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MANUAL BPMN

Setembro- 2013
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Sumário
1. Elementos utilizados na modelagem de processos .................................................................... 2
1.1. Elementos Organizacionais ................................................................................................. 2
a) Piscina (pool) ......................................................................................................................... 2
b) Raias .................................................................................................................................... 2
c) Miletones ............................................................................................................................... 2
1.2. Elementos de fluxos............................................................................................................ 3
a) Tarefas/Atividades: ................................................................................................................. 3
b) Eventos: ................................................................................................................................ 3
c) Gateways: ............................................................................................................................. 3
1.3. Elementos conectores ......................................................................................................... 3
a) Fluxo de sequencia: ............................................................................................................... 3
b) Fluxo de mensagem ............................................................................................................... 4
c) Associação ............................................................................................................................ 4
1.4. Artefatos: ........................................................................................................................... 4
a) Anotações ............................................................................................................................. 4
b) Banco de dados ..................................................................................................................... 5
c) Objeto de dados ..................................................................................................................... 5
d) Grupo .................................................................................................................................... 5
2. Detalhamento de Elementos de Fluxo (Tarefas, eventos, gateways). .......................................... 5
2.1. Tipos de tarefas e subprocessos e suas aplicações ............................................................... 6
2.2. Tipos de eventos de suas aplicações ................................................................................... 9
2.3. Tipos de gateway se suas aplicações ................................................................................. 18
3. Regras gerais de modelagem de processos ........................................................................... 21
3.1. Processos e subprocessos .................................................................................. 21
3.2. Raias ou piscinas .............................................................................................. 22
3.3. Fluxo de informações ......................................................................................... 23
3.4. Gateways ........................................................................................................ 23
3.5. Atividades........................................................................................................ 25
3.6. Eventos........................................................................................................... 26
3.7. Conectores ...................................................................................................... 27
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1. Elementos utilizados na modelagem de processos

1.1. Elementos Organizacionais


Definição: Elementos utilizados para indicar executores e responsáveis em um fluxo
de processo. É dentro da estrutura de Piscinas raias e miletones que o processo será
modelado. Esses elementos devem ser utilizados na horizontal.

a) Piscina (pool)
Representa o processo principal, um participante externo ao processo principal ou à
Organização. Os elementos de fluxo e artefatos serão modelados dentro dessa
estrutura que possui forma retangular e sem preenchimento.

b) Raias
São subdivisões dentro de uma piscina (pool), usadas para organizar atividades.
São usadas para distribuir os elementos de fluxo do processo, especificando quais
intervenientes são responsáveis por executar as atividades do processo. Em um
processo é comum termos uma pool representando-o com várias raias dentro dele.
Essas raias indicam os participantes do processo.

c) Miletones
É Normalmente utilizado para documentar status, fases, situação do processo. Por
exemplo, em um processo de compra pode-se haver a necessidade de representar
graficamente a fase de planejamento, execução e controle. Miletones são estruturas
retangulares que ficam dispostas na vertical.
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1.2. Elementos de fluxos


Definição: Símbolos utilizados para representar os passos e regras de negócio em
um processo. É através deles que a instância perpassa todo o processo. Existem
três elementos de fluxo:

a) Tarefas/Atividades:
Representa ações realizadas no processo. São executadas utilizando recursos
(máquinas, software, pessoas). Entende-se por tarefa a parte atômica do processo,
ou seja, indivisível. Com um conjunto de tarefas têm-se uma atividade. Pode-se
modelar um processo utilizando tarefas e atividades. De acordo com o objetivo da
modelagem um padrão deve ser utilizado.

b) Eventos:
Os eventos representam algo que ocorre durante a execução de um processo,
afetando seu fluxo. Diferente das atividades de um processo O evento intermediário
sinaliza um ponto no decorrer do processo no qual é previsto que um fato irá
ocorrer.

c) Gateways:
Os gateways são elementos de decisão e junção de caminhos dentro de um
processo de negócio, sendo utilizados em pontos de decisão, junção ou execução
de atividades paralelas.

1.3. Elementos conectores


Definição: São elementos que conectam elementos de fluxos, organizacionais e
artefatos. São representados por linhas com ou sem setas nas extremidades.

a) Fluxo de sequencia:
Fluxo de sequencia conecta os elementos de fluxo (tarefas, gateways e eventos)
em um processo demonstrando o fluxo de informações, matérias e sequenciamento
de atividades. O fluxo de sequencia é representado por uma seta contínua. Este
conector implica no entendimento que a atividade sucessora ocorrerá após a
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atividade predecessora ser concluída.

b) Fluxo de mensagem
É representado por uma seta tracejada. O fluxo de informação conecta informações
entre processos ou participantes do processo que estejam externos à organização.
Ele não representa a sequência de ações realizadas pelo processo, mas
simplesmente quem envia e quem recebe uma informação relevante naquele ponto
do processo. Este objeto de conexão liga dois elementos do tipo eventos de
mensagem ou atividades.

c) Associação
É representado por uma linha pontilhada sem setas nas extremidades. Esse
símbolo tem função de conectar elementos de fluxo e organizacionais a artefatos
(elementos utilizados para incluir informações adicionais sobre o processo)

1.4. Artefatos:
Definição: São elementos de anotações, que podem ser utilizados para adicionar
informações complementares ao processo.

a) Anotações
Artefato utilizado para inserir informações adicionais sobre o processo (comentários,
observações, regras etc.) Esse artefato pode está ou não é conectado a algum
elemento de fluxo (atividades, gateway, eventos). Quando conectado, utiliza-se o
conector de associação (linha pontilhada sem seta as extremidades).
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b) Banco de dados
Utilizado para representar informações que serão armazenadas ou resgatas durante
o processo. Essas informações estão contidas em estruturas que podem servir a
mais de um processo, um banco de dados de clientes, por exemplo.

c) Objeto de dados
É um elemento que representa um conjunto de informações no contexto do
processo, de uma atividade ou de uma troca de mãos (através do fluxo de
sequência). É representado por uma página com a ponta dobrada. Esse elemento
pode representar algum input para realizar uma tarefa (um nota fiscal vinda do
fornecedor para receber a mercadoria, por exemplo), um output gerado pela
atividade (um boleto impresso pelo assistente financeiro para pagar a aquisição) ou
até mesmo uma transição de documento(s) ao longo do processo.

d) Grupo
Elemento utilizado para representar graficamente e de modo informal o
agrupamento elementos de um fluxo para destacar alguma informação relevante.

2. Detalhamento de Elementos de Fluxo (Tarefas, eventos, gateways).

Em BPMN há três classes de elementos de fluxos. As atividades representadas por


retângulos, os eventos representados por círculos e gateways representados por
losangos. Cada classe por sua vez possui tipos de elementos diferentes geralmente a
diferenciação entre as atividades de um processo são representadas por símbolos
inseridos dentro dos retângulos. Da mesma forma essas diferenciações são adotadas
para eventos e gateways.
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2.1. Tipos de tarefas e subprocessos e suas aplicações

Nome Símbolo Descrição Utilização


É uma atividade que se espera que Esse tipo de tarefa pode ser
seja executada sem o auxílio de utilizado quando não há suporte
qualquer mecanismo de processo de direto de sistemas, ou seja,
Tarefa manual
negócios ou qualquer aplicativo. executada pela ação humana de
forma eminentemente manual.

É uma atividade típica de um fluxo de É utilizada para representar


trabalho, em que um humano executa atividades que, para serem
a tarefa com o auxílio de um executadas, necessitam do auxílio
Tarefa usuário
aplicativo de software. ou intermédio de um software
(aplicativo, sistema, etc.).

Atividade que fornece algum tipo de É utilizada para representar


serviço, o qual pode ser um serviço atividades que ocorrem
web ou um aplicativo automatizado. automaticamente, sem a
intervenção de uma pessoa.
Tarefa de serviço Representa ações que utilizam
webservice para buscar e receber
informações entre sistemas intra ou
inter organizacionais.

