinas;
Aguardar até que toda amônia vaze e controle os vapores com spray de água;
Parar o compressor;
Comunicar as autoridades competentes em caso de grandes vazamentos;
Acionar á Manutenção

26. VAZAMENTO NO LADO DE BAIXA PRESSÃO.

Fig. 06 - Evaporador com evaporação inferior a -33 ° C (câmara de congelados)

Se o vazamento é inferior ao nível de amônia líquida, ela drenará


completamente devido à pressão de sua coluna. Como a pressão no evaporador é
baixa, o líquido não irá expandir e haverá somente uma pequena quantidade de
vapores de amônia. O entorno vai esfriar mais do que se fosse um vazamento de
fase gasosa. O teor de amônia no ar será elevado. A nevoa formada pelo aerosol,
migrará lentamente em direção ao chão.

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Manual de Operação Sala de Máquina
Lembre-se: São necessários equipamentos de segurança: Vestimenta,
luvas, máscara, óculos e chuveiro lava olhos.

26.1 AÇÃO NO CASO DE VAZAMENTO NO LADO DE BAIXA PRESSÃO.

Fechar a válvula (F) na linha líquida. Como alternativa pode-se fechar válvula
(E) do reservatório. Nunca feche a válvula (F) e (E), pois não se deve deixar
liquido confinado;
Deixar o compressor funcionando à capacidade mínima, evitando que a
pressão de sucção caia abaixo de 0 bar(g). A válvula (G) do compressor pode
ser estrangulada para evitar a queda da pressão. Se o vazamento estiver sob
controle parar o compressor e fechar válvula (G). 3. Parar o(s) ventilador(es)
do(s) evaporador(es);
Estabelecer uma forte ventilação;
Se possível recolher a amônia líquida num recipiente com água e cobrir com
um óleo;
Acionar á Manutenção;
Manter a pressão da evaporação acima de 0 bar(g) com compressor
funcionando em capacidade mínima;
Comunicar as autoridades competentes em caso de grandes vazamentos;
Eliminar a água contaminada com amônia de acordo com a legislação e
procedimentos vigentes;
Fazer vácuo no evaporador após correção do vazamento.

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Manual de Operação Sala de Máquina
27. VAZAMENTO NO LADO DE BAIXA PRESSÃO.

Figura 07 - Evaporador com evaporação acima - 33 ° C (câmara de resfriados)

Como a pressão de evaporação está acima da pressão atmosférica, certa


quantidade de líquido e vapores de amônia sairão pela ruptura, e com o declínio da
pressão diminuirá o efeito flash. O líquido drenado formará uma "poça fria" com
temperatura abaixo de -33°C. Recomenda-se deixar o compressor em
funcionamento, a fim de recolher o máximo de amônia possível até que a pressão
evaporação chegue próxima a 0 bar(g) no lado de pressão positiva.

Lembre-se: São necessários equipamentos de segurança: Vestimenta,


luvas, máscara, óculos e chuveiro lava olhos.

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Manual de Operação Sala de Máquina
27.1 AÇÃO NO CASO DE VAZAMENTO NO LADO DE BAIXA PRESSÃO.

Fechar a válvula (F) na linha de líquido. Como alternativa pode-se fechar


válvula (E) do reservatório. Nunca feche a válvula (F) e (E), pois não se deve
deixar liquido confinado;
Parar o(s) ventilador(es) do(s) evaporador(es);
Estabelecer uma forte ventilação;
Deixar o compressor funcionamento tanto tempo quanto possível à
capacidade mínima. Antes que seja desligado as válvulas (H e G) devem ser
fechadas;
Se possível coletar a amônia líquida num recipiente com água e cobrir com
óleo;
Eliminar a água contaminada com amônia de acordo com a legislação e
procedimentos vigentes;
Comunicar as autoridades competentes em caso de grandes vazamentos.

28. VAZAMENTO NO LADO DE BAIXA PRESSÃO

Figura 08 - Baixa acima do nível do líquido - evaporador com evaporação inferior a -


33 ° C (câmara de congelados).

