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5.

Resultados e discussões
5.1 Prática 1
Após o processo experimental, observou-se como resultado da prática que as reações de
decomposição da água oxigenada nas provetas ocorreram de formas distintas, o que já era
esperado de acordo com a teoria. Nesse sentido, na proveta que havia apenas água oxigenada
junto ao detergente e corante (proveta 01), constatou-se a formação de uma quantia
expressivamente pequena de espuma. Já na proveta que continha as mesmas substâncias da
anterior junto a pequenos cubos de batata (proveta 02), averiguou-se o surgimento de espuma
em uma porção pequena, porém superior em relação a proveta 1. Por último, a proveta que
possuía as mesmas substâncias da primeira junto ao iodeto de potássio (proveta 03),
apresentou uma grande produção de espuma, no qual a mesma chegou a transbordar. Tais
resultados descritos podem ser comprovados por meio da imagem a seguir:
Figura 1: Reações de Decomposição da Água Oxigenada

Fonte: Acervo do Autor

Descrição da imagem:

Proveta 01: localizada a esquerda da imagem

Proveta 02: localizada na centralidade da imagem

Proveta 03: localizada a direita da imagem

Diante do exposto, evidencia-se que na proveta 01 a velocidade da reação foi muito lenta, pois
não havia nenhum catalisador para acelerar a mesma, no qual tal resultado condiz com a base
teórica, pois a reação em questão na ausência de catalisadores ocorre de forma muito
vagarosa na presença de luz. Além disso, um aspecto a ressaltar é que o detergente e o
corante usados em todas as reações não interferem no desenvolvimento das mesmas, em que
a adição de tais compostos tem o intuito apenas de proporcionar uma melhor visualização da
transformação química.

Ademais, comparando as reações 02 e 03, observou-se que o catalisador iodeto de potássio


possuiu um maior potencial de acelerar a reação em relação ao catalisador enzimático
catalase, presente na batata. Isso ocorreu devido ao fato de o legume ter sido cortado em
cubos e assim, ter ficado com uma pequena superfície de contato com o reagente, dificultando
a ação da catalase e por consequência, o desenvolvimento da reação. Por outro lado, o iodeto
de potássio utilizado no processo era composto por minúsculos grãos, possuindo dessa forma
uma grande superfície de contato com o regente. Nesse contexto, tal tese pode ser
comprovada pela teoria das colisões, a qual diz que a existência e a velocidade de uma reação
química esta diretamente relacionada às colisões efetivas entre as partículas dos reagentes, no
qual existem diversos fatores que influenciam tais colisões, sendo um deles a superfície de
contato, no qual quanto maior a área de encontro entre os reagentes, maior será a quantidade
de colisões e consequentemente, a velocidade será mais rápida também. Dessa maneira, como
o iodeto de potássio possuía uma maior superfície de contato com o reagente, foi sucedido
uma maior quantia de colisões entre esse catalisador e o reagente, proporcionado uma ação
mais eficaz desse acelerador de reações quando se compara com o presente na reação que
continha batatas.

5.2 Prática 2
Parte A
Ao término do procedimento experimental, os resultados averiguados foram que na primeira
ação de introduzir o pavio em chamas sobre o tudo de ensaio que continha apenas peróxido
de hidrogênio não ocorreu intensificação ou mantimento do fogo, pois o mesmo foi se
apagando de forma natural. Contudo, quando se realizou a mesma ação anterior no tubo de
ensaio que continha peróxido de hidrogênio junto a uma espátula de dióxido de manganês,
analisou-se um resultado distinto, no qual constatou-se além de uma maior intensidade da
chama, a conservação da mesma por um tempo superior em relação ao primeiro experimento.
Tal observação pode ser vista por meio da seguinte imagem:
Figura 2 – Pavio em Chamas Sobre o Tubo de Ensaio que Possuía Catalisador

Fonte: acervo do autor

Nesse viés, é possível depreender que os resultados obtidos vão de encontro com a teoria.
Assim, na primeira ação a chama se desenvolveu e apagou de forma natural devido à baixa
reação de decomposição da água oxigenada, pois a mesma não possuía nenhum catalisador.
Portanto, como a reação de decomposição ocorreu em uma proporção muito pequena, houve
uma baixa geração de produtos e assim, de gás oxigênio, que é um dos elementos formados
nessa reação. Por conseguinte, no mecanismo do experimento, esse oxigênio formado foi
exalado em forma gasosa para a região superior do tudo de ensaio, onde estava sucedendo a
reação de combustão no pavio. Nessas condições, sabe-se que um dos reagentes da
combustão é justamente o gás oxigênio e assim, conclui-se que a taxa da reação de
decomposição da água oxigenada esta diretamente relacionada com a taxa da reação de
combustão, pois o oxigênio formando na primeira transformação química é utilizado como
reagente na segunda. Dessa forma, como a reação que produz oxigênio foi muito baixa, logo, a
reação que utiliza esse elemento como reagente também foi muito pequena, o que justifica
não ter havido nenhuma alteração expressiva como maior intensidade ou tempo de duração
das chamas. Para evidenciar de forma clara o sistema descrito, por meio das reações abaixo é
possível observar que na reação de decomposição o oxigênio aparece como produto e na
reação de combustão como reagente.

Reações:

Reação de decomposição do peróxido de hidrogênio: 2 H2O2 → 2 H2O + O2

Reação geral de combustão: Combustível + Oxigênio → Dióxido de carbono + Água + Calor

Ainda nesse contexto, entretanto, analisando a segunda ação, no qual foi observado chamas
mais potentes e por um tempo mais duradouro, é possível identificar que isso aconteceu em
função da reação de decomposição da água oxigenada ter ocorrido de forma mais intensa e
rápida devido a adição do catalisador dióxido de manganês, que acelerou muito a reação.
Como resultado disso, obteve-se uma maior geração do produto oxigênio, que é produzido
nessa transformação e por consequência, uma maior quantidade do reagente oxigênio foi
alcançada para a reação de combustão, pois como já falado antecedentemente, o oxigênio
produzido na primeira reação é utilizado como reagente na segunda. Nesse sentido, como
houve uma maior quantia de reagente para a reação de combustão, logo, essa transformação
química também foi mais intensa e demorada, confirmando o que foi analisado na prática.

Parte B
Sequencialmente ao término da última prática, analisou-se que o catalisador dióxido de
manganês não foi consumido conforme se colocava mais quantia de peróxido de hidrogênio,
pois observando de forma geral as reações continuaram ocorrendo de maneira acelerada
comparando com a reação sendo efetuada de forma natural. Contudo, um ponto observado
importante a destacar é que o tempo para o término de produção de bolhas em cada
repetição variou conforme era adicionado o peróxido de hidrogênio, em que quanto maior era
o número da repetição do processo, também era maior o tempo para a ocorrência da reação.
Esse fato processa-se porque na repetição 01, ao coloca-se o peróxido de hidrogênio junto ao
catalisador, a reação de decomposição ocorre, produzindo oxigênio gasoso, que é emitido para
o ambiente e água líquida, que permanece no tubo de ensaio. Assim, haverá nesse recipiente
água junto ao catalisador quando se adicionar mais 01 ml da substância em questão na
segunda repetição. Devido a essa presença de água, que é produzida e aumentada em cada
repetição, inferi-se que acontece uma maior dissolução do catalisador conforme executada as
repetições, o que proporciona a necessidade de um maior tempo para a ação do catalisador e
assim, para o término da reação, apesar do catalisador não ser gasto. Abaixo encontra-se o
quadro do tempo percorrido para o fim da borbulha em relação a cada repetição:

Quadro 1 – Tempo de reação para cada repetição


Repetições Tempo
01 8 segundos
02 10,5 segundos
03 29 segundos
04 61 segundos
05 120,4 segundos
Fonte: autoria própria

Questão de verificação
Questão 1 – Letra A:

Analisando o gráfico, vê-se que existem dois mecanismos de reação:

l–A+B →C

II – C → D + E

A reação global desse mecanismo será:

A+B→C+D

Questão 1 – Letra B:

Observando as duas curvas de energia do gráfico, compreende-se que a etapa lenta ocorre na
segunda, pois essa curva é maior e assim, retrata uma maior energia de ativação.

Para encontrar a equação de velocidade da reação, multiplica-se os reagentes elevados aos


seus respectivos coeficientes estequiométricos com a constante da reação. Assim, como deve-
se analisar a etapa lenta da reação para encontrar a lei da velocidade, logo, a mesma será
composto pela multiplicação da constante K com o reagente C elevado a 1. Tal equação da
velocidade é representada da seguinte forma:

v = k [C]

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