É uma atividade simples que é Este elemento é utilizado quando


elaborada para esperar que uma representa o recebimento de uma
Tarefa de mensagem chegue de um mensagem, seja ela física ou
recebimento participante externo (relacionado ao eletrônica.
processo de negócios).

É uma atividade simples que é Este elemento é utilizado quando


elaborada para enviar uma representa o envio de uma
mensagem a um participante externo mensagem, seja ela física ou
Tarefa de envio
(relacionado ao processo de eletrônica.
negócios).

Rotina implementada dentro do É utilizada para representar


próprio BPMS. Ou seja, tarefa atividades de script realizadas pelo
Tarefa de sctipt automatizada sem uso de um próprio BPMS, envio de e-mails,
webservice. Quando o script é alertas etc.
executado a tarefa é terminada.
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Nome Símbolo Descrição Utilização


É definido como um Se o processo que está sendo
subprocesso que está modelado possui muitas atividades
embutido completamente e conexões, tornando-o difícil para
no processo “pai”. Não a interpretação dos leitores, a
pode conter piscinas nem utilização de subprocessos pode
raias. ser um excelente artificio para
Subprocesso
organizar o fluxo sem interferir
diretamente na execução do
mesmo, possibilitando criar uma
visão mais abstrata e objetiva das
atividades que ocorrem no
processo.
É definido como um Subprocessos reusáveis são
diagrama de processos utilizados em outros processos e
Subprocesso
completo. Pode conter assim sua execução não é
reusável
qualquer elemento, até dependente do processo “Pai”.
piscinas e raias.

Nome Símbolo Descrição Utilização


O atributo de múltiplas Utilizada em atividades e
instâncias permite que subprocessos para representar a
uma atividade tenha “N” execução de múltiplas instâncias
repetições, podendo ser em paralelo ou sequencia.
Múltiplas instanciada em paralelo
instâncias diversas vezes.

Exemplo:

O Subprocesso “Avaliar candidatos” irá


ocorrer várias vezes em paralelo. Vários
candidatos serão avaliados. A quantidade de
instâncias e o número de repeticções serão
de acordo com a condição do subprocesso.
Avaliar candidatos
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Nome Símbolo Descrição Utilização


Um ciclo ou loop consiste Loops são utilizados em tarefas e
em atividades que podem em subprocessos e os atributos das
ser executadas várias condições do loop podem ser:
vezes. A atividade se
repete até que se cumpra 1. Condição de ciclo/loop:
a condição estabelecida no expressão lógica (condição de
loop. O número de negócio) que define até quando o
repetições varia para cada ciclo irá ser repetido. Exemplo:
caso e pode depender das mínimo de 3 candidatos
características do caso selecionados para poder continuar
(condição de negócio). o processo (enquanto #candidatos
< 3).
Loop 2. Máximo de ciclo/loop: indica a
quantidade máxima de vezes que
a atividade deve ser repetida,
mesmo que a condição de loop não
seja atingida. Exemplo: a atividade
“avaliar candidato” será
executada no máximo 15 vezes,
mesmo que não sejam
selecionados
os 3 candidatos.
3.Hora de teste: indica se a
condição deve ser testada antes ou
depois da execução da atividade.
Exemplo:

O Subprocesso “Avaliar
candidatos” irá ocorrer várias
vezes de acordo com a
condição do subprocesso. Avaliar candidatos
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2.2. Tipos de eventos de suas aplicações

Eventos são elementos utilizados para representar a ocorrência de fatos em um


processo. Eventos podem representar a espera que um fato aconteça para
iniciar/prosseguir a execução do processo ou então sinalizar que o processo produzirá a
ocorrência de um fato durante ou ao término de sua execução. Os eventos são
sinalizados no processo através de um círculo, e dependendo do ponto do processo
onde ocorrem podem ser sinalizados de forma diferente:

