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BPM
BUSINESS PROCESS
MANAGEMENT
Fevereiro 2024
Sumário
1. BPM – Business Process Management.................................................................................. 3
1.1. 6 fases do Ciclo BPM ..................................................................................................... 3
1.2. Planejamento de Projeto no ciclo BPM ......................................................................... 3
1.3. Estrutura de Planejamento de Projeto de BPM ............................................................ 4
1.4. Modelagem AS-IS e TO BE. ............................................................................................ 5
1.5. Execução do Ciclo BPM ................................................................................................. 5
1.6. Monitoramento do processo......................................................................................... 5
1.7. Principais siglas em BPM ............................................................................................... 6
1.8. Análise e Melhoria de Processos ................................................................................... 6
1.9. Ciclo BPM não é linear .................................................................................................. 7
1.10. Fase mais importante do ciclo BPM .......................................................................... 8
1.11. Ciclo BPM e Ciclo PDCA ............................................................................................. 8
1.12. Produtos/Artefatos de cada fase ............................................................................... 8
1.13. Simulação de Processo .............................................................................................. 9
2. Modelagem de Processos.................................................................................................... 10
2.1. Quando devo modelar um processo? ......................................................................... 10
2.2. Qual o nível de modelamento de processos? ............................................................. 10
2.3. Modelei meu processo e agora? ................................................................................. 11
2.4. Cadeia de valor e arquitetura de processos ................................................................ 11
2.5. Exemplo de modelo de processos ............................................................................... 15
2.6. Modelagem de processos a partir do Zero.................................................................. 15
2.7. Jogo dos 7 erros do modelo de processo .................................................................... 16
2.8. 5 erros comuns da modelagem de processos ............................................................. 17
2.9. Diretrizes de Modelagem de Processos ...................................................................... 17
2.10. Diagrama descritivo e POP ...................................................................................... 17
2.11. Diagrama de detalhamento de atividades .............................................................. 18
2.12. Validação dos processos .............................................................................................. 19
2.13. 5 Segredos da modelagem de processo .................................................................. 19
2.14. Glossário de processo.............................................................................................. 21
2.15. Exemplo de arquitetura de processo....................................................................... 21
2.16. Modelagem e desempenho de processo ................................................................ 22
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1. BPM – Business Process Management
1.1. 6 fases do Ciclo BPM
FASE1: PLANEJAMENTO
Assim como qualquer projeto as definições iniciais começam também pela definição do
ESCOPO, CUSTO, PRAZO, EQUIPE, STAKEHOLDERS, etc. Porém existem elementos mais
específicos do BPM, são eles Método > Metamodelo > Notação > Ferramenta
FASE 2: MODELAGEM
É uma fase que, em geral, é opcional, pois os modelos matemáticos são complexos e caros.
FASE 4: EXECUÇÃO
FASE 5: MONITORAMENTO
• Método: Qual será a metodologia utilizada para mapear o processo, dentre as diversas
disponíveis. Ele influência muito o Escopo, pois muda prazo, custo (equipe,
ferramentas, etc). Existem referências em literatura mas cada empresa pode ter sua
abordagem.
• Metamodelo: O que será representado? Cadeia de Valor, estrutura organizacional,
mapa de processos, etc? Vou incluir atores, requisitos, riscos, etc? Conforme essa
definição será possível escolher o diagrama com elementos mais adequados ao
metamodelo.
• Notação: Que método de BPMN (Business Processo Management Notation), EPC
(Event Process Chain), etc.
• Ferramenta: Qual apoio de software será escolhido para representação do processo,
como BIZAGE, CAMUNDA, HEFLO, etc.
ESCOPO: A modelagem será AS IS, TO BE, quais as fronteiras (portas de entrada e saída), etc.
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1.3. Estrutura de Planejamento de Projeto de BPM
Baseado nas teorias da folha A3, a estrutura de planejamento engloba os seguintes elementos:
PREMISSAS E RESTRIÇÕES: Premissas: Tudo que foi assumido como verdade para a elaboração
deste plano de projeto. Restrições: Tudo que limita/restringe o projeto. Questões contratuais
podem aparecer com premissas e/ou restrições
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CRONOGRAMA DE PROJETO: O cronograma detalhado com as tarefas, marcos, dependências e
recursos é apresentado no arquivo do Project.
