Você está na página 1de 27

MEMORIAL DESCRITIVO

Ar Condicionado
Exaustão / Ventilação
CO² / Saponificante

PÁTIO BRASIL SHOPPING

Loja : Francisco Restaurante

1
Acompanha a Rev. 0 do projeto
ÍNDICE

1 - AR CONDICIONADO .................................................................................................................................................... 4
1.1 - OBJETIVO ............................................................................................................................................................... 4
1.2 - DESCRIÇÃO BÁSICA DO SISTEMA.................................................................................................................... 4
1.3 - LEGISLAÇÃO ......................................................................................................................................................... 5
1.4 - EQUIPAMENTOS ................................................................................................................................................... 5
1.5 - PROJETO ................................................................................................................................................................. 6
1.5.1 – Condições adotadas no projeto de ar condicionado........................................................................................... 6
2 - VENTILAÇÃO E EXAUSTÃO ...................................................................................................................................... 7
2.1 - FINALIDADE .......................................................................................................................................................... 7
2.2 - OBJETIVO OPERACIONAL DO SISTEMA .......................................................................................................... 7
2.3 - CONSIDERAÇÕES ................................................................................................................................................. 7
2.4 - PROJETO ................................................................................................................................................................. 7
2.4.1 – Sistema de exaustão e ventilação da cozinha .................................................................................................... 8
2.5 - CÁLCULOS ............................................................................................................................................................. 9
2.5.1 - Cálculo da vazão de ar para coifa tipo ilha e para coifa tipo parede .................................................................. 9
2.5.2 - Cálculo da vazão de ar para coifa com lados fechados .................................................................................... 10
2.5.3 – Dutos de exaustão............................................................................................................................................ 11
3 - SISTEMA DE CO² ................................................................................................................................................... 12
3.1 NORMAS APLICADAS .......................................................................................................................................... 12
3.2 INFORMAÇÕES PRELIMINARES SOBRE O GÁS CARBÔNICO (CO2) .......................................................... 12
3.2.1 - O CO2 como agente extintor ........................................................................................................................... 12
3.2.2 - Mecanismo de extinção.................................................................................................................................... 12
3.3 RISCO AO USUÁRIO .............................................................................................................................................. 13
3.4 DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE CO2 ..................................................................................................................... 13
3.4.1 - Cilindros........................................................................................................................................................... 13
3.4.2 - Tubulações, eletrodutos e difusores de gás ...................................................................................................... 14
3.4.3 - Condutores ....................................................................................................................................................... 14
3.4.4 - Elementos de comando .................................................................................................................................... 15
3.5 OPERAÇÃO MANUAL ........................................................................................................................................... 15
3.6 OPERAÇÃO AUTOMÁTICA.................................................................................................................................. 15
3.7 DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ................................................................................................................... 16
3.7.1 - Cilindro de CO2 ............................................................................................................................................... 16
3.7.2 - Válvula de cilindro de CO2 piloto ................................................................................................................... 16
3.7.3 - Cabeça de descarga .......................................................................................................................................... 16
3.7.4 - Difusor tipo caneca .......................................................................................................................................... 17
3.7.5 - Válvula de retenção.......................................................................................................................................... 17
3.7.6 - Detector de incêndio ........................................................................................................................................ 17
3.8 CÁLCULO DA QUANTIDADE DE CO2. .............................................................................................................. 17
3.9 MANUTENÇÃO PREVENTIVA............................................................................................................................. 18
3.9.1 - Verificação diária ............................................................................................................................................. 18
3.9.2 - Verificação mensal........................................................................................................................................... 18
3.9.4 - Verificação trimestral ....................................................................................................................................... 19
3.9.5 - Verificação semestral ....................................................................................................................................... 19
3.9.6 - Verificação anual ............................................................................................................................................. 20
4 - SISTEMA COM SAPONIFICANTE ....................................................................................................................... 21
4.1 - NORMAS APLICADAS ........................................................................................................................................ 21
4.2 - INFORMAÇÕES PRELIMINARES SOBRE O SAPONIFICANTE .................................................................... 21
4.2.1 - O saponificante como agente extintor .............................................................................................................. 21
4.2.2 - Etapas de extinção............................................................................................................................................ 21
4.3 - DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE SAPONIFICANTE ........................................................................................... 22
4.3.1 - Agente Supressor ............................................................................................................................................. 22
4.3.2 - Cilindro com o Agente Supressor .................................................................................................................... 22
4.3.3 - Suporte do Cilindro Contendo o Agente .......................................................................................................... 22
2
Acompanha a Rev. 0 do projeto
4.3.4 - Cilindro de Atuação (Nitrogênio) .................................................................................................................... 22
4.3.5 - Mecanismo de Acionamento Mecânico ........................................................................................................... 22
4.3.6 - Acionador Manual ........................................................................................................................................... 23
4.3.7 - Válvulas Mecânicas de Gás (Diâmetros de ¾”, 1’’, 1¼’’, 1 ½’’, 2’’) ............................................................. 23
4.3.8 - Bocais de Descarga (Difusores) ....................................................................................................................... 23
4.4 - OPERAÇÃO MANUAL......................................................................................................................................... 23
4.5 - OPERAÇÃO AUTOMÁTICA ............................................................................................................................... 24
4.6 - DESCRIÇÃO ESQUEMÁTICA DO SISTEMA .................................................................................................... 24
4.7 OPERAÇÃO DO SISTEMA..................................................................................................................................... 25
4.7.1 - Dampers corta-fogo ......................................................................................................................................... 25
4.8 - MANUTENÇÃO PREVENTIVA .......................................................................................................................... 26
4.8.1 - Verificação diária ............................................................................................................................................. 26
4.8.2 - Verificação mensal........................................................................................................................................... 26
4.8.3 - Verificação trimestral ....................................................................................................................................... 26
4.8.4 - Verificação semestral ....................................................................................................................................... 27
4.8.5 - Verificação anual ............................................................................................................................................. 27

3
Acompanha a Rev. 0 do projeto
1 - AR CONDICIONADO

1.1 - OBJETIVO
Condicionar o ar, com controle de temperatura para determinado nível de conforto térmico dos
ambientes do Pátio Brasil Shopping.