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Manual de Operação Sala de Máquina
Quando a temperatura de evaporação for inferior a -33 ° C, o vazamento é
relativamente pequeno devido à pressão negativa;

Lembre-se: São necessários equipamentos de segurança: Vestimenta, luvas,


máscara, óculos e chuveiro lava olhos

O que fazer:

Fechar a válvula (F) na linha de líquido. Como alternativa pode-se fechar


válvula (E) do reservatório. Nunca feche a válvula (F) e (E), pois não se deve
deixar liquido confinado;
Parar o compressor;
Parar o(s) ventilador(es) do(s) evaporador(es);
Se a pressão estiver acima de 0 bar(g), deixar o compressor funcionando á
capacidade mínima tanto quanto possível;
Fechar a válvula (H) na linha de sucção. Como alternativa pode-se
fechar a válvula (G) no compressor;
Estabelecer uma forte ventilação;
Comunicar as autoridades competentes em caso de grandes vazamentos.
Acionar a Manutenção;
Fazer vácuo no sistema após correção do vazamento.

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Manual de Operação Sala de Máquina
29. VAZAMENTO NO INTERIOR DO RESFRIADOR CASCO TUBO

Figura 09

Vazamentos no lado da amônia no interior do resfriador tipo casco tubo para


o lado da solução, se tornará auto perceptível. Mesmo com vazamentos muito
pequenos haverá aumento do pH na solução e através do monitoramento do pH
será identificada a presença de amônia. Por outro lado, verificando o poço de óleo
do resfriador, pode se estabelecer se houve passagem de solução para o lado da
amônia. Esteja ciente que se ocorrer nível alto e ele se tornar incontrolável no
resfriador, pode ser devido à passagem de solução para o circuito de amônia.. Isso
provocará sintomas de perda de performance no sistema.

Lembre-se: São necessários equipamentos de segurança: Vestimenta,


luvas, máscara, óculos e chuveiro lava olhos.

O que fazer:

Parar a bomba de circulação de solução.


Fechar a entrada e saída de solução - (válvulas I e II).
Parar compressor.
Fechar as válvulas (F e H), de entrada e saída no lado da amônia.
Acionar a área da manutenção para os devidos reparos.
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Manual de Operação Sala de Máquina
Drenar a solução em recipientes especiais (esteja atento aos vapores de
amônia). Elimine a solução contaminada com amônia de acordo com a
legislação e procedimentos vigentes.
Drenar a amônia em recipientes especiais com água. Eliminar a água
contaminada com amônia de acordo com a legislação e procedimentos
vigentes.
Verificar o pH da solução antes de reiniciar. Pode ser necessário substituir
toda solução.
Verificar concentração de água e solução na amônia e óleo antes de reiniciar.
Talvez tenha que se substituir todo o conteúdo de amônia, óleo de
compressor e filtros de óleo.

30. AÇÕES PARA DETECTAR POSSIVEIS FALHAS NO SISTEMA.

Realizar vistoria diária em todo o sistema de comando das válvulas


condicionado ao sistema critico.

31. SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA.

A sinalização deve ser de fácil compreensão e inconfundível. Todos os


ocupantes do prédio e ou planta devem conhecê-la, para evitar a exposição
desnecessária aos riscos.

Devem ser observados no mínimo os requisitos estabelecidos na NR-26 e NBR


aplicável.

31.1 AVISO

As placas de aviso é a forma mais rápida de comunicar para as pessoas as


informações do ambiente de trabalho. Estas placas indicativas avisam sobre a
presença de um risco. É um sinal triangular com um símbolo preto sobre um fundo
amarelo.
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Manual de Operação Sala de Máquina
As sinalizações obrigatórias indicam quais os Equipamentos de Segurança
(EPI’s) que devem ser utilizados na área.

Em alguns casos e situações os EPI’s devem passar por uma prévia


aprovação e testes em vários níveis.

Devem-se revisar periodicamente todos os EPI’s disponíveis para uso em


situações de emergências, tais inspeções devem ser registradas em controle
interno.

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Manual de Operação Sala de Máquina
Quando o acidente acontece, é importante manter a calma e ter em mente os
passos a serem seguidos. Por isso, é importante que a sinalização de referência
tenha sido disposta corretamente e que todos os ocupantes do prédio e ou planta
saibam o seu significado.

O plano de emergência estabelece além da sinalização através de placas


indicativas, outras formas de comunicação que vão determinar a necessidade ou
não de abandono do local, como será realizado o referido abandono, o ponto de
encontro, contagem de ocupantes do prédio, etc... Todo este conjunto de sinalização
e comunicação deve ser disposto e entendido por todos, para que não haja perda
tempo ou atropelos na situação real.

Tais placas indicativas servem como referência para abandono, assim como
para identificação da localização de equipamentos de emergências. Em sua maioria
é retangular.

Se a placa refere-se a informações sobre fogo, a cor utilizada é o vermelho,


se as informações referem-se a itens do plano de emergência, as cores utilizadas
são o verde e o branco.