PLANO DE RISCOS: O plano de riscos deve conter desde a identificação dos riscos, com sua
classificação, conjunto de ações para os riscos que terão algum tratamento, conforme o caso. O
plano de risco, ao invés de uma visão pessimista deve ter uma visão preventiva
Porém existe também um modelo SHOULD BE, que é a visão ideal do processo, que em
geral não pode ser mapeado, mas pode servir de base após o mapeamento AS IS ou pode ser
usado para o desenho inicial de um processo TO BE.
No caso do TO BE, é a verificação de que treinamentos e apoios são necessários para que o
processo novo possa ser executado. É importante um período de operação assistida, onde o
analista “assiste” o novo processo, para auxiliar as pessoas e a organização a absorver o novo
paradigma.
Aqui os indicadores são monitorados, que são requisitos de controle definidos para aquele
processo e o monitoramento ocorre verificando o processo em diversas instâncias.
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A coleta dos dados que alimentam os indicadores são um momento crucial para orientação
do analista na fase de monitoramento, pois precisam entregar um grande nível de confiança.
Os dados coletados, não podem ser alvo de dúvida ou desconfiança por parte do analista ou
dos gestores do processo.
AS IS, tem o foco de encontrar problemas e riscos e o TO BE, propõe soluções para mitigar,
atenuar ou eliminar os problemas e riscos do processo.
Dentro da análises do processo para predição de melhorias podem ser usadas, entre
outras, 3 ferramentas, como análise SWOT, analisar da perspectiva dos Stakeholders
(criticando a partir da posição de cada interessado/envolvido) e Análise de Habilitadores, onde
o negócio é analisado em diferentes perspectivas, como por exemplo:
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• Workflow (W): avaliação de questões relacionadas aos passos, gargalos no fluxo de
execução, falta de paralelismo ou idas e vindas repetitivas do processo
• Tecnologia da Informação (TI): avaliação de questões relacionadas às aplicações,
sistemas ou banco de dados;
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Porém o ciclo BPM, as etapas não podem onerar a ENTREGA DE VALOR, caso uma fase
esteja demasiadamente demorada, pode ser “pulada” ou simplificada para que exista entregas
de valor parciais.
Via de regra, não existe uma fase mais importante, porém a execução ineficaz pode gerar
problemas na entrega de valor.
O Ciclo PDCA é considerado “PAI’ de todos os ciclos de melhoria para análise de diferentes
análises, pois ele resume em 4 etapas simplificadas para direcionar basicamente qualquer tipo
de implantação ou plano de ação.
Abaixo estarão elencados apenas alguns entregáveis de cada fase, para exemplificar
didaticamente esta fase.
1) PLANEJAMENTO
• Método
• Notação
• Meta modelo
• Ferramenta
• Escopo
2) MODELAGEM
• Ata ou ficha de Processos
• Cadeia de Valor
• Arquitetura de processos
• Modelo de processo AS IS
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• DataBook do processo
3) SIMULAÇÃO DE PROCESSOS
• Relatório da simulação indicando gargalos e problemáticas
• Planos de ação para mitigar, atenuar ou eliminar problemas e riscos
4) EXECUÇÃO
• Modelo de processos executáveis
• Plano de comunicação
• Plano de capacitação e Gestão de mudanças
• Plano de operação assistida (onde “n” instâncias do processo são acompanhadas para
depurar melhor os detalhes de sua execução)
5) MONITORAMENTO
• Dashboard de indicadores
• AS BUILT ocasionais do AS IS ou do TO BE modelado
6) MELHORIA
• Documentos de análise
• PLanillha de priorização de melhorias
• ROadMap de elhorias
• Modelo do processo TO BE
• Data Book do processo TO BE
É uma fase opcional, onde são utilizadas regras matemáticas de probabilidade e estatística com
uso de aplicações de software, para encontrar gargalos e riscos em um processo. O uso da
probabilidade usa um padrão de inferência denominado de “Wha if?” que é uma pergunta
derivada do inglês que sugere “E se?”, ou seja, e se eu aumentar o nível de produtividade de
uma atividade, ou reduzir custos por em outra atividade, qual será o possível resultado disso
para o processo como um todo?
Exemplo:
Uma determinada organização deseja aumentar sua capacidade de oferta, porém desejam
testar 2 hipóteses e avaliar os impactos, sendo:
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Na simulação, foi possível ainda incluir outro cenário possível, de implantação de um 2º turno
dentro da estrutura existente.
Com base nos resultados, foi possível planejar as decisões do negócio, sendo eles:
Abertura de 2º turno no ANO 1. Abertura de uma unidade filial em outro estado no ANO 2.
Entre o ANO 3 e ANO 5 a expansão de franquias nos estados em que as unidades dirigidas
estariam instaladas.
2. Modelagem de Processos
2.1. Quando devo modelar um processo?
Processos sempre são realizados, mesmo quando parecem altamente caóticos. Neste
ponto pode haver uma confusão, achando que por ainda não estar maduro ele não pode ser
modelado.
A partir daí, os níveis são desdobrados, conforme o escopo do projeto BPM definido
pelos objetivos alinhados, podendo ir para nível 1, 2 ou 3 dependendo das características da
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organização e do processo que está sendo mapeado. Os níveis são referenciados por
subprocessos, cada vez que é necessário um detalhamento maior em um subprocesso.
Com a modelagem validada, é possível usar o modelo do trabalho como uma “POP –
Procedimento Operacional padrão”, para que seja usado como treinamento.
Este processo pode ser usado para simulações de processo e identificações de gargalos,
problemas, riscos e alçada de tomada de decisão.
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Os macroprocessos são os processos “CORE”, são processos primários da organização.
Dizem respeito ao processo chave. Por exemplo, para um fabricante de móveis, uma
processo de negócio é a fabricação de mobiliário.
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Baseado na cadeia de valor da organização, eu desdobro cada processo em níveis (camadas) e
deste nível 0 (ZERO), permite a definição da arquitetura de processos.
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A partir desta arquitetura de processos, eu começo a detalhar pela BPMN o processo e seus
subprocessos, chegando em alguns casos ao nível operacional.
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cadeia de
valor
arquitetura
de processos
Fluxo de
Processos
Diagrama de
atividade
Em uma farmácia, a compra do medicamento pode ser realizada no balcão ou via drive
thru. A receita é cadastrada no sistema e existe uma verificação automática, para verificar
possíveis alergias do paciente ao medicamento e se o seguro de saúde do paciente, cobre
parte ou todo o custo do medicamento.
Evento final: Se sucesso, o medicamento é retirado pelo paciente. Se falha, a receita gera
restrição e o paciente não retira o medicamento.
Atividades: Os nomes dos eventos, são sempre com verbo no infinitivo + substantivo.
Regra de negócio: O paciente paga a diferença do que o seguro de saúde não cobre
Todo mapeamento começa pelo levantamento de dados: Onde são realizadas entrevistas
com os participantes e interações com o processo. Verificar se o mapeamento é AS IS ou TO BE,
qual a notação, ferramenta e a Arquitetura de processos.
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2º PASSO: Evento de inicio
5º PROCESSO: Incluir o(s) evento(s) de fim. Esta etapa define a lógica do processo
6º PASSO: Voltar desde o inicio da lógica para incluir os objetos de dados, banco de dados e
anotações.
8º PASSO: Cross checking antes de consolidar o modelo quanto a lógica e também o padrão
de notação da organização
Caixas de atividades
Evento de
não devem receber
inicio sem
duas setas de
descrição
entrada
Atividades
abstratas, sem Gateway
tipologia inclusivo, para
divergência de
caminho único
Conjugação
verbal da 1ª
atividade
Não existe
evento de fim
A pergunta do
Gateway é realizada
por um bloco de
atividade
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2.8. 5 erros comuns da modelagem de processos
1º ERRO: Não identificar processos sem objetivos que não agregam valor, ou que não estão
ligados com o objetivo inerente aquele processo ou com a estratégia da organização;
2º ERRO: Diferenciar a Cadeia de Valor e a Arquitetura de Processos, para que seja possível
situar o processo modelado dentro da estrutura de valor da organização;
4º ERRO: O modelo não pode seguir sempre o caminho em que o processo sempre é para o o
sucesso, sem considerar as falhas e os “Wha tif?” do processo.
