Você está na página 1de 28

FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU

ANA BEATRIZ SAKAMOTO


BRUNA CAROLINA GONÇALVES

EVENTOS ADVERSOS EM DECORRÊNCIA DO USO DE COSMÉTICOS

SÃO PAULO
2019
ANA BEATRIZ SAKAMOTO
BRUNA CAROLINA GONÇALVES

EVENTOS ADVERSOS EM DECORRÊNCIA DO USO DE COSMÉTICOS

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao curso de
graduação em Farmácia da
FMU, sob a orientação do
Professor Marco Aurélio
Lamolha.

SÃO PAULO
2019
ANA BEATRIZ SAKAMOTO
BRUNA CAROLINA GONÇALVES

EVENTOS ADVERSOS EM DECORRÊNCIA DO USO DE COSMÉTICOS

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao curso de
graduação em Farmácia da
FMU, sob a orientação do
Professor Marco Aurélio Lamolha
e aprovado pelos membros da
Banca Examinadora abaixo:

_____________________________________
Prof. ( )[ ]
FMU – Orientador

___________________________________________
Prof. ( )[ ]
FMU

___________________________________________
Prof. ( )[ ]
FMU

SÃO PAULO
2019
“Beauty is in the eye of the
beholder.”
Margaret Wolfe Hungerford
Resumo

Este estudo sobre cosméticos e excipientes tem como objetivo alertar a


população sobre o uso desenfreado e compulsivo com tratamentos para cuidados
da beleza, a fim de comprovar a eficácia de determinados produtos orgânicos e
naturais que podem facilmente serem substituídos ao invés da utilização de
substâncias químicas que muitas vezes agem agredindo a pele e desencadeando
complicações como algumas alergias e irritações.

A importância desse trabalho está relacionada a saúde e bem-estar, já que


conforme pesquisado, a influência de redes socias, mídia ou marketing podem
muitas vezes serem um gatilho para o mal-uso de dermocosméticos na busca da
beleza perfeita, e por isso, vamos mostrar de forma segura e eficaz como efetuar a
substituição.

Portanto ao longo deste estudo, será possível identificar a mudança de


hábitos em relação a vaidade, como e porque isso ocorreu. E quais são as melhores
escolhas para um cuidado seguro.
INTRODUÇÃO
A área de cosmético, hoje, compreende em uma das maiores fontes de
lucratividade em indústrias farmacêuticas. Já que é corriqueiro encontrar pessoas a
procura da beleza perfeita, fazendo com que o consumo cresça cada dia mais. Isso
devido ao padrão estabelecido pela sociedade. No qual visa inserir em nossa vida
um estereótipo totalmente contrário à nossa realidade. Além disso, a área cosmética
e dermatológica compreende muito mais do que apenas produtos de beleza, mas
também produtos de higiene pessoal, responsáveis pela manutenção da saúde e
prevenção de patologias.

Devido ao fato de que um produto possa apresentar princípios ativos que, em


excesso, prejudiquem o consumidor, é de extrema importância pensar em
alternativas que substituam o ativo causador de toxicidade, já que o consumo
prolongado e excessivo de cosméticos está crescendo disparadamente, por causa
da beleza imposta e a insegurança diante do próprio corpo e ao atual padrão
estético, por isso, faz-se necessário pensar, até onde esse “cuidado” exagerado
com o corpo é saudável; e entender onde o consumidor chega para conquistar
maior vaidade, e assim estabelecendo novos jeitos e formas sustentáveis de se
conseguir um resultado satisfatório e com o mesmo efeito.

Diversos produtos existentes no mercado, utilizam formas para que para


chamar a atenção do consumidor gerando mais compras e consequentemente
maior lucratividade, seja por meio da embalagem, da forma de utilização, do
resultado com o uso prolongado ou até mesmo da forma farmacêutica. Hoje, no
mercado, existem milhares de indústrias concorrentes no ramo estético e, por isso,
a escolha certa e segura passa a tornar-se cada vez mais difícil, já prezando se
tornar um sucesso passam a visar quantidade de vendas muitos e deixam de lado a
qualidade do produto.

É usual durante a formulação de cosméticos as indústrias se deparem com


um equilíbrio a ser feito entre o custo de fazer um produto com os melhores
ingredientes disponíveis no mercado e a preço final do produto a ser comercializado
para o público projetado.
A ANVISA define evento adverso como sendo qualquer efeito não desejado
relacionado à saúde humana, decorrente do uso normal ou previsto de um produto
cosmético. Sendo assim, ao consumir um cosmético que traga quaisquer efeitos
não esperados, como vermelhidão, inchaço ou coceira entre outros, podem ser
classificados como eventos adversos, e devem ser reportados à ANVISA e ao
fabricante.