1.2 - DESCRIÇÃO BÁSICA DO SISTEMA


a) O condicionamento de ar da loja será realizado por meio de unidades condicionadoras tipo
fan coil, que serão fornecidas e instaladas pelo lojista.
b) Em conjunto com o fan coil que atende o salão será instalado um equipamento de expansão
direta, sendo utilizada unidade condicionadora tipo self contained com condensador remoto,
fornecida e instalada pelo lojista, que funcionará nos momentos em que a central de água
gelada do shopping estiver desligada.
c) Na área do bar e no escritório serão instalados splits, sendo um com evaporador tipo cassete
e outro com evaporador tipo parede.
d) Os fan coils, o self contained e as unidades condensadoras dos splits serão instalados na
cobertura da loja, conforme indicado em planta.
e) Os fan coils serão alimentados pelo sistema de geração de água gelada do shopping, que
trabalhará com um diferencial de temperatura de 8,0º C, com água entrando na serpentina
do condicionador de ar a 7,0ºC e saindo a 15,0ºC.
f) Tanto os fan coils, quanto o self contained, ficarão instalados em casas de máquinas
construídas para este fim na cobertura, com paredes em alvenaria e cobertura em telhas
térmicas;
g) O sistema que atenderá os fan coils será composto de:
 Duas unidades condicionadoras;
 Sensor de temperatura proporcional ou On-Off, que comandará a operação de uma
válvula de duas vias, localizada no retorno da tubulação de água gelada;
 Tomada de ar exterior instalada na parede das casas de máquinas da na cobertura;
h) O sistema com self contained será instalado na casa de máquinas com o fan coil, ligados ao
mesmo duto de insuflamento, com dampers sobre-pressão que evitam curto-circuito de ar;
4
Acompanha a Rev. 0 do projeto
i) Fazem parte do projeto apresentado:
 Rede de dutos de distribuição de ar condicionado no interior da loja. Alguns trechos
indicados em projeto, que são executados em MPU, serão reaproveitados. Os novos
dutos, bem como os de ar de retorno, deverão ser dotados de isolamento térmico com
manta de lã de vidro de 1” revestida com alumínio e papel kraft, sustentação, difusores,
dampers para balanceamento de ar, etc.
 Nova rede de dutos, que deverão ser fabricados em chapa de aço galvanizado, de acordo
com os processos construtivos da ABNT NBR 16401/2008 e normas afins;
 Elementos de difusão (difusores ou grelhas), providos de registros para balanceamento,
destinados a realizar o insuflamento de ar nos ambientes;
 Elementos para retorno de ar.

1.3 - LEGISLAÇÃO
a) O projeto obedeceu aos parâmetros de demanda referidos nas normas da ABNT e da
ASHRAE, ajustados às condições locais, e determinações da ANVISA.
b) O projeto encontra-se registrado no CREA-DF.

1.4 - EQUIPAMENTOS
a) Dois condicionadores de ar tipo fan coil, marca TOSI, capacidade frigorífica 12,5 TR,
verticais (EXISTENTES).
b) Um condicionador de ar tipo self contained, marca CARRIER, capacidade ffigorífica
12,5TR, vertical (EXISTENTE).
c) Um condicionador de ar tipo split, evaporador tipo cassete, capacidade frigorífica
18.000Btu/h, marca CARRIER, DAIKIN, LG ou similar.
d) Um condicionado de ar tipo split, evaporador tipo parede, capacidade frigorífica 9.000
Btu/h, marca CARRIER, DAIKIN, LG ou similar.

A interligação do quadro de comando dos equipamentos ao quadro de força geral da loja deverá
ser executado pelo lojista.

5
Acompanha a Rev. 0 do projeto
1.5 - PROJETO
Constam do projeto os seguintes itens:
 Planta baixa, escala 1:25, com o caminhamento de dutos, dampers, veios defletores,
difusores,etc.
 Cortes, escala 1:25, nos locais de maior interesse, mostrando altura de pescoços, desvios,
detalhes típicos e necessários para a boa execução do sistema.
 Memorial Descritivo e quantitativo dos materiais a serem empregados na instalação,
contendo memória de cálculo de carga térmica, especificação dos equipamentos;
especificação técnica dos componentes e materiais.

1.5.1 – Condições adotadas no projeto de ar condicionado


a) Os parâmetros previstos para o Shopping tiveram por base a norma NBR-16.401 da ABNT.
A - Condições externas
 Temperatura de bulbo seco 32º C.
 Umidade relativa 50,7 %.

B - Condições internas (loja e mall)


 Temperatura de bulbo seco 24º C.
 Umidade relativa 55 % (sem controle).

b) A velocidade do ar nos dutos está de acordo com o estipulado pela norma NBR 16401 da
ABNT.
c) A interligação dos dutos com a descarga dos equipamentos deverá ser feita com conexão
flexível de lona.
d) Os dutos em chapa galvanizada deverão ser isolados externamente com manta de lã de vidro
e filme externo em alumínio e papel kraft, a fim de evitar a condensação das chapas
galvanizadas.

