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Sobre o sentimento de culpa. Que culpa é essa?

Sobre o sentimento de culpa. Que culpa é essa?


About guilt. What fault is that?
Denise Maria de Oliveira Lima

Resumo
O presente artigo trata da contribuição freudiana à questão da culpa, que se manifesta, em
primeiro lugar, no sentimento de fracasso daqueles que, ao terem sucesso na realização de seu
desejo, sucumbem ao colapso mental. Freud recorre à literatura para ilustrar a derrota daquela
que, durante anos, com obstinada perseverança, lutou para que seu marido se tornasse rei, à
custa do assassínio de seu rival: lady Macbeth, personagem terrível e maligna de Shakeaspeare;
e, de Ibsen, sua personagem Rebecca, inescrupulosa mulher que, para ter o homem por quem
havia se apaixonado, induz sua esposa ao suicídio. Em segundo lugar, Freud nos traz a ins-
tigante hipótese dos “criminosos por sentimento de culpa”, em que esta não advém do crime
perpetrado, mas o antecede.

Palavras-chave: Sentimento de culpa, Complexo de Édipo, Desejo, Inconsciente.

O sentimento de culpa está presente em qua- preferências, de estruturas cognitivas e afeti-


se todas as culturas. Os antropólogos, histo- vas duradouras – e de esquemas de ação que
riadores e outros cientistas sociais poderão orientam a percepção da situação e a res-
dizer se este é um sentimento universal. posta adequada – que se constituem em di-
Perscrutando-se os três principais textos sa- ferenças nas práticas e nas opiniões expres-
grados, a Bíblia, do cristianismo, o Torá, do sas, e que se tornam diferenças simbólicas,
judaísmo e o Alcorão, do islamismo, lá en- portanto, uma linguagem.
contramos a culpa. Norbert Elias nos ensina que o habitus é
Antes de tratar da contribuição freudiana saber socialmente incorporado, se expres-
a esta questão, é preciso não perder de vista sa como um modo social de ser, com iden-
os condicionamentos sociais a que estamos tidade, língua e sentimentos comuns, de um
todos submetidos. determinado povo, em uma determinada
Pierre Bourdieu, com seu conceito de época; é constituído no decurso dos proces-
habitus, pode explicar como adquirimos so- sos de longa duração – que compreendem os
cialmente o esquema de percepções, “siste- processos de interdependência, interpene-
ma de esquemas adquiridos que funcionam tração e figuração social, ou seja, composição
em estado prático como categorias de per- de indivíduos orientados recíproca e mutua-
cepção e de apreciação ou como princípios mente – que dependem da fase específica do
de classificação ao mesmo tempo princí- desenvolvimento da nação-estado. Diz Elias
pios organizadores da ação” (BOURDIEU, que “torna-se logo evidente que o habitus
1988, p.26). O habitus é estruturado através nacional de um povo não é biologicamente
de processos de socialização, provenientes fixado de uma vez por todas; antes, está in-
principalmente da família e da escola, mar- timamente vinculado ao processo particular
cadas pela posição que ocupam no espaço de formação do Estado a que foi submetido”
social. Trata-se de um sistema adquirido de (ELIAS, 1986, p.16).

