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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
CAMPUS GOIÂNIA

Laboratório de Física II: Fluídos, Ondas e Calor


Pressão Atmosférica e Vácuo

Matheus José Gomes Leite

Julia Vieira Pontes

Wewerton Barbosa de Souza

GOIÂNIA/GO
2022
Laboratório de Física II: Fluídos, Ondas e Calor
Pressão Atmosférica e Vácuo

Matheus José Gomes Leite

Julia Vieira Pontes

Wewerton Barbosa de Souza

Relatório Simples sobre o experimento “Pressão


Atmosférica e Vácuo”, realizado no laboratório de
Física, na disciplina “Física II: Ondas, Fluídos e Calor”,
ministrado pelo Dr. Harley Fernandes Rodrigues.

GOIÂNIA/GO
2022
1. Procure na literatura embasamento teórico para explicar e discutir as
observações feitas nesta prática.

Primeira parte:
A primeira parte do experimento consistiu em observar a câmara para
vácuo quando esvaziada do ar atmosférico, ou seja, quando está com seu interior
quase totalmente em vácuo, visto que é impossível alcançar um vácuo perfeito,
logo ainda há presença de moléculas.
Quando ainda não conectado o cilindro de acrílico à bomba de vácuo é
possível retirar e colocar a tampa da câmara facilmente. Ao fechar-se a câmara,
cuidando de limpar a tampa antes de posicioná-la, e ligar a bomba de vácuo,
seguindo todas as instruções para um bom funcionamento, inicia-se o processo de
sucção do ar presente dentro do compartimento, e após 30 segundos da máquina
em funcionamento há a tentativa de retirar a tampa acima do recipiente e não obtêm
êxito pois, o compartimento cilíndrico foi submetido a vácuo e após o procedimento
de vedação da câmara observamos que houve a impossibilidade de abrir a tampa
do recipiente, que antes era fácil, dado que em um sistema em vácuo a pressão do
ar diminui em níveis abaixo da pressão atmosférica.
A pressão no interior da câmara é reduzida a partir da remoção de
porções do ar de dentro do recipiente criando uma pressão diferencial entre o
sistema e a atmosférica de modo que a externa, mais elevada, exerça uma força
motriz sobre a tampa do cilindro impedindo sua abertura e quando em ambientes
sem vácuo ou ar rarefeito a abertura é facilitada porque a pressão externa e interna
é a mesma. Portanto não havendo diferenciação, ou seja, não existindo uma força
motriz sobre a câmara.

Segunda parte:
A segunda parte do experimento consistiu em observar a mudança do
volume de um balão semi inflado dentro da câmara de vácuo antes e após a retirada
do ar atmosférico do seu interior. O balão quando dentro do cilindro, com a máquina
desligada, permaneceu com o volume anteriormente observado. No entanto,
quando ligamos a bomba de vácuo, observamos a mudança de volume da bexiga
ao ser exposta a um ambiente com menor presença de gases atmosféricos.
De acordo com a Lei de Boyle, o volume de uma massa de gás se altera em
proporção inversa à pressão atmosférica exercida sobre ela. Nesse sentido, a
bexiga, ao ser exposta a um ambiente com ausência de pressão, aumentou seu
volume. O que foi observado no experimento se deve ao fato de que a pressão
exercida pelos gases do interior do balão era maior do que a pressão exercida em
seu exterior (nesse caso, era quase inexistente, visto a aplicação da câmara de
vácuo). Posteriormente, ao permitir a entrada de ar na câmara, foi possível verificar
que a bexiga retornou ao seu tamanho original, o que se deve às pressões interna
e externa terem sido igualadas, não havendo força sendo exercida contra a parede
interna do balão.

Terceira parte:
A terceira parte do experimento consistiu em verificar a diferença de
propagação de ondas sonoras de um despertador em um recipiente submetido a ar
rarefeito, ou seja, à vácuo.
O despertador, dentro e fora do cilindro sem que a bomba de vácuo estivesse
ligada, possuía barulho perceptível aos ouvidos, já quando ligamos a bomba,
seguindo o procedimento correto, ocorre um abafamento do som do despertador.
Isso acontece, pois o som é uma onda mecânica, ou seja, é necessário um meio
de propagação (gasosa, líquida ou sólida), portanto as ondas sonoras não se
propagam no vácuo, haja vista que não havendo moléculas de ar, não existe como
o som ser transmitido. Desse modo, no experimento, por não existir a capacidade
de criar um ambiente totalmente em vácuo, há ainda moléculas dentro do
recipiente, no qual a quantidade restante propaga as ondas sonoras do despertador
até se chocarem com o vidro do cilindro produzindo um som extremamente
abafado.

Quarta parte:
A quarta parte do experimento consistiu em observarmos a ebulição da água
em temperatura bem abaixo da conhecida temperatura de ebulição de 100º C. Foi
adicionado dentro de um béquer 50 ml de água e colocado em uma chapa
aquecedora até alcançar 42º C. Quando colocado o béquer dentro da câmara com

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a bomba desligada, não houve mudança. No entanto, após ligar e iniciar o
procedimento de sucção do ar atmosférico do interior do cilindro, ocorreu a ebulição
da água. Isso se deve ao fato de as moléculas de água sob uma pressão grande
precisarem de uma maior energia cinética, isto é, uma temperatura maior para que
ocorra o desprendimento das moléculas de água para o estado gasoso. Na situação
observada no experimento, quando retirado o ar atmosférico de dentro da câmara,
houve a ebulição da água em uma temperatura de 42ºC, visto que a superfície do
líquido possui uma pressão inferior que a atmosférica precisando de uma energia
cinética menor e, portanto, de uma temperatura menor para que entre em ebulição.

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2. A pressão de vapor da água (Pv), em Pascal, em função da
temperatura T (em Kelvin) pode ser definida pela expressão:
3989
16,6−
𝑃𝑣 = 1000𝑒 𝑇−39,5

Por meio dessa expressão estime a pressão do ar na câmara a vácuo no


instante em que a água entra em ebulição.

R: De acordo com o experimento realizado e com a expressão citada


anteriormente, a pressão de vapor da água foi de 6090,6 Pa, ou seja, 0,06 atm.

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Referências
HELERBROCK, Rafael. "Pressão atmosférica’’; Marquardt, N.Introduction to the
Principles of Vacuum Physics. Institute for Accelerator Physics and Synchrotron Radiation.
Dortmund, 1999.
CHAMBERS, A.; Fitch, R.K.; HALLIDAY, B.S. Introduction. In:______. Basic
Vacuum Technology. 2nd ed. Philadelphia: Iinstitute of Physics, 1988.
MAGALHÃES, W. F. de; FERNANDES, N. G.; FERREIRA, A. C. Físico-química I:
Termodinâmica do Equilíbrio. Universidade Federal de Minas Gerais: Depto. de Química,
ICEx, Setor de Físico-Química. Disponível em:
https://www2.ufjf.br/quimicaead/wpcontent/uploads/sites/224/2013/05/Aula5_FQI.pdf.
DONOSO, J. P. Som e acústica. IN: Primeira parte: ondas sonoras. Universidade
de São Paulo.

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