Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FER-001
1
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO À METROLOGIA....................................................................4
1.2 - Medição...........................................................................................................4
2 - FERRAMENTAS........................................................................................ 30
3 - OPERAÇÃO DE FURAÇÃO.......................................................................... 63
4.1 - Roscas............................................................................................................ 75
5 - ELEMENTOS DE FIXAÇÃO.......................................................................... 94
REFERÊNCIAS...............................................................................................103
3
1 - INTRODUÇÃO À METROLOGIA
A metrologia é a ciência que estuda as unidades de medida e processos de
medição. Utilizada desde a antiguidade, sendo de fundamental importância para
diversas atividades do ser humano. A metrologia abrange todos os aspectos teóricos e
práticos relativos às medições, em quaisquer campos da ciência ou da tecnologia.
1.1 - Finalidade
O controle não tem por fim somente reter ou rejeitar os produtos fabricados
fora das normas; destina-se, antes, a orientar a fabricação, evitando erros. Representa,
por conseguinte, um fator importante na redução das despesas gerais e no acréscimo
da produtividade.
Um controle eficaz deve ser total, isto é, deve ser exercido em todos os estágios
de transformação da matéria, integrando-se nas operações depois de cada fase de
usinagem.
1.2 - Medição
O conceito de medir traz, em si, uma ideia de comparação. Como só se podem
comparar “coisas” da mesma espécie, cabe apresentar para a medição a seguinte
definição, que, como as demais, está sujeita a contestações:
4
“Medir é comparar uma dada grandeza com outra da mesma espécie, tomada
como unidade”.
Uma contestação que pode ser feita é aquela que se refere à medição de
temperatura, pois, nesse caso, não se comparam grandezas, mas, sim, estados.
1.3 - Grandeza
Já deu pra perceber que o conceito de grandeza é fundamental para se efetuar
qualquer medição. Grandeza pode ser definida, resumidamente, como sendo o
atributo físico de um corpo que pode ser qualitativamente distinguido e
quantitativamente determinado Aqui vamos precisar de mais exemplos: a altura de
uma lata de refrigerante é um dos atributos desse corpo, definido pela grandeza
comprimento, que é qualitativamente distinto de outros atributos (diferente de massa,
por exemplo) e quantitativamente determinável (pode ser expresso por um número).
5
Para saber a altura daquela lata, por exemplo, é preciso adotar um
comprimento definido para ser usado como unidade. O comprimento definido como
unidade de medida pelo Sistema Internacional de Unidades - SI, é o Metro, seus
múltiplos e submúltiplos.
1.5 - Padrão
Seria bem complicado medir a altura de uma lata usando apenas a definição do
Metro. Para isso existem os Padrões Metrológicos. Um padrão metrológico é, em
resumo, um instrumento de medir ou uma medida materializada destinada a
reproduzir uma unidade de medir para servir como referência.
6
Medição Indireta por Comparação
Tranquilidade.
Limpeza.
Cuidado.
Paciência.
Senso de responsabilidade.
Sensibilidade.
Finalidade da posição medida.
Instrumento adequado.
Domínio sobre o instrumento.
Recomendações
Evite:
Cuidados:
O metro:
8
Essa medida materializada, datada de 1799, conhecida como o "metro do
arquivo" não mais utilizada como padrão internacional desde a nova definição do
metro feita em 1983 pela 17ª Conferência Geral de Pesos e Medidas.
9
O milímetro
10
Fonte: Metrologia Industrial
A polegada
11
1.10 - Instrumentos de medição
Régua graduada
Sistema Métrico
Sistema Inglês
Finalidade
Tipos
13
Régua com encosto
Régua de profundidade
Trena
14
Como Usar Uma Trena:
Não se recomenda medir perímetros com trenas de bolso cujas fitas sejam
curvas.
4) Quando não tiver uma régua de aço por perto ou uma borda reta para
desenhar uma linha reta, vire a lâmina da fita ao contrário e a use como régua.
15
Conservação:
Paquímetro
16
A próxima figura mostra as diferentes possibilidades de uso de um paquímetro
universal, para a medição interna, externa, de profundidades e ressaltos, o que reforça
a versatilidade desse instrumento.
17
A resolução expressa a menor medida que um paquímetro é capaz de medir. É
calculada dividindo-se a unidade da escala fixa pelo número de divisões do nônio. A
fórmula para calcular a resolução, portanto, é:
Onde:
Existem paquímetros com resoluções de 0,1 mm, 0,05 mm, 0,02 mm, 1/128” e
0.001”.