Notas:
1. Não será permitido o uso de isopor de qualquer espécie para isolamento dos dutos.

6
Acompanha a Rev. 0 do projeto
2 - VENTILAÇÃO E EXAUSTÃO

2.1 - FINALIDADE
Proteger o meio ambiente contra descarga de poluentes, mantendo o nível de segurança e
proteção contra incêndios, contribuir para a higiene do local de preparo de alimentos e retirar o ar
quente proveniente de equipamentos como motores elétricos, fornos, condensadores, equipamentos de
cocção, entre outros.

2.2 - OBJETIVO OPERACIONAL DO SISTEMA


Remoção dos vapores e gases decorrentes do processo de preparação de alimentos, retenção de
gordura antes da descarga do fluxo de ar no exterior e remoção de parte do calor gerado internamente.

2.3 - CONSIDERAÇÕES
a) A loja terá sistema de ventilação com a combinação de insuflamento de ar novo filtrado e
exaustão mecânica do ar com poluentes.
b) Tanto os equipamentos de exaustão, quanto as caixas de ventilação, ficarão instaladas na
cobertura.
c) Todos os componentes dos sistemas de exaustão e ventilação mecânica, compreendendo os
dutos de exaustão/insuflamento, exaustores, coifas, protetores de coifa e dispositivos de
retenção de gordura ficarão a cargo do lojista, e constam do projeto.

2.4 - PROJETO
a) Na elaboração do projeto foram observadas as seguintes normas: ABNT (NBR 14.518),
ASHRAE, ARI, ANCA, SMANCA, INDUSTRIAL VENTILATION, NFPA.
b) Este memorial descritivo apresenta memória de cálculo que determina a vazão necessária
para perfeita exaustão e correta injeção de ar filtrado no ambiente da cozinha.
c) Foram considerados os seguintes parâmetros na elaboração do projeto:
 Previsão da vazão de ar nunca inferior a 50 renovações horárias do volume da cozinha.

7
Acompanha a Rev. 0 do projeto
 Dimensão dos dutos para condução dos vapores seguindo as orientações das normas
pertinentes.
 Velocidade do ar de 12 m/s, compatível com o nível de ruído e perda de pressão
razoáveis.
d) Todos os equipamentos para os sistemas de exaustão de lojas (cozinhas, coifas, depósitos,
etc.) deverão ser fornecidos e instalados pelo lojista.
e) Os sistemas de exaustão deverão ser dotados de todos os equipamentos necessários à sua
operação eficiente, conforme discriminado em planta.
f) Todos os sistemas de exaustão serão providos de injeção de ar exterior, para a reposição do
ar exaurido, através da instalação do ventilador de insuflamento com a devida filtragem do
ar.
g) Não será feita a tomada de ar para os sistemas de exaustão de coifas, cozinhas, depósitos,
etc, utilizando-se o ar do MALL, ou o ar condicionado da própria loja, evitando-se com esta
medida, o aumento do consumo de energia do conjunto e perda de rendimento dos sistemas

2.4.1 – Sistema de exaustão e ventilação da cozinha


O sistema de exaustão e de ventilação da cozinha é totalmente independente para a loja,
possuindo basicamente:
 Duas coifas lavadoras, sendo uma tipo ilha e outra tipo parede (EXISTENTES);
 Um exaustor tipo limit load, com vazão de ar 8.450 m³/h (EXISTENTE);
 Um exaustor tipo limit load, com vazão de ar 22.000 m³/h, marca OTAM, BERLINER
LUFT, PROJELMEC, SICFLUX ou similar;
 Duas caixas de ventilação com filtragem classe G4, vazão de ar 5.500 m³/h, marca
OTAM, BERLINER LUFT, PROJELMEC ou similar;
 Grelhas em alumínio anodizado para insuflamento de ar;
 Dampers corta-fogo nas saídas das coifas;

Todas as características do equipamentos e dispositivos de insuflamento e proteção se


encontram na planta técnica.

8
Acompanha a Rev. 0 do projeto
Notas:
1. Sistema de injeção de ar exterior, com vazão de ar definida, de modo a não permitir a
contaminação de áreas condicionadas;
2. Intertravamento elétrico com o sistema de injeção de ar exterior correspondente, de forma a
se evitar a extração de ar sem a devida injeção do mesmo.
3. Os motores do suprimento de ar exterior, exaustor e filtro lavador deverão ser intertravados
eletricamente e possuir um único botão de comando para acionamento.
4. Os cálculos de vazão para coifa estão de acordo com as prescrições da norma brasileira da
ABNT – NBR 14.518/2019.
5. Os dutos de exaustão foram calculados para uma velocidade interna do ar entre 9 e 12 m/s.
6. Os demais equipamentos, materiais, intertravamentos elétricos e detalhes construtivos
indicados neste item, deverão ser observados para a montagem dos sistemas.

2.5 - CÁLCULOS
Os cálculos do sistema de exaustão foram executados seguindo rigorosamente as orientações
das normas técnicas da ABNT–NBR 14.518/2019 (Sistema de Ventilação de Cozinhas Profissionais)
e ABNT–NBR 16.401/2008 (Instalação Central de Ar Condicionado).

