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CENTRO UNIVERSITÁRIO ARNALDO HORÁCIO FERREIRA – UNIFAAHF

COLEGIADO DE PSICOLOGIA

YASMIN DE SOUZA DOURADO

RESUMO

Luís Eduardo Magalhães – BA


2023
1. Os chistes, o humor e algumas relações com os mecanismos dos
sonhos (Anelise Scheuer Rabuske, 2011)

No que diz respeito aos chistes e ao humor, Freud viu necessário diferenciar
ambos tanto em seu conceito quanto na sua origem no Inconsciente. Os chistes são
uma das formas que certos conteúdos do Inconsciente encontram de passar as
barreiras do recalque e se expressarem. Enquanto o humor tem origem no Pré-
consciente e é um mecanismo do Superego com função de evitar um sentimento
doloroso atual. Uma semelhança importante sobre os chistes e o humor é que
ambos estão sob o princípio do prazer, mesmo que agindo em mecanismos
diferentes.

A forma como os chistes aparecem é como um desejo contado em tom de


“brincadeira”, é uma forma menos angustiante, por estar de certa forma ainda
censurada, do Inconsciente se aliviar de certos conteúdos recalcados. Existem
alguns mecanismos pelos quais os chistes se expressam, são esses a
condensação, o deslocamento, a simbolização, a dramatização e a elaboração
secundária.

Já o humor tira a seriedade de um acontecimento doloroso tornando um


trauma algo “cômico”, como uma forma de amenizar essa dor. O seu uso implica
uma necessidade de validação externa e certo grau de narcisismo, uma vez que
catalisa o riso dos outros para inflar o seu eu.

2. Luto e melancolia – variações com o texto de Freud (Benoît le Bouteiller,


2017)

Freud descreve o luto como uma reação normal à perda de um ente querido
ou de algo significativo em nossa vida, como um emprego ou uma relação. Ele
acreditava que o luto é um processo natural que envolve um período de tristeza,
sofrimento e dor emocional. No luto, a pessoa é capaz de expressar sua tristeza e
eventualmente superar a perda, permitindo que a energia emocional investida na
relação perdida seja gradualmente liberada e redirecionada para outras áreas da
vida

A melancolia, por outro lado, é vista por Freud como um estado patológico.
Nesse estado, a pessoa experimenta uma profunda tristeza e autocrítica, muitas
vezes sem uma causa aparente. A pessoa melancólica tende a se sentir culpada,
sem valor e, ao contrário do luto, não consegue se livrar da perda. Freud descreve a
melancolia como uma perda interna, na qual o indivíduo introjeta o objeto de amor (a
pessoa ou coisa perdida) e o trata como se fosse parte de si mesmo. Isso leva a um
conflito interno e a uma sensação de desamparo.

Em resumo, Freud viu o luto como um processo natural de reação à perda de


um objeto amado, enquanto a melancolia envolve uma relação patológica com o
objeto de perda, que é internalizado de maneira destrutiva.

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