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Após essa breve apresentação dos concei- O primeiro caso descrito por Freud tra-
tos de habitus – a título de recomendação à ta de uma mulher, finamente educada, que
consulta aos que desejam se aprofundar nes- deixou a casa paterna para se aventurar pelo
te estudo – elaborados de formas diferentes mundo, até conhecer um artista que a aco-
em Bourdieu e em Elias, os quais podem nos lheu em sua casa, com quem teve anos relati-
ajudar a entender como se dá a incorporação vamente felizes de vida em comum. Para ser
social de sentimentos de culpa, passemos à mesmo feliz, faltava à mulher sua reabilitação
finalidade deste artigo, que é mostrar como na sociedade – segundo os padrões morais
a psicanálise pode contribuir para a com- da época – e o reconhecimento de sua famí-
preensão dessa complexa questão. lia. Quando o amante afirmou sua pretensão
Freud, em seu segundo dos três textos1 de torná-la sua legítima esposa e conseguiu
sobre Alguns tipos de caráter encontrados na reaproximá-la dos pais, ela negligenciou a
prática psicanalítica (1916), intitulado “Os casa da qual seria a senhora, sentiu-se per-
que fracassam no triunfo”, trata disso. Ins- seguida pelos parentes que decidiram aceitá
pirando-se na tragédia de lady Macbeth, de -la na família, prejudicou as relações sociais
Shakespeare, ele suscita interessantes discus- do companheiro, até impedir o seu trabalho
sões a respeito deste tema. artístico por causa de um ciúme absurdo, su-
Do que fala Freud? cumbindo à neurose.
De início, ele afirma que o trabalho psica- Outro caso citado diz respeito a um res-
nalítico revelou que as pessoas adoecem neu- peitável professor universitário, que por
roticamente devido à frustração, à privação muitos e muitos anos acalentara o desejo
da satisfação dos desejos. Mas o surgimento de suceder o seu mestre na cátedra. Quan-
da neurose só se dá pelo conflito entre os de- do soube que, finalmente, fora indicado para
sejos libidinais e a parte do Eu que os con- ocupá-la, após o afastamento do seu anteces-
dena, que os reprime. Embora essa tese não sor, ficou indeciso, declarou-se indigno de
seja assim tão simples, pois inclui o conceito assumir tal posição e caiu numa melancolia
de formação de compromisso entre as partes que o afastou de qualquer atividade.
em conflito, esta seria a primeira condição Esses dois casos coincidem em um ponto:
para o surgimento da neurose: a privação de a enfermidade aparece quando o desejo pode
uma real satisfação. Mas não é absolutamen- se realizar, pondo fim à sua fruição. Como
te a única condição, nos diz Freud. entender isso?
Freud faz uma distinção entre uma frus-
Tanto maior será a surpresa, mesmo a confu- tração externa e uma interna: a primeira diz
são, quando o médico descobre que às vezes respeito à falta do objeto na realidade – que,
as pessoas adoecem justamente quando veio a por si só, não é patogênica – e a segunda é
se realizar um desejo profundamente arraiga- a frustração que se origina do Eu, que proí-
do e há muito tempo nutrido. É como se elas be o acesso ao objeto externo. Quando uma
não aguentassem a sua felicidade, pois não há frustração externa se avizinha e a ela se junta
como questionar a relação causal entre o su- uma frustração interna, surge o conflito e a
cesso e a doença (FREUD, 2010, p.261). possibilidade de um adoecimento neurótico,
pela satisfação substitutiva do inconsciente
reprimido.
Nos casos em que as pessoas adoecem
com o sucesso, com o êxito, a frustração in-
1. Os outros dois são intitulados “As exceções” (ou
terna atua por si, aparecendo depois que a
dos que se julgam excepcionais) e “Os criminosos por frustração externa deu lugar à realização do
sentimento de culpa”. desejo. Isso não é tão surpreendente se pen-

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sarmos que não é incomum o Eu tolerar um (Ato II, cena 2):


