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CONCEITOS CIENTÍFICOS EM DESTAQUE

João Augusto de M. Gouveia-Matos

Esta seção tem por objetivo abordar, de maneira crítica e/ou orgânicos e finalmente as cores dos
inovadora, conceitos científicos de interesse dos professores de indicadores e das antocianinas, que é
química. Neste artigo, o autor introduz a análise dos princípios o que aqui nos interessa.
teóricos associados às mudanças de cores dos extratos de flores e
do repolho roxo, visando fundamentar experimentos de indicadores O que são as cores
ácido-base muito comuns no ensino de química. O que denominamos cor é apenas
o resultado da interação de nosso sis-
absorção, composto orgânico, cor, indicador, luz tema visual (globo ocular, sistema
neurotransmissor e cérebro) com a par-
te do espectro eletromagnético que

T
odo educador em química co- orgânico? denominamos luz visível. Este, por sua
nhece a utilização dos extra- Inicialmente deve-se assinalar que vez, nada mais é do que um conjunto
tos de repolho roxo e das flores de acordo com a definição de ácido e de ondas eletromagnéticas, as quais,
6 da azaléia, da quaresmeira, da maria- base de Brönsted-Lowry, os indica- como todo sistema ondulatório, são
sem-vergonha etc. como substitutos dores são eles próprios compostos caracterizadas por grandezas como
baratos e facilmente acessíveis de ácidos ou básicos. Assim, um indica- amplitude, freqüência de vibração e, o
indicadores ácido-base (GEPEQ, dor genérico IndH em solução aquosa que mais nos diz respeito, comprimen-
1995). É também conhecido que as apresenta o seguinte equilíbrio: to de onda e energia. Nesse conjunto,
mudanças estruturais das antocianinas IndH + H2O H3O+ + Ind– além das cores encontramos também
(Fig. 1) são responsáveis pela mudan- outras regiões: raios gama, raios X,
ça de coloração observada quando se Com isso, o aumento ou a diminui-
ultravioleta, infravermelho, microondas
altera o pH do meio (Cavaleiro et al., ção de espécies ácidas ou básicas no
e ondas de rádio. Para cada uma
1998) onde, dependendo da espécie: meio fará com que o equilíbrio se des-
encontramos as mais diversas utiliza-
loque para a esquerda ou para a direi-
R1, R2 = H, CH3 e R3 = H, Glc ções, como por exemplo: raios X, na
ta, e a cor resultante será dependente
das concentrações relativas de IndH medicina; ondas de rádio, como diz o
(Glc = resíduos de açúcares esterefi-
próprio nome, em transmissões radio-
cados, sendo β-D-glicose, β-D-galac- e Ind-, que são as espécies responsá-
fônicas; microondas, dependendo da
tose e α-D-ramnose os mais comuns). veis pela coloração do meio. Assim,
quanto maior a acidez do meio, ou sub-região em que são subdivididas,
Mas qual a explicação atômico-mo-
seja, quanto menor o pH, maior será a desde transmissão de televisão (UHF)
lecular da relação entre as estruturas
protonação do indicador e, conse- e FM até utilização na medicina
das antocianinas e dos indicadores em
geral e as cores por eles apresen- qüentemente, maior será a concen- (ressonância magnética nuclear), pas-
tadas? Como a mudança de pH pode tração de IndH. Já com o aumento do sando pelo forno de microondas. Na
alterar a estrutura de um composto or- pH, ou seja, quanto maior a basici- Fig. 2 temos uma representação do
gânico? Como essa mudança na estru- dade, essa forma do indicador vai sen- espectro eletromagnético com a indi-
tura pode alterar a cor desse composto do desprotonada, com o conseqüente cação de algumas de suas regiões, or-
aumento da concentração de Ind –. denadas segundo os comprimentos
OR1 Explicar mudanças de cores de de onda das ondas eletromagnéticas
OH indicadores significa pois explicar as correspondentes, incluindo a região do
O cores de IndH e Ind–. visível e das cores componentes.
O
OR2 Para entendermos então um pouco Por extensão de linguagem deno-
sobre isso tudo, inicialmente temos minamos luz também outras duas re-
OGlc giões do espectro, o infravermelho e o
que entender em que consiste o fenô-
OR3
meno cor em geral, depois alguma ultravioleta, às quais nosso sistema vi-
Figura 1. Fórmula genérica das antocia- coisa sobre o modelo proposto para a sual não tem acesso (isto é, são invisí-
ninas (vide texto). formação das cores de compostos veis).

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Quando uma luz policromática — duas constantes: h a constante de
isto é, com diversos comprimentos de Planck e c a velocidade da luz). Isso
onda (λ), seja ela visível, ultravioleta, significa que, quanto menor o λ, maior
ou infravermelha — incide sobre um a energia da onda luminosa correspon-
material qualquer, parte da luz é refle- dente. Assim, absorver luz significa
tida e parte é absorvida pelas espécies absorver energia.
constituintes do material. A cor que No nível molecular, quando uma
enxergamos corresponde aos compri- radiação incide sobre um material os
mentos de onda do visível que são efeitos causados por essa absorção de
refletidos. Assim, uma cor vermelha é energia vão depender do valor da mes-
produzida quando o material reflete luz ma, isto é, do comprimento de onda
de λ na faixa de 640 nm a 780 nm e incidente que é absorvido pela molé- Figura 3: Objeto vermelho.
absorve todos os outros comprimentos cula. Assim, se esta absorver luz de λ
de onda (Fig. 3), uma cor verde por na faixa de 2,5 µm a 5 µm (luz infraver-
absorção de todos os comprimentos melha), essa energia vai ser utilizada
de onda exceto aqueles na faixa de para modificar as vibrações de suas
495 nm a 540 nm (Fig. 4) e assim por ligações moleculares; se, porém,
diante. absorver na faixa de 200 nm a 380 nm
Finalmente, se o material reflete to- (ultravioleta próximo) ou na faixa de
da a luz visível incidente, ele se apre- 380 nm a 780 nm (luz visível), o que
senta branco, e se absorve toda ela, aqui nos interessa, essa energia vai
negro (ou seja, nenhuma luz atinge atuar sobre os estados eletrônicos, ou
nossos olhos — Fig.5). seja, sobre os arranjos eletrônicos da Figura 4: Objeto verde.
molécula.
Interação luz x matéria
A reflexão ocorre porque não há Absorção de luz pelos
compostos orgânicos 7
interação entre a luz incidente e as
espécies microscópicas constituintes Uma teoria que podemos utilizar
do material, enquanto a absorção in- para explicar o fenômeno da absorção
dica esta interação. As explicações da luz visível, ou do ultravioleta, pelos
sobre as cores residem então não no compostos orgânicos é a Teoria dos
que enxergamos, simples reflexão, Orbitais Moleculares, um modelo físi-
mas no que é absorvido. co-matemático que descreve a energia
A cada comprimento de onda de associada aos arranjos eletrônicos de
uma radiação luminosa temos asso- uma molécula (Toma, 1997). Convém
ciada uma energia, cujo valor é dado lembrar que, de acordo com essa
pela relação E = hc/λ, (onde h e c são teoria, uma molécula não possui um Figura 5: Objeto negro.

único arranjo eletrônico, mas são pos-


450 nm 490 nm 540 nm 630 nm
síveis diversos deles, conforme os
elétrons se distribuam entre os vários
orbitais moleculares possíveis: ligantes
(σ e π), antiligantes (σ* e π*) e não-
ligantes (n). Ao arranjo de menor
380 nm 780 nm
energia denominamos estado funda-
mental, e é o que normalmente corres-
ponde às estruturas orgânicas que nos
são familiares. Já os arranjos de maior
energia são denominados estados
excitados, e correspondem a arranjos
eletrônicos diferentes daqueles do
estado fundamental. Quando uma
Microondas (50 µm a 30 cm)
molécula orgânica absorve luz, absor-
Raios X (0,001 nm a 1 nm)
ve energia, e esta é utilizada para pro-
Ultravioleta (200 nm a 380 nm) Infravermelho (0,78 µm a 25 µm) mover uma nova distribuição eletrônica
correspondente a esse novo estado
Figura 2: Espectro eletromagnético. energético. Em outras palavras, a