 Eventos de início: marcam o ponto onde o processo inicia e são representados


por um círculo de linha simples;
 Eventos intermediários: marcam ocorrência de eventos no decorrer do processo e
são representados por um círculo de linha dupla;
 Eventos de fim: marcam o ponto onde o processo termina e são representados
por um círculo de linha grossa;

Eventos que aguardam fatos e possuem uma causa são chamados “catch”. Eventos
que produzem fatos e possuem um resultado são chamados “throw”.
A causa ou resultado do evento é chamado “trigger” (gatilho) e sinalizado através de um
símbolo dentro do elemento. Os tipos de gatilho variam de acordo com cada tipo de
evento.

Eventos de início

O evento de início marca o ponto onde se deve iniciar a leitura ou a execução de um


processo. O evento de início será sempre do tipo catch, pois deve aguardar a ocorrência
de um evento para realizar o disparo (início da execução) do processo.
É recomendável que todo o processo tenha um evento de início para facilitar a leitura do
modelo, possibilitando a quem lê identificar por onde começa o fluxo de atividades.

Nome Símbolo Descrição Utilização


Indica onde o processo irá começar. Ele É utilizado quando não se conhece
começa um fluxo do processo e, portanto, claramente a causa do evento que
Padrão não terá nenhum fluxo de sequência de inicia o processo.
entrada – nenhum fluxo pode se conectar a
um evento de início.
Exemplo:

Nome Símbolo Descrição Utilização


Mensagem Indica quando o processo é acionado por É o mesmo da definição do
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uma mensagem, a partir de um participante. elemento padrão, sendo que, nesse


caso, o processo será iniciado
quando receber uma mensagem
(documento, e-mail, telefonema,
fax, etc.).
Exemplo:

Nome Símbolo Descrição Utilização


O processo é acionado a partir de uma data É utilizado quando o processo, para
Timer ou ciclo específico, previamente definido para ser iniciado, necessita de uma data,
ocorrer. hora ou ciclo determinantes.
Exemplo:

Nome Símbolo Descrição Utilização


Indica que o início do processo é acionado a É usado nos casos em que, para
Condicional partir de uma condição. início do processo, uma condição
precisa ser alcançada ou cumprida.
Exemplo:
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Nome Símbolo Descrição Utilização


Indica que há múltiplos caminhos para iniciar Usa-se quando se tem vários meios
o processo, sendo que só um deles será que podem iniciar o processo,
Múltiplo
requerido para iniciá-lo. porém apenas um deles será
necessário.
Exemplo:

Nome Símbolo Descrição Utilização


Sinaliza para um processo que pode Para processos que iniciam a partir
começar. O sinal pode instanciar vários de uma sinalização sem
Sinal
processos e diferente do início de mensagem destinatário específico.
não possui destinatário específico.
Exemplo:

Eventos de fim

O evento de fim marca o término onde se deve iniciar a execução de outro processo.
O evento de fim será sempre do tipo throw, marcando que o processo termina com a
geração de um fato. É recomendável que todo o processo tenha ao menos um evento
de fim. É possível, entretanto, simbolizar términos diferentes para o processo usando
mais de um evento de fim.
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Nome Símbolo Descrição Utilização


Indica onde o processo terminará. Não se É utilizado quando não se conhece
pode, portanto, conectar um fluxo de claramente o fim do processo. Um
Padrão sequência de saída a esse evento. processo pode ter um ou mais
eventos de fim.

Exemplo:

Nome Símbolo Descrição Utilização


Indica que uma mensagem é enviada a um O processo é finalizado com o
participante na conclusão de um processo. envio de uma comunicação de
qualquer tipo (um documento, uma
mensagem, um telefonema, etc.). É
usado para iniciar outro processo
Mensagem
ou fornecer um resultado a uma
comunicação começada no início
ou decorrer do processo.
É simbolizado por um envelope
preto (throw).
Exemplo:

Nome Símbolo Descrição Utilização


Indica que todas as atividades no processo É usado para finalizar o processo,
devem ser imediatamente terminadas, de forma que eliminará todos os
independente da instância (s) em execução. outros fluxos que estejam em
Término
O processo é terminado sem tratamento de andamento dentro do processo.
compensação ou eventos.