Pelo fato de possuir duas escalas, uma escala “principal” (a escala fixa) e uma
escala “auxiliar” (o nônio ou vernier), a leitura do paquímetro se faz em duas etapas.
Considerando-se que o paquímetro funciona pelo deslizamento do cursor, onde está o
nônio, ao longo da escala fixa, tomaremos como referência para as leituras o “0” (zero)
do nônio. Assim, as duas etapas da leitura do paquímetro são as seguintes:
1. Observar por qual valor da escala fixa passou ou parou o “0” (zero) do nônio,
a referência.
18
2. Observar atentamente qual traço do nônio está perfeitamente alinhado
(coincidente)com qualquer traço da escala fixa. Leia no nônio o valor correspondente
deste traço coincidente. É a parte fracionária da medida.
A medida final será a soma da parte inteira com a parte fracionária da medida
observada.
19
Existem dois tipos diferentes de paquímetros para unidades do sistema inglês:
o paquímetro para leitura de polegadas fracionárias (geralmente conjugado ao
paquímetro de sistema métrico com resolução de 0,05 mm) e o paquímetro para
leitura de polegadas milesimais (geralmente conjugado ao paquímetro de sistema
métrico com resolução 0,02 mm). As técnicas de leitura são semelhantes às do
paquímetro do sistema métrico. As únicas diferenças são as quantidades de divisões,
tanto da escala fixa quanto do nônio de cada tipo de paquímetro, e o fato de que, para
se fazer as leituras do paquímetro em polegadas fracionárias, é preciso somar frações
ordinárias (na forma de numerador/denominador), o que requer o método
matemático adequado. Mas existem técnicas que simplificam esse processo e facilitam
a leitura.
20
Lembrando que a função do nônio é subdividir a menor divisão da escala fixa, o
nônio desse paquímetro possui 25 divisões. Assim, calculando-se a resolução desse
paquímetro, teremos: RES = UEF/NDN = 0.025”/25 = 0.001”.
A técnica para leitura desse paquímetro é a mesma: primeiro lê-se a escala fixa,
observando por onde a referência (o “0” – zero do nônio passou ou parou) e em
seguida, fazendo-se a leitura do nônio e, por fim, somando-se as duas. A Figura a
seguir ilustra dois exemplos de leitura do paquímetro em polegadas milesimais.
Associar esse traço com a imagem do nônio mostrada acima para indicar qual
foi o traço alinhado. Anotar valor ao lado da contagem de traços do passo 1.
3º passo: 4 * 1 = 4 + 3 = 7.
22
Logo, a medida é: 7/64”
3º passo: 8 * 8 = 64 + 3 = 67
Micrômetro
24
A leitura do micrômetro é feita em três etapas: primeiro, contam-se os
milímetros inteiros da medida nas marcas da bainha do instrumento; depois, conta-se
o meio milímetro (se tiver passado) também na bainha do instrumento e, em terceiro,
observa-se qual divisão do tambor está alinhada com a linha neutra da bainha do
instrumento.
25
Relógio comparador
26
Existe ainda um acessório que permite utilizar o relógio comparador para
medições indiretas em furos, de modo que o deslocamento radial da ponta do
acessório é transformado em deslocamento axial que movimenta a ponta de contato
do relógio comparador, deslocando o fuso e exibindo no mostrador, pelo
deslocamento do ponteiro, diferenças entre a medida do furo ou superfície cilíndrica
interna em relação a um padrão no qual o instrumento tenha sido configurado
previamente.
28
comumente conhecido em mecânica); ao passo que valor menor do que o padrão
indica depressão (ou rebaixo, ainda no jargão mecânico).
29
2 - FERRAMENTAS
Para qualquer trabalho de manutenção, são indispensáveis as ferramentas
corretas, que tornam o trabalho mais rápido, fácil, prático e seguro para os
profissionais envolvidos. Assim como as máquinas, seus componentes, acessórios e
periféricos, as ferramentas também foram desenvolvidas e continuam sendo
aperfeiçoadas em sintonia com os avanços tecnológicos. Uma manutenção de
qualidade depende do conhecimento dos profissionais do uso correto e seguro das
diferentes ferramentas existentes e disponíveis. A seguir serão apresentadas algumas
ferramentas típicas da manutenção. O conteúdo a ser abordado, apesar de parecer
óbvio para profissionais mais experimentados, é de suma importância para garantir a
utilização correta do ferramental e prevenir acidentes decorrentes do mau uso, com
consequências sérias para os envolvidos na manutenção.
