Você está na página 1de 1

EFEITOS DA LOCALIZAÇÃO DA VACA NO PIQUETE NO MOMENTO DO PARTO

SOBRE AS LATÊNCIAS DO BEZERRO PARA LEVANTAR E MAMAR. Juliana Freitas


Federici, Mateus José Rodrigues Paranhos da Costa, Luciandra Macedo de Toledo, Anita
Schmidek – Zootecnia – Departamento de Zootecnia – Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinária da UNESP - Campus Jaboticabal.

O processo de amamentação nas primeiras horas após o parto assume grande importância
na produção de bovinos, uma vez que sua ocorrência está associada à taxa de
sobrevivência dos bezerros. O ato de levantar-se pela primeira vez parece ser muito
exaustivo para a cria, devendo esta levantar e mamar o mais rapidamente possível. Muitos
aspectos parecem estar envolvidos com este fato, porém alguns podem ter maior influência
sobre o sucesso na amamentação, podendo ser decorrentes da localização da vaca no
piquete no momento do parto. O objetivo deste trabalho foi estudar a influência da
localização da vaca no piquete de parição no momento do parto sobre as latências para
levantar e mamar dos bezerros, com ênfase no estudo da proximidade com a cerca e o tipo
de cobertura do solo. Foram utilizados dados provenientes de observações de parições de
vacas de quatro raças de bovinos de corte (Nelore, Guzerá, Caracu, Gir), realizadas junto à
Estação Experimental de Zootecnia, da cidade de Sertãozinho, entre 1996 e 2001. Os
resultados mostraram efeitos significativos (p = 0,0001) da distância da vaca em relação à
cerca do piquete sobre a latência para mamar; 41% dos bezerros nasceram próximo da
cerca e apresentaram maiores latências para mamar (150 min) quando comparados aos
bezerros nascidos afastados da cerca (59%), que despenderam 100 min. Outra diferença
significativa (p = 0,0134) foi observada em relação à latência para ficar em pé e o tipo de
cobertura do solo onde ocorreu o parto. A latência para ficar em pé de bezerros nascidos
sobre superfície coberta com pastagem (75% dos partos) e dos nascidos em regiões do
piquete com pedregulhos e terra (25 %), foram 48 e 67 min respectivamente. A latência para
mamar dos bezerros também sofreu efeito significativo (p = 0,0143) do tipo de cobertura do
solo: os que nasceram sobre superfície coberta com pastagem demoraram 88 min para
iniciar a mamada, e os nascidos em regiões do piquete com pedregulhos e terra, 136 min.
Essas observações mostram a importância da compreensão dos comportamentos materno–
filiais, para que com o auxilio destes conhecimentos possamos definir técnicas de manejo e
condições ambientais mais adequadas e favoráveis ao neonato e à vaca parturiente.
Bolsa : CNPq

Você também pode gostar