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MODELAGEM DE PROCESSOS
(PODER EXECUTIVO)
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GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA (EM EXERCÍCIO)
Eduardo Pinho Moreira
COORDENADORA GERAL
COORDENADORA TÉCNICA DE PROCESSOS FINALÍSTICOS
Alexandra Furtado da Silva Dias
ANALISTA ADMINISTRATIVO
João Leandro Rozone de Souza
ANALISTA DE INFORMÁTICA
Karla Lenise Margarida Campana
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5
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2.3.7 Evento de Mensagem ............................................................................ 32
4. ARTEFATOS ..................................................................................................... 46
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INTRODUÇÃO
Como o foco deste Guia é a notação, este documento não contempla conceitos e
metodologias baseadas na disciplina de Gerenciamento de Processos de Negócio. Outras
informações a respeito são disponibilizadas na internet (www.eproc.sc.gov.br).
Para fins didáticos, este Guia está organizado em quatro grupos de elementos:
Piscinas e Raias
Artefatos (Artifacts)
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1. PISCINAS E RAIAS
Uma Raia (Swinlane) é uma divisão lógica e visual dentro de uma Piscina (Pool) e visa
evidenciar a distribuição ou o fluxo dos trabalhos (visão funcional) ao longo de um Processo
de negócio, em outras palavras, representa as funções de um processo. É utilizada para
representar os responsáveis pelas Atividades ao longo do Processo.
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As Raias permitem compreender o Processo por funções ou fluxos de trabalho, ou
seja, de quem é a responsabilidade por determinado grupo de Atividades? As raias dizem
respeito as unidades administrativas de uma organização (área de negócios, diretorias,
gerências, setores e outras estruturas do organograma).
Uma piscina pode ou não conter raias, isso depende do foco que se deseja buscar.
Exemplo: utiliza-se piscina com raias para buscar uma visão por funções e fluxos de
trabalho bem como elaboração de um regimento interno; utiliza-se piscina sem raias para
identificação rápida de retrabalhos e exceções etc.
As figuras a seguir trazem dois exemplos de piscinas, uma contendo piscinas com
raias (Figura 3) e outra contendo piscinas sem raias (Figura 4).
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Figura 3. Raias de Piscinas (Swimlanes) com objetivo de visualizar os fluxos de trabalho (visão funcional)
Figura 4. Piscinas (Pools) sem raias com objetivo de identificar rapidamente desperdícios e exceções no fluxo
do Processo (monitoramento de desempenho)
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2. OBJETOS DE FLUXO
Processos e Subprocessos
Atividades e Tarefas
Eventos
Desvios (Gateways)
A Figura 5 apresenta a notação desse elemento, que é visto desta forma quando o
Processo (ou Subprocesso) está inserido em outro Processo (por isso chamado de
Subprocesso).
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Quando o Processo é automatizado e contém um Subprocesso que deve ser
acionado, é necessário configurar tal elemento na ferramenta de modelagem para que
chame o Subprocesso (Call Activity). Esse elemento é apresentado na Figura 6.
Figura 6. Representação do Processo ou Subprocesso inserido em outro Processo com Call Activity
Observe que no exemplo tem-se uma visão de alto nível do Processo ponta a ponta
para rápido entendimento (menor nível de detalhamento). Após o Evento de Início tem-se
um Subprocesso minimizado e um Subprocesso Expandido contendo Evento de Início
(obrigatório), três Subprocessos minimizados, um Subprocesso com Call Activity e um Evento
de Fim (obrigatório). Após conclusão do fluxo do Subprocesso Expandido, passa-se a
executar o que estiver na sequência do fluxo. Neste caso houve a finalização do processo
principal (Evento de Fim acionado).
Os Eventos são vistos com mais detalhes no tópico 2.3 deste Guia. Para fins didáticos,
neste momento é necessário saber que o Processo sempre se inicia por um símbolo
representado por um círculo vazado (Evento de Início) e termina com um Evento de Fim,
representado por um símbolo semelhante ao de início, contudo, seu círculo possui uma linha
mais encorpada. Pode existir mais de um Evento de Início e/ou de Fim.
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2.2 ATIVIDADES E TAREFAS
A Atividade, por sua vez, representa um conjunto de Tarefas necessárias para entrega
de uma parte específica e definível de um produto ou serviço e corresponde a um título de
algo que tenha conexão com “o que fazer” no ambiente organizacional mais amplo. Numa
representação gráfica.
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Na Figura 9 têm-se sete tipos de Atividades que podem ser utilizadas de forma
combinada com Múltiplas Instâncias ou com Loop, vistos com mais detalhes ao final do
subtópico 2.2.
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Figura 11. Tipo de Atividade/Tarefa Manual
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A Figura 14 traz a representação gráfica em BPMN da Atividade/Tarefa de Regra de
Negócio (Business Rule Task). Sua forma é semelhante à Atividade/Tarefa Padrão,
diferenciando-se por conter em seu interior o desenho de uma tabela de dados.
Esta Atividade/Tarefa não deve ser confundida com o envio de e-mails. É muito
comum acontecer até porque a representação gráfica desse elemento é um retângulo
contendo em seu interior o desenho de um envelope, conforme visto na Figura 15.
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2.2.8 Uso do Loop na Execução de Atividade/Tarefa
O loop (expressão booleana) indica que uma Atividade/Tarefa deverá ser repetida até
que uma condição estabelecida anteriormente seja cumprida. O loop pode ser combinado
com qualquer das Atividades/Tarefas vistas anteriormente.
A Atividade/Tarefa com Múltipla Instância diz respeito a ações que ocorrem diversas
vezes. Estas instâncias podem acontecer em paralelo ou sequencialmente.
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2.2.9.2 Atividade Tipo Múltipla Instância em Sequencial
2.3 EVENTOS
Todos os eventos vistos neste guia são desdobrados em tipos (change type) para
melhor representação dos fatos.
Todo processo de negócio deve possuir pelo menos um evento de início e um de fim.
O Evento de Início (Start Event) representa um fato que dá início à execução de uma
instância do Processo de negócio.
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O Evento de Início visto na Figura 20 é representado por um círculo vazio, com borda
simples e nenhum símbolo em sua área interior (início padrão).
Quando o tipo de Evento de Início deve ser especificado no elemento, este passa a
conter o símbolo que traduz melhor o fato.
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O Evento Intermediário pode anteceder ou suceder outros objetos do fluxo ou até
mesmo ser acionado em Atividades que serão iniciadas de imediato ou em Atividades já em
execução, neste caso, o evento é fixado sobre o elemento que representa a Atividade.
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Figura 24. Tipos de Eventos Intermediários Específicos
Note que o Evento de Fim é semelhante graficamente ao Evento de Início, porém sua
borda é mais espessa (borda dupla preenchida).
Em BPMN, pode existir vários Eventos de Fim possíveis e cada um deles representa
uma situação específica (entrega, cancelamento, erro etc.) no Processo.
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Não há um número máximo de eventos finais possíveis em um Processo. Recomenda-
se escrever em cada Evento Final o resultado entregue.
Essa condição pode ser uma data, hora ou um período de tempo (número de anos,
dias, meses, semanas, horas, minutos e segundos). A Figura 27 representa esse elemento.
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Figura 28. Exemplo de Processo que se inicia por um Evento Temporizador
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Figura 30. Exemplo de Evento Intermediário Temporizador com Interrupção de Fluxo
São exemplos de situações que podem utilizar esse evento: prazo de um edital de
licitação para realização do certame, prazo para recurso e data de publicações de boletins.
Esse evento não interrompe a continuidade do Processo, serve para emitir alertas ou
executar outras Atividades em paralelo concomitantes à do fluxo principal. A Figura 31
apresenta como este elemento é empregado.
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Nota-se que a representação gráfica do Evento Intermediário Temporizador Sem
Interrupção de Fluxo (elemento em linhas tracejadas) é semelhante ao Evento Intermediário
Temporizador com Interrupção de Fluxo (linhas contínuas), contudo seus objetivos
específicos são diferentes.
A comunicação por sinal pode ser utilizada tanto para Processos externos ou dentro
do mesmo Processo, sendo mais usual utilizá-lo em Processos automatizados.
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O Evento de Sinal não observa campos e dados no banco de dados, apenas emite
sinais para executar outros Processos. Exemplos: programação anual de férias, elaboração
do Orçamento Anual, publicação de Boletim Informativo etc.
Em BPMN, não há eventos finais de recebimento de sinal bem como eventos iniciais
de envio de sinal, até porque o Processo se inicia com o recebimento de uma informação e
se conclui com o envio de uma informação.
Nesse Evento a captura (recebimento) de mensagens por sinal bem como o envio de
mensagens dessa natureza acontece somente durante a execução do Processo.
Neste exemplo, após execução da primeira Atividade, o sistema emite um sinal para
avisar que a programação de férias está liberada.
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Elementos com símbolos preenchidos indicam que uma informação está sendo enviada.
Elementos com símbolos vazados indicam o recebimento de informação.
O Evento Final de Envio de Sinal (Signal End Throw Event) emite uma informação ao
término do Processo para que outros Processos, piscinas e Atividades que tenham interesse
nessa informação possam captá-la. A Figura 35 apresenta esse evento.
O Evento Inicial de Recebimento de Sinal (Signal Start Event) é utilizado para receber
mensagens sem destinatário único ou especificado. Inicia-se a partir de um aviso. A Figura 37
apresenta esse evento.
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Na Figura 38 tem-se um exemplo de Processo de negócio que utiliza um Evento Inicial
de Sinal.
Note no exemplo que há outro sinal (“Revisão de Férias”) que pode iniciar o
Processo, demonstrando claramente que é possível ter mais de um Evento de Início.
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Figura 40. Exemplo de Evento Intermediário de Recebimento de Sinal (Com Interrupção de Fluxo)
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Figura 42. Exemplo de Evento Intermediário de Recebimento de Sinal (Sem Interrupção de Fluxo)
Esse evento é disparado somente quando uma condição acontece. Por ser uma
condição, o evento é continuamente monitorado até que a condição se torne verdadeira
para que o processo inicie-se (Exemplo: estoque atual > 10% do estoque mínimo).
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A Figura 43 apresenta esse evento.
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Figura 46. Exemplo de Evento Intermediário de Condição com Interrupção de Fluxo
A Figura 47 apresenta esse elemento para ser utilizado de três formas diferentes.
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Figura 47. Evento Intermediário de Condição sem Interrupção do Fluxo
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2.3.7 Evento de Mensagem
Este evento não deve ser confundido com a troca de e-mails (que utiliza Evento de
Serviço), pois este implica a realização de outras Atividades/tarefas que necessitam ser
identificadas no Processo a fim de evitar a camuflagem de importantes pontos de falha de
comunicação, handoffs, gargalos e quebras. Nesta situação o analista de Processos passa a
ter dificuldades para identificar problemas de retrabalho, incapacidade e desperdício no
Processo.
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2.3.7.2 Evento Final de Envio de Mensagem
O Evento Final de Envio de Mensagem (Message End Event) é utilizado para enviar
uma mensagem ao término de uma etapa do Processo ou de todo o Processo (entrega de
resultados).
Este evento possui linhas espessas (assim como todos os eventos de fim). A Figura 51
apresenta a notação desse elemento (figura cheia de um envelope).
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Na Figura 54 tem-se um exemplo de Processo de negócio contendo um Evento Inicial
de Recebimento de Mensagem.
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Neste exemplo, o Processo se inicia com um evento temporal, ou seja, no 1º dia útil
de cada ano, uma instância do Processo é acionada e, após execução da primeira Atividade,
o Evento Intermediário de Recebimento de Mensagem interrompe temporariamente a
continuidade do Processo até que a mensagem de “Planejamento de Férias” (enviada por
outro Processo) seja recebida automaticamente, permitindo a execução do Subprocesso
Expandido.
O Evento de Link (Link Event) é utilizado apenas entre o início e fim de um Processo
com a finalidade de fazer uma conexão de uma ponta do Processo a outra do mesmo
Processo (é quebrado em razão de sua extensão).
O Evento Intermediário de Envio de Link (Link Intermediate Throw Event) faz a quebra
de sequência de fluxo, indicando que a continuação deste está em outro ponto. Seu
elemento é representado na Figura 57.
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Figura 59. Exemplo de Evento Intermediário de Envio e Recebimento de Link
Note que na primeira sequência do mapa não se tem um Evento de Fim do Processo,
pois trata-se de um Evento Intermediário de Envio de Link indicando que a continuação está
em outro ponto do diagrama do mesmo Processo (houve uma quebra). Da mesma forma, na
segunda sequência, não se tem um Evento de Início, mas sim um Evento Intermediário de
Recebimento de Link indicando que se trata de uma continuação de uma sequência anterior.
O Evento Final de Término (Terminate End Event) é utilizado para encerrar o Processo
(ou Subprocesso), mesmo quando houver Atividades sendo executadas em paralelo. Este
evento não emite nenhum sinal ao seu término.