30
Chave fixa
São chaves utilizadas para parafusos cujas cabeças não apresentam ranhuras e
que possuam forma quadrada ou hexagonal. As chaves de boca devem seu nome à
configuração de sua cabeça e possuem medidas diferentes em suas extremidades. São
destinadas à torção de parafusos e porcas de posição simples, sendo que as bocas
podem ser paralelas à haste ou em ângulos de 15º a 80º, para facilitar o manejo. No
mercado são encontrados jogos de várias medidas. Essa medida corresponde à
distância entre duas faces paralelas da porca ou da cabeça do parafuso.
Chave estrela
31
destas chaves varia de acordo com o formato do parafuso ou porca. Para porcas ou
parafusos sextavados as chaves apresentam doze estrias, enquanto que porcas e
parafusos quadrados são manejados com chaves de oito estrias. Os cabos das chaves
possuem comprimentos proporcionais ao diâmetro dos parafusos e podem ser retos
ou inclinados, que são indicados para trabalhar com porcas e parafusos parcialmente
embutidos.
Chave combinada
Chave de soquete
33
por um sem-fim, em um setor dentado no punho. A abertura dos mordentes pode
variar de zero a 1/2 polegada ou mais. O ângulo de abertura do punho é de 22 1/2º em
uma chave ajustável, e ela pode executar o trabalho de várias chaves de boca. Embora
versátil, ela não é destinada a substituir as chaves de boca, colar ou soquete
padronizadas. Quando usando qualquer chave ajustável, a força de tração no lado do
punho, que tem o mordente fixo da chave, é sempre exercida.
Chave de fenda
Como cuidados especiais não se deve utilizar essas chaves como alavanca,
talhadeira ou para provocar descargas elétricas, também não se deve tentar aumentar
o torque da chave utilizando um alicate.
Chave Philips
34
Utilizada em parafusos que possuem cabeças com duas ranhuras, é constituída
por uma haste de aço temperado e um cabo. Sua medida caracteriza-se pelo diâmetro
da haste.
Chave TORX®
Além disso, a forma arredondada dos encaixes das chaves Torx® garante o
completo alívio da tensão, sem forçar o parafuso. Devido ao ângulo de torque mais
preciso (15°), este tipo de parafuso suporta muito mais força que os sextavados.
Chave Allen
Alicate universal
36
São feitos de aço forjado, suas mandíbulas são reguláveis e construídos de
modo a permitir duas ordens de aberturas. Seu tamanho varia de 5 a 10 polegadas de
comprimento. São empregados, principalmente, para segurar e torcer peças.
São utilizados nos trabalhos de virar e modelar não só chapas finas, como
também fios macios além de colocar retentores em seus alojamentos.
37
Alicates de pontas compridas
38
Os alicates diagonais possuem duas lâminas curtas, fortes e ligeiramente
inclinadas. Podem ser empregados para cortar arames macios, colocar e retirar
contrapinos. São indispensáveis para colocar e retirar arames de segurança dos pinos e
freios de porcas.
Alicates de pressão
39
Os alicates para anéis de segmento interno e externo podem apresentar as
pontas retas ou curvas.
Torquês
É uma ferramenta muito parecida com o alicate, mas ela é usada unicamente
para cortar, não deve ser usada para segurar. A torquês é uma espécie de alicate. É
utilizada para cortar arames, vergalhões, rebites e parafusos para serviços leves, em
metais macios.
40
Disposição do picado: Refere-se à disposição e forma dos dentes,
podendo ser:
Simples: é empregado para materiais macios. (ex.: não ferrosos)
Cruzado: é empregado para materiais mais duros. (ex.: aços em
geral)
Forma geométrica (secção transversal): As formas das limas são
escolhidas de acordo com sua aplicação.
Lima chata: para limar superfícies planas em geral.
Lima paralela: para limar superfícies planas internas em ângulo
reto ou obtuso.
Lima quadrada: para limar superfícies planas em ângulos retos,
rasgos extemos ou internos.
Lima triangular: para limar superfícies em ângulo maior que 60°.
Lima meia-cana e lima redonda: para limar superfícies côncavas.
Lima faca: para limar superfícies em ângulos menores que 60°.
Quanto ao número de dentes podem ser:
Bastarda: para desbaste grosso.
Bastardinha: para desbaste médio.
Murça: para operação de acabamento de peças.
41
Limas rotativas
Segundo Mote (2011), as limas rotativas em metal duro são utilizadas junto à
retificadora manual. Elas podem ser usadas diante de qualquer tipo de material e estas
são utilizadas em operações como: desbaste de cordões de solda, reparação em geral,
abertura de juntas e chanfros para soldagem e as demais operações que demandem
remoção de material.
Fonte: Ferramentaria
Limas chatas - Essas limas são ligeiramente adelgaçadas a partir da ponta, tanto
na largura como na espessura. Elas cortam tão bem nas bordas quanto nos lados e são
as mais utilizadas normalmente. As limas chatas têm duplo corte em ambos os lados e
corte simples em ambas as bordas.
Limas quadradas - Essas limas podem ser adelgaçadas ou não, e são de corte
duplo. Elas são usadas principalmente para limar ranhuras, encaixes de chavetas e
para limar superfícies.
42
Limas redondas - Essas possuem a seção circular e podem ser afiladas ou
rombudas, de corte simples ou duplo e são usadas, principalmente, para limar
aberturas circulares ou superfícies côncavas.
Lima meia-cana - Essa lima corta no lado plano e no lado curvo. Elas podem ter
corte simples ou corte duplo. O seu formato permite que sejam usadas em locais
impossíveis para outras limas.
Lima para chumbo - São limas especialmente fabricadas para o uso em metais
moles. Elas são de corte simples e são feitas em vários tamanhos.
Lima faca - Seção em forma de faca. Usada para fazer ferramentas e moldes em
trabalhos que tenham ângulos agudos.
Grosa - Tem a mesma seção de uma lima meia-cana. Tem dentes grossos e é
especialmente, adaptável ao uso em madeira.
O corte regular é adaptado para trabalhos duros em ferro fundido, aço macio,
cobre, latão, alumínio, madeira, ardósia, mármore, fibra, borracha etc.
43
Métodos de utilização de limas
A seguir, agarramos a outra ponta da lima com o polegar e com os outros dois
primeiros dedos. Para evitar um inadequado desgaste, aliviamos a pressão durante o
retorno da lima.
Limagem por arrasto - Uma lima é algumas vezes usada segurando-se em cada
ponta, atravessada sobre o trabalho e movimentada no sentido do comprimento da
peça.
Para executar esse efeito, o ângulo em que a lima deve ser mantida, com
relação a sua linha de movimento, varia de acordo com os diferentes tipos de lima,
dependendo do ângulo no qual o dente corta.
44
Removendo rebarbas ou bordas rachadas - Praticamente todas as operações
de corte em chapas de metal produzem rebarbas ou pequenas rachaduras. Elas devem
ser removidas para evitar danos pessoais, arranhões e avarias das partes a serem
montadas. Rebarbas e rachaduras evitam a perfeita fixação de peças, e deverão
sempre ser removidas do trabalho, como se fosse um hábito.
Limagem no torno
Uma lima Mill, padrão, pode ser usada para esta operação, mas a lima de
grande ângulo para torno oferece um corte bem melhor e uma ação de autolimpeza.
Usa-se uma lima com as bordas lisas para proteger o trabalho, que tenha parte lateral,
de ser danificado.
45
Quando essas partículas de metal estão depositadas muito firmemente entre
os dentes e, não puderem ser removidas pelas batidas da ponta da lima na bancada,
usar uma escova de limpar limas ou uma escova de arame.
Serras
46
direção oposta. Utilizada para serra materiais como chapas,
canos e conduites.
Trava alternada: esta trava é formada por um dente travado
para a esquerda e um dente travado para direita quando há
tendências de acúmulos de aparas no corte do material.
47
ATENÇÃO!
b) Observar a colocação da lâmina de seria no arco (os dentes são voltados para
frente) e a tensão no aperto da mesma.
c) A pressão da serra não deve ser excessiva sobre o material e é feita durante
o avanço da sena sobre o material, no retorno a serra deve correr livremente.
d) Para evitar a quebra da serra deve-se escolher uma serra que tenha pelo
menos dois dentes em contato com a peça.
Machos
48
Os machos são em número de três, ao conjunto dos três machos chamamos de temo
de macho (para tubos são utilizados apenas 2 machos). Na abertura de roscas
iniciamos com o macho N.° 1 que tem a extremidade da ponta a conicidade mais
acentuada, em seguida passamos o N.° 2 que é o intermediário e para o acabamento
final da operação o macho de N.° 3 que praticamente não tem conicidade na ponta.
