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Atividades empresariais

A empresa deve contribuir para o desenvolvimento da sociedade, produzindo bens ou


serviços em valor superior ao dos recursos consumidos. Esse raciocínio é simples,
como se observa na Figura

Entre os dois extremos: entrada (input) de recursos, no valor de


R$ 100, e saída (output) de produtos e serviços, no valor de R$ 150, existe um valor
agregado pela empresa, de R$ 50. Esse é o
"prêmio que a empresa recebe pela contribuição ao processo.
O valor produzido do exemplo citado, de R$ 150, deve ser superior aos esforços
financeiros dispendidos diretamente (custo de matéria-prima, gastos industriais,
despesas comerciais e administrativas), no valor de R$ 100, de forma a sobrar um
valor que seja suficiente para remunerar pelo menos o processo de
produção/transformação e o capital dos investidores (este, por meio de pagamento de
juros e distribuição de lucro).
Além desses fatores de produção, o que mais precisaria ser remunerado? Seria o
esforço da própria empresa, que, após remunerar todos os fatores que contribuíram
na obtenção da receita, precisa obter uma sobra de recursos para continuar
exercendo suas atividades de forma sustentável. Seria o recurso para reinvestimento
na própria empresa.
Imaginemos um pequeno comércio: uma lanchonete, por exemplo. A empresa, neste
caso, adquire materiais diversos (pão, salsicha, presunto, sal, óleo comestível etc.) e,
aplicando outros insumos (energia elétrica, gás combustível, mão de obra etc.),
transforma-os em produtos prontos para venda (sanduíches, salgadinhos etc.). Para
entregar o produto ao cliente (consumidor final), a empresa recorre, também, a
recursos na forma dos atendentes de mesa, que fazem o pedido e a entrega. Ainda
existem os profissionais de suporte, que recebem do cliente (caixa), cuidam dos
aspectos gerais da loja (gerente) e fazem os controles administrativos, bem como os
proprietários, que investiram no negócio.
Utilizando o valor gerado dentro da empresa, de R$ 50, poderíamos distribuí-lo como
segue:
No nosso exemplo, a empresa havia "agregado" valor de R$ 50.
Dentro da própria empresa, foram gastos R$ 45 para remunerar todos que
participaram do processo, de alguma forma, no processo de "input, transformação e
output". A sobra de R$ 5, que é a parte do lucro não distribuído aos proprietários,
permanece na própria empresa, para esta utilizá-lo em suas atividades, de forma
sustentável, ficando menos dependente do capital de terceiros (bancos) ou dos
proprietários.
O conceito que explicamos vale para todos os tipos de empresas: industriais,
comerciais ou de serviços, guardadas as devidas proporções.

1.1.1 A empresa e o sistema de geração de lucro


Uma empresa processa recursos e fornece produtos, bens e serviços, interagindo
com o ambiente ao seu redor para cumprir seu papel na sociedade. Essa interação
pode ser visualizada na
Figura 1.2.
Para que a empresa consiga produzir um "valor adicional" na fase de processamento,
é preciso haver um eficiente sistema de planejamento e controle.
Assim, Hojt sugere visualizar a empresa como um sistema de geração de lucro, em
que os proprietários, ou acionistas, injetam recursos com a finalidade de obter
retorno adequado ao risco assumido, o que pode ser visto na Figura 1.3.
Conforme é mostrado na Figura 1.3, para que a empresa produza retorno adequado
para os acionistas, os administradores e os empregados, que representam a empresa
perante terceiros, interagem com esses agentes externos para obter o efeito
desejado em suas transações.

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