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absorção de luz promove um rearranjo λ = 188 nm. Ou seja, para cada mo- A unidade estrutural responsável
eletrônico na molécula mediante uma lécula, um fóton, uma transição. Como pela absorção da luz recebe o nome
nova distribuição dos elétrons entre os os estados excitados são muito de grupo cromóforo, ou simplesmente
orbitais moleculares ligantes, antili- instáveis, devido a suas distribuições cromóforo. Por exemplo, na acetona o
gantes e não-ligantes. eletrônicas, eles vão apresentar tem- cromóforo é o grupamento carbonila,
Tais rearranjos são denominados pos de vida muito curtos, de modo que e qualquer fator que altere a energia
transições eletrônicas e representados pode até acontecer de uma mesma associada à distribuição eletrônica do
pela notação dos orbitais moleculares. molécula absorver luz de um compri- cromóforo, seja ele do meio (solvente)
Tais orbitais moleculares apresentam mento de onda λ1, formar um estado ou da estrutura (grupamentos ligados
diferenças no número de elétrons nos excitado E1, dissipar vibracionalmente ao cromóforo), irá afetar o compri-
estados fundamental e excitado (por no meio o excesso de energia, retor- mento de onda da luz absorvida. Por
exemplo, ππ*) e são governados por nando ao arranjo eletrônico do estado exemplo, em n-hexano a absorção da
regras de seleção — que não nos inte- fundamental, e em seguida absorver transicão nπ* da carbonila da acetona
ressam aqui —, as quais determinam luz de um comprimento de onda λ2 pa- ocorre a 279 nm, e em água a
as probabilidades de ocorrência das ra formar um estado E2. Mas nunca po- 264,5 nm. Isso porque em água os
transições possíveis. Por exemplo, uma derá absorver simultaneamente λ1 e λ2. orbitais n são estabilizados por liga-
transição σσ* tem baixíssima proba- Ora, se a absorção de luz, isto é, a ções hidrogênio, acarretando assim
bilidade de ocorrência, ao passo que cor, depende da diferença de energia maior diferença de energia entre estes
algumas ππ* têm altas probabilidades entre o estado excitado e o fundamen- e os orbitais π*, o que significa um
e outras, baixa. tal, e essa diferença depende dos ar- menor λ de absorção.
Consideremos por exemplo o caso ranjos eletrônicos de cada um desses Todavia as mudanças estruturais
da acetona. Essa molécula tem um dois estados, isso significa dizer que a dos grupamentos ligados ao cromó-
total de 22 orbitais moleculares (são cor é dependente da diferença das foro, como por exemplo os grupos
20 os orbitais atômicos envolvidos para energias associadas a cada um dos alquílicos, e em especial o aumento da
formar as 10 ligações entre os átomos arranjos eletrônicos desses estados (o conjugação do sistema, acarretam
8 de C, H, e O, e a estes somam-se os fundamental e os excitados). Como mudanças mais significativas no λ de
dois orbitais com os elétrons não-li- diversos fatores estruturais e do meio absorção. Assim, no caso da carbonila,
gantes do oxigênio — quanto à relação podem modificar a energia associada a troca de um CH 3- por um grupo
entre elétrons de valência e número de a cada um desses arranjos, a cor vai CH 2 =CH-, gerando a estrutura
orbitais moleculares, vide Toma (1997). ser dependente da estrutura e do meio conjugada 3-butenona (CH2=CH-CO-
Na Fig. 6, temos então representados em que se encontra a molécula. Veja- CH 3 ), provoca uma mudança de
ao centro a molécula de acetona no mos um pouco mais a respeito. absorção do sistema π de 188 nm para
estado fundamental, com o diagrama
da distribuição eletrônica apenas do
grupo carbonila (grupo responsável
pela absorção na região do ultravioleta
próximo, daí não representarmos os 22
orbitais do diagrama) de acordo com
o princípio de exclusão de Pauli, bem
como as nuvens eletrônicas correspon-
dentes aos orbitais que estão ocupa-
dos por elétrons. À esquerda e à direita
dessa representação, temos as repre-
sentações das moléculas nos estados
excitados: à esquerda, o de mais baixa
energia, obtido por absorção de luz de
λ = 279 nm e com distribuição
diferenciada nos orbitais n e π*, e à
direita, o estado excitado de mais alta
energia, obtido por absorção de luz de
λ = 188 nm e com distribuição dife-
renciada nos orbitais π e π*.
É importante ressaltar que uma
mesma molécula não pode absorver
simultaneamente 2 fótons, isto é, num
conjunto de moléculas de acetona,
Estado excitado (E1) Estado fundamental Estado excitado (E2)
algumas delas irão absorver fótons
associados a λ = 279 nm e outras a Figura 6: Orbitais moleculares do grupo carbonila (cromóforo) da acetona.