Cossinetes
Tarraxa
49
As tarraxas, segundo Mota (2011), são ferramentas utilizadas na produção de
roscas em tubos PVC e de aço galvanizado. Os equipamentos utilizados para cada
material são diferentes, tendo em vista que para tubos em PVC constitui-se uma
tarraxa presa em uma ou duas hastes ajustáveis, enquanto para tubos em aço
galvanizados são conjuntos constituídos com catraca exposta, cabeçotes e hastes de
fácil remoção.
Alargadores
50
Ferramentas de corte sem aparas
Talhadeira
Tesoura
51
Vazador
Régua ou escala
52
Esquadro
Compasso
53
Fonte: Catálogo de Ferramentas Manuais
Transferidor ou Goniômetro
54
Existem goniômetros com vernier para medir ângulos com maior precisão. Em geral
são fabricados em aço inoxidável.
Riscador ou Graminho
Os graminhos são utilizados para traçar peças onde os traços são retos e
paralelos, possuem um parafuso de ajuste (parafuso de chamada) e uma escala
graduada, com sensibilidade de 0.05mm e varia muito seu tamanho de acordo coma
aplicação.
55
As condições para um bom traçado são:
Cintel
Os cinteis possuem vários acessórios, como por exemplo: pontas para traçar,
pontas para edição interna e externa, prolongador, pontas com suporte para grafite,
pontas esféricas e tira linhas.
Suta
56
A suta é um instrumento de medição utilizada para comparação e verificação
de ângulos, ela também pode ser utilizada como uma espécie de verificador e ou
gabarito de ângulos em serviços que não exijam muita precisão. Ela é composta por
três lâminas, (suta combinada, no caso da suta universal possui apenas duas lâminas)
sendo uma chamada de lâmina principal que possui um rasgo longitudinal aberto, e as
outras duas são chamadas de lâminas auxiliares sendo umas com extremidade angular
de 45° e a outra com extremidades angulares de 30° e 60° e dois dispositivos para
trava.
Morsa de Bancada
Acessório para fixar peças fabricadas. Geralmente são feitas de ferro fundido, é
composta de duas mandíbulas, urna fixa e outra móvel que se deslocam guia por meio
de um parafuso e urna porca acionada por um manípulo. As mordentes são de aço
carbono temperado, extraído e fixado nas mandíbulas. E montada sobre uma bancada
de madeira daí provem o seu nome.
57
Morsa de Mão ou Grampo
É utilizado para prender peças em geral, ou seja, para fazê-las ficarem unidas
possibilitando ao ajustador a execução do seu trabalho.
Martelo
58
Martelo de pena: é usado para peças que possuem cantos vivos e
podem ser de pena reta ou pena cruzada.
59
Punção
Outros tipos de punção com pontas cilíndricas e compridas são utilizados para
sacar ou tirar pinos de alguns elementos de máquinas, como por exemplo, de polias ou
volantes. Tais punções são chamados de toca-pinos ou saca-pinos, e punção
deslocador para início da operação da saca-pinos.
60
Arco de Serra
Desandador
61
para ajustar o diâmetro da rosca. Normalmente os modelos de desandadores são
providos de cabos recartilhados, para facilitar a sua manipulação.
62
3- OPERAÇÃO DE FURAÇÃO
Na área de usinagem metal-mecânica existem diversas formas de se obter furos
em peças.
63
Normalmente na extremidade inferior da árvore de trabalho há um furo cônico
(cone Morse ou ISO), que é uma das características importantes da máquina. Neste
cone pode-se fixar diretamente ferramentas de haste cônica ou um mandril universal
tipo Jacobs para fixação de ferramentas de haste cilíndrica.
Mandril
Como a fixação em cone Morse ocorre por força de pressão, a retirada de uma
ferramenta ou de um mandril porta ferramenta é feita por meio de uma cunha
introduzida em uma ranhura existente na árvore.
64
A variedade de detalhes em furadeiras é bastante grande. Algumas máquinas
possuem avanço automático com limitadores de profundidade. Outras máquinas
possuem mesa giratória.
3.2 - Tipos
Pode-se classificar as furadeiras de diversas maneiras. Quanto ao sistema de
avanço pode-se classificar como manual (ou sensitiva) ou automática (elétrico ou
hidráulico). Ao contrário do que possa parecer as furadeiras sensitivas possuem grande
aplicação no meio industrial.
Furadeira de coluna
65
Fonte: Catálogo de Ferramentas Manuais
A furadeira radial pode possuir mais de uma mesa, que permite trabalhar em
uma peça enquanto se está fixando outra. Também é comum deixar um fosso em um
dos lados da máquina de modo a permitir trabalhar peças grandes.
