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"Se um dia seres extraterrenos invadissem a terra, seria a humanidade capaz de combatê-

los? Eu espero que no mínimo eu consiga ajudá-los"

Borealis: *grunhido e bocejo* Meu deus que preguiça…

*Ele vira para o lado onde Arthur e Australis estão dormindo ainda, ele então se levanta e
vai até o banheiro cambaleando de sono*

Borealis: *grunhido de irritação* Mas que merda de vaso… ainda não me acostumei com
essas merdas…

*Arthur acorda subitamente com o som do Borealis no banheiro e da uma leve risada, que
então Borealis sai e vê que Arthur está acordado*

Borealis: *Sorriso de canto* Bom dia

Arthur: Oooown você fica tão bonitinho quando faz isso!!

*Borealis fecha a cara mas não consegue esconder o rabo abanando vigorosamente*

Borealis: Nunca mais te digo bom dia!

*Arthur então levanta e vai até o banheiro passando por Borealis dando um tapinha no
ombro dele*

Arthur: Tá bom então chatolino *risadinha*

*Arthur fecha a porta para se arrumar para o dia, quando Australis dá os primeiros sinais de
que vai acordar*

Australis: *Espreguiçada* BOOOOOOM dia!

Borealis: Bom dia

*Borealis vira em direção a porta e segue até a cozinha para preparar alguma coisa para
comerem, ele saca 3 ovos, farinha e leite, então começa pelos ovos, quebrando e os
colocando em uma vasilha separada, ele pega um copo medidor e enche até a medida “2
xicaras de chá” e despeja no liquidificador, em seguida ele enche o copo medidor até “2
xicaras de chá” e também despeja no liquidificador, por fim pega a vasilha com os ovos e
despeja também no liquidificador. Antes de ligar ele se lembra que precisa adicionar um
pouco de sal para não ficar sem gosto, ele corre até gaveta de temperos e pega uma
pitadinha e salpica na massa, assim então ele liga o liquidificador e deixa bater por 2
minutos*

Borealis: TA QUASE PRONTO! VEM PRA MESA!!

*Ele diz enquanto desliga o liquidificador e pega uma frigideira, liga o fogão e deixa a
frigideira esquentar, ele então lentamente vai derramando a massa na frigideira até formar
um pequeno círculo de massa no centro da frigideira, que então ele espalha para os cantos
e deixa dourar, assim que um lado fica firme ele vira a panqueca com maestria e deixa o
outro lado dourar também, e repete esse processo até que toda a massa acabasse. Os
meninos não tardam a chegar e arrumam a mesa rapidamente para poder se sentar e
desfrutar da culinária de Borealis.*

Australis: Será que vou achar algum pelo nessa panqueca? *Risada debochada*

*Borealis coloca o prato lotado de panquecas na mesa e os para panqueca, que no caso
seriam desde salgados até doces*

Borealis: Vai a merda vai, eu sei muito bem que meus pelos são bem limpos, e de não
fossem eu também quero que se foda, não vai morrer por isso.

*Australis cai na gargalhada enquanto Arthur da um facepalm incrédulo*

Arthur: Vai vocês dois, desde que não seja mandinga esquisita eu não vejo problema

*Disse antes de pegar uma panqueca e passar uma quantia considerável de Nutella*

Arthur: Ah verdade pegar alguma coisa pra beber, vocês querem o que?

*Mais uma vez disse se levantando da mesa e indo até a geladeira, Australis respira fundo e
se encosta no encosto da cadeira e diz*

Australis: Ainda tem o suco de laranja que eu gosto?

Borealis: Eu vou no achocolatado mesmo!

*Arthur revira a geladeira atrás do suco, mas já havia acabado, então ele só leva a mesa o
leite e achocolatado*

Arthur: É Astro vou ficar devendo o seu suco, mas se quiser tem leite sem lactose.

*Os olhos de Australis brilham com a fala de Arthur que apenas olha para ele com
admiração, Arthur olha de volta e eles ficam nessa troca de olhares por um tempo*

Arthur: Oxe menino que foi??

*"Astro" pula pra cima de Arthur num abraço e quase em lágrimas ele quase grita*

Astro: EU ADOREI!!!!

*Borealis apenas observa a cena quase com nojo, Arthur e Astro se levantam e percebem o
olhar indiferente de Borealis*

Arthur: O que foi? Quer um apelido também?


Borealis: Humpf Ficar com essas palhaçada de apelido?

Arthur: Aaain Boriszinho! Não fica bavo, fica não!!

*Dizia ele em um tom zombeteiro e Borealis olha para ele mais uma vez não surpreso*

Borealis: Hm, até que Boris não é um péssimo apelido, vou ta aceitando esse apelido

*Arthur acerte com a cabeça e se vira pra Astro*

Arthur: Ah quase me esqueci, vocês topam ir no shopping, queria ver se tem algum tipo de
roupa que vocês podem vestir…

*Boris e Astro se olham e voltam a olhar para Arthur*

Boris: Então, no nosso planeta natal usávamos roupas mais curtas ou abertas, por que
querendo ou não temos um certo histórico de batalhas violentas e disputas de poder, então
muitos estilistas de lá faziam roupas que tivessem estilo e propósito… além de cobrir o
corpo claro.

*Arthur pensa que será um absurdo pagar um artesão para fazer roupas customizadas para
eles, já que facilmente os dois passam de 2,10 m de altura*

Astro: Acho difícil que tenha alguma vestimenta por aqui que nós sirva… vocês humanos
são tão… pequenos.