Um dos principais problemas encontrados com cosmetovigilância é a


subnotificação, muitas vezes porque o consumidor não tem conhecimento da
importância da notificação do evento adverso e quando acontece geralmente é
porque deseja o ressarcimento do valor do produto. No entanto, muitos acabam
esquecendo do acontecido e apenas classificando o produto que desencadeou o
evento como “ruim” ou não adequado.

Essa cultura precisa ser modificada para que a segurança dos consumidores
seja estabelecida, quanto maior for o número de relatos sobre um determinado
composto, mais fácil fica de monitorar as formulações que o contenham e de regular
o uso.
OBJETIVO

Nossa pesquisa com base em revisão bibliográfica tem como propósito


mostrar para a sociedade como estabelecer uma conexão saudável entre saúde,
beleza e bem-estar sem ter a necessidade do uso descontrolado de qualquer
produto industrializado que promete muitos resultados mas que muitas vezes
causam desconforto e assim oferecer alternativas de trocas mais saudáveis
utilizando produtos naturais no qual vão contribuir na redução de casos adversos
com cosméticos e assim, podendo conscientizar a população de como nosso corpo
reage a tais princípios ativos, mostrando-lhe patologias que geralmente ocorrem
devido ao uso prolongado de substâncias que contém em um produto e como
reverter essa situação com o uso de cosméticos com ingredientes menos
agressivos. Segundo o Manual de Oslo publicado em 2006 pela Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

“A inovação é a implementação de um bem ou serviço novo ou melhorado, ou


um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional
nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações
externas. ” (OECD, 2006). A proposta deste trabalho é mostrar que precisa haver
inovação na escolha de ingredientes cosméticos, pois os atuais e mais conhecidos
têm sido envolvidos em grandes controvérsias entre os especialistas ao redor do
mundo.
METODOLOGIA

O método de pesquisa utilizado é revisão bibliográfica, onde foram utilizadas


as técnicas de coleta de dados para análise qualitativa do trabalho. A pesquisa de
segurança de ingredientes em cosméticos não busca enumerar ou medir eventos.
Ela serve somente para obter dados descritivos que possam auxiliar na escolha de
um produto de beleza e com isso evitar maiores complicações dermatológicas. A
pesquisa foi desenvolvida a partir de: Pesquisa bibliográfica e os conceitos
analisados foram: riscos e toxicidade de componentes utilizados nas formulações de
uso tópico.
O COMERCIO DE COSMÉTICOS

A aparência física é algo intrínseco à existência humana, e a maioria das pessoas


ao ver refletida no espelho prefere ser considerada bonita. Historicamente, no
entanto, o conceito de beleza muda frequentemente e os padrões de beleza
também. Estes são influenciados por fatores sociais, materiais, costumes e crenças
religiosas. Independente de qual seja a beleza no século XXI é um bom palpite dizer
que a cultura terá alguma influência nisso. A cultura continuará tento um papel vital
na formação e influência da beleza humana. (OUMEISH, O,Y. 2001)

De acordo com estatísticas feitas nos últimos tempos, muitas pessoas,


principalmente mulheres, estão adquirindo cada vez mais produtos farmacêuticos e
cosméticos naturais, a fim de buscar tanto a melhoria da estética com produtos não
agressivos, quanto ajudar o meio ambiente em relação a degradação dos
componentes. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Higiene Pessoal,
Perfumaria e Cosméticos, em 2017 o mercado brasileiro faturou R$47,5 bilhões, um
crescimento de 2,75% em relação ao ano anterior. Sendo o terceiro maior
consumidor de cosméticos em âmbito mundial.

Apesar de tudo que o Brasil vem enfrentando, estamos criando uma geração
mais "consciente" em que nossa preocupação com propagandas enganosas
referente ao cosmético cresce disparadamente. As mulheres começaram a perceber
que é possível encontrar produtos brasileiros de qualidade, e ao mesmo tempo o
seu bem-estar, no qual deixam de ser vistos como futilidades e passam a ser
importantes na busca pelo sucesso tanto profissional quanto pessoal. (SÁ, 2010)

Devido ao fato do consumo de cosmético virar rotina na vida de grande parte


da população é inevitável que o produto, juntamente com seus componentes, seja
no mínimo seguro já que exposição pode causar reações indesejadas no usuário,
podendo ser ocasionada especificamente pela presença de substâncias na
formulação (DE SOUZA; JUNIOR, 2013; GOMES, 2013 apud HOPPE, 2017).

