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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Experimento 1:

Durante as observações verificou-se que no tubo de ensaio 01, que continha uma
mistura de fermento biológico com água morna, no tubo de ensaio 02, continha uma
mistura de fermento biológico, água morna e açúcar e no tudo de ensaio 03 continha
fermento biológico, água morna e adoçante com quantidades iguais formaram uma
solução depois de serem homogeneizados.

Não se observou o enchimento do balão no tubo de ensaio 01 e 03 e o seu


volume se manteu o mesmo do início até o fim do experimento, mesmo aparecendo
algumas bolhas em forma de espuma.
Em contradição, no tubo de ensaio 2 observou-se o aparecimento de bolhas em
forma de espuma e também o aumento do volume da solução até a superfície do tudo de
ensaio. E ainda, após 10 minutos, notou-se o enchimento do balão dando origem ao
processo de fermentação.

De acordo com Lima et al. (2001), uma levedura, na presença de oxigênio,


realiza a fermentação aeróbica, que produz dióxido de carbono (CO2). E este gás
carbônico é evidenciado com as bolhas que se vê durante a fermentação, por exemplo
essas bolhas são também vistas durante a fermentação de pão e é isso que faz o pão
crescer. No entanto, tendo em conta as ações das leveduras na fermentação pode se
interpretar os resultados observados da seguinte maneira:
Tubo de ensaio 01:
No tubo de ensaio 01, que continha apenas a solução de fermento biológico
também não ocorreu a fermentação porque estava presente apenas o fermento, e
percebendo que o fermento é constituído por leveduras e algumas massas de amidos em
pequenas quantidades, que causou o aparecimento de bolhas de maneira muito lenta.
Pois o amido é uma macromolécula e por isso a sua digestão se torna lenta e o balão não
encheu porque não teve produção de gás carbônico.
Tubo de ensaio 02:
No tudo de ensaio 02 tinha as condições necessárias para a ocorrência da
fermentação. Aqui tinha uma mistura de açúcar e fermento em forma de uma solução.
Ocorreu fermentação e libertação de dióxido de carbono (CO2) porque as leveduras
quebraram os dissacarídeos em monossacarídeo daqui para etanol e por fim para a
formação de gás carbônico. Isso ocorre por que as leveduras na ausência do oxigênio se
alimentam do açúcar num processo de fermentação alcoólica, que ocorre por duas
etapas, sendo elas glicólise e fermentação:
Glicólise: a glicólise é o processo inicial no qual uma molécula de glicose é dividida em
duas moléculas de piruvato. Esse processo ocorre no citoplasma das células e envolve
uma série de reações químicas que resultam na produção de ATP (trifosfato de
adenosina) e NADH (nicotinamida adenina dinucleotídeo). A glicólise é uma etapa
crucial na obtenção de energia a partir da glicose.

Fermentação: Após a glicólise, em condições anaeróbias (sem oxigênio), o piruvato


produzido pode ser convertido em diferentes compostos, dependendo do organismo e
das condições ambientais. Na fermentação alcoólica, o piruvato é convertido em etanol
e dióxido de carbono, enquanto na fermentação láctica, o piruvato é convertido em
ácido láctico. Esses processos regeneram compostos que são necessários para a
continuidade da glicólise, permitindo que as células continuem produzindo ATP na
ausência de oxigênio, e liberando CO2. Fazendo que o balão se encha.

Esta reação ocorreu apenas no tudo de ensaio 02, com a participação das
leveduras.
Tubo de ensaio 03
No tudo de ensaio 03, que continha solução de fermento biológico com adoçante.
Fermento e adoçante pode desencadear o processo de fermentação. O fermento,
geralmente levedura, é capaz de metabolizar os carboidratos presentes no adoçante
(como sacarose, por exemplo) na presença de água morna, resultando na produção de
dióxido de carbono (CO2) e álcool como subprodutos. Portanto, mesmo sem a adição de
açúcar, o adoçante pode fornecer carboidratos suficientes para iniciar a fermentação,
embora possa haver diferenças na velocidade ou na quantidade de gás produzido em
comparação com uma solução contendo açúcar.
Figura 1: Tubo de ensaio 01, 02 e 03 e suas respectivas soluções.
Fonte: Arquivo pessoal (2024).

Experimento 2:
Durante as observações verificou-se que no tubo de ensaio 01, que continha uma
mistura de fermento biológico, água morna e açúcar e no tubo de ensaio 02, continha
uma mistura de fermento biológico, água fria e açúcar com quantidades iguais
formaram uma solução depois de serem homogeneizados.
Não se observou o enchimento do balão no tubo de ensaio 02 e o seu volume se
manteu o mesmo do início até o fim do experimento.
Em contradição, no tubo de ensaio 01 observou-se o aparecimento de bolhas em
forma de espuma e também o aumento do volume da solução até a superfície do tudo de
ensaio. E ainda, após 10 minutos, notou-se o enchimento do balão dando origem ao
processo de fermentação.
Temperaturas mais altas geralmente aceleram as reações químicas, incluindo a
fermentação. Na solução com água morna, o calor proporcionou um ambiente mais
favorável para a atividade do fermento, resultando em uma produção de gás carbônico
mais rápida e, consequentemente, no enchimento mais rápido do balão. Já na solução
com água fria, o processo de fermentação provavelmente foi mais lento devido à
temperatura mais baixa.
Figura 2: Tubo de ensaio 01 e 02 e suas respectivas soluções.
Fonte: Arquivo pessoal (2024).
CONCLUSÃO

Com o desenvolver dessa aula prática, podemos concluir a importância do


processo de fermentação na produção de uma variedade de produtos, desde alimentos
até biocombustíveis. Além disso, destacar como a compreensão dos diferentes tipos de
fermentação e os microrganismos envolvidos podem ser aplicados em diversas áreas,
como na indústria alimentícia e na medicina. A experiência prática proporcionou uma
visão mais profunda dos processos bioquímicos envolvidos na fermentação e sua
relevância na vida cotidiana e na indústria.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LIMA, U. A.; AQUARONE, E.; BORZANI, W.; SCHMIDELL, W. Biotecnologia


industrial: Processos fermentativos e enzimáticos. São Paulo: Blucher, 2001.

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