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Manual de Operação Sala de Máquina
31.2 PROIBIÇÕES.

Dependendo das características do ambiente e de produtos manuseados no


local, devem-se estabelecer algumas proibições. Em alguns casos as proibições são
tão óbvias que já são estabelecidas na legislação: caso da restrição ao fumo. Em
outras situações, julgadas pelos responsáveis como necessários, devem ser
avaliadas criteriosamente se as aplicações de proibições são de fato necessárias e
de que serão observadas por todos.

As placas que advertem as situações de proibições são no formato arredondado,


com uma borda vermelha e uma preta, com um fundo branco.

32. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA.

Máscara panorâmica com filtro de amônia;


Equipamento de respiração autônomo;
Óculos de proteção ou protetor facial;
Luvas protetoras de borracha (PVC);
Botas protetoras de borracha (PVC);
Capa impermeável de borracha e/ou calças e jaqueta de borracha;
Macacão Nível B;
Macacão Nível A.

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Manual de Operação Sala de Máquina
Proteção para os olhos Óculos tipo ampla visão.

Luva de Proteção

NOTA: A garrafa de lava olhos portátil é apenas para o atendimento de Primeiros


Socorros, é um item complementar da estação fixa de lava olhos e chuveiros de
emergências, devido ao fato de que a quantidade de água disponível não é
suficiente para lavar os olhos contra respingos químicos.

OBS: A utilização de proteção facial completa deve ser observada em todas as


situações de intervenções em áreas onde possam ser originados vazamentos de
produtos químicos. lembre-se que a amônia tem alta propriedade de reação com a
água, ou seja, em caso de vazamentos quando projetadas em direção ao rosto
poderá causar graves lesões aos olhos, pois estes contêm uma grande quantidade
de água, que vão atrair a amonia contra si.

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Manual de Operação Sala de Máquina
Equipamento de Proteção Individual – EPI’s

Vestimenta completa de proteção a amônia.

32.1 KIT PROTEÇÃO QUÍMICA

Macacão nivél”A” – equipamento de proteção respiratoria

Localização – próxima á sala de máquina

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Manual de Operação Sala de Máquina
LOCALIZAÇÃO - PORTARIA PRINCIPAL

Escolhendo o tipo de filtro correto (R717/NH³/AMÔNIA)

Sem utilizar o filtro de poeira

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Manual de Operação Sala de Máquina
Carvão Ativo

Filtro Poeira
Opcional

Filtro Poeira
Requerido

NOTA: Respiradores purificadores de ar dependem da atmosfera ambiente.


Podem ser utilizados apenas em locais em que o teor de oxigênio seja suficiente
para não provocar sintomas nos usuários, isto é, acima de 18%, segundo a NR-6.
Esses respiradores NÃO DEVEM ser adotados contra contaminantes cuja
presença não possa ser percebida pelo sabor, cheiro, ou irritações, ou cujo filtro
apresente vida útil muito curta, ou ainda contra substâncias extremamente tóxicas

Os equipamentos de Proteção Individual para uso em casos de emergências


devem ser disponibilizados fora da sala de máquinas do Sistema de Refrigeração,

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Manual de Operação Sala de Máquina
em armários próprios, devidamente identificadas com placas indicativas, e
conhecidas pelos usuários.

Os Operadores do Sistema de Refrigeração devem ser bem treinados para o


uso das máscaras autônomas, participando de treinamento prático.

Cada equipamento deverá, no entanto, ser inspecionado semanalmente,


sendo que estas inspeções devem ser registradas em um livro de inspeção e check
list, e mantido um histórico das mesmas.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

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Manual de Operação Sala de Máquina
Exemplo de cilindro de suprimento de ar que funciona independentemente
do ar do ambiente. Adequado para tarefas que exigem uma ação rápida e imediata.
Exemplos: para fechar válvulas do sistema que apresentem vazamentos,
salvamento de pessoas em situações de emergências, ou para abandono de áreas
contaminadas por vazamentos.

Os usuários de máscaras autônomas devem ser treinados sobre a correta


utilização das mesmas e, com exercício prático deve ser realizado na utilização de
todos os modelos disponíveis no local de trabalho.

Lesões ocasionadas por amônia, na falta de uso correto das luvas

Outros exemplos de Lesões por amônia.

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Manual de Operação Sala de Máquina
NOTA: Planos de emergência para ações em caso de vazamento devem ser
estabelecidos por escrito, realizando-se treinamentos práticos especiais para os que
operam, inspecionam e mantêm o sistema, assim como para os trabalhadores em
geral. Como conteúdo mínimo, é preciso prever mecanismos de comunicação da
ocorrência, evacuação das áreas, remoção de quaisquer fontes de ignição, formas
de redução das concentrações de amônia e procedimentos de contenção de
vazamentos.