Por esse motivo, muitas pessoas estão substituindo produtos de origem


industrial para produtos orgânicos e naturais, a fim de evitar complicações que
possam vir à tona sem que o cliente saiba por qual produto e motivo foi afetado.
Dessa forma os estudos diante das questões de saúde x beleza estão sendo
cada vez mais aprimorados para que se possa conquistar a vaidade com eficácia e
segurança necessária.
VIGILÂNCIA E SEGURANÇA

Com o aumento da vaidade e do cuidado com o corpo, muitas empresas de


cosméticos lucram e consequentemente passam a priorizar mais a quantidade
vendida do que qualidade e segurança das formulações. De acordo com uma
revisão de retrospectiva dos processos arquivados no INCQS (Instituto Nacional
Controle Qualidade em Saúde) referentes às análises de produtos cosméticos
realizadas no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2009, advindas de
solicitações de análise fiscal, de análise de orientação e de análise especial
encaminhadas principalmente pelas Vigilâncias Sanitárias Municipais, Estaduais,
pelos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENs), pela Agência Nacional
Vigilância Sanitária (ANVISA) e pelo Poder Judiciário. Foram encontrados produtos
em que a composição na embalagem primária diferia da secundária e produtos em
que a fórmula do produto não era igual à declarada à ANVISA. (RITO et al., 2014)

Assim, a partir de 2005 as empresas fabricantes e/ou importadoras de


produtos de higiene pessoal e cosméticos passaram a implementar um sistema de
cosmetovigilância. Considerando a missão da Vigilância Sanitária de prevenir
agravos à saúde, garantir de qualidade de produtos, e considerando a necessidade
de avançar e aprofundar o cumprimento dos padrões de qualidade dos Produtos de
Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes produzidos no país; e a necessidade de
cumprir-se o s requisitos obrigatórios relacionados à comprovação da segurança e
eficácia dos Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes. Os relatos que
identificarem situações que implicam em risco para a saúde do usuário, devem ser
notificados à Autoridade Sanitária Federal do Brasil (ANVISA) e dos Estados Partes
do MERCOSUL envolvidos. (BRASIL,2005)

Conforme proposto pelos princípios da Anvisa; “promover e proteger a saúde


da população e intervir nos riscos decorrentes da produção e do uso de produtos e
serviços sujeitos à vigilância sanitária, em ação coordenada com os estados, os
municípios e o Distrito Federal, de acordo com os princípios do Sistema Único de
Saúde, para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira”.
É de extrema importância a regulamentação exigida referente a avaliação de
segurança de produtos cosméticos. Já que a indústria está lidando com produtos
para todas as idades, que podem gerar desde riscos mínimos até graves
consequências, podendo prejudicar de forma significativa o consumidor.
Dessa forma, de acordo com a legislação "Uma vez que o produto cosmético é de
livre acesso ao consumidor, o mesmo deve ser seguro nas condições normais ou
razoavelmente previsíveis de uso. A busca dessa segurança deve incorporar
permanentemente o avanço do estado da arte da ciência cosmética." (BRASIL,
2012).
SAÚDE X BELEZA

É de extrema importância entrarmos em um assunto que, geralmente é muito


confundido. Qual a diferença de saúde/cuidados e beleza? Pode até parecer uma
pergunta retórica. Porém, mesmo que cosméticos tenham relação com a saúde,
podemos facilmente diferenciar esses dois temas.

A saúde está relacionada com a qualidade de vida. O estado de equilíbrio


dinâmico entre o organismo e seu ambiente dentro dos limites normais. Ou seja,
está ligada ao nosso bem estar físico e estrutural. Os cuidados que tomamos para
manter-nos bem também está relacionado a saúde. Porém quando esses cuidados
tem como objetivo a melhoria estética, passamos a falar dos princípios de beleza.

Beleza é um termo usado para um conjunto de características que são


capazes de cativar o observador. Por esse motivo, a maioria da população, mais
especificamente as mulheres, procuram muitas fontes, ou técnicas para aumentar
sua autoestima ou até mesmo para cuidados básicos como anti-idade, tirar
manchas, entre outros.

Segundo os dados do Censo 2016 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica


(SBCP), nos últimos dois anos a procura por procedimentos estéticos não cirúrgico
aumentou 390%. Esses procedimentos incluem: botox, peeling e laser, entre outros.