Exemplo:
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Nome Símbolo Descrição Utilização


Indica que uma exceção nomeada deve ser gerada. Quando é necessário
A exceção será capturada pelo evento intermediário indicar o fluxo de exceção
receptor de exceção, com o mesmo código de erro em um caminho do
ou nenhum código de erro, que está na fronteira da processo, devido a algum
atividade pai imediatamente acima motivo que interrompeu a
(hierarquicamente). O comportamento é indefinido execução do pelo
Erro/Exceção se nenhuma atividade no processo possui tal caminho normal. O fim de
evento intermediário receptor de exceção. O erro é utilizado dentro de
sistema que executa o processo pode definir um um subprocesso e a
tratamento adicional de exceção neste caso. O instância é capturada por
tratamento comum seria o término da instância do um evento intermediário
processo. anexo a borda do
processo “Pai”.
Exemplo:

Nome Símbolo Descrição Utilização


Indicar que um sinal será enviado
quando o processo concluir. Um ou Para processos que encerram partir
Sinal mais processos podem receber um de uma sinalização sem
sinal. Da mesma forma esse sinal destinatário específico.
não possui destinatário específico.
Exemplo:

Eventos Intermediários
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O evento intermediário sinaliza um ponto no decorrer do processo no qual é previsto que


um fato irá ocorrer. Eventos intermediários podem ser tanto do tipo catch (aguardam a
ocorrência do fato para que o processo continue) quando do tipo throw (geram a
ocorrência do fato e dão continuidade ao processo).
Em geral os eventos intermediários são conectados ao processo através de conectores
de fluxo de sequência, dando o contexto de que ocorrem durante o processo.

Nome Símbolo Descrição Utilização


Representa que em um É usado para envio e recebimento
determinado ponto do fluxo do de mensagens durante o processo
processo, uma mensagem e tratamento de exceções. O
(documento, e-mail, telefonema, marcador preenchido representa
Mensagem
fax, etc.) será recebida ou enviada. que a mensagem será enviada
(throw) e o ícone não preenchido
representa o recebimento de uma
mensagem (cath)
Exemplo

Aguarda comunicação para


continuar processo (cath)

Após verificar inscrições


envia comunicação e
continua processo (cath)

Nome Símbolo Descrição Utilização


Uma data específica ou um ciclo Utiliza-se quando o processo, ao
específico pode ser determinado chegar a determinado evento,
para acionar o evento. Se usado aguardará o tempo (data ou ciclo),
dentro do fluxo principal, atua como previamente definido para ocorrer
Timer
um mecanismo de retraso. Se for (trow).
usado para tratamento de
exceções, alterará o fluxo normal a
um fluxo de exceção.
Exemplo
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Nome Símbolo Descrição Utilização


Uma condição específica deve Utilizado para representar um fato
acontecer no processo para que o relacionado a uma condição de
Condicional
fluxo prossiga. negócio, pausando o processo até
que ela se torne verdadeira.
Exemplo

Nome Símbolo Descrição Utilização


Algo é sinalizado ou aguarda Utilizado para enviar e receber sinal
sinalização de um processo para intra e inter processos de negócio.
outro. Este evento ocorre no meio Quando evento lança um sinal
de um processo e influencia outras (thow) deve ser preenchido. E sem
Sinal tarefas dentro do processo ou preenchimento quando utilizado
demais processos que estão aptos para receber o sinal (cath).
a recebê-lo. Diferente o evento de mensagem o
sinal não possui um destinatário
específico.
Exemplo

Sinal enviado do processo de Planejamento


Orç para o Processo de Compras
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Nome Símbolo Descrição Utilização


Representa o vínculo entre pontos Utilizado em fluxos extensos e com
distantes de um processo a fim de layout pouco favorável. Ele pode
Link evