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As bocas dos vasilhames possuem diâmetro que variam de 8 a 64 cm, sobressaindose as de 16 e 20cm.

Foram reconstituídas formas globulares com bordas extrovertidas,

globulares com gargalo (com volume de 3 a 5L), piriformes, hemisféricos, meia-calota (não

se indicou para estas três formas a capacidade volumétrica). Não há nenhum estudo

pormenorizado com relação à utilização dos vasilhames, apenas menção de que os cacos de

potes menores e próximos às fogueiras apresentaram fuligem na superfície a indicar

utilização no fogo e que os de maiores dimensões, perto das paredes da caverna poderiam

armazenar líquidos13

Interessante nesta dissertação é a revisão das “tradicionais” definições das Tradições

Aratu-Sapucaí e Una. O que diferencia estas tradições em linhas gerais é o tratamento de

superfície (a Tradição Aratu-Sapucaí seria mais grosseiro), o volume (as vasilhas Una são

menores) e a forma (Una com formas globulares fechadas com raridade de bordas

extrovertidas e Aratu-Sapucaí com as famosas urnas piriformes). Com a análise da repartição

espacial do sítio Mané do Juquinha Henriques Jr “vê a diversidade de formas e volumes dos

vasilhames cerâmicos como um diferenciador funcional e não técnico-estilístico” (Ibid: 72)

estando os potes “Una” próximos a estruturas de fogueira enquanto os “Aratu-Sapucaí”

encontravam-se nas áreas periféricas, próximo ao paredão da gruta.

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