desejo quando está somente na fantasia, dis- Se no seu sono não lembrasse tanto
tante de se realizar! Meu pai, tê-lo-ia eu mesma apunhalado!
Freud vai averiguar a natureza e a ori-
gem das “tendências julgadoras e punitivas” Quando se torna rainha, após o assassínio
(FREUD, 2010, p.263) que aparecem onde de Duncan, ela mostra um desapontamento,
não esperávamos encontrá-las, em persona- não sabemos por quê.
gens da literatura, pois atribuía aos escritores
um profundo conhecimento da alma huma- (Ato III, cena 2):
na e da sociedade. Pensava mesmo que os Tudo perdemos quando o que queríamos,
autores literários estavam muito adiante das Obtemos sem nenhum contentamento:
pessoas comuns – entre elas cientistas e psi- Mais vale ser a vítima destruída
canalistas – porque bebiam em fontes para Do que, por a destruir, destruir com ela
nós inacessíveis (FREUD, 1973, p.1286). O gosto de viver.
Uma personagem que entra em colapso
após alcançar o êxito buscado com muita Ainda assim ela persiste! E encoraja nova-
persistência é lady Macbeth, de Shakespeare. mente seu marido:
Nela não se vê, a princípio, nenhuma hesita-
ção, nenhum empenho senão a sua obstina- (Ato V, cena 1)
ção de vencer os escrúpulos do marido am- Por quem sois, meu senhor,
bicioso, para levá-lo a matar seus oponentes [que vergonha! Um soldado
ao trono da Escócia e, assim, cumprir sua com medo? – Por que havemos de recear
ambição de ser rei. E, consequentemente, ela [que alguém o saiba, se ninguém
se tornar rainha. [nos pode pedir contas?
Freud cita Shakespeare, e vale a pena re-
produzir alguns fragmentos, pela força terrí- Mas o arrependimento deixa-a prostrada,
vel e maligna desta mulher, que não hesita em depois enlouquece e finalmente se suicida.
sacrificar sua feminilidade para seu propósi- O que “quebrantou esse caráter, que pa-
to de ser rainha e de tornar seu marido rei: recia feito do mais duro metal?” (FREUD,
2010, p.266), se pergunta Freud. Como tor-
(Ato I, cena 5): nar inteligível esse colapso?
Vinde, espíritos sinistros Antes de tentar responder a essa pergun-
Que servis aos desígnios assassinos! ta, Freud analisa, longamente, os nexos sutis
Dessexuai-me [...] no interior da peça, os motivos da reviravol-
[...] Vinde a meus seios de mulher ta no caráter de Macbeth e de sua esposa, a
E tornai o meu leite em fel, ó ministros evolução trágica de suas personagens, a téc-
[do assassínio!2 nica do poeta, cotejando-a à crônica de Ho-
linshed (1577) da qual Shakespeare retirou o
Antes do ato criminoso, ela é tomada por material de Macbeth, trazendo-nos interes-
um breve movimento de relutância, talvez santes questões que, embora relevantes, não
por um lampejo de consciência por ter in- cabem nesse texto. Para mencionar apenas
fluenciado e encorajado tão decisivamente uma: Freud recorre a um estudo sobre Sha-
seu marido a cometer o assassinato: keaspeare, de Ludwig Jekels (1917), o qual
diz que é frequente este poeta decompor um
2. Paulo César de Souza, tradutor de Freud, recorre
caráter em dois personagens, sendo cada um
aqui à versão de Macbeth por Manuel Bandeira, citada incompreensível até que os juntemos num
conforme a edição da Brasiliense (São Paulo, 1989). só. Assim poderia ser o caso de Macbeth e