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212 nm (transição ππ*). Esse abaixa- aromáticos não ocorre interação (con- conforme indicado na Fig. 9.
mento da energia de absorção em jugação) entre os sistemas π desses Porém, a correlação entre cor e es-
quaisquer sistemas conjugados é pro- anéis. Com isso, a energia necessária trutura, aqui, não é tão simples quanto
vocado pelo aumento de estabilização para as transições eletrônicas cor- no caso da fenolftaleína.
do sistema π, em especial do estado responde à absorção de luz de 229 nm Se observarmos as mudanças de
excitado, diminuindo assim a diferença e 276 nm, fora portanto da região da coloração de um extrato de repolho
de energia entre os orbitais π e π* luz visível, daí a ‘cor incolor’ observada. roxo com a variação de pH (GEPEQ,
envolvidos na transição. Um exemplo Todavia, o aumento do pH, e por- 1995, Fig. 1) vamos ver que ele é de
bastante interessante é o dos polienos tanto da basicidade do meio, promove um vermelho mais escuro em pH = 1,
conjugados: o 1,3-butadieno a abstração do próton fenólico e um torna-se mais claro no pH = 3, em
(CH2=CH-CH=CH2), o polieno mais rearranjo através do qual é formada a pH = 5 é ainda avermelhado mas
simples de todos, apresenta a transi- estrutura II. Nesta os anéis aromáticos quase incolor e a partir de pH = 6
ção ππ* de mais baixa energia (de são coplanares e o sistema π altamen- passa a adquirir tons azulados, até
maior λ) a 217 nm; o 1,3,5-hexatrieno te conjugado, diminuindo dessa ma- chegar ao pH = 12, no qual apresenta
(CH2=CH-CH=CH-CH=CH2) a 274 neira a diferença de energia entre uma cor azul-violeta quase negra.
nm, e finalmente o β-caroteno, orbitais ligantes e antiligantes. Com As cores componentes da luz
pigmento responsável pela cor da ce- isso, a energia necessária para a transi- visível, em ordem crescente de ener-
noura (carrot, em inglês), do tomate ção eletrônica torna- gia, são aquelas que
etc., com 10 grupos alquílicos e 11 liga- se menor, e em pH As cores que enxergamos no arco-
ções duplas conjugadas, tem essa maior que 10 o ânion observamos podem iris: vermelho (780 nm a
transição a 497 nm. Convém lembrar formado absorve a ser formadas a partir 630 nm, intensidade
que a conjugação será tanto mais efe- 552 nm e reflete a de apenas três compri- máxima a 700 nm),
tiva quanto mais os carbonos sp2 en- cor vermelha. mentos de onda laranja (650 nm a 580
volvidos na mesma estejam no mesmo E quanto aos in- básicos, correspon- nm), amarelo (590 nm a
plano, isto é, sejam coplanares. dicadores mencio- dentes a vermelho- 540 nm), verde (540 nm
nados no começo laranja, azul-violeta e a 490 nm), azul (550 nm
Cor dos indicadores 9
deste texto, os extra- verde, e denominadas a 455 nm) e violeta (de
Finalmente podemos retornar aos tos de flores de aza- cores primárias 400 nm a 480 nm).
indicadores. Consideremos, por exem- léia, quaresmeira, Assim, a cor vermelha
plo, o caso da fenolftaleína, princípio folhas de repolho roxo etc.? do extrato acima significa que ele está
ativo de laxantes classificados como Nesses casos a coloração observa- absorvendo os comprimentos de onda
estimulantes ou de contato (Lacto- da será a combinação das cores das de maior energia, neste caso especí-
purga®, Purgoleite® etc.). Em soluções várias estruturas da antocianina de fico, principalmente o violeta e o azul,
com pH menores que 8,3 a estrutura I uma dada espécie vegetal presentes e refletindo os de menor, ou seja, os
da Fig. 8 predomina no meio, e por no equilíbrio, o qual é bastante com- correspondentes ao vermelho (lembrar
falta de coplanaridade entre os anéis plexo e dependente do pH do meio, que enxergamos o que é refletido). Isso
indica que em pH ácido as estruturas
CH3 predominantes são as que apresentam
CH3 CH3 CH3 menor conjugação estendida, o que
CH3 corresponde ao deslocamento do
equilíbrio ‘para baixo’ na Fig. 9. Já em
CH3
pHs maiores que 6 o equilíbrio está
CH3 CH3 CH3 deslocado no sentido daquelas estru-
CH3 turas mais conjugadas, “para cima” na
Fig. 9, absorvendo assim os compri-
Figura 7: Fórmula do beta-caroteno que absorve luz em λ1 = 466 nm e λ2 = 496 nm.
mentos de onda de menor energia, cor-
respondentes ao vermelho, e refletindo
O O os de maior (azul e violeta).
O
- O Finalizando, cumpre assinalar uma
– O O limitação muito importante no estabe-
O +OH
lecimento da correlação entre cor e
+ H+ estrutura de compostos orgânicos. As
-O - cores que observamos podem ser for-
HO OH O
O - madas a partir de apenas três compri-
Estrutura I Estrutura II mentos de onda básicos, correspon-
dentes a vermelho-laranja, azul-violeta
Figura 8: Diferentes estruturas da fenolftaleína em função do pH: estrutura I em pH menor e verde, e denominadas cores primá-
que 8.3; estrutura II em pH maior que 10. rias. Com isso, fica impossível esta-