66
máquinas pode-se ajustar cada árvore livremente, dentro de seus limites, e ter sua
própria velocidade de rotação.
67
3.4 - Brocas
As brocas são as ferramentas de abertura de furos. Possuem de 2 até 4 arestas
de corte e sulcos helicoidais por onde corre o cavaco. O ângulo da ponta varia de 90º à
150º de acordo coma dureza do material a furar, sendo o ângulo de 120º o mais
comum de se encontrar.
Os tipos de brocas mais comuns são: broca cilíndrica, mostrada acima, broca de
centro, broca calçada com pastilha e broca múltipla.
68
Fonte: Catálogo de Ferramentas Manuais
As brocas calçadas com pastilha ou brocas de vídea são indicadas para furação
de materiais de maior dureza e/ou para obter-se rendimentos superiores. Abaixo é
apresenta a aparência deste tipo de broca onde é possível perceber que a as pastilhas
são soldadas ao corpo.
69
Fonte: Catálogo de Ferramentas Manuais
70
Pode ser utilizada em concreto, alvenaria, mármore, etc. Dependendo da
especificação da vídea, que poderá ser mais ou menos dura, afiada ou não. Sempre
utilizada em materiais mais resistentes. Não servem para furar metais ou madeira.
Sua ponta tem a forma de uma flecha, sendo mais larga que o corpo da broca,
evitando que o pó gerado pela perfuração trave a broca dentro do furo. É capaz de
furar em instantes qualquer parede.
Utilizada para perfurar metais, são brocas helicoidais com haste cilíndrica e
podem ter corte à direita e à esquerda.
71
Recomendada para uso profissional na perfuração de concreto, granitos,
mármores, basalto, tijolos e materiais de alvenaria em geral.
Broca serpentina
72
Broca chata
Indicadas para perfurações onde o material é muito grosso, de forma que esta
é a única broca com capacidade de perfuração acima de 20 cm.
Serra copo
Existem vários tipos de serras copo: Para madeira, metal, plástico, alumínio,
alvenaria, cerâmicas e porcelanatos, etc.
Agora que você já sabe como escolher a broca certa para seu projeto, lembre-
se que mesmo o equipamento certo só traz bons resultados se utilizado corretamente.
Se informe de qual o melhor procedimento para fazer exatamente o tipo de furo que
você quer. Veja algumas dicas:
Outra dica é, na dúvida, começar sempre com uma broca menor. Assim, você
garante o ajuste correto. Se não der o diâmetro correto, você pode sempre passar uma
broca maior e corrigir, enquanto o contrário não é possível.
74
4 - FERRAMENTAS DE ABRIR ROSCAS
4.1 - Roscas
Pode ser considerada como um conjunto de filetes, assim como uma saliência
helicoidal, de perfil constante, que se desenvolve uniformemente, externa ou
internamente, em volta de uma superfície cilíndrica ou cônica. O tipo de rosca é
definido em função do tipo de perfil.
α – ângulo da hélice
hélice – hipotenusa
75
Dessa forma, com estes dados, é possível aplicar as relações trigonométricas
em qualquer rosca, quando se deseja obter o passo, diâmetro médio ou ângulo da
hélice.
77
À esquerda – o sentido de direção do filete será a esquerda quando, ao
avançar, o giro ocorrerá em sentido contrário ao dos ponteiros do
relógio com sentido de aperto à esquerda.
Sistema métrico
Onde:
78
Rosca métrica fina – para o cálculo de roscas triangulares métricas finas, são
usadas as mesmas fórmulas das roscas triangulares métricas normais. A única
diferença está relacionada à medida do passo.
Sistema withworth
Pode-se observar, neste tipo de rosca o ângulo de 55˚ entre os filetes da rosca.
79
Sistema americano
80
Em relação aos tipos de passos, podem ser classificadas da seguinte forma:
81
Fonte:Metrologia e mecânica básica
Um dos seus extremos termina com uma espiga de forma quadrada para fixar o
desandador.
82
O macho no 3 é o macho acabador, é o responsável pela forma da rosca. Não
tem sua ponta cônica, é muito empregado quando se quer abrir rosca até o fundo de
um furo cego.
83
Segurando o desandador com ambas as mãos, deve- se girar o macho e fazê-lo
penetrar no furo. É necessário, a princípio, certa pressão nos braços do desandador,
para que as arestas cortantes do macho ataquem a parede do furo, penetrando no
metal. É necessário manter a perpendicularidade do macho em relação à peça. Isto é
feito com um pequeno esquadro, como ilustra a figura ao lado.
84
Os cossinetes têm forma de uma porca com quatro canais internos que formam
arestas cortantes e permitem a saída do material que se desprende.
O cossinete não cortará com facilidade, sem que antes a ponta do vergalhão,
onde se vai iniciar a rosca, seja chanfrada. Esse chanfro pode ser executado com a lima
ou no esmeril, fazendo-se um ligeiro cone na extremidade da haste que se vai roscar
Tipos de cossinetes
Cossinete Redondo
Esses tipos podem ser empregados para abrir roscas com diâmetros com até
52mm de uma só passada. São muito rígidos e asseguram um roscado limpo.
85
Fonte:Metrologia e mecânica básica
Esses tipos de tarraxa diferenciam-se do tipo redondo por ter uma fenda radial
que a torna ligeiramente ajustável. Por meio de um parafuso cônico, pode-se alargar
um pouco a fenda, para abrir roscas em hastes de diâmetro um pouco maior do que o
diâmetro especificado para a rosca.
86
Ao abrir uma rosca, deve-se iniciar o corte com a face chanfrada da tarraxa, isto
é, com a face que apresenta uma pequena conicidade na entrada, virando a outra face
quando for necessário abrir a rosca até o final ou existir algum obstáculo que impeça
de fazer com o lado cônico.
TUBOS
Os tubos podem ser feitos de cobre, latão, aço, ferro fundido, metal mole, aço
inoxidável, chumbo ou plástico.
87
Os tubos são utilizados a bordo dos navios para conduzir fluidos ou gases, tais
como água, vapor, combustível e ar comprimido. O tipo de fluido que passa por dentro
de uma tubulação deve ser escrito fora dela.
As redes principais de água, vapor, drenagem, etc. são construídas com tubos
grandes unidos entre si por meio de solda ou flange e parafusos com porcas.
Os tubos menores que 2" (duas polegadas) de diâmetros deverão ser unidos
com acessórios, como união, curvas, luvas, joelhos, etc. Esses acessórios sãos roscados
com roscas para tubos (rosca de gás) que é uma rosca cônica. Os acessórios já são
fornecidos com as respectivas roscas. O serviço se resumirá em cortas, virar e abrir
rosca em tubo, a fim de uni-los entre si.
88
O corta-tubos deixa um amassado na face externa da parede do tubo e uma
rebarba na interna. Deve-se sempre retirar as rebarbas internas, pois elas vão prender
as sujeiras ou matérias sólidas pelos fluidos transportados, podendo haver
entupimento na tubulação. Para remover as rebarbas, deve-se empregar o escareador
de rebarbas.
Para cortar tubos com uma serra de aço, pode-se utilizar um bloco em forma de
V para segurar o tubo; mas se houver um corta-tubos deve-se usá-lo de preferência. O
bloco possui no centro alojamentos em forma de V para segurar o tubo e um entalhe
que serve para guiar a serra. Deve-se sempre usar lâminas de 32 dentes por polegadas
para cortar tubos finos.
Para abrir roscas de gás ou roscas de tubo nos extremos de um tubo, deve-se
utilizar uma tarraxa ajustável com rosca de gás.
A rosca estará completa, quando a ponta do tubo fizer face com as costas da
tarraxa.
90
Operação de roscar
A maneira de proceder com esse tipo de tarraxa é a mesma com as roscas N.C
ou N.F. Deve ser usado um óleo de máquinas para lubrificar e resfriar a rosca quando o
tubo for de ferro ou aço, mas no caso de latão ou cobre deve-se abrir rosca a seco.
Quando houver necessidade de fazer curvas, será sempre melhor usar um tubo
virado, em vez de um acessório, quando for possível. Assim, não haverá obstáculo ao
fluxo do fluido, e é mais econômico.
A curva a ser dada em um tubo deverá ser riscada em papel ou numa mesa de
risco. Deve-se tirar sempre um calibre da curva a ser feita com arame.
Deve-se recoser um tubo de cobre ou latão antes de virá-lo, pois isso tornará o
metal mais macio e aumentará a sua ductilidade (propriedade de ser distendido,
comprimido ou virado).
91
Pode-se recoser o cobre, aquecendo-o ao vermelho-cereja e mergulhando-o
em água fria. O aquecimento do tubo de cobre pode ser feito por meio de um
maçarico utilizado nas oficinas pelo soldador. Não se resfriam assim tubos de aços,
alumínio ou latão; deve-se deixá-los esfriar ao ar livre
Os artifícios para virar tubos poderão ser usados com bons resultados. Deve-se
virar a curva com o maior raio possível.