*Arthur apenas observa, enquanto pensa*

Arthur: Temos histórico de batalhas e guerras, porém o ponto das guerras medievais era
proteger o máximo possível o corpo do guerreiro, já que de certa forma somos bem frágeis,
então as armaduras humanas eram feitas geralmente de ferro e eram muito pesadas. Já
nos tempos mais atuais não se usam ferro pra cobrir o corpo, eles usam o que chamam de
colete à prova de balas, o que não passa de um acessório de guerra.

*Boris e Astro se juntam a linha de pensamento de Arthur, que ficam ali até que Arthur
desiste*

Arthur: Quer saber, se pegar roupas XXG talvez sirva… tem que servir.

*Eles conversam mais um pouco enquanto terminam de comer*

Arthur: Eu vou só me trocar e a gente já vai

*Ele entra no quarto e fecha a porta, Boris se senta no sofá e se espreguiça, Astro fica de
pé ao lado do sofá, Boris fica com seu olhar fixo em alguma coisa e comum semblante
neutro pergunta*

Boris: O que você acha que vão pensar da gente?


Astro: Sinceramente, não faço ideia, espero que sejam legais e gentis como ele… Eu me
pergunto, será que a gente consegue viver aqui normalmente com ele?

*Boris pensa um pouco*

Boris: Ele parece não parece ter problema com a gente, e muito menos tem alguém atrás
da gente, então que mal tem?

*Astro cruza os braços e bufa, mas logo da espaço pra um sorriso confiante*

Astro: Fico feliz por você achar isso.

*Arthur logo sai do quarto vestido de forma elegante até, ele tinha duas cuecas box nas
mãos*

Arthur: Se vamos sair em público vocês vão ter que usar isso, não acho que vai servir bem,
mas é o que eu tenho, experimenta.

*Ela joga uma pra cada um e espera, Boris é o primeiro a colocar, ele sobe a cueca com
difículdade já que estava um tanto apertada, Astro segue então com a mesma dificuldade,
Arthur os analisa de cima a baixo*

Arthur: O rabo de vocês… quer que eu faça um furo pra ele?

*Boris grunhe e tira a cueca, Astro se prontificou a devolver a cueca temporariamente,


Arthur então pega uma tesoura qualquer e corta um buraco bem abaixo do elástico*

Arthur: Vê se ficou bom

*Disse ele quase vestindo a cueca em cada um, passando o rabo deles pelo buraco da
cueca, então se afasta e espera os comentários*

Boris: É acho que dá pro gasto

Astro: Até que não é ruim…

Arthur: Vai ter que dar por que não vou sair com os dois por aí mostrando… as bolas e todo
resto…

*Astro é o único que esboça uma reação de vergonha*

Arthur: Vamo logo que daqui a pouco aquele shopping vira um inferno!

*Arthur pega as chaves do carro e as chaves de casa, e assim que passam pela porta
Arthur a tranca e seguem para a van recém adquirida de Arthur vai no banco do motorista,
Boris e Astro vão nos bancos de trás. Arthur dirige até o shopping mais perto, quando ele
estaciona no estacionamento ele respira fundo e vira para os meninos*
Arthur: Eu tenho uma péssima notícia…

*Ele pega duas coleiras do porta luva e mostra para eles*

Arthur: Assim como as cuecas vocês vão ter que usar essas coleiras, eu posso estar
parecendo louco, mas isso pode ajudar a evitar problemas

*Boris e Astro olham para Arthur com nojo e rezando para que o que eles ouviram era só
uma piada de mal gosto*

Arthur: Eu já me desculpo adiantado por que provavelmente vão querer interagir com vocês,
se for possível eu peço a compreensão de vocês pra fazer isso o mais tranquilo possível

*Assim que ele faz que vai dar a coleira para eles, eles quase que pulam pra fora e
simplesmente saem andando*

Arthur: Gente o que vocês tão fazendo???

*Boris vira com um olhar puto*

Boris: O QUE VOCÊ TA FAZENDO?

Astro: Boris fala baixo!!

Arthur: Eu tava querendo evitar justamente isso!

Boris: E como você ia fazer isso? Usando umas coleiras encantadas que faz a gente virar
suas putinhas??

*Arthur fecha a cara irritado, e simplesmente fica em silêncio*

Boris: Eae qual é??

*Arthur joga as coleira na direção dos dois e com os olhos cheios de água olha pro Boris*

Arthur: Tá foda-se então! Se vira, se mudar de ideia eu vou estar aqui no carro

*Ele entra dentro da van e quase explode a porta quando fecha, Astro solta um suspiro*

Astro: Você é foda viu… por que você não fala pra ele?? Tipo qual ia ser o problema de
você dizer que não gosta desse tipo de coisa? Meu deus viu, me espera aqui.

*Astro da uma corridinha até a porta do motorista e da dois toquinhos na janela, Arthur abre
o vidro sem tirar o olhar do velocímetro*

Arthur: O que?
*Astro percebe os rastros de lágrimas nas bochechas de Arthur*

Astro: Oh meu querido, não fica assim não… posso te dar algum contexto ou explicação do
por que disso?

*Arthur olha pra ele com indiferença*

Astro: Então… o negócio é que ele tem um negócio com coleiras… só que comunicação
não é o forte dele…

*A indiferença de Arthur da espaço para uma vergonha, ele arregala os olhos e junto fica
vermelho que nem uma pimenta*

Arthur: Meu deus!

*Ele sai do carro e vai até Boris, que está de braços cruzados e um olhar bravo*

Arthur: Seu porra, você devia ter dito!! Seu caralhento!!!

*Ele da um soco no no braço do Boris que fica com um semblante de desconforto*

Boris: E você nunca deveria ter sugerido uma solução tão estúpida!

*Ele devolve o soco no braço. Arthur solta um gemidinho de dor*

Arthur: Tá dessa vez sem coleiras nem nada humilhante, okay?

*Ambos acenam com a cabeça, Arthur então tranca a van e segue na frente sinalizando
para os dois seguirem*

Arthur: Podem esperar todo tipo de reação, tá? As crianças são as que mais variam, mas só
manter uma postura robusta que vai ficar tudo bem!

*Os três entram pelas portas automática do shopping e se deparam com uma multidão que
instantâneamente se viram para eles. Arthur age como um handler de cosplayers e pede
para que mantenham certa distância deles, a multidão fotografa e grava aquela cena com
curiosidade, eles seguem despistando as multidão até a Renner, ao chegar lá ele pede para
uma atendente trazer as maiores peças que eles tem disponível*

Arthur: Oi moça bom dia, o que você tem de mega imenso?

*A atendente olha para os dois*

Atendente 1: É pra eles?

Arthur: Sim
*A atendente chama por outros atendentes em reforço, eles debatem o que será que
serviria em seres de 2,10 de altura*

Atendente 1: Olha moço, acho que o que temos aqui não vai dar pra eles, talvez você
consiga achar algo na loja de alfaiataria. Quem sabe usar uma cortina de tecido…

*Arthur agradece a dica e vai até o alfaiate*

Arthur: Boa tarde… preciso de duas roupas sob encomenda

*O alfaiate olha por cima dos óculos em seu nariz e pergunta*

Alfaiate: Pra quem seria?

*Arthur faz um simples gesto apontando para os dois logo atrás dele*

Alfaiate: E como seria?

*Arthur dá espaço para que os dois possam se aproximar e dizer exatamente o que eles
querem vestir, já sentindo a facada em seu bolso. Boris é o primeiro, ele pede que seja uma
roupa que cubra o corpo, mas que seja aberta o suficiente para não o deixar com calor, que
seja prática e estilosa, ele usou como exemplo as roupas que os fazendeiros usavam, era
uma simples toga que deixava as laterais do tórax exposto cobrindo frente e trás, por baixo
e por cima um conjunto de tiras de couro que mantém a roupa justa e permitem que
guardem ferramentas por baixo da vestimenta. (Asphodelos Conjurer set)*

Alfaiate: Okay, vou tirar suas medidas agora

*Ele pega uma escada já que sua baixa estatura não permite que ele faça sem ela, ele
então faz as medidas de cada centímetro do seu corpo, ele anota no seu caderninho*

Alfaiate: E você vai querer que o arreio interno tenha algo pra cobrir as partes?

Boris: Sim

Alfaiate: Perfeito, agora você rosinha

*Astro se aproxima e então começa a detalhar o que quer, ele detalha algo que se
assemelha a um vestido de noiva, o alfaiate aponta para um vestido de noiva que ele tem
exposto e Astro nega com a cabeça, ele então se corrige e aponta pra o que seria um terno,
ele diz que a parte de cima é como se fosse uma jaqueta estilizada que tivesse um capuz
que pudesse proteger o focinho e a cabeca do frio, e uma calça simples conseguisse se
adaptar ao formato das pernas dele (ideia no whats)*

Alfaiate: Okay, agora suas medidas

*Mais uma vez ele sobe na escadinha e tira a medida de cada centímetro do Astro, então
ele desce e se dirige ao balcão onde ele separa alguns tecidos e pede que eles escolham
de acordo, Arthur já estava encolhido no canto da loja rezando, Boris escolhe que o tecido
de proteção interna fosse de seda, e o tecido da sua toga fosse em algodão, e deixou bem
claro que a cor fosse preta. Astro então segue dizendo que lã parecia uma boa ideia para
sua roupa, já que eram duas peças que simples até. O alfaiate então termina de anotar no
caderninho e diz*

Alfaiate: Okay as roupas de vocês devem ficar prontas dentro de 2-3 dias, o total fica
R$:5.347 do verdinho aí, e R$:4:500 do rosinha aí

*O coração de Arthur pula sete batidas e relutante ele pega o cartão*

Arthur: Faz no máximo de vezes que puder sem juros…

Alfaiate: Tudo bem, o máximo é 5 vezes, okay?

*Arthur quase caí no chão mole*

Arthur: *voz trêmula* pode ser…

*Arthur termina de pagar com um grande pesar na alma*

Arthur: Vocês melhor cagarem ouro, por que esse vai ser o último presente até ano que
vem, que é onde TALVEZ eu me recupere financeiramente disso…

Boris: Mas o que vale é a intenção!

Astro: Fico feliz com pouco!

Arthur: E eu acho bom que sim! Por que eu realmente não vou estar em condição pra algo
as…

*Um som absurdamente alto e ouvido do outro lado do shopping, Astro e Boris
automaticamente viram rapidamente*

Arthur: Que porra???

*Astro puxa Arthur pelo colarinho e o coloca em suas costas, eles correm rapidamente até o
lugar do barulho, ao chegar lá eles se deparam com uma comoção muito grande ao redor
de um objeto gigantesco que atravessou o teto do shopping. Astro e Boris instantâneamente
eriçam os pelos e demonstram agressividade, alguns barulhos são ouvidos, Astro pega
Arthur de suas costas e o coloca no chão o cobrindo com o corpo*

Arthur: o o que??

*Um zunido agudo seguido de sons líquido caindo são ouvidos, Astro se levanta e Arthur
agora pode ver, ele observa o que seriam montanhas de carne moída, o cheiro finalmente
chega ao nariz de Arthur que no mesmo momento vira e vomita, Astro e Boris assumem
uma pose de batalha*
Arthur: por deus… que porra foi essa??

Boris: Assim que você puder corre!

*Arthur olha para eles confuso*

Boris: VAI!

*Arthur se levanta e corre aleatoriamente e entra no que parece uma loja de ferramentas,
ele acha uma barraca armada e se enfia dentro, ele fica lá dentro esperando. O que estava
na frente de Boris e Astro era um veículo conhecido como "Nave Batedor* foi a primeira e
última de sua linha já que o que te daria propósito fora proibido não muito tempo depois,
essa nave só era mantida no alto escalão de proteção por ser uma nave confiável e bem
armada, seu exterior bronze polido com toques de oxidação fazia aquela nave funcional
parecer uma relíquia de um império perdido, antes que eles pudessem pensar no que fazer
a porta explodiu pra fora, deixando um rastro de fumaça e sangue no chão, eles
continuaram tensos até que uma que várias figuras saíram e começaram a fazer um cerco
até que uma última figura com uma roupa que até lembrava oficial de guerra, eles terminam
de fazer o cerco e o oficial pega um megafone*

Oficial: Australis e Borealis o grande império Coxhiano tem um mandato de busca e


apreensão das vossas entidades, a resistência será tratada com fogo e chumbo, não temos
obrigação de trazer vocês de volta com vida, então façam nosso trabalho mais fácil e se
entreguem!!

Astro: Como vocês nos acharam??

*O oficial pega e mostra o diário de Boris*

Oficial: Eu achei isso por acaso na casa da mãe de vocês e por pura vontade eu li! Seu
irmãozinho foi burro suficiente pra deixar escrito pra onde vocês estavam indo, o que me
intriga é como vocês simplesmente sumiram no mapa… que bom que nosso grandioso
império tem as ferramentas pra encontrar traidores tais como vocês!

Boris: Seu filho da puta! Isso daí é privado!!!

Oficial: Não quando se trata de fugitivos e covardes!

Boris: HA! Somos covardes por querer descobrir o por que nosso "glorioso império" se
fechou pra nossa maior arma! Por que ficaram tão covardes a ponto de trancafiar toda a
magia num único livro e o esconder do resto do mundo!

Oficial: Exatamente por isso! Os covardes não queriam aprender magia por que era "muito
complicado" e resolveram ficar na mesmice das armas de fogo e espadas…

Boris: E agora todos os antigos magos tem de ser perseguidos por causa de alguns
incompetentes?
Oficial: Precisamente!

*Ele levanta a mão para ordenar que comecem o ataque, mas Boris é mais rápido… muito
mais rápido, ele fica sobre as quatro patas e grita em fúria, seu corpo agora é como um
borrão, ele ataca aleatoriamente os guardas do império, um por um ele desmembra, ele
ataca por alguns minutos até que só alguns guardas sobram. Boris ainda em seu frenesi e
sede de sangue ele sussurra as palavras de magia proibida, ele suplica que aqueles que
caíram doem seus corpos para que ele os possa manipular a Bel vontade, deformado e
embelezando os, fazer com que aqueles quem devem ser purgados sejam da forma mais
bela e dolorosa possível…*

Boris: Crucifiquemos, e façamos que paguem

Boris levanta os braços bruscamente, suas mãos eram seguidas por um rastro verde neon.
Os restos de corpos esmagados começam a se agitar até que milhares de lanças de
sangue, carne e ossos impala os que restaram, os juntando em um amálgama de corpos e
morte, como se estivesse se apresentando numa peça ele desce os braços os deixando
abertos, as lanças seguem e criam pontas em suas pontas que se assemelham a cruzes,
Boris com um semblante satisfeito desfaz seu "trunfo" e assiste enquanto os corpos
despencam ao chão e o sangue se espalha como se uma barreira tivesse estourado. Astro
assiste aquilo com pesar, por Boris ter tanto descaso pela sua própria raça… pelo show
desnecessário de brutalidade e agressão.*

Astro: Era realmente necessário isso?

Boris: Se eles forem ferir a minha, nossa liberdade, eles vão pagar de acordo!

*Boris olha mais alguns segundos para a sua carnificina antes de virar de costas e ir
procurar Arthur, Astro fica, ele reza pelos imoralmente brutalizados que ali se encontram,
uma árvore pequena cresce esticando suas raízes em meio ao sangue, seu tronco crescia
em um tom vivido de marrom e suas folhas homenagearam os mortos com sua cor
sangrenta, logo suas raízes escondem os corpos a baixo deixando pra sempre a memória
de seu túmulo*

Astro: Até uma próxima vida, que possamos nos encontrar em diferentes circunstâncias…

*Astro vira para alcançar Boris*

Boris: Vamo logo molenga!

Astro: Não posso mais honrar os mortos??

Boris: Pff eles não merecem a sua honra

*Astro e Boris seguem o rastro quase inexistente de Arthur até a loja de ferramentas que
estava completamente vazia, eles seguem um pouco mais adiante e abrem a cabana.
Arthur está em uma posição submissa, ele esperava que algum outro tivesse sido enviado
atrás dele, ele rapidamente entende a situação e se ajeita, Boris não aguenta e sai andando
rindo*

Boris: HAHAHAHAHAHAHAHA! Cara você é muito ridículo! Que porra foi essa???

*Astro ajuda Arthur a sair da cabana*

Arthur: Se eles quisessem eliminar qualquer testemunha eu poderia quem sabe seduzir ele
e sair dessa sem dignidade mas com vida?

Boris: Cara como assim?? Tipo de onde você tirou essa ideia merda??

Arthur: Da minha grandiosa cabeça! Você acha que um humano medíocre como eu pode
com um animal treinado alto musculoso?

*Ele morde o lábio*

Arthur: Até que não seria uma má ideia hmmm

Astro: Arthur pelo amor de deus chega!

Arthur: O que?

*Astro da um empurrãozinho em Arthur para que ele siga, Boris segue na frente enquanto
Arthur segue junto de Astro, quando eles viram a esquina eles vêem uma multidão indo até
o local da barulheira, o trio continua andando como se nada tivesse acontecido, Arthur anda
com uma cara envergonhada*

Pessoa aleatória 1: Foram eles ali! Tão levando alguém como escravo! Pega eles!!

*Eles escutam a comoção mais uma vez e param para ver se é com eles mesmo, assim que
viram para onde a maioria dos passos vinham e esperaram*

Pessoa aleatória 2: Solta ele seus malditos!

*Eles começam a se fechar ao redor deles, e então Arthur tenta intervir*

Arthur: Gente! Gente! Tá tudo bem!! Eu to com eles, não tem problema aqui! Por favor, se
afastem, eu não posso garantir a segurança de vocês!

Pessoa aleatória 1: Era só o que faltava, eles já fizeram lavagem cerebral no coitado!

*As pessoas começam a fazer um alvoroço, vaiando Boris e Astro, que ficam parados se
entre-olhando, Arthur bufa e revira os olhos*

Arthur: Eu não to com saco pra isso… Boris, pega uma pá pra mim faz o favor
*Boris atende e num pulo passa pela multidão e vai pra loja de ferramentas, onde pega uma
pá qualquer e volta rápido. Arthur pega a pá e dá dois golpes, um no pé pressionando a
parte de ferro contra os dedos do pé e um no queixo para pelo menos fazer ele perder o
equilíbrio, Arthur então aponta a pá para todos ali em uma ameaça*

Arthur: Eu respondo por mim e apenas por mim, quem quiser tentar a sorte cai na mão
porra!

*As pessoas hesitam um pouco mas logo começam a fechar ainda mais o círculo, Astro
percebe como a situação vai acabar e num movimento sutil cria uma cúpula de madeira
protegendo eles ali dentro*

Pessoa aleatória 2: Eles usam ilusão pra enganar a gente, mas não vai sair barato o seu
assasinato!!

*Boris solta um suspiro longo que parece ser iluminado mais uma vez por um brilho verde
neon, em instantes uma tremedeira no chão fora da cúpula revela as intenções dele,
esqueletos despedaçados e quase intactos saem do chão e da parede de madeira, eles
esperam estáticos as ordens de Boris, que apenas espera que isso seja o suficiente pra os
manter afastados, mas algum espertalhão acha que seria uma boa ideia bater no esqueleto,
que por base tem apenas uma diretriz, apanhou, bate de volta. O esqueleto devolve o soco,
deslocando a mandíbula dele, ele voltou a sua pose estática, as outras pessoas analisam a
situação enquanto o espertalhão urra de dor.*

Arthur: Você não tá matando ninguém não né?

*Ele olha para Boris, Boris tinha um olhar vazio sua aparência parecia muito esquelética, de
um jeito como se já tivesse morto a muito tempo, ele apenas fica ali com sua postura frígida
e respiração pesada. Arthur recua até Astro que assistia compartilhando do medo de Arthur,
mas ainda sim parecia familiarizado com isso, Arthur começa a sentir que algo estava
errado.*

Astro: Boris, já chega… eles estão correndo já… foi o suficiente.

*Boris atende o pedido sem hesitar, sua pele lentamente rejuvenesce mas seu olhar
continua vazio, como se tivesse presenciado um trauma muito forte*

Arthur: Boris, vamos?

*Astro baixa a cúpula e eles passam por cima dos caídos, eles seguem até a porta de vidro
e se deparam com diversos carros de polícia estacionados, os giroflex iluminavam o céu
escuro, Arthur olha pro céu poluído pela luz das luzes e de volta para as viaturas, os
policiais olhavam pra eles por trás das luzes fortes, alguém então fala*

Policial: Se rendam agora mesmo, qualquer resistência será passível de morte!

*Arthur rapidamente levanta as mãos*


Polícial: Os dois bixo aí também!!

*Eles continuam na mesma posição*

Policial: Vou dizer só mais uma vez mãos pra cima caralho!!

*Arthur vira o rosto pra eles e num tom ríspido diz*

Arthur: DÁ PRA PARAR DE PALHAÇADA??? TAMO COM A COR-

*Um disparo foi feito, Arthur cai no chão como um boneco de pano já sem vida, sua cabeça
era o centro da poça de sangue, sua expressão lembrava vagamente seu rosto preocupado,
o mundo começava a perder sua cor… não por que era noite, mas sim porque alguma coisa
estava distorcendo a luz, Astro corre até o corpo de Arthur com lágrimas nos olhos*

Astro: Arthur?! *Da tapinhas no rosto dele* ARTHUR!!! ACORDA!! PARA DE BRINCADEIRA
VOCÊ! VAAAI!

*Astro para e percebe que ele estava morto, ele abraça o corpo de seu conhecido, daquele
que considerava amigo, seu tempo fora pouco para o conhecer, mas já tinha sido mais que
o suficiente. Ele recua gritando para os céus, como uma prece trombetas tocam com vigor
anunciando a chegada dos quatro serafins uma luz esmagadora e opressora ilumina
aqueles ali presentes, fazendo com que se ajoelhem, três figuras de muitas asas e pura
energia aparecem*

Seraphiel: Por que nos chama aqui Jehoel

*Astro agora está mudado, diferente, sua face tem muitos lados, muitos olhos e uma
auréola acima de sua cabeça*

Jehoel: Este humano morreu por consequência de minha teimosia, eu tenho de reparar
meus erros como um servo de Deus!

Nathanael: E por que nos chama para essa frivolidade?

Jehoel: Eu sozinho não consigo reparar sua alma e corpo, chamo meus irmãos para que me
auxiliem e me suportem!

Kemuel: Não acha que é demais nos retirar de nossos divinos deveres para tal?

Jehoel: Irmãos por favor, suplico vossa ajuda, esse humano está destinado a muito mais do
que isso, olhem se quiserem!

*Os serafins ficam alguns segundos parados e então quebram o silêncio*

Nathanael: Tudo bem, vamos auxiliar-te mas lembre-se, não haverá próxima!

Jehoel: Agradeço vossa compreensão meus irmãos!


*"Astro" estende a mão para cima enquanto os outros serafins claramente fazem algum
esforço, uma orbe clara como branco de suas asas aparece nas mãos de Jehoel, o corpo
de Arthur começa a subir de encontro para a orbe, Jehoel observa com seus muitos olhos
com cuidado e quando finalmente Arthur retorna ele grita com desespero, seus olhos abrem
mas não vêem, como um ultimato ele ordena que os presentes ali testemunhem*

Jehoel: Abramos os vossos olhos e testemunhem a grandiosidade dos protetores do trono


divino! E então derretam na sua perfeição!!

*Todos ali sem exceção abrem seus olhos e olham diretamente para os serafins antes que
seus olhos e corpo derretam diante de vossas magnificência*

Jehoel: Meu julgamento foi feito, agradeço meus irmãos mais uma vez por auxiliar-me com
minha missão!

Kemuel: Antes de irmos, o que essa criatura nefasta faz acompanhando um dos mais fiéis
criados de Deus?

*Boris olha com raiva mas entende que é incapaz de combater seres quase divinos*

Jehoel: Ele há de ser julgado ainda, ele seguirá sob minha proteção até o dado momento!

Nathaniel: Confiamos na palavra de vossa senhoria, melhor que esteja certo!

*As trombetas sopram mais uma vez e as presenças somem do mesmo jeito que surgiram,
Astro recobra sua forma animal e mais uma vez pega o corpo de Arthur nos braços e
caminha com ele até a van, onde ele o coloca no banco de trás e ficam esperando até que
ele desperte. Algumas horas passam e Arthur se levanta bruscamente buscando por ar*

Arthur: Caralho caralho caralho q-que o-o que aconteceu????

*Astro desperta subitamente também*

Astro: Meu deus você finalmente acordou!!!

Arthur: O que aconteceu?? Onde que eu tô??

*Ele lança olhares pra todos os lados, mas não consegue agarrar a realidade e seus
pensamentos são desconexos*

Astro: Tá tudo bem! Tivemos um pequeno acidente no shopping, mas já passou, estamos
bem, estamos seguros!

*Astro abraça Arthur com força tentando acalmá-lo, mas ele parece que está numa crise de
pânico*

Astro: Arthur?
*Arthur está ofegante demais, Astro põe a mão no peito dele e percebe que o coração dele
está disparado, ele tenta fazer um cafuné pra ver se ajuda, mas ele continua perdido e com
um olhar distante. Arthur de repente para e apaga novamente*

Astro: ARTHUR!!

*Astro chacoalha Arthur mas sem resposta, ele então deita do lado de Arthur, Boris observa
preocupado, mas fica distante*

Você olhou nos olhos da verdade, passou por onde muito poucos passaram, se quer
continuar vivendo, faça um acordo comigo, e te darei tudo que sempre desejou…Poder!

*Arthur abre os olhos e já é recebido pela imagem de uma besta de muitos chifres e a
ausência de um rosto era o que deixava aquilo ainda pior, ele sentia seu olhar penetrar sua
cabeça*

Arthur: Q-quem é você?

Entidade: Sou seu desejo, sou sua dependência, sou seus sonhos e pesadelos, sou aquilo
que corre atrás dos que fogem da morte, sou quem te julga digno do meu poder, da minha
presença!

*Arthur fica enjoado com aquela voz dentro de sua cabeça, aquela presença esmagadora
fazia com que seus órgãos estremeçam, seu cérebro nega a existência daquilo mas seus
olhos estão com a imagem queimada na retina*

Arthur: E o que você me oferece?

Entidade: Eu te ofereço o poder de um deus, ou insuficiente pra matar um deus, a


corrupção da sua mente atrai coisas muito além da sua minúscula compreensão, e eu
posso abrir as portas para reinos e realidades muito além da sua!

*Arthur quer aceitar, mas sempre a uma pegadinha*

Arthur: E o que você quer?

Entidade: *risadinha* Nada muito extravagante, quero estudar sua psique, entender a sua
raça, te estudar de todas as maneiras possíveis, saiba que se aceitar você nunca mais vai
estar sozinho, cada segundo que estiver vivo eu vou estar te vigiando e quando precisar de
mim, estarei a um sussurro de distância!

*Arthur hesita pois não sabe como aceitar o pacto*

Arthur: Eu aceito, aceito ser sua cobaia!


*A entidade solta uma risada quase maligna e recua alguns passos antes de pular na
direção de Arthur, tenta manter a postura firme mas recua com medo, ele atravessa o corpo
de Arthur que acorda mais uma vez*

Astro: Arthur!! Finalmente você acordou!!

Arthur: Porra que dor…

*A cabeça de Arthur lateja enquanto a realidade se acalma ao redor dele*

Arthur: Por deus o que aconteceu?

Astro: Você tava se torcendo e contorcendo, achei que você tava tendo um treco aí!

*Arthur repousa a cabeça nas mãos enquanto as memórias afundam e se cravam na sua
mente, Boris estende a mão para consolar Arthur, mas antes que ele pudesse toca-lo ele
toma um choque e sua forma fofa e amigável de dissolve em um ser semi decomposto e
putrefato*

Boris: O que você fez?? Quem é você??

*Sua voz era espectral e quase se repetia*

Arthur: O que?

*Arthur levanta a cabeça já olhando pra porta achando que alguém tinha invadido, ele olha
pra Astro que está olhando para Boris com preocupação, Arthur então segue o olhar de
Astro e finalmente vê Boris naquele estado nojento e decadente"

Arthur: Hahaha bem engraçado entidade esquisita, suuuper assustador, ui um lich!

*A entidade se materializa numa forma retorcia que pouco assemelha um animal*

Entidade: Isso não é ação minha, isso é o que ele é de verdade, a minha mera presença fez
com que a ilusão que cobre o corpo dele se desfizesse

*Arthur olha pra Boris indiferente, e então olha de volta pra entidade*

Arthur: Então você tá me dizendo que o ser que veio atrás de mim em busca de ajuda e
refúgio, na verdade é uma lenda viva, um dos seres mais poderosos da existência…

*Ele vira pra Astro*

Arthur: Só falta você me dizer que você é deus também!

*Astro pra ele com os olhos arregalados e orelhas pra trás, Arthur entende o que foi isso*

Arthur: Nem fudendo…


*Ele fica ali no meio dos dois, olhando tanto pra um quanto pra outro*

Arthur: E quando que eu ia ficar sabendo disso?

*Astro faz que vai falar mas segura a língua*

Astro: Não acho que era pra você saber nunca… Por que você acha que te mostramos
aquela história falsa sobre nós? Nós nunca estivemos em apuros, nós só estamos fugindo
do destino…

Arthur: E por que eu? Mais uma vez, por que um ser humano comum e pífio?? Tipo tantos
outros destinos, tantas outras possibilidades, tão melhores que eu!

*Astro pega nos ombros de Arthur e fica frente a frente com ele, Astro então revela sua
forma verdadeira, Arthur olha pra ele confuso*

Astro: Exatamente por isso! Por mais impressionante que seja você é imune aos nossos
efeitos colaterais! O simples fato de você conseguir olhar pra mim sem derreter é algo
muito, muito fora do comum!

*Arthur tira as mãos de Astro e seus ombros*

Arthur: Isso é só por que essa coisa aí tá me protegendo!

*Aponta pra massa preta e amarela no chão*

Astro: E quem mais seria tolo o suficiente pra fazer um pacto com uma criatura qualquer??
*Respira fundo* O ponto é, de certa forma a sua ingenuidade tem salvo a gente e nós te
conhecemos mais do que você imagina, você precisa da gente… por mais do que só
proteção.

*Arthur olha para aquela situação e reflete, como que isso chegou a acontecer*

Arthur: Mas como que vocês fizeram que eu entrasse no corpo de vocês? Como que eu…
como que a gente chegou nesse ponto??

Boris: Você quer a verdade, não?

Astro: Não é hora disso ainda!

Arthur: Vai joga na mesa! Rasga o véu da viúva!

Boris: Lembra aquele contrato que você assinou?

Arthur: Sim, o que vincula vocês a mim, me fazendo patrono de vocês teoricamente

Boris: Na verdade isso…


*Astro entra na frente de Boris tentando fazer ele parar*

Astro: Borealis chega!!

*Boris empurra com força Astro pela cabeça o tirando do caminho*

Boris: Cala a boca caralho! Você sabe o que a gente fez e você concordou muito bem em
fazer!

*Astro soca o chão*

Astro: Seu filho da puta! Você quer botar essa pica no meu cu, mas quem tinha medo da
verdade era você!

Boris: E agora que eu tô assumindo meus B.O você não quer deixar?? Vai se fuder pra lá!

*Arthur fica assistindo aquele show de merda inquieto*

Arthur: Tá se vocês jogaram merda no ventilador pouco me importa, só fala logo!!

*Boris começa a falar ainda olhando pra Astro mas logo volta a olhar pro Arthur*

Boris: Esse "pacto" ué você fez com a gente faz com que você se torne nossa propriedade,
logo em caso de invasão do nosso planeta ao seu, você teria direito à segurança como um
espólio de guerra…

*O peito de Arthur arde com raiva mas doi com a traição deles, sua mente apaga e seu
corpo fica anestesiado com o choque*

Arthur: Então é isso né… isso que eu sou pra vocês, a princesa indefesa que precisa ser
resgatada…

*Astro levanta rápido*

Astro: Exato, por isso que viemos ao seu auxílio! Não só seu, mas de toda a sua espécie!

*Arthur olha fundo nos olhos de Astro*

Arthur: Talvez fosse melhor que deixasse a minha espécie morrer… eles não são dignos de
salvação… e se você sabia do meu destino, você deve saber muito bem que eu faria esse
outro pacto!

*Sua expressão era tragicamente irônica*

Arthur: Eu nunca precisei da sua ajuda, e agora muito menos…

*Ele pausa pensativo*


Arthur: E quer saber? Eu vou andar por aí, vou clarear a cabeça, façam o que quiser… só
me dá um pouco de espaço!

*Ele abre a porta da van e sai andando, a entidade desaparece e volta a seu estado
invisível vigiando Arthur*

Entidade: Não lembro se cheguei a mencionar meu nome, chamo-me Avioitar, pessoas
comumente confundem meu nome, muitos chamam-me de Avatar… sou o controlador dos
4 elementos, não a personificação deles

Arthur: Prazer, Avatar, grande honra viu!

*Arthur não consegue esconder seu tom sarcástico*

Arthur: Uma entidade útil assim devia me dizer sobre as grandes consequências de grandes
poderes…

Avioitar: E por que eu deveria fazer isso? Eu estou aqui pra te estudar, não pra ser seu
mestre, muito menos serei seu conselheiro.

*Arthur se surpreende com a reposta*

Arthur: Posso então pelo menos pedir instrução ou iniciação em como utilizar meu poder?

Avioitar: Você prestou atenção na parte que não estou aqui pra ser seu mestre nem mesmo
conselheiro?

*Arthur fica emburrado, mas logo percebe que vai ser uma difícil tarefa, ele faz um
movimento aleatório esperando alguma reação, mas nada acontece, ele então volta a andar
e refletir. O tormento da última hora começa a voltar, Arthur começa a apertar o passo na
esperança de acalmar seu coração desesperado e machucado, ele para na frente de um
hotel, ele entra e vai direto para o balcão e pergunta para a atendente*

Arthur: Vocês tem piscina?

Atendente: Temos sim!

Arthur: Ótimo, vê um quarto pra uma noite!

*Arthur faz os procedimentos de cadastro e paga*

Atendente: Quarto 512 senhor!

Arthur: Obrigado

*Ele pega a chave com certa pressa e sobe até o quarto, ele vê se tem alguma roupa que
esqueceram no quarto, mas não tinha nada. Arthur então segue de volta para piscina, ele
observa a piscina e pra sua sorte não tinha mais ninguém ali, ele tira sua camisa revelando
seu físico comum, ele entra então na piscina devagar e com cuidado, ele sente a água
agradável não estava nem quente nem fria, assim que a água chega na sua cintura ele
mergulha rápido, ele sente seus cabelos mexerem com a correnteza recém criada pelo seu
movimento, sente a água preencher seus ouvidos, a sua falta de ar era quase relaxante, ele
então se solta e deixa que a água guie seu destino ali, seu corpo naturalmente boia até que
seu corpo toque o ar gelado mais uma vez, ele abre os olhos apenas para observar o teto
branco e monótono daquele lugar, ele solta o ar na esperança de afundar como pedra mas
ele apenas toca o chão com seus pés, em mais um ato de decepção ele se afunda com
raiva e grita, seus gritos são sufocados e cortados pela agitação da água que fazem sua
cabeça tremer, com sua boca cheia de água ele sobe mais uma vez cuspindo a água e
tossindo, ele foca na turbulência da água e como num transe ele acompanha o ritmo,
superando o ritmo ele agita as águas ainda mais, mas agora com certa malemolência ele
gira e puxa e estica a água, que depois de uma resistencia cede a vontade dele e gruda na
sua mão subindo lentamente quase até seu ombro, ele começa a voltar para a escada que
sai da piscina e a água continua atrelada a ele, num puxão a água pesa em seu braço mas
ele se mantém resiliente e puxa de volta dessa vez cortando aquele cordão e deixando uma
bolha d'água na sua mão, ele brinca passando de uma mão para a outra, girando e jogando
pra cima, entretido ele joga a bolha para frente com força para tentar puxar enquanto no ar,
mas obteve outro resultado, a bolha se esticou numa faixa homogenia que se manteve
estática. Então puxa de volta mantendo a forma esticada e fina, ele mais uma vez se
entretém com a sua faixa de água até um último giro onde se cerca da água e solta, a água
vai o molhando novamente, ele sorri com prazer e satisfação sublime, ele então num
movimento simples coloca as mãos a centímetros do seu peito e como se estivesse
apertando algo puxa a água que repousava sobre seu corpo fazendo a expandir e o secar
completamente, agora num movimento grande ele puxa aquela água numa orbe mais uma
vez e a joga de volta na piscina.

Arthur: Isso foi muito mais satisfatório do que eu imaginei… como será que deve ser com
outros elementos?

*Ele para pra pensar por alguns segundos mas desiste da ideia, pega sua camisa de volta a
colocando e volta para o quarto para tomar um banho e dormir*

Arthur: Isso é exaustivo…

*Ele diz antes de se jogar na cama e adormecer imediatamente, ele acorda com gritos de
algum lugar*

Pessoa aleatória: Sai daqui, vão embora!!

*Ele levanta e vai até a janela onde ele vê uma pessoa caída perto de um carro, ele levanta
a mão se defendendo mas sua tentativa é frustrada com um golpe

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