Você está na página 1de 4

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE APLICAÇÃO FERNANDO HENRIQUE DA SILVEIRA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA

Licenciatura em Ciências Biológicas

Alunos: Mariana G. Brício / Carlos Augusto L.C.Conti

Disciplina: As ciências no cotidiano escolar Data: 29/10/2019

Professora: Maria Cristina Série: 9o ano Ensino fundamental

PRESSÃO

Introdução

Pressão é uma variável importante em diversas situações. Quanto menor for a


área de contato entre dois corpos, maior será a pressão exercida, independentemente se
aumentarmos ou diminuirmos a força aplicada. A definição de pressão é comumente
utilizada para descrever a influência sobre o comportamento de fluidos, como gases e
líquidos.

Quando falamos em foguetes sempre nos vem à cabeça um objeto com uma
grande velocidade que deixa para traz apenas um rastro de fogo. Mas sabemos que há
muito por traz dessa simples imaginação.

Quando falamos em foguetes devemos lembrar-nos do princípio físico que


viabiliza seu funcionamento que é a terceira Lei de Newton, “Sempre que um objeto
exerce uma força sobre um outro objeto, este exerce uma força igual e oposta sobre o
primeiro”, temos uma falsa concepção muito comum que é a de que um foguete é
repelido pelo impacto dos gases ejetados contra a atmosfera. O que acontece realmente
é que à medida que ele vai recuando também acelera em decorrência da força de reação
dos gases da combustão que são ejetados por ele.

Outro ponto importante sobre a pressão é a pressão atmosférica, que é a pressão


que o ar da atmosfera exerce sobre a superfície do planeta. Essa pressão pode mudar de
acordo com a variação de altitude, ou seja, quanto maior a altitude menor a pressão e,
consequentemente, quanto menor a altitude maior a pressão exercida pelo ar na
superfície terrestre.

Orientações:

- Orientar os alunos sobre as normas de biossegurança no laboratório, para evitar


possíveis acidentes.

- Dividir a turma em grupos é o ideal para que os experimentos sejam


melhorvisualizados e manuseados pelos alunos.

- Orientar os alunos a criarem hipóteses sobre o que pode acontecer no final de


cada experimento
.

Experimento I

Material:   Uma garrafa PET de 2 litros com a tampa furada; Álcool; Fósforo ou
isqueiro.

Procedimento A: Coloque um pouco de álcool no interior da garrafa e balance-a para


espalhar o álcool.

Procedimento B: Coloque a garrafa em um local longe de qualquer produto inflamável


e acenda um fósforo próximo a tampa da garrafa. Observe o que acontece com a
garrafa.

Experimento II

Material: 2 seringas; “leiteira” para esquentar água; chapa aquecedora de laboratório;


água.

Procedimento A: Esquente uma pequena quantidade de água, até chegar


aproximadamente 50 ºC (até formar bolhas de ar na água).

Procedimento B: Retire em torno de 5 ml de água quente com uma seringa e 5 ml de


água em temperatura ambiente com outra seringa.

Procedimento C: Tampe a entrada das seringas com um dedo e puxe o embolo com um
pouco de força. Observe e compare as duas seringas.
Sugestão:

- Quando todos acabarem os experimentos pergunte a turma se as hipóteses que eles


tinham antes de realizar os experimentos foram corroboradas ou refutadas.

- Estimule esse debate.

Com base no que você aprendeu e observou, responda as seguintes perguntas:

1- O foguete após o contato com o fósforo aceso acabou sofrendo uma propulsão. Tente
relacionar este movimento com a reação ocorrida no interior da garrafa e o espaço
ocupado por gases:

A garrafa PET não estava vazia, pois todo o seu interior é preenchido por ar
atmosférico. O que ocorre no seu interior é uma reação entre as moléculas de ar
atmosférico quando o álcool é adicionado na garrafa. Essas moléculas se misturam, mas
não se chocam, para reagirem é necessária uma energia, essa energia é dada pela chama
do fósforo. Dessa reação ocorre então uma combustão que é a reação química entre dois
ou mais reagentes. Na reação de combustão é gerada uma explosão pelos gases
produzidos na reação (gás carbônico e vapor d’água), estes ocupam um espaço muito
grande no interior da garrafa provocando um deslocamento de gases. Esses gases saem
pelo furo da garrafa com uma força de intensidade igual à força que garrafa faz para
expulsar os gases do seu interior, ou seja, a força que os gases fazem para sair pelo furo
da tampa corresponde a força que a garrafa faz para expulsá-los na mesma direção,
porém em sentidos contrários.

2- Se ao nível do mar a temperatura de ebulição da água é de 100 ºC. Explique o motivo


de a água em determinada seringa ter entrado em ebulição, se o líquido coletado estava
em temperatura menor:

Ao puxarmos o embolo da seringa diminuímos a pressão no interior da seringa, assim a


água entra em estado de ebulição. Portanto em menores pressões a água possui um
menor ponto de ebulição.
3- A temperatura de ebulição da água na cidade de Brasília é de aproximadamente
98,3ºC, enquanto ao nível do mar é de 100º C. Explique esta diferença relacionando a
pressão atmosférica nesses locais:

Em locais de maior altitude existe uma menor camada de ar sobre a superfície, isso
diminui a pressão que a atmosfera exerce na superfície. Sendo assim um local de menor
pressão atmosférica, portanto a temperatura de ebulição da água irá cair.

Para saber mais:

Assista ao vídeo https://www.youtube.com/watch?v=onZGpuZycyY

Fontes:

GADOTTI, Viviane Ribeiro Linguitte et al. Construindo Foguetes. Disponível em:


<http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?
midia=aas&cod=_exploracaoespacialexplor>. Acesso em: 21 de Maio 2014.

HEWITT, Paul G.. Física Conceitual. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. 685 p.

MIRANDA, Vagner. Foguete a álcool. 2012. Disponível em:


<http://vagnermirandaquimica.blogspot.com.br/2012/06/introducao-partir-desta-
experiencia.html>. Acesso em: 21de Maio 2014.

Você também pode gostar