Nas duas tabelas abaixo podemos avaliar tanto o crescimento, quanto a perspectiva
da evolução de vendas de cosméticos entre os anos de 2010 a 2020.
Dessa forma conseguimos visualizar como o crescimento é alto e ao mesmo
tempo acelerado, fazendo assim com que esse ramo cresça cada dia mais. Por
esse motivo é necessário que a prioridade não seja somente valores e sim a
qualidade fornecida.
RESPOSTAS IMUNOLÓGICAS
Um agente sensibilizante é uma substância que desencadeia uma resposta
imunológica mediada por linfócitos ou seus produtos. A imunidade adaptativa é
capaz de reconhecer antígenos especificadamente e muitas vezes a resposta é o
resultado da cooperação entre os linfócitos B e linfócitos T que se influenciam
mutualmente. (CALICH; VAZ, 2001) uma resposta inflamatória pode ser
desencadeada tanto pelo ingrediente isolado, quanto por interação dos
componentes de uma formulação. Além disso, a resposta pode se dar desde a
primeira exposição ao antígeno, quanto após repetidas exposições.

O conhecimento atual dos mecanismos químicos e biológicos associados à


sensibilização da pele foi resumido como uma via de resultado adverso (AOP),
começando com um evento de iniciação molecular através de eventos
intermediários para o efeito adverso, ou seja, dermatite alérgica de contato.
(Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, 2019).

Esta AOP foca-se em químicos que reagem com resíduos de aminoácidos


(isto é, cisteína ou lisina), tais como produtos químicos orgânicos. Neste caso, o
evento de iniciação molecular (isto é, o primeiro evento chave), é a ligação
covalente de substâncias eletrofílicas a centros nucleofílicos em proteínas da pele.
(OECD, 2019)

O segundo evento chave nesta AOP ocorre nos queratinócitos e inclui


respostas inflamatórias, assim como alterações na expressão gênica associadas a
vias específicas de sinalização celular, como as vias dependentes de antioxidante /
elemento de resposta eletrofílica (ARE). O terceiro evento chave é a ativação de
células dendríticas, tipicamente avaliadas pela expressão de marcadores
específicos de superfície celular, quimiocinas e citocinas. O quarto evento chave é a
proliferação de células T. (OECD, 2019)

Apesar de amplamente aceito o conceito de que substâncias capazes de


sensibilizar a pele são de baixo peso molecular < 500 , esse conceito foi
recentemente revisitado e considerado equivocado, uma vez que a capacidade de
penetrar na pele não é importante para a sensibilização. (AVILA; LINDSTEDT;
VALADARES, apud FITZPATRICK, J. M; ROBERTS, D.W.; PATLEWICZ 2017 ). Os
fatores que foram determinados como cruciais são a hidrofobicidade do composto
bem como a sua reatividade com proteínas cutâneas. (AVILA; LINDSTEDT;
VALADARES ,apud ROBERTS; API, 2017).

A pele é o maior órgão do corpo humano, alcançando 16% do peso corporal


faz parte do sistema de defesa uma vez que não só protege fisicamente órgãos das
agressões externas, como proteção dos raios solares, desidratação, e atrito como
como também um importante um papel imunológico, de regulação da temperatura
corporal através as secreção do suor , proteção contra a perda de calor em caso de
frio pela ereção do folículo piloso e recebimento constante de estímulos sobre o
ambiente.(JUNQUEIRA, ; CARNEIRO .; ABRAHAMSOHN, 2013)

A pele é constantemente banhada por antígenos microbianos e não


microbianos que são processados pelas células de Langerhans, que carregam essa
carga antigênica para os linfonodos regionais e, assim, iniciam as respostas imunes.
(KUMAR et at., 2012)

Irritação é um processo que acontece após o contato da pele com uma


substância desencadeando uma desgranulação focal dos mastócitos com edema
dérmico, mediado por histamina e formando a urticária. As lesões se desenvolvem e
regridem em questão de horas sendo que lesões subsequentes podem se
desenvolver em meses. (Kumar et at., 2012). Tanto a aplicação, quanto a frequência
e a formulação são fatores que influenciam na irritação como um todo, bem como a
concentração dos ingredientes no produto final. (BRASIL 2012).

Sensibilização é um processo por sua vez em que é necessário um contato


prévio com o agente sensibilizante e a resposta imunológica ao componente
alergênico é humoral, além disso, a resposta alergênica por vezes pode aparecer
em um local diferente da aplicação do produto. Além disso, a resposta pode
acontecer tanto quanto à aplicação do ingrediente quanto à mistura de ingredientes
em uma formulação. (BRASIL,2012).