Esse evento deve ser utilizado com muita cautela, pois pode encerrar Atividades
ainda em execução. Seu elemento é representado na Figura 60.
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Figura 60. Evento Final de Término
Neste exemplo, tem-se um evento paralelo ao fluxo principal que é acionado após
recebimento de um sinal (“Programação de férias na Unidade Setorial”). Se as Atividades
paralelas ainda estiverem sendo executadas e o fluxo principal tenha sido concluído, as
Atividades paralelas são finalizadas, independente de sua conclusão, tendo em vista que o
Evento Final de Término força tal situação.
O Evento Final de Erro (Error End Event) indica que o fluxo do Processo (ou
Subprocesso) não entregou resultados como previsto em razão de uma recusa ou ausência
de informações. Ao ser acionado, o Evento Final de Erro será recebido por um Evento
Intermediário do mesmo tipo que disparará um caminho de exceção ou outro fim do
processo.
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Figura 63. Exemplo de Evento Final de Erro
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2.4 DESVIOS (GATEWAYS)
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conclusão de seu atendimento. Caso a solicitação tenha sido negada tem-se um desvio no
fluxo do Processo que conduz à Atividade “Comunicar Solicitante” sobre tal decisão e, na
sequência, o Processo é encerrado. As setas (Fluxos Sequenciais) que saem do Desvio
indicam a condição para seguir por tal caminho: seta com um pequeno corte representa o
caminho padrão (ou Fluxo Sequencial Default); e a seta “Autorização Negada” representa a
exceção (sem corte na seta).
Quando há mais de dois desvios que, ao serem finalizados, retomam para um ponto
em comum (Subprocesso ou Atividade), recomenda-se para fins estéticos, utilizar após
Desvio Exclusivo, Atividades e/ou Subprocessos outro Desvio com o mesmo tipo definido
anteriormente (exemplo na Figura 67).
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2.4.2 Desvio Inclusivo
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Na Figura 69 tem-se um exemplo de um processo com mais de dois Desvios
Inclusivos (permite mais de um desvio ao mesmo tempo). No Mapa apontado como não
recomendado tem-se a utilização de apenas um Gateway, isso implica dizer que a Atividade
que antecede o Evento de Fim seria executada tantas vezes quanto o número de condições
verdadeiras (quantidade de Desvios). No Mapa apontado como recomendado isso não
acontece, pois enquanto todas as Atividades/Subprocessos (com condição verdadeira) não
são finalizados, a Atividade que antecede o Evento de Fim não será iniciada.
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3. OBJETOS DE CONEXÃO (CONNECTING OBJECTS)
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Se o Desvio for Exclusivo, tem-se a indicação de dois ou mais caminhos (há apenas
um caminho possível), sendo o principal definido como Fluxo de Sequência Padrão. A Figura
73 traz um exemplo de sua utilização.
Figura 73. Exemplo de Processo com Fluxo de Sequência Padrão após Desvio Exclusivo
Neste exemplo, após execução da Atividade 1, que gerou informações para definir
qual desvio seguir, o BPMS verifica se a autorização foi negada. Sua confirmação implica a
execução da Atividade 5, caso contrário, deve-se executar o Fluxo de Sequência Padrão
(Default).
Figura 74. Exemplo de Processo com Fluxo de Sequência Padrão após Desvio Inclusivo
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padrão (Default). A Atividade alocada no caminho padrão sempre será executada mesmo
que a condição dos caminhos A e B seja falsa.
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4. ARTEFATOS
Este elemento serve para destacar pontos onde é interessante manter registros
visuais sobre alguma peculiaridade do Processo, ou seja, uma anotação ou observação.
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Um Objeto de Dados pode ser eletrônico ou físico, e sua utilização no Processo é
importante para esclarecer o momento ao qual as informações são cruciais para o correto
funcionamento do processo.
O Banco de Dados pode ser visualizado em uma ou mais partes ao longo do Processo.
Sua representação gráfica se assemelha a um cilindro com duas linhas paralelas localizadas
no interior, conforme visto na Figura 78.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPOTE, Gart. Medição de valor de Processos para BPM. 1. ed. Rio de Janeiro: Gart Capote,
2013
SILVER, Bruce. BPMN Method and Style. Second Edition, whith BPMN Implemente’s Guide.
Cody-Cassidy Press, Altadena, USA.
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