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DEPRESSÃO
mostra infrutífero diante do silencio. A pouca fala do sujeito que se soma à exacerbada
interioridade, expressando quase nenhuma abertura ao diálogo e à possibilidade de
saber-se de si, evidencia um individuo depressivo ou identificado por este rótulo.
Em nossa sociedade, com ideais pré-definidos, qualquer atitude que não
corresponda a eles se sujeita a ser rotulada como patológica. Cada vez mais
diagnósticos de depressão revelam certa intolerância aos modos de subjetivação
contrários às ideias dominantes. Introspecção e reflexão estão em linha tênue para o
patológico.
Pode-se, dessa forma, compreender que se o sujeito vivencia sentimentos de
natureza depressiva. Ao psicoterapeuta é necessário suportar o silêncio dominante e a
recusa em falar, ou seja, é preciso “autorizar o silêncio”, e proporcionar pela escuta
analítica, a abertura do caminho necessário para o acesso ao inconsciente.
A depressão, assim como ansiedade, medo etc, indicam em último grau que
alguma coisa no sujeito grita por uma possibilidade de elaboração subjetiva e
compreensão interna.
Do ponto de vista da psicanálise referente à depressão, Fédida (1999), afirma
que pode-se estabelecer uma nova forma de entendimento. A angústia e a melancolia
são afetos que marcam a psique desde sua origem. Na criança a completude atinge
seu ápice, uma vez que há a vivencia e a ilusão da satisfação total dos desejos. Com o
passar do tempo e o distanciamento do outro, no caso a mãe, a frustração vai
ocupando lugar, uma vez que as demandas não são totalmente satisfeitas
imediatamente.
Esta ausência do outro vai colaborando se não com o entendimento, mas com o
registro da perda. A partir de então, toda busca por determinado objeto de satisfação é
na verdade a tentativa de (re)encontrar tal objeto, a saber, o objeto primordial perdido
para sempre e que de fato nunca existiu, a não ser por intermédio de um registro
narcísico.
Então, é somente por meio da perda que o sujeito pode constituir a
subjetividade marcada pela alteridade, o que posteriormente possibilitará a formação do
ego. A perda, sentida como desamparo pela criança, provocando-lhe angústia, marca a
ruptura do circuito de gozo narcísico, correspondente à relação estabelecida com o
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PSICOPATOLOGIA DA DEPRESSÃO
SUBTIPOS DE SÍNDROMES
2- Distimia
Refere-se a uma depressão crônica. Começa no inicio da vida adulta e persiste
por anos. Os sintomas variam de alterações cognitivas, de autovaloração, da
psicomotricidade e volição e sintomas afetivos como desesperança. Para caracterizar-
se como tal a distimia deve estar presente por pelo menos dois anos de forma
ininterrupta.
3- Depressão Atípica
É um subtipo de depressão que ocorre em episódios depressivos leves e
graves, em transtorno unipolar ou bipolar. Além de sintomas gerais, coexistem
alterações na esfera do apetite, sensação de corpo pesado, fobias etc.
5- Depressão Psicótica
É considerada grave, pois se associam sintomas depressivos com delírio de
ruína, delírio de hipocondria.
6- Estupor Depressivo
Também um estado depressivo grave, no qual o paciente permanece dias na
cama ou sentado, em estado de catalepsia, sem repostas aos estímulos ambientais.
Em geral em estado de mutismo, recusando alimentação, chegando a fazer suas
necessidades fisiológicas no leito.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS