‘' Formação educacional de surdos no Brasil’’

A constituição federal de 1988 é a lei básica que busca garantir igualdade para
todos. Embora a educação de qualidade seja um direito previsto
constitucionalmente, o Brasil não o garante quanto à questão da formação
educacional de surdos, que perpetua em um cenário desigual, tornando-os
excluídos socialmente. Nesse contexto, percebe-se a configuração de um grave
problema, que se enraíza na ineficácia estatal e na falta de representatividade.

Dessa forma, em primeira análise, a irresponsabilidade governamental é um

desafio presente na questão. Para Thomas Hobes, o Estado é responsável por
garantir o bem-estar dos cidadãos. No entanto, tal responsabilidade não está sendo
honrada na formação educacional de surdos, visto que a uma falta de investimentos
na capacitação do corpo docente para ofertar ensino de qualidade a esses
indivíduos, sendo responsáveis pela falta de formação intelectual e social dessas
pessoas e também tornando a escola, por exemplo, um ambiente de exclusão.
Assim, o Estado precisa sair da inércia em que se encontra.

Além disso, outro fator influenciador é a lacuna representativa. A respeito dessa

questão, a poetisa Rupi Kaur defende que ‘’ a representatividade é vital ’’. Tal verso
de sua obra, revela o quanto a sociedade falha ao não incentivar a inclusão e
igualdade entre esses portadores de deficiência, oferecendo-os poucas
oportunidades – como a inserção desses grupos no mercado de trabalho-
acarretando uma limitada pluralidade no âmbito social em que vivemos. Dessa
forma, urge intervir sobre essas falhas sociais.

Portanto, é necessário agir sobre a situação. Para isso, o Governo Federal deve
promover projetos integradores, por meio de cursos de especialização qualificada
para os profissionais, a fim de melhorar a equidade escolar. Tal ação pode, ainda,
ofertar materiais didáticos especializados. Paralelamente, é preciso intervir sobre a
lacuna de representação. Com isso, a constituição de 1988 poderá ser alcançada.