Se o tubo for de grande diâmetro e a curva de pequeno raio, o tubo deverá ser
enchido de areia seca comprimida, e ambas as extremidades, que deverão ser
tampadas.
Numa das extremidades, deve-se abrir um pequeno furo para que o ar escape
por ele. Feito isso, deve-se, então, aquecer o tubo para virá-lo da forma desejada. A
areia comprimida não permitirá que o tubo fique com dobras.
Os de tamanhos médios 1/4" a 5/8") podem ser virados com o virador manual.
Abrir boca de sino consiste em dar forma à ponta do tubo, de maneira a que ele
venha se ajustar ao acessório da rede.
Antes de abrir a boca de sino nos dois extremos do tubo, verifique se as peças
do acessório, que vão apertar a boca de sino, estão enfiadas no tubo em posição
correta. Lembre-se de que as peças do acessório não podem passar pela boca do tubo
depois de já ter sido aberta.
92
Uma vez apertado o tubo no alojamento das mandíbulas, que seja pouco
menor que o diâmetro externo do tubo, deve-se martelar o pino cônico, de maneira
que estampe a ponta do tubo.
93
5 - ELEMENTOS DE FIXAÇÃO
5.1 - Elementos de fixação
Parafusos, porcas, estojos, rebites e outros dispositivos não são propriamente
ferramentas manuais. Quando se precisa fazer manutenção e reparo de mecanismo ou
instalações onde eles sejam empregados, para manter unidas várias peças, é que
temos que saber como empregá-los.
Parafusos e porcas são fabricados de ferro, aço ou de outros metais, tais como
o cobre, latão, etc. Os parafusos podem ter cabeças quadradas, sextavadas, cilíndricas,
redondas e escareadas. Os parafusos e porcas possuem os mais variados diâmetros,
comprimentos e passos de roscas. Passo de rosca é a distância entre dois filetes
consecutivos de uma rosca. O passo da rosca pode ser medido em milímetro ou em
frações da polegada.
Finalidades
94
Tipos e aplicações
São utilizados em peças das máquinas; levam porcas, que podem ser quadradas
ou sextavadas. São também utilizados para montagem de estruturas de navios,
edifícios, pontes e para estruturas temporárias que devem ser facilmente
desmontadas.
São utilizados para unir peças atarraxados às porcas ou unir peças atarraxados
à peça roscada. São usados geralmente em peças fixas.
95
necessária uma grande resistência a esforços. Pode ter diversos formatos de cabeça:
cabeça de limão, escareada e oval, sendo provida de fenda ou em cruz, tipo phillips.
São usados para prender seções de chapas de metal, fibra, plástico, etc. O tipo
A termina com a ponta fina. O tipo Z tem a ponta chata e rosca mais fina que o tipo A.
O tipo de rosca desses parafusos é chamado de rosca soberba. O tipo Z deve ser usado
em chapas mais grossas que tipo A.
Os furos para esses parafusos são abertos com brocas ou punção com o
diâmetro igualao corpo do parafuso. As figuras acima mostram a variedade dos
formatos das cabeças desses parafusos.
96
Parafuso de Fixação
São utilizados para fixar polias e rodas de engrenagem aos respectivos eixos.
São classificados pelo diâmetro, forma de cabeça e forma da ponta. O parafuso fixará
melhor se sua ponta for cônica ou cilíndrica. Essa ponta penetra no alojamento do
eixo.
Estojos
Os estojos são parafusos sem cabeças. Eles têm ambos os extremos roscados;
um dos extremos para atarraxar num furo provido de rosca interna e o outro para
receber a porca. São utilizados nos cabeçotes de motores de lancha e automóveis. O
emprego dos estojos traz muita segurança, pois se pode desmontar uma peça,
retirando-se somente a porca sem ser preciso abalar a rosca da parte fundida, que é
sempre fraca.
97
Principais Tipos de Porcas
Contraporca
Porca castelo
98
Porca Alada (ou borboleta)
Porca Cega
Porca Serrilhada
99
Fonte:Metrologia e mecânica básica
Exemplos:
100
São utilizadas para proteger a superfície das peças.
Arruela de Pressão
É utilizada para evitar que as porcas desandem com a vibração. Uma de suas
faces, que são muito duras, trava a porca, enquanto a outra trava a peça, fazendo o
papel de freio.
101
Pinos Cônicos
Contrapinos
102
REFERÊNCIAS
103