Os operadores devem ter conhecimentos completos sobre o sistema, incluindo


compressores, válvulas de controle automático, de isolamento e de alívio de
pressão, controles elétricos e mudanças de temperatura e pressão. Devem saber
que partes do sistema requerem manutenção preventiva e como realizá- la de forma
segura, além de como observar e avaliar o sistema para identificar sinais de
problemas, como vazamentos e vibração.

32.2 PONTOS IMPORTANTES.

Observar à NBR-16069:2010 – Segurança em Sistemas Frigoríficos;


Observar o cumprimento das Normas Regulamentadoras do Ministério do
Trabalho (NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão, NR 16 – Atividades e
Operações Perigosas e NR 26 – Sinalização de Segurança), mantendo os
registros à disposição da fiscalização;
Manter Sistema Analisador / Detector de Amônia em bom estado de
manutenção e operação, de forma a garantir pronto acionamento dos
sistemas de emergência;
Realizar inspeções periódicas e manutenção preventiva e corretiva do
sistema de refrigeração de amônia (vasos, compressores, condensadores,
tubulações, válvulas, etc.) e dos seus respectivos dispositivos de segurança,
mantendo os registros dessas operações à disposição da fiscalização;
Treinar periodicamente o pessoal incumbido da operação normal e o de ação
em emergência, mantendo o registro dos treinamentos (pessoal treinado,
instrutor e conteúdo programático) à disposição da fiscalização;

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Manual de Operação Sala de Máquina
Supervisionar e controlar permanentemente as condições operacionais,
mantendo o registro das anormalidades ocorridas e dos procedimentos
adotados para a correção das anormalidades, à disposição da fiscalização;
Manter disponíveis na qualidade e quantidade apropriadas, e prontos para o
uso, os equipamentos de proteção individual (EPI), equipamentos de proteção
coletiva (EPC) e materiais de atendimento a emergências.

33. SISTEMA DE DETECÇÃO DE AMÔNIA.

33.1 OBJETIVO.

O objetivo deste sistema é garantir a segurança e a integridade física


(patrimônio) e operacional (pessoas) do sistema de refrigeração industrial, quanto ao
funcionamento diário das instalações e procedimentos operacionais realizados
através de equipamentos e abrangências do sistema de refrigeração industrial.

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Manual de Operação Sala de Máquina
O programa permitirá que o sistema gere emissão de alarmes, avisos e
registros automaticamente com a detecção de vazamento de amônia em níveis
configuráveis para eventos monitorados em toda planta industrial, indicando com
precisão o local de incidência da detecção (vazamento) e alarmando no setor de
sala de máquinas através do sistema de supervisão (supervisório) e de alarmes
audiovisual instalados na sala de controle, com intuito de melhorar os procedimentos
operacionais em situações de emergência oferecendo segurança ao sistema.

Sirene no interior da sala de operação

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Manual de Operação Sala de Máquina
Sirene externa, na sala de máquinas

33.2 LÓGICA DE FUNCIONAMENTO E PROCEDIMENTO OPERACIONAL.

No Sistema de Supervisão será possível a visualização do nível de medição


(ppm) no interior do ambiente climatizado, bem como status de funcionamento do
sistema e falhas de comunicação.

Através da integração e interligação de todos os detectores de amônia de


todos os ambientes monitorados aos quadros de automação, tornando-se possível
automatizar o processo de monitoramento e controle do sistema de detecção de
amônia com emissão de alarmes conforme a lógica de programação para aviso de
vazamentos em ambientes monitorados com 4 níveis de alarmes programados
citados a seguir:

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Manual de Operação Sala de Máquina
33.2.1 1º NIVEL DE ALARME.

O primeiro nível é ativado em qualquer evento de detecção de amônia acima


de 10% da escala do sensor (10ppm) apresentado nos sensores monitorados pelo
sistema. O mesmo é realizado através do acionamento do sinal luminoso da torre de
sinalização diretamente na sala de controle da sala de máquinas e exibição de telas
de alarmes e registro específicos no sistema de supervisão (Supervisório). Neste
nível de alarme também é considerado o acionamento automatizado de exaustores
da sala de máquinas.

33.2.2 2º NIVEL DE ALARME.