A reação de sensibilização é iniciada quando as células T CD4 de memória


são ativadas por células de Langerhans e outras Células apresentadoras de
antígenos (APCs) na pele. Durante a ativação, as células T CD4 liberam
mediadores inflamatórios que recrutam células efetoras para o local de aplicação do
antígeno. Acredita-se que os macrófagos/monócitos sejam as principais células
efetoras neste modelo, entretanto, células TCD8 ❑+¿¿citolíticas e células NK também
podem participar desta função. As células efetoras ativadas desencadeiam uma
resposta inflamatória, que resulta na eliminação do antígeno e no extravasamento
de plasma, que acompanha edema no local. (COICO; SUNSHINE, 2010)
FORMULAÇÕES COSMÉTICAS

Produtos cosméticos, que em geral cuidam da beleza, saúde e bem-estar de


quem utiliza, possuem em suas formulações o componente principal, denominado
princípio ativo, o qual é responsável pelo efeito e ação no local alvo. E os
excipientes, que são muitas vezes componentes sem ação e efeito, utilizados
somente para auxiliar na preparação ou na estabilidade, completar a formulação
(qsp) e como veículo. Porém em alguns casos, os excipientes podem ter outras
finalidades, tais como: aumentar ou diminuir o tempo de absorção, entre outros
casos.

Dessa forma faz-se importante que todos os compostos estejam escritos de


forma clara e legíveis para o consumidor, já que muitos cosméticos causam efeitos
adversos devido ao fato de excipientes não mencionados no rótulo.

Atualmente, com base em referências, o maior público que utilizam


cosméticos estão entre 18 e 40 anos, ou seja, desde jovens as mulheres começam
com seus cuidados, já que doenças de pele representam hoje a quarta maior causa
de incapacitação no planeta.

Os produtos mais utilizados são cremes hidratantes no qual possuem em sua


composição agentes umectantes, facilitando a absorção e auxiliando contra o
ressecamento da pele. Produtos antiacne que possuem ação anti-inflamatória e
cicatrizante, utilizado com frequência nos consumidores pré-adolescentes e
adolescentes. Protetor solar, um dos cosméticos mais vendidos por ter uma ação
preventiva, tanto contra a radiação UV, quanto para manter a pele hidratada. Séruns
antiaging, são produtos de consistência fluida e não gordurosa, basicamente
constituídos de vitaminas e hidratantes. Cremes clareadores um dos cosméticos
que necessitam de atenção redobrada para serem utilizados, já que normalmente
em sua composição são utilizados ácidos para um efeito mais eficaz, podendo
então, gerar intoxicação. Todos esses produtos podem possuir formas
farmacêuticas diferentes, com veículos e excipientes diferentes, e por isso, devem
ser analisados e estudados de forma individual conforme o local de utilização do
produto
EXCIPIENTES MAIS UTILIZADOS COM MAIORES RISCOS À SAÚDE

Ftalatos

Os ftalatos de acordo com o FDA são um grupo de compostos usados em


diversos produtos, inclusive os cosméticos, e estão proibidos no Brasil, conforme a
publicação da Resolução de Diretoria Colegiada nº 83 (BRASIL, 2016).

Geralmente são utilizados como fixadores, nas formulações. Um estudo de


coorte realizado em Taiwan com 208 mulheres entre o 2º e o 3º trimestre de
gestação foi encontrada uma associação significativa entre o uso de loções faciais
que contenham ftalatos na formulação e o MEP (monoenil ftalatos) metabolito
principal da DEP (dietil ftalatos) (Hsieh et at., 2018). Alguns ftalatos como são
conhecido como disruptores endócrinos como DEHP, BzBP e DnBP, os principais
efeitos incluem toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento, doenças respiratórias
e neuropsicológicas (Katsikantami et al., 2016 apud Hsieh et at., 2018 ). A
exposição a ftalatos durante a gestação está relacionado a adversidades durante o
nascimento (Huang et al., 2014 apud Hsieh et at., 2018). Estudos anteriores indicam
que os ftalatos podem penetrar placenta e afetam o feto (Arbuckle et al., 2016; Mose
et al., 2007 apud Hsieh et at., 2018 ); portanto, as mulheres grávidas devem tomar
medidas adequadas para reduzir a exposição ao ftalatos.

Conservantes

Os conservantes são usados em muitos cosméticos para aumentar a vida útil


dos produtos, impedindo o desenvolvimento de bactérias, fungos, leveduras e mofos
que podem causar doenças, prejudicar e/ou aspecto do produto final. O crescimento
de microrganismos nos produtos pode trazer desde mudanças às características
organolépticas do produto cosmético tais qual odor, textura e cor até propiciar o
desenvolvimento de uma patologia mais grave, sendo assim, o uso de conservantes
é importante, no entanto, é cheio de controvérsias, principalmente nas formulações
de uso tópico.
Sendo assim, ao utilizar o sistema conservante alguns pontos devem
considerados, o conservante ideal deve ser efetivo para prevenir o crescimento dos
microrganismos mais prováveis de acometer a preparação, deve ser
suficientemente solúvel em água para atingir concentrações adequadas em fase
aquosa em sistema de duas ou mais fases, deve ter estabilidade adequada sem que
a sua concentração se reduza durante o prazo de validade estabelecido e não deve
afetar a segurança ou o conforto do consumidor quando a preparação é
administrada pela via determinada, ou seja, não deve ser irritante, sensibilizante ou
tóxico. (ANSEL; POPOVICH, ALLEN, 2000). Os parabenos ainda são muito
utilizados na indústria cosmética e a efetividade destes compostos é ampliada
quando são usados em combinação.