5º ERRO: Processo excessivamente complexo, que não possa ser lido e acaba se tornando
pouco usual. O processo precisa ser útil a organização.
São os padrões definidos pela organização para modelagem de processos, para que as boas
práticas sejam seguidas por todos os analistas ou áreas que mapeiam processos, evitando
divergências de notação nos modelos criados.
Exemplos: Fontes usadas, raias na horizontal, ferramenta utilizada, padrão de uso dos
artefatos.
Em contextos certificatórios, como ISSO 9001 por exemplo, são mais comumente usados
descritivos de processo, representados por um POP – Procedimento Operacional Padrão.
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Quando os analistas mapeiam o processo é importante compreender se a organização
documento atividades de forma descritiva ou em forma de diagrama do processo. Porém em
geral, se houver necessidade do processo descritivo, é importante entregar no databook do
processo, o diagrama do processo mais o descritivo.
Não é uma instrução detalhada de processos e sim uma estrutura de elementos de uma
determinada atividade com grande nível de detalhes.
A figura abaixo demonstra quais são os elementos em um diagrama de atividade e não existe
necessariamente um sentido de fluxo, mas uma distribuição lógica destes elementos pelo
diagrama. O diagrama de atividade tem similaridade com o diagrama de tartaruga de uma
atividade.
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Em geral o diagrama é incluído no mapeamento de processos, para atividades mais críticas
dentro de um processo, independente do nível em que ela aparece.
Uma forma interessante de validar, é montar um data book do processo e enviar com
antecedência todo material, para que durante a validação exista mais substância nos
comentários e eles convirjam para melhorias da notação e da compreensão do processo.
Lembrando que se o processo for muito complexo e/ou grande, é interessante demonstrá-
lo de forma prática, mas sem perder os detalhes importantes que vão conduzir as melhorias.
Os envolvidos precisam contribuir para uma versão final do mapeamento e o book pode
ser atualizado e a versão validada pode ser entregue para todos. Lembrando que a versão
validada pode ser tanto a AS IS quanto a TO BE.
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Usar o padrão de nome com verbo no inifitivo + substantivo, de maneira resumida, por
exemplo:
Exemplo:
ANTES
DEPOIS
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2.14. Glossário de processo
Se no seu modelo de negócio houverem muitos termos técnicos, siglas, termos específicos, etc,
torna-se importante, a criação de um glossário no book do processo, para que o diagrama não
fique contaminado com informações excessivas e também para que o leitor do processo não se
confunda com estes termos no diagrama sem eles terem um glossário de consulta incluídos no
mesmo documento de apresentação.
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2.16. Modelagem e desempenho de processo
Problemas no desempenho, não existem informações que corroborem para clareza do processo,
nem quanto aos seus elementos, nem quanto aos detalhes, além disso a notação também não
está boa, com muita abstração e um fluxo que vai e volta (caracol).
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2) Desempenho ruim do processo, modelagem boa
Aqui a modelagem melhorou, com tipos das atividades, anotações, sentido de fluxo. Mas
faltam detalhes por exemplo de como a vodka é misturada na atividade 5, o que deixa o
desempenho do processo ruim.
Na prática o processo está acontecendo com nível de detalhes que permite sua correta
execução, porém, por falha do time de analistas ou dos validadores, o processo fica mal
modelado, dificultando sua leitura e representação.
Falta de uniformidade no tamanho dos elementos, setas tortas, evento de fim com alção
(EVENTO DE FIM NUNCA PODE TER AÇÃO), Gateway com pergunta (GATEWAY NUNCA FAZ
PERGUNTA), entre outras representações ruins.
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4) Desempenho bom e modelagem boa
Nível de detalhamento das atividades bom, que mostra a qualidade do processo e a modelagem
usa todas as boas práticas, além de uniformidade da representação e uso de eventos.
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