Para o cálculo das vazões de exaustão necessárias foram utilizados os seguintes dados:

2.5.1 - Cálculo da vazão de ar para coifa tipo ilha e para coifa tipo parede
Para o cálculo procedeu-se conforme as equações a seguir, prevalecendo o maior valor entre
qv1 e qv2:

9
Acompanha a Rev. 0 do projeto
qv 1 = v1 x A1 qv 2 = v2 x A2
A1= L x b A2 = 2 ( L + b ) x h
Onde A1 = área Onde A2 = área
L = lado 1 L = lado 1
b = lado 2 b = lado 2
v1 = 0,64 m/s v2 = 0,25 m/s
Onde v1 = velocidade Onde v2 = velocidade

2.5.2 - Cálculo da vazão de ar para coifa com lados fechados


Para o cálculo procedeu-se conforme as equações a seguir, prevalecendo o maior valor entre
qv1 e qv2:
qv 1 = v1 x A1 qv 2 = v2 x A2
A1= L x b A2 = P x h;
Onde A1 = área P = 2b+L, para um lado longitudinal fechado
L = lado 1 P = b+L , para um lado longitudinal e um lateral
b = lado 2 fechado
v1 = 0,40 m/s P = L , para três lados fechados
Onde v1 = velocidade Onde A2 = área
P = perímetro
h = distância fonte x coifa
v2 = 0,25 m/s
Onde v2 = velocidade

Para o sistema em questão, foram calculados os seguintes valores:

10
Acompanha a Rev. 0 do projeto
Coifa tipo ilha - número 1
Lado 1 - Medida (m) 5
Lado 2 - Medida (m) 1,9
Distância fogão x coifa - altura (m) 0,9

Vazão 1 Qv1 Vazão 2 Qv2


Velocidade (v1) 0,64 Velocidade (v2) 0,25
Área de captação (A1) 9,5 Área de captação (A2) 12,42
Qv1 = v1 * A1 6,08 Qv2 = v2 * A2 3,105

Qv1 21888 Qv2 11178

Vazão da coifa tipo ilha 21888,00

Coifa tipo parede - 1 lado fechado - número 1


Lado 1 - Medida do lado fechado
(m) 4,3
Lado 2 - Medida (m) 1,3
Distância fogão x coifa - altura (m) 0,9

Vazão 1 Qv1 Vazão 2 Qv2


Velocidade (v1) 0,4 Velocidade (v2) 0,25
Área de captação (A1) 5,59 Área de captação (A2) 6,21
Qv1 = v1 * A1 2,236 Qv2 = v2 * A2 1,5525

Qv1 8049,6 Qv2 5589

Vazão da coifa 8049,60

2.5.3 – Dutos de exaustão


Serão construídos em chapa de aço preto, bitola mínima #18, devendo ser isolados com manta
de lã de rocha de 1" de espessura.

11
Acompanha a Rev. 0 do projeto
3 - SISTEMA DE CO²

3.1 NORMAS APLICADAS


O projeto do sistema de proteção contra incêndio obedeceu às edições atualizadas de normas
adequadas, elaboradas pelas seguintes entidades:

a. N.F.P.A. - NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION STANDARD 12 -


CARBON DIOXIDE EXTINGUISHING SYSTEMS - EDIÇÂO 2000
b. NBR 13971- SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO, CONDICIONAMENTO DE AR E
VENTILAÇÃO - MANUTENÇÃO PROGRAMADA.
c. NBR 14518- SISTEMAS DE VENTILAÇÃO PARA COZINHAS PROFISSIONAIS.
d. NBR 12232 - EXECUÇÃO DE SISTEMAS FIXOS AUTOMÁTICOS DE
PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO COM GÁS CARBÔNICO (CO2) POR
INUNDAÇÃO TOTAL PARA TRANSFORMADORES E REATORES DE
POTÊNCIA CONTENDO ÓLEO ISOLANTE.

3.2 INFORMAÇÕES PRELIMINARES SOBRE O GÁS CARBÔNICO (CO2)

3.2.1 - O CO2 como agente extintor


O CO2 em condições normais, é um gás incolor, inodoro, inerte e mau condutor de eletricidade,
sendo apropriado para extinguir incêndios. Com densidade de 1,5 vezes a do ar, pode ser liquefeito
sob pressão, para conveniente armazenamento em cilindros de aço. O CO2 é efetivo na extinção de
muitos tipos de riscos, tais como coifas de cozinhas.

3.2.2 - Mecanismo de extinção


O CO2 extingue incêndios pela redução da concentração de oxigênio e/ou da fase de vapor do
combustível no ar, até o ponto em que a combustão cessa.

12
Acompanha a Rev. 0 do projeto
3.3 RISCO AO USUÁRIO
A descarga do CO2 para extinção de fogo pode representar perigo ao ser humano, criando
situações de sufocamento e redução da visibilidade durante e após a descarga.

Os seguintes perigos devem ser considerados no sistema:


a) Barulho: a descarga do sistema pode causar um barulho intenso, porém, insuficiente
para causar qualquer seqüela ao sistema nervoso.
b) Turbulência: a alta velocidade de descarga dos difusores pode ser suficiente para
deslocar objetos diretamente sob o jato. A descarga do sistema pode causar uma turbulência
geral no ambiente, movendo papéis e objetos leves.
c) Baixa Temperatura: o contato direto com o líquido vaporizado do Sistema de CO2,
tem o efeito de resfriar os objetos e pode causar queimaduras de frio na pele.

3.4 DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE CO2


Sistema fixo de extinção por CO2 tem como objetivo detectar e extinguir o fogo através de
inundação total do nos dutos de saída de ar. Isto ocorre pois o CO2 diminui a concentração de oxigênio
do ambiente fazendo com que o fogo não possa mais realizar o trabalho de combustão.
Devido ao acúmulo de gordura nas superfícies dos equipamentos e nas coifas, o risco de
incêndio se torna muito elevado, devido ao fato de que esta gordura, em alta temperatura, torna-se
altamente combustível.
Sistema fixo e automático de extinção de incêndio por CO2 é composto por cilindro de
armazenamento, válvula de abertura rápida, tubos coletores, acionador automático, bicos
nebulizadores, central supervisionada e detectores automáticos.
O sistema fixo de CO2 é acionado por detector de temperatura bi-metálico, fixado na coifa, e
libera quantidade pré-determinada de CO2 que abafa o fogo e resfria o local de risco.