Apesar de serem considerados indispensáveis, os conservantes ainda são


considerados como agentes sensibilizantes da pele e constituem causas
importantes de dermatites de contato tanto ocupacional quanto não ocupacional
(GIMÉNEZ-ARNAU et at., 2016). Recentemente, vários centros têm reportado a
sensibilização um aumento na taxa à metilcloroisotiazolinona (MCI) e
metilisotiazolinona (MI) compostos estes que começaram a ser utilizados como
conservantes no início dos anos 1980. (GIMÉNEZ-ARNAU et at., 2016).

Em uma análise retrospectiva realizada por GIMÉNEZ-ARNAU et at.,


metilisotiazolinona mostrou a maior prevalência de sensibilização 4.9% de reações
positivas, seguido pela mistura metilcloroisotiazolinona (MCI) e metilisotiazolinona
(MI) 4,5% de reações positivas. O estudo recomenda que a frequência dessas
sensibilizações seja monitorada no futuro, bem como ações pelas agências
reguladoras sejam tomadas, uma vez que impactos a longo prazo ainda não estão
bem estabelecidos.

Há uma segunda hipótese de que a sensibilização à mistura de


metilcloroisotiazolinona (MCI) e metilisotiazolinona (MI) deve-se parcialmente à
presença da metilisotiazolinona, uma vez que a metilisotiazolinona é o mais
importante alergênico. Sendo necessário inclusive medidas de prevenção primária,
ou seja, limitar a exposição a esse composto. (DINKLOH et at., 2014)

BHA e BHT
O beta-hidroxiácido (BHA) e o butil-hidroxitolueno (BHT) são compostos
antioxidantes utilizados para impedir a oxidação dos componentes da formulação.
Atualmente estão sendo realizados estudos in vitro que indicam que esses
compostos possuem potencial antiandrogênicos, ainda que fracos e que portanto,
dentro das formulações cosméticas devem ser utilizados com cautela, não há
estudos conhecidos in vivo. O estudo ainda discorre que o impacto dessas
substâncias em humanos pode ser subestimado quando a avaliação de risco é
realizada considerando exposição individual a baixas concentrações dos diferentes
produtos químicos apenas. Essa subestimação pode ser ainda mais significativa nos
casos de sinergismo levando à superindução, como observado em algumas
misturas. Isso destaca a necessidade de uma abordagem mista ao lidar com
exposição estes compostos. (POP et at., 2016)

Talco

A preocupação com o uso de talco em formulações cosméticas iniciou-se


devido à similaridade química entre talco e o amianto. Segundo estudo experimental
realizado com roedores, hipóteses propõem que pode ocorrer um aumento da
probabilidade do aparecimento de câncer no ovário, o que o mecanismo
pressuposto é devido ao impacto causado pelo estrogênio e/ou a prolactina nos
macrófagos. Macrófagos e monócitos já desempenharam ter um papel na
eliminação do talco (OECD, 2019)

Fragrâncias

É muito comum que as indústrias dos mais variados segmentos utilizem


fragrâncias para mascarar os cheiros dos químicos que compõe as formulações, a
indústria cosmética, não é diferente. Conforme estudo de coorte na realizado na
Tailândia entre dezembro de 2013 e agosto de 2014, que acompanhou 312
pacientes de ambos sexos com idades menores do que 40 anos e testou-os com
relação a 26 fragrâncias diferentes. A prevalência de dermatite de contato em
decorrência do uso de fragrância neste estudo foi maior em mulheres, e agentes
mais sensibilizantes foram álcool cinamílico(11.2%; 35/312 ), cinamaldeído (9%;
28/312), hidroxicitronelal (3.8%; 12/312), citral (3.2%; 10/312) e hidroxiisohexil 3-
ciclohexeno carboxaldeído (3,2%; 10/312). (Vejanurug et at., 2016)
Neste mesmo estudo, as fragrâncias irritantes foram cinamal e alfa-
isometilionona apesar de apenas uma reação ter sido encontrada para cada uma
das fragrâncias.