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a esposa, que se completam: ele comete o cia edípica a impulsionou a provocar a mes-
crime desejado e instigado por ela; o medo ma situação que já lhe ocorrera: eliminar
que aparece em Macbeth na noite do crime a mãe/esposa, a fim de tomar o lugar dela
se desenvolverá em sua lady; foi ele que teve junto ao pai/marido. Ou seja, sua paixão por
a alucinação do punhal, mas ela é quem su- Rosmer e a hostilidade à sua mulher já eram
cumbe a uma enfermidade psíquica; ele fica uma reprodução de seus laços com a mãe e
sem ação, com as mãos ensanguentadas, mas o pai, consequência do complexo de Édipo.4
é ela que lava as mãos sujas de sangue.3 Em poucas palavras, diz Freud (2010):
Em seguida, Freud examina uma obra de
Ibsen, na qual Rebecca Gamvik, personagem O trabalho psicanalítico propõe que as forças
que despreza a moralidade fundamentada na da consciência que levam a adoecer com o
fé religiosa, após ter sido acolhida em Ros- sucesso em vez da frustração, como em ge-
mersholm, onde vivem o pastor Rosmer e ral acontece, acham-se intimamente ligadas
sua esposa, decide, por amor a este homem ao complexo de Édipo, à relação com o pai e
de alta linhagem, tê-lo para si, executando à mãe, como à nossa própria consciência de
um ardiloso e criminoso plano que culmina culpa. (FREUD, 2010, p.283 – Grifo da auto-
no suicídio da mulher que está no seu cami- ra).
nho.
Quando Rebecca alcança seu objetivo e é No terceiro texto de Alguns tipos de ca-
pedida em casamento por Rosmer, ela rejei- ráter encontrados na prática psicanalítica
ta peremptoriamente sua proposta. “Como (1916), intitulado “Os criminosos por senti-
pôde acontecer que a aventureira de vonta- mento de culpa”, Freud diz que se viu solici-
de livre e ousada, que sem escrúpulos pavi- tado a um estudo mais completo de inciden-
mentou o caminho para a realização de seus tes relatados por pessoas muito respeitáveis e
desejos, agora se recuse a colher, quando lhe de elevada moralidade que confessaram ter
é oferecido, o fruto do sucesso?” (FREUD, praticado, em sua juventude, ou até depois,
2010, p.275). atos ilícitos, como furtos, fraudes, incêndios.
Rebecca tem um passado. Foi criada por
um pai, do qual pensava ser filha adotiva. O trabalho analítico trouxe então o resulta-
Era também amante deste homem. Quando do surpreendente de que tais ações foram
descobre que era filha biológica deste que a realizadas sobretudo porque eram proibidas
adotou, após a morte de sua mãe, ou seja, e porque sua execução se ligava a um alivia-
que viveu com ele uma relação incestuosa, mento psíquico para o malfeitor. Ele sofria de
é acometida de um avassalador sentimento uma opressiva consciência de culpa, de ori-
de culpa que lhe impede qualquer fruição: o gem desconhecida, e após cometer um delito
caminho para a felicidade é obstruído pelo essa pressão diminuía. Ao menos a consciên-
próprio passado. Tornar-se sucessora da mãe cia de culpa achava alguma guarida (FREUD,
junto a este homem deve ter lhe produzido 2010, p. 284).
imensa impressão: ela estava sob o domí-
nio do complexo de Édipo, ainda que não Diz Freud que, por mais paradoxal que
soubesse que essa fantasia tinha se tornado pareça, o sentimento de culpa não se origi-
realidade. Quando foi acolhida em Rosmer- na do delito, mas o precede e, por isso, ele
sholm, a força interna desta primeira vivên- os chama de criminosos por consciência de

3. Este estudo de Freud pode ser rica fonte para o en- 4. Diz Freud que Rosmersholm é a maior das obras de
tendimento da questão do duplo. arte que tratam dessa fantasia das garotas.