3.4.1 - Cilindros
O CO2 deve ficar armazenado em cilindro recarregável, fabricado segundo a NBR 12639,
pressurizado a uma pressão nominal de 5,9MPa man (60kgf/cm2) a 21ºC. Deve ser provido de
dispositivo de segurança do tipo disco de ruptura, dimensionado para romper a uma pressão entre
13
Acompanha a Rev. 0 do projeto
16,5MPa man e 20,7MPa man (168kgf/cm2 man e 211kgf/cm2 man). A interligação dos cilindros com
a tubulação é realizada através de mangueiras flexíveis.
Carga Nominal mínima: 10 Kg de CO2. A quantidade de CO2 foi calculada de modo a assegurar
concentração mínima de 40% (concentração de projeto) no ambiente inundado.
São fixados por braçadeiras especiais, a estruturas rígidas e seguras, permitindo a fácil retirada
dos mesmos, para manutenção e recarga.
Os cilindros devem ser instalados em locais com temperatura inferior a 55°C.

3.4.2 - Tubulações, eletrodutos e difusores de gás


A tubulação e acessórios devem ser de material metálico, resistente às condições esperadas de
altas pressões e temperaturas. Devem ser, preferencialmente, zincados ou galvanizados. Também
devem ser projetados e dimensionados de acordo com as prescrições da ANSI B.31.10. Devem ser
especificados para pressão de ruptura de 34,5MPa man (351,5kgf/cm2 man) e para resistir a bruscas
variações de temperatura e pressão.
A tubulação para condução do gás às áreas protegidas será preferencialmente constituída de
tubos em aço carbono galvanizado, ASTM-A-106, SCH-80, sem costura.
As conexões são de ferro maleável galvanizadas, classe 300, com roscas NPT alta pressão.
Nos pontos de descarga de CO2 são instalados difusores especialmente desenhados para
permitir rapidamente a mistura do gás com o ar ambiente. Os difusores utilizados nesta instalação são
do tipo caneca.
Os eletrodutos poderão ser de PVC rígido, rosqueáveis (Tigre ou similar) quando estiverem
embutidos ou aço galvanizado a fogo quando forem aparentes, ambos com diâmetro mínimo de 20
mm ou ¾.

3.4.3 - Condutores
Todos os condutores são do tipo antichama, de cobre eletrolítico, sistema metrificado (NBR-
6880/NBR-7288 da ABNT). Os condutores possuem baixa emissão de gases tóxicos em casos de
incêndio, CLASSE 1000V, diâmetro mínimo de 2,5 mm2.

14
Acompanha a Rev. 0 do projeto
3.4.4 - Elementos de comando
Conectadas às válvulas de cilindros, são instalados dispositivos de disparo, destinados à
atuação manual através de alavancas instaladas nas mesmas, e automática através da cabeça de
comando elétrica.
O painel da central de comando será locada ao lado do fogão, indicando o seguinte:
a) atuação da detecção por risco protegido;
b) descarga de CO2 por risco protegido;
c) supervisão do sistema;
d) falta de força no painel e entrada da fonte de alimentação de emergência;
e) bloqueio do automatismo da atuação do sistema fixo de CO2.
A sinalização deve ser por meio de um alarme sonoro comum e alarme visual (luz indicativa)
para cada evento.
O tempo para atuação do sistema fixo de CO2, desde a abertura da cabeça elétrica de comando
até o início do fluxo de CO2 nos difusores, não deve ser maior que 60s.

3.5 OPERAÇÃO MANUAL


O sistema poderá ser operado manualmente através da alavanca, disponível na cabeça de
descarga dos cilindros pilotos e válvulas direcionais, iniciando o processo de descarga, conforme
mencionado no item anterior.
NOTA: Em operação manual não ocorre o tempo de retardo. Deve-se observar para que
nenhuma pessoa esteja no local em risco.

3.6 OPERAÇÃO AUTOMÁTICA


O sistema poderá ser operado automaticamente através da cabeça de comando elétrica,
disponível na cabeça de descarga dos cilindros pilotos e válvulas direcionais, iniciando o processo de
descarga, conforme mencionado no item anterior possui solenóide para fechamento automático do
Damper Corta-fogo.
A cabeça de comando elétrica é acionada pelo painel através do sinal emitido pelos sensores
bi-metálicos no interior dos dutos e coifa. O sistema possui contato normalmente fechado para
desligamento do disjuntor do quadro de exaustão mecânica.
15
Acompanha a Rev. 0 do projeto
A central de detecção e alarme com temporizador é composta de dois laços individuais, um
laço para o sensor bi-metálico do duto e um laço para o acionador manual, devendo ser ligada a Chave
Geral do Sistema de Exaustão.

3.7 DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

3.7.1 - Cilindro de CO2


O cilindro de CO2 armazena gás pressurizado a 850 psig (59,7 kg/cm²), é recarregável e tem
capacidade para armazenar 10 kg de CO2.
Construído conforme norma DOT 3A em chapa de aço carbono SAE 1040.