PRODUTOS NATURAIS E ORGÂNICOS

Nos últimos anos, a palavra orgânico vem sendo muito mais utilizada, já que,
estamos crescendo em uma sociedade mais consciente e com maior iniciativa de
praticar a mudança, seja em sua vida pessoal, no meio ambiente ou até mesmo no
dia a dia.

Um produto orgânico está relacionado a não utilização de produtos químicos, ou


produtos que são processados naturalmente, sem adição de nenhuma substância.

Dessa forma, a utilização de dermocosméticos com bases orgânicas e naturais, não


só trazem benefício para aqueles que utilizam, mas também para as próximas
gerações, que consequentemente, se adaptarão com produtos não agressivos.

Esse novo estilo de vida, impactou principalmente nas indústrias, nas quais tiveram
que modificar e se adequar à demanda de produtos, a fim de aliar o consumo
sustentável aos cuidados de pele. Um cosmético orgânico deve contar com pelo
menos 95% de ingredientes orgânicos na sua composição. Conforme ISO 1612819
para ser considerado natural.

As matérias primas mais utilizadas estão mencionadas na tabela abaixo:


Infelizmente muitas empresas ainda colocam em sua embalagem produtos 100%
naturais, sendo que 5% restante pode ser constituído por substâncias sintéticas.

Dessa forma pôde-se entender que, um cosmético natural, não é necessariamente


orgânico, porém todo produto orgânico é natural.

CONSIDERAÇÕES

É necessária uma conscientização por parte da população que ao utilizar um


produto cosmético independentemente deste ter sido recomendado por um médico
ou não, existe um risco associado. Sendo assim, no momento de escolher um os
produtos que serão utilizados e se não há interação entre eles, bem como a
possibilidade de eles formarem entre si um terceiro componente potencialmente
sensibilizante ou irritante. Pessoas que já
BIBLIOGRAFIA

ANSEL, H.C; POPOVICH, N.G; ALLEN, L.V. Formas farmacêuticas & sistemas
de liberação de fármacos. 6.ed. São Paulo: Premier, 2000.
ARNAU, G
AVILA, Renato Ivan de; LINDSTEDT, M., VALADARES, M.C., The 21st Century
movement within the area of skin sensitization assessment: From the animal context
towards current human relevant in vitro solutions, Regulatory Toxicology and
Pharmacology, 2019
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 4
de 30 de janeiro de 2014. Requisitos técnicos para a regularização de produtos
de higiene pessoal, cosméticos e perfumes e dá outras providências.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 34
de 15 de agosto de 2015. Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de
Excipientes Farmacêuticos.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº
332, de 1º de dezembro de 2005. As empresas fabricantes e/ou importadoras
de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, instaladas no
território nacional deverão implementar um Sistema de Cosmetovigilância, a
partir de 31 de dezembro de 2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 83
de 17 de junho de 2016. Dispõe sobre o regulamento Técnico MERCOSUL
sobre lista de substâncias que não podem ser utilizadas em produtos de
higiene pessoal, cosméticos e perfumes.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Guia para


