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MINI ENSAIO SOBRE A QUARTA REVOLUÇÃO

INDUSTRIAL
Danton Casas Moura

A primeira revolução industrial se inicia no ano de 1760, onde a


máquina de vapor inventada por J. Watt em 1769 se estabeleceu como
protagonista na produção mecânica. Esse período simbolizou a
transição do período da economia agrícola para o início de uma
economia industrial. Adam Smith descreve bem a divisão do trabalho
nos processos de produção das mercadorias que ocorriam nas
indústrias durante o século XVIII usando seu clássico exemplo do
alfinete:

"Um operário desenrola o arame, outro o endireita, um terceiro o corta,


um quarto faz as pontas, um quinto o afia nas pontas para a colocação
da cabeça do alfinete; para fazer uma cabeça de alfinete requerem-se
3 ou 4 operações diferentes; montar a cabeça já é uma atividade
diferente, e alvejar os alfinetes é outra; a própria embalagem dos
alfinetes também constitui uma atividade independente". (SMITH, 1994,
p.42)

A segunda revolução industrial se inicia em 1870, essa fase tem


como principal característica o método de produção em grande escala.
As tecnologias nesse período possibilitaram a produção em massa,
automatização do trabalho, aprimoramento das indústrias siderúrgicas
e o surgimento de novas indústrias. Se na primeira os destaques eram
o ferro, o carvão e a energia a vapor, a partir da segunda revolução
industrial os destaques passam a ser o aço, a eletricidade e o petróleo.

A terceira revolução industrial se inicia durante meados do


século XX, por volta da década de 1950. A terceira fase da revolução
industrial tem como principal característica o avanço tecnológico das
indústrias. Nessa fase assumem uma posição de destaque as áreas da
robótica, genética, informática, telecomunicações, eletrônica, entre
outros. Os estudos desenvolvidos durante essa terceira fase ajudaram
realizar as modificações necessárias no sistema de produção para
chegar no objetivo de produzir mais em menos tempo.

A partir do ano de 2014 a indústria vivenciou uma brusca


mudança, o surgimento de fábricas inteligentes e a gestão online da
produção, a partir desse momento se iniciou aquilo que alguns
especialistas denominam hoje em dia como "a quarta revolução
industrial". O conceito deste fenômeno foi dado em 2016 por Klaus
Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial. De acordo com Klaus
Schwab

"A Quarta Revolução Industrial gera um mundo no que os


sistemas de fabricação virtuais e físicos cooperam entre si de uma
maneira flexível a nível global".

Alguns dos efeitos que serão causados pela quarta fase da


revolução industrial e que podem ser vistos como positivos são as
melhorias no aumento da velocidade, eficiência e na qualidade dos
processos de produção, redução de empregos perigosos, entre outros.
Efeitos que correm o risco de serem negativos caso não haja um bom
planejamento nessa transição para a quarta fase são o desemprego
em massa (é estimado pela McKinsey Global que até 2030 seriam
perdidos cerca de 800 milhões de trabalhos), a alta dependência
tecnológica, os crescentes riscos cibernéticos, a exclusão digital, a
dificuldade de adaptação por conta dessa revira volta brusca na
mudança do estilo de vida atual, entre outros.

A IA (inteligência artificial) é atualmente é uma das mais famosas


tecnologias que desempenharão um papel fundamental nessa nova era
e que serão a base para esse futuro que se aproxima. Além da IA
existem cerca de outras 5 tecnologias que são vistas como essenciais,
são essas: A tecnologia das coisas (nasceu para estabelecer uma
conexão entre o mundo digital e o mundo físico a partir de dispositivos
inteligentes), Cobots (Cobots são criados para interagir com humanos
em ambientes colaborativos, inclusive são esse cobots que podem
otimizar a produção afastando os trabalhadores das tarefas de risco),
Realidade Aumentada (Permitem que o usuário tenha uma experiência
visual mais real no mundo virtual), Big data (permite que troquemos
nossas informações por dados, pois o big data permite a gestão e
interpretação de dados em massa bons para criar estratégias de
mercado), Impressão 3D e 4D (essas impressões permitem produzir
protótipos tridimensionais de uma forma rápida, precisa e econômica,
elas podem ser usadas em diversos setores – design, arquitetura,
engenharia, entre outros.)

Referências

*Smith, Adam. A Riqueza das Nações. Rio de Janeiro: editora vozes,


1994.

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/terceira-revolucao-
industrial.htm

https://brasilescola.uol.com.br/amp/historiag/segunda-revolucao-
industrial.htm

https://www.iberdrola.com/inovacao/quarta-revolucao-industrial#:~:text=O
%20conceito%20de%20Quarta%20Revolu%C3%A7%C3%A3o,Mundial%2C
%20em%20uma%20obra%20hom%C3%B4nima

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/primeira-revolucao-industrial.htm

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