3.7.2 - Válvula de cilindro de CO2 piloto


Esta válvula é utilizada no cilindro de CO2 e se mantém fechada pela própria pressão do gás.
A válvula pode ser acionada manual, conforme descrito em 3.4.
O acionamento da válvula por qualquer destes meios, provoca a pressurização da cabeça de
descarga, que avança a haste sobre a contra sede da válvula de cilindro, forçando o recuo da mesma,
proporcionando o fluxo de CO2 que passa através da cabeça de descarga para o tubo coletor.
Construída em latão ASTM-B-16.
Pressão de trabalho: 60 kgf/cm² (850 psi)
Pressão de teste: 90 kgf/cm² (1280 psi)

3.7.3 - Cabeça de descarga


A cabeça de descarga é instalada na válvula do cilindro de CO2, para permitir a abertura
completa da mesma, através de um diferencial de pressão criado pela diferença de área entre o retentor
da válvula (menor) e o pistão da cabeça de descarga (maior). Isto ocorre sempre que o CO2 penetrar
na câmara de compressão da cabeça de descarga.
Construída em latão ASTM-B-16.
Pressão de trabalho: 60 kgf/cm² (850 psi)
Pressão de teste: 90 kgf/cm² (1280 psi)

16
Acompanha a Rev. 0 do projeto
3.7.4 - Difusor tipo caneca
O difusor tipo caneca é instalado convenientemente na tubulação para permitir uma descarga
homogênea do agente em forma de gás, sem ocorrer entupimento de resíduos de gordura. Os orifícios
do difusor são calculados de maneira a distribuir o CO2 no tempo e concentração previstos em norma.
Construído em latão ASTM-B-16.
Furação: 4 orifícios 3/32” Código 3
Para evitar entupimento

3.7.5 - Válvula de retenção


A válvula de retenção é instalada no tubo coletor de CO2 .
Construída em latão ASTM-B-16.

3.7.6 - Detector de incêndio


Detector térmico bi-metálico, segue anexo especificação técnica do fabricante.

3.8 CÁLCULO DA QUANTIDADE DE CO2.


Volume total dos dutos protegidos conforme desenho: inferior a 1,80 m3
Concentração de CO2: 40%
Utilizado 1 Cilindro de 10 kg de CO2.
Tempo de descarga em até 1 (um) minuto.

A quantidade básica requerida de CO2 foi calculada pela fórmula:

Qb= Va. Fi

Onde:

Qb é a quantidade básica requerida de CO2 em quilogramas;


Va é o volume do ambiente inundado, em metros cúbicos;
Fi é o fator de inundação em quilogramas por centímetro cúbico conforme a tabela 1.

17
Acompanha a Rev. 0 do projeto
Tabela 1 - Fator de inundação para riscos de incêndio do tipo de superfície, para concentração
mínima 40%

Volume do ambiente Fator de inundação Quantidade mínima


protegido de CO2 a ser
descarregada no
3 3 3 ambiente
m m /kg CO2 kg CO2 / m

kg
Até 3,96 0,72 1,38 -

3,97 - 14,15 0,78 1,28 4,5

14,16 - 45,28 0,83 1,21 15,1

45,29 - 127,35 0,93 1,08 45,4

127,36 - 1415,0 1,04 0,96 113,5

mais de 1415,0 1,15 0,92 1135,0

3.9 MANUTENÇÃO PREVENTIVA


O Sistema de detecção e alarme conjugado com o sistema de combate por CO2, deve ser
constantemente observado, a fim de mantê-lo em condições de operação numa eventual emergência.

3.9.1 - Verificação diária


a) Verifique se o painel apresenta alguma anormalidade.

3.9.2 - Verificação mensal


a) Verificar visualmente o sistema de CO2.
b) Verificar se as tubulações / eletroduto estão bem fixados e se há sinais de corrosão.
c) Verificar se os difusores/detectores estão na posição adequada e se conferem com a indicada
no projeto.

18
Acompanha a Rev. 0 do projeto
d) Verificar se houve alteração nas dimensões das áreas protegidas, baseando-se nas dimensões
consideradas no projeto.
e) Verificar a existência de algum equipamento danificado.
f) Verificar se os cilindros de CO2 estão bem fixados e se existe sinais de corrosão.

3.9.4 - Verificação trimestral


a) Simulação de defeitos e fogo através dos dispositivos disponíveis na central com a finalidade
de verificar a atuação de indicadores sonoros e visuais.
b) - Medição da resistência da terra.
c) - Medições e verificações do estado dos cilindros, de acordo com as instruções específicas do
fabricante.
d) Teste de operações dos acionadores manuais

3.9.5 - Verificação semestral


Semestralmente, a verificação dos cilindros deverá ser feita com maior rigor.

IMPORTANTE:
Cada vez que algum cilindro for enviado para recarga, deverá ser testado hidrostaticamente, se
mais que 5 (cinco) anos se passaram da data do último teste.
Nesta oportunidade, será feita nova marcação e será fornecido um certificado da ABNT relativo
ao teste.
Os cilindros carregados podem ser mantidos em serviço sem nenhum teste hidrostático, pelo
período máximo de 12 anos, a partir do último teste, se durante este período não ocorrer qualquer
descarga.
Após 12 anos contados a partir do último teste hidrostático, se neste período não tiver ocorrido
qualquer descarga, os cilindros devem ser descarregados e submetidos ao teste hidrostático e
remarcados.
Na oportunidade faça, se possível, a descarga dos cilindros simulando um incêndio.

19
Acompanha a Rev. 0 do projeto
3.9.6 - Verificação anual
Efetuar um teste completo do sistema. Este teste deve ser feito por uma empresa especializada.

20
Acompanha a Rev. 0 do projeto
4 - SISTEMA COM SAPONIFICANTE

4.1 - NORMAS APLICADAS


O projeto do sistema de proteção contra incêndio obedeceu às edições atualizadas de normas
adequadas, elaboradas pelas seguintes entidades:

1) N.F.P.A. - NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION STANDARD 12 - CARBON


DIOXIDE EXTINGUISHING SYSTEMS - EDIÇÂO 2000

2) NBR 13971- SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO, CONDICIONAMENTO DE AR E


VENTILAÇÃO - MANUTENÇÃO PROGRAMADA.

3) NBR 14518- SISTEMAS DE VENTILAÇÃO PARA COZINHAS PROFISSIONAIS.

4.2 - INFORMAÇÕES PRELIMINARES SOBRE O SAPONIFICANTE

4.2.1 - O saponificante como agente extintor


Os sistemas com saponificante utilizam um agente químico úmido armazenado e pressurizado,
conectado a uma rede de difusores projetados para distribuição do agente supressor.
Esses sistemas são utilizados para supressão de incêndio em cozinhas e restaurantes protegendo a
coifa (pleno), o duto, os equipamentos e utensílios dentro da área de proteção.

4.2.2 - Etapas de extinção


a) Quando um incêndio se inicia, a rede de detecção formada por elos fusíveis ou
tubulação pneumática, detecta automaticamente o incêndio e libera o agente supressor
na coifa, no duto e nos equipamentos sob a coifa.
b) Ambos os métodos de acionamento (manual ou automático) interrompem o
fornecimento de gás e/ou de eletricidade dos equipamentos antes de iniciar efetivamente
o sistema de supressão.
c) O agente supressor apaga o incêndio rapidamente, resfriando o combustível enquanto
restringe a liberação de vapores.

21
Acompanha a Rev. 0 do projeto
Os sistemas com saponificante oferecem um combate simples e eficaz, capaz de evitar a ameaça
constante de incêndio em cozinhas comerciais e industriais, a consequente paralisação ou mesmo a
perda do negócio.

4.3 - DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE SAPONIFICANTE

4.3.1 - Agente Supressor


O agente é um supressor de incêndio em estado líquido, a base de acetato de potássio, específico
para incêndios com gorduras. Esse agente age por saponificação e resfriamento; tem um pH de 9 ou
inferior a 9 e não danifica superfícies de aço inoxidável.

4.3.2 - Cilindro com o Agente Supressor


O cilindro é confeccionado em aço, de acordo com as especificações da DOT 4BW 240 (aprovado
pelo departamento de transporte americano), testado a 480 psig (3309 kPa) e pressurizado a 240 psig
(1655 kPa) com nitrogênio ou gás argônio. O conjunto do cilindro é fornecido totalmente carregado
de fábrica, com o agente supressor líquido.

4.3.3 - Suporte do Cilindro Contendo o Agente


O suporte do cilindro é de aço, pintado de vermelho e deve vir de fábrica com o encaixe de
descarga apropriada.

4.3.4 - Cilindro de Atuação (Nitrogênio)


O cilindro de atuação é carregado com 10 in³ de nitrogênio e possui um manômetro na parte
inferior, que facilita a verificação da pressão do mesmo. O cilindro deve ser recarregado sempre que
for necessário, de acordo com o Manual de Projeto, Instalação e Manutenção fornecido pelo fabricante.

4.3.5 - Mecanismo de Acionamento Mecânico


O módulo de acionamento mecânico é o do tipo mola, utilizando um sistema de detecção mecânica
e ação de saída elétrica, mecânica ou pneumática, sendo capaz de acionar de 1 até 10 cilindros/válvulas
em conjunto, com um único cilindro de nitrogênio.

22
Acompanha a Rev. 0 do projeto
O módulo pode ser operado automaticamente através da rede de detecção, ou manualmente,
através de uma estação manual remota.
A rede de detecção mecânica utiliza um cabo tensionado contínuo com detectores, especialmente
concebida para utilização com os sistemas supressores.
O gabinete pode ser fornecido em aço com pintura na cor vermelha ou aço inoxidável (opcional)
e deve possuir um visor para leitura da pressão do cilindro de nitrogênio na parte inferior. O gabinete
tem áreas para fixação de etiquetas após a realização de testes e manutenções periódicas.
O gabinete possui também áreas fragilizadas em três lados (superior, inferior e a direita) projetadas
para facilitar a passagem dos dutos e possui 2 microswitches SPDT pré-instalados.

4.3.6 - Acionador Manual


O acionador manual deve ser do tipo “dupla-ação”, sendo necessário retirar o pino de proteção
com puxador em forma de anel e puxar a alavanca para acionar o sistema manualmente.

4.3.7 - Válvulas Mecânicas de Gás (Diâmetros de ¾”, 1’’, 1¼’’, 1 ½’’, 2’’)
A válvula mecânica de gás deve ser instalada para desligamento automático do gás, sempre que
equipamentos a gás (fogões, fritadeiras, etc.) forem utilizados. A válvula tem um design do tipo ”puxe
para fechar”, exigindo uma força de tração para soltar a trava que segura a válvula na posição aberta.
O abrigo da válvula de gás tem um indicador visual que mostra a sua posição. Válvulas mecânicas em
operação devem ser usadas de acordo com as instruções do manual.

4.3.8 - Bocais de Descarga (Difusores)


Os difusores são feitos de latão cromado, em uma única peça, constituída por filtro e já vêm com
CAP (tampa) de proteção.