O segundo nível é ativado em qualquer evento de detecção de amônia acima


de 20% da escala do sensor (20ppm) apresentado nos sensores monitorados pelo
sistema, onde além da emissão dos alarmes do nível 1, é considerado o
acionamento da torre de sinalização audiovisual com alarme sonoro contínuo (90db)
diretamente na sala de controle da sala de máquinas e exibição de telas de alarmes
e registro específicos no sistema de supervisão (Supervisório).

33.2.3 3º NIVEL DE ALARME.

O terceiro nível é ativado em qualquer evento de detecção de amônia acima de


50% da escala do sensor (50ppm) apresentado nos sensores monitorados pelo
sistema, onde além da emissão dos alarmes dos níveis 1 e 2, é considerado o
acionamento da sirene com alarme sonoro contínuo (150db) na área de sala de
máquinas porem externo a sala de controle da sala de máquinas, incluindo a
exibição de telas de alarmes e registro específicos no sistema de supervisão
(Supervisório).

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Manual de Operação Sala de Máquina
33.2.4 4º NIVEL DE ALARME.

O quarto nível é ativado em qualquer evento de detecção de amônia em


100% da escala do sensor (100ppm) apresentado nos sensores monitorados pelo
sistema, considerado vazamento de grande porte e/ou muitas áreas envolvidas no
vazamento, onde além da emissão dos alarmes dos níveis 1, 2 e 3, é considerado
emissão de sinal via automação para realização da automação da sala de máquina,
como aviso de desligamento emergencial do sistema.

NOTA: Para todos os níveis de acionamento é considerado o acionamento do


sistema de exaustão do setor de sala de máquinas, sendo considerado o
acionamento automatizado dos exaustores emergências e/ou acionamento manual
forçado.

No sistema foram criados possibilidades operacionais para realização de


“Silencia Alarme”, onde será possível através de acionamento do mesmo, a
interrupção temporária dos alarmes sonoros em situações programadas, após
decrescido o tempo de “Silencia Alarme” (3 min), a lógica de programação irá
reativar a emissão dos alarmes sonoros, pelo tempo que os níveis de medição dos
sensores relativos ao vazamento acusado estejam acima dos níveis programados.
Durante todo o período de “Silencia Alarme” a automação do sistema irá manter o 1º
Nível de alarme, visual (luminoso) através do acionamento intermitente do LED
vermelho na torre de sinalização instalado dentro da sala de controle da sala de
máquinas e configuração das telas do sistema de supervisão (Supervisório).

O único modo de reset ou desativação total dos alarmes (sonoro/visual) será


através do reestabelecimento dos níveis de medição (ppm) dentro do ambiente
monitorado. Sendo possível através do supervisório a identificação de qual sensor
e/ou qual ambiente está com registro de vazamento de amônia.

São monitorados 55 ambientes (câmaras, estocagens, túneis, corredores e


setores), considerados com possiblidade de vazamento de amônia no projeto
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Manual de Operação Sala de Máquina
segundo levantamento da Segurança do Trabalho. Para compreensão de todos os
ambientes monitorados, foram projetados a instalação de 2 quadros de automação,
instalados de forma estratégica nos setores de forma a interligar em rede de
comunicação todos os sensores de detecção de amônia. Todas as disposições e
informações relativos a instalação dos sensores de detecção de amônia nos
ambientes monitorados estão expostos no Memorial Descritivo do Projeto 15A100
que se encontra na Segurança do Trabalho.

No contexto geral o sistema busca reduzir falhas operacionais minimizando o


risco de acidente por ocorrências de vazamentos de amônia em toda planta
industrial.

34. DETECTOR PORTÁTIL.

O detector portátil de gás Amônia modelo GasAlert NH3 se encontra na sala


da segurança do trabalho, caso ocorra o vazamento de amônia, solicitar ao setor de
segurança para que realize a medição no ambiente com todos os Equipamentos de
Proteção Individual e Coletiva adequado.

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Manual de Operação Sala de Máquina
RAMAIS UTEIS

Ramal de Emergência: 9600


Ramal Segurança do Trabalho: 9503: 9508 e 9553
Ramal Enfermaria: 9535
Ramal Manutenção : 9517

35. REFERÊNCIA

Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego

NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão

NR 26 – Sinalização de Segurança

NR 16 – Atividades e Operações Perigosas

Associação Brasileira de Normas Técnicas, Emprego de cores para identificação de


tubulações: NBR 6493.

NBR 16069 – Segurança em Sistemas Frigoríficos

_____________________
Emilio Giacometti
Supervisor da Sala de Máquina

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Manual de Operação Sala de Máquina

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