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OR1 OR1
O- O
Referências bibliográficas
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OR1 OR1 33, 1995.
OH O TOMA, H. Ligações químicas:
O HO O abordagem clássica ou quântica.
O OR2 OR2 Química Nova na Escola. n. 6, p. 8-
12, 1997.
OGlc OGlc
OR3 OR3 Para saber mais

+ OH – + H+ Sobre interação luz x compostos


+ OH – + H+
orgânicos
OR1 Livros-texto de espectrometria
OH
de compostos orgânicos, como:
+
HO O DYER, J.R. Aplicações da espec-
OR2
trometria de absorção aos com-
OGlc postos orgânicos. São Paulo: Edgar
OR3 Blucher, 1977. Cap. 1.
SILVERSTEIN, R.M.; BASSLER,
10 G.C. e MORRIL, T.C. Identificação
+ OH – + (H2O, H+) + OH – + (H2O, H+)
espectrométrica de compostos
OR1
OR1 orgânicos. 5ª ed. São Paulo: LTC,
OH OH 1994. cap. 7.
OH
O HO O Sobre mudança das cores de
HO OR2 OR2
extratos de flores e as antocianinas
OGlc OGlc CAVALEIRO, E.T.G.; COUTO, A.B.
OR3 OH OR3 e RAMOS, L.A. Aplicação de pig-
+ H+ mentos de flores no ensino de
OR1
química. Química Nova, v. 21, p. 221,
OH
OR1 1998. (Apresenta o comportamento
HO OH OH espectrométrico dos extratos aquo-
OH HO O
OGlc OR2
sos de flores facilmente encontradas
OR2 OGlc em nossos mercados e caminhos:
OR3 O OR3 quaresmeira, azaléia, unha-de-vaca,
maria-sem-vergonha.)
Figura 9: Possíveis equilíbrios da antocianina em função da acidez ou basicidade do meio.
Sobre teoria das cores
Apesar de pouquíssimos dos
belecer se, ao observamos uma cor isto é, de maior energia, portanto de inúmeros sítios disponíveis na inter-
diferente dessas três, ela está sendo menor conjugação. Já os compostos net serem em português, eles apre-
formada por uma combinação da que se apresentam com cores ten- sentam figuras auto-explicativas que
reflexão das cores primárias, ou se dendo para o azul correspondem a justificam uma visita. Eis alguns:
estas estão sendo absorvidas e a cor estruturas mais conjugadas, logo à • h t t p : / / w w w. f i s i c a . u f c . b r /
observada é que está sendo refle- absorção luminosa de maiores com- coresluz2.htm
tida. Todavia, ao menos no caso dos primentos de onda. • http://acept.la.asu.edu/PiN/
compostos orgânicos, empiricamen- rdg/readings.shtml
João Augusto de Mello Gouveia-Matos,
te tem sido encontrado que as cores químico, é professor do Instituto de Química da UFRJ • http://www.uic.edu/~hilbert/
tendendo para o vermelho corres- e atual coordenador do curso de licenciatura em • http://colorcom.com/
química e coordenador-geral dos cursos de licen- ~colorcom/link.html — uma página
pondem à absorção de compri- ciaturas do Centro de Ciências Matemáticas e da
mentos de onda na região do azul, Natureza da mesma universidade.
só de links (vínculos).

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