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culpa, cuja preexistência é demonstrada por Mas antes de dar por concluído este arti-
toda uma série de manifestações. go, devo mencionar Lacan, que, em sua tese
A primeira questão a responder é de onde de doutorado, em 1932, quando ainda era
vem esse obscuro sentimento de culpa ante- psiquiatra, fez um rigoroso estudo de caso de
rior ao ato. O trabalho psicanalítico demons- uma sua paciente, denominada Aimée, que
tra que vem do complexo de Édipo, é uma tentou matar uma atriz de teatro, para con-
reação aos dois grandes intentos crimino- seguir uma punição, com a qual ficou alivia-
sos, matar o pai para ter a mãe. Lembra-nos da. Conclui Lacan (1987) que, ao ser presa e
Freud que o parricídio e o incesto são os dois considerada culpada pela lei, ela experimen-
maiores crimes humanos, os únicos abomi- ta a satisfação de um desejo cumprido.
nados, proibidos e condenados nas socieda-
des primitivas, dos quais a humanidade ad- Abstract
quire sua consciência que surge como força This paper deals with the Freudian contribu-
psíquica, através do complexo de Édipo. E tion to the question of guilt, which manifests
comparados a esses crimes, os outros prati- itself primarily in the sense of failure of those
cados para racionalizar o sentimento de cul- who succeed in the accomplishment of his de-
pa significariam um alívio. sire, succumb to mental breakdown. Freud
A segunda questão a responder é se a cul- turns to literature to illustrate the loss of what,
pa tem uma maior participação nos crimes. for years, with dogged perseverance, fought for
Freud diz que observamos frequentemente her husband to become king, at the expense of
crianças que se tornam desobedientes, de- the murder of his rival: Lady Macbeth, terrible
safiadoras e ousadas, a fim de provocar um and evil character of Shakespeare, and Ibsen,
castigo, ficando mais tranquilas depois deste. her character Rebecca, unscrupulous woman,
Outra pista do sentimento de culpa que to have the man who had fallen in love, induc-
faz procurar o castigo: com exceção daque- es his wife to suicide. Secondly, Freud brings us
les que cometem crimes sem sentir culpa, to the intriguing hypothesis of “guilt by crimi-
que não desenvolveram inibições morais, nals”, in that it not comes from de crime com-
grande parte dos criminosos poderia ter mitted, but precedes it.
como motivação a culpa. Tal hipótese po-
deria contribuir para o estudo da psicologia Keywords: Guilty, Edipo´s complex, Desire,
do criminoso. Unconscious.
Freud termina este ensaio dizendo que
um amigo chamou a sua atenção para o fato
de que “o criminoso por sentimento de cul-
pa” já era conhecido por Nietzsche. No dis- Referências
curso de Zaratustra “Sobre o pálido crimi-
noso” podemos vislumbrar a preexistência
do sentimento de culpa e o recurso ao ato BOURDIEU, P. Cosas dichas. Buenos Aires: Gedisa,
para a sua racionalização. “Deixemos que as 1988.
investigações futuras decidam quantos dos
criminosos se incluem entre os `pálidos`” ELIAS, N. Os alemães. A luta pelo poder e a evolução
(FREUD, 2010, p.286). do habitus nos séculos XIX e XX. Trad. Álvaro Cabral.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1986.
E termino este artigo esperando que, ao
recorrer a Freud, possamos contribuir para FREUD, S. Introdução ao narcisismo, ensaios de me-
o estudo do sentimento de culpa que acome- tapsicologia e outros textos (1914-1916). In FREUD,
te os indivíduos em sua vida, consciente ou, S. Obras completas, v.12. Trad. Paulo César de Souza.
principalmente, inconscientemente! São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

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FREUD, S. El delirio y los sueños en la Gradiva de


W. Jensen. In FREUD, S. Obras completas de Sigmund
Freud. Tomo II, Madrid: Biblioteca Nueva, 1973,
p.1286.

LACAN, J. Da psicose paranoica em suas relações com


a personalidade. Rio de Janeiro: Forense Universitária,
1987.

RECEBIDO: 14/08/2012
APROVADO: 19/08/2012

S OBRE A AU TOR A

Denise Maria de Oliveira Lima


Graduação em Ciências Jurídicas e Sociais
(PUCC/Campinas/SP), em Psicologia (UFBA/BA),
mestrado em Comunicação
e Cultura Contemporâneas (FACOM/UFBA)
e doutorado em Ciências Sociais (UFBA).
É professora da Faculdade Social da Bahia
e da Faculdade São Bento, onde coordena
o Serviço de Psicologia.

Endereço para correspondência:


Rua Clementino Fraga, 31/202 – Ondina
40170-050 – Salvador/BA
E-mail: deniselima05@uol.com.br

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