4.4 - OPERAÇÃO MANUAL


O sistema poderá ser operado manualmente através da alavanca, disponível na cabeça de
descarga dos cilindros pilotos e válvulas direcionais, iniciando o processo de descarga, conforme
mencionado no item anterior.

23
Acompanha a Rev. 0 do projeto
NOTA: Em operação manual não ocorre o tempo de retardo. Deve-se observar para que
nenhuma pessoa esteja no local em risco.

4.5 - OPERAÇÃO AUTOMÁTICA


O sistema poderá ser operado automaticamente através da cabeça de comando elétrica,
disponível na cabeça de descarga dos cilindros pilotos e válvulas direcionais, iniciando o processo de
descarga, conforme mencionado no item anterior possui solenóide para fechamento automático do
Damper Corta-fogo.
A cabeça de comando elétrica é acionada pelo painel através do sinal emitido pelos sensores
bi-metálicos no interior dos dutos e coifa. O sistema possui contato normalmente fechado para
desligamento do disjuntor do quadro de exaustão mecânica.
A central de detecção e alarme com temporizador é composta de dois laços individuais, um
laço para o sensor bi-metálico do duto e um laço para o acionador manual, devendo ser ligada a Chave
Geral do Sistema de Exaustão.

4.6 - DESCRIÇÃO ESQUEMÁTICA DO SISTEMA


Como exemplo, utilizou-se o desenho esquemático do saponificante da marca AMEREX, que
se aplica para os demais fabricantes.

24
Acompanha a Rev. 0 do projeto
Figura retirada do site da Amerex

4.7 OPERAÇÃO DO SISTEMA


O sistema de detecção primário deverá acionar o alarme sonoro e dos dampers corta-fogo com
acionamento eletromecânico, bloqueando a passagem de ar e confinando o espaço dos dutos. Em
seguida, serão desativados o exaustor e a alimentação elétrica e de gás combustível dos equipamentos
de cocção, por meio de relés e válvulas de bloqueio. Se necessário, o saponificante será lançado nas
coifas para extinção de focos de incêndio no local.

4.7.1 - Dampers corta-fogo


Os dampers corta-fogo possuirão elemento fusível de 72ºC e deverão ser acionados
mecanicamente ou por meio de solenoides, as quais estarão intertravadas eletricamente com o sistema
de alarme de saponificante. Junto com o disparo do alarme e do damper corta-fogo, serão desativados
o exaustor e a alimentação elétrica e de gás dos equipamentos de cocção.
Os dampers deverão possuir as seguintes características:
 Resistência ao fogo de 45 a 120 minutos.
 Elemento vedante construído em chapa galvanizada tipo sanduíche, com miolo em fibra
antichamas.
25
Acompanha a Rev. 0 do projeto
 Disparo manual, mecânico ou eletromagnético, com solenoide 220V e fusível de
disparo a 72ºC.
 Mancais em bronze sintetizado e eixo em aço liga.
 Modelo de referência: DCF da Tropical.

4.8 - MANUTENÇÃO PREVENTIVA


O Sistema de detecção e alarme conjugado com o sistema de combate por saponificante deve
ser constantemente observado, a fim de mantê-lo em condições de operação numa eventual
emergência.

4.8.1 - Verificação diária


Verifique se o painel apresenta alguma anormalidade.

4.8.2 - Verificação mensal


- Verificar visualmente o sistema de saponificante.
- Verificar se as tubulações / eletroduto estão bem fixados e se há sinais de corrosão.
- Verificar se os difusores/detectores estão na posição adequada e se conferem com a indicada no
projeto.
- Verificar se houve alteração nas dimensões das áreas protegidas, baseando-se nas dimensões
consideradas no projeto.
- Verificar a existência de algum equipamento danificado.
- Verificar se os cilindros de saponificante estão bem fixados e se existe sinais de corrosão.

4.8.3 - Verificação trimestral


- Simulação de defeitos e fogo através dos dispositivos disponíveis na central com a finalidade de
verificar a atuação de indicadores sonoros e visuais.
- Medição da resistência da terra.
- Medições e verificações do estado dos cilindros, de acordo com as instruções específicas do
fabricante.
- Teste de operações dos acionadores manuais.

26
Acompanha a Rev. 0 do projeto
4.8.4 - Verificação semestral
Semestralmente, a verificação dos cilindros deverá ser feita com maior rigor.

IMPORTANTE:
Cada vez que algum cilindro for enviado para recarga, deverá ser testado hidrostaticamente, se
mais que 5 (cinco) anos se passaram da data do último teste.
Nesta oportunidade, será feita nova marcação e será fornecido um certificado da ABNT relativo
ao teste.
Os cilindros carregados podem ser mantidos em serviço sem nenhum teste hidrostático, pelo
período máximo de 12 anos, a partir do último teste, se durante este período não ocorrer qualquer
descarga.
Após 12 anos contados a partir do último teste hidrostático, se neste período não tiver ocorrido
qualquer descarga, os cilindros devem ser descarregados e submetidos ao teste hidrostático e
remarcados.
Na oportunidade faça, se possível, a descarga dos cilindros simulando um incêndio.

4.8.5 - Verificação anual


Efetuar um teste completo do sistema. Este teste deve ser feito por uma empresa especializada.

Obs.: Todas as especificações e detalhes construtivos ou executivos aqui contidos, obedecem


rigorosamente ao Manual – Caderno de Obrigações, fornecido pelo Pátio Brasil Shopping, sendo, em
alguns, casos, mera transcrição.

Ricardo de Queiroz Noleto


Engenheiro Mecânico e Engenheiro de Segurança do Trabalho
CREA 8.659/D-DF

27
Acompanha a Rev. 0 do projeto

Você também pode gostar