avaliação de segurança de Produtos cosméticos. 2012. Disponível em: <Acesso
em: 13 FEV. 2019>
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Política nacional de medicamentos. 2001. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_medicamentos.pdf> Acesso em
09. Mar. 2019
BOAVENTURA, Marina.Deus .Veira ; RAU, Carina. O Marketing da Indústria
Farmacêutica x Saúde da População. Dissertação (Pós-Graduação) Instituto de
Estudos Farmacêuticos. Disponível em <
http://www.cpgls.pucgoias.edu.br/8mostra/Artigos/SAUDE%20E%20BIOLOGICAS/O
%20MARKETING%20DA%20IND%C3%9ASTRIA%20FARMAC%C3%8AUTICA%2
0X%20SA%C3%9ADE%20DA%20POPULA%C3%87%C3%83O.pdf> Acesso em
11. Mar. 2019
CALICH, Vera Lucia; VAZ, Celidéia. Imunologia. Rio de Janeiro: Revinter, 2001.
CHORILLI, Marlus; SCARPA, Maria Virgínia; LEONARDI, Gislaine Ricci.
Toxicologia dos Cosméticos. 2006. 11 f. Faculdade de Ciências Farmacêuticas de
Araraquara, Araraquara, 2006. Disponível em: Acesso em 01. Mar. 2019
COELHO, C.S. Parabenos: Convergências e divergências cientificas e
regulatórias. Dissertação (Mestrado em Toxicologia aplicada à Vigilância
Sanitária) Universidade Estadual de Londrina, 2013.
COICO, Richard, SUNSHINE, Geoffrey. Imunologia, 6ª edição. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2010.
CONCEITOS E DEFINIÇÕES. Disponível em : <
http://portal.anvisa.gov.br/monitoramento/conceitos-e-definicoes> Acesso em 05.
Nov. 2019
COSTA, J. A. Registro de Produtos Cosméticos – Agencia Nacional de Vigilância
Sanitária. Curitiba – PR, 2013
DINKLOH, A. WORM, A; GEIER, J; SCHNUCH, A; WOLLENBERG, A. Contact
sensitization in patients with suspected cosmetic intolerance: results of the IVDK
2006–2011. Journal of the European Academy of Dermatology and
Venereology, 29 (6), 10701-1081, 2014
FITZPATRICK, J. M; ROBERTS, D.W.; PATLEWICZ. What determines skin
sensitization potency: myths, 1420 maybes and realities. The 500 molecular weight
cut‐off: an updated analysis. Journal of. Applied Toxicology. 37, 105-116., 2017
GIMÉNEZ-ARNAU, A; DEZA, G.; BAUER, A; JOHNSTON, G.A.; MAHLER, V;
SCHUTTELAAR, M.L.; SANCHEZ-PEREZ, J.; SILVESTRE, JF; WILKINSON, M;
UTER, W. Contact allergy to preservatives. Jornal of the European Academy of
Dermatology and Venerelogy, 31 (4), 664-671., 2016
GOMES, A. B. Alergia a cosméticos. Ativos Dermatológicos, vol. 8. São Paulo,
2013
HSIEH, C. J; CHANG, Y.H; HU, A.; CHEN, M.L.; SUN, C.W; SITUMORANG, R.F;
WU, M. T; WANG, S. L. Personal care products use and phthalate exposure levels
among pregnant women . Science of the Total Environment 648, 2019
HOPPE, A.C., NOVO PAIS, M. C, Avaliação de Toxicidade de parabenos em
cosméticos. - Revinter, v. 10, n. 03, p. 49-70, out. 2017. Disponível em <
http://www.revistarevinter.com.br/minhas-revistas/2017/v-10-n-3-2017-volume-10-
numero-3-outubro-de-2017-sao-paulo/194-avaliacao-da-toxicidade-de-
parabenosem-cosmeticos/file> Acesso em 15. Mar. 2019
JACOB, S. L., CORNELL, E., KWA, M., FUNK, W. E., XU, S. Cosmetics and
Cancer: Adverse Event Reports Submitted to the Food and Drug Administration.
JNCI Cancer Spectrum, 2(2)., 2018
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: texto e
atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013
KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, Jon C. Robbins. Fundamentos de
Patologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
RITO,P.N, PRESGRAVE, R.D.F, Alves E.N., VILLAS BÔAS, MHS. Perfil dos
desvios de rotulagem de produtos cosméticos analisados no Instituto Nacional de
Controle de Qualidade em Saúde entre 2005 e 2009.Rev. Vig Sanit Debate.;
2(3):44-50, 2014
ROGIERS, V., PAUWELS, M. Safety assessment of cosmetics in Europe,
Switzerland : Karger, 2008.
SAMPAIO, Sebastião A.P.,; RIVITTI, Evandro A. Dermatologia. 3. ed. rev. ampl.
São Paulo: Artes Médicas, 2011
OECD, Test No. 442C: In Chemico Skin Sensitisation: Assays addressing the
Adverse Outcome Pathway key event on covalent binding to proteins, OECD
Guidelines for the Testing of Chemicals, Section 4, OECD Publishing, Paris, 2019
OECD, FINEP. Manual de Oslo: proposta de diretrizes para coleta e interpretação
de dados sobre inovação tecnológica. Brasília: Finep, 2006
OUMEISH, O.Y. The cultural and philosophical concepts of cosmetics in beauty and
art through the medical history of mankind. Clinics in Dermatology, 19(4), 375–
386., 2001
POP, A.; DRUGAN, T; GUTLEB, A,C; LUPU, D; CHERFAN, J; LOGHIN, F; KISS; B.
Individual and combined in vitro (anti)androgenic effects of certain food
additives and cosmetic preservatives. Toxicology in Vitro 32 (2016) 269–277.,2016
TAVARES, A.T, PEDRIALI, C.A., Relação do uso de parabenos em cosméticos e
sua ação estrogênica na indução do câncer no tecido mamário. Revista
Multidisciplinar da saúde – Ano III – nº06, 2011
VEJANURUG, P. TRESUKOSOL,P., SAJJACHAREONPONG, P. PUANGPET,
P.Fragrance allergy could be missed without patch testing with 26 individual
fragrance allergens. Contact Dermatitis. 74(4), 230–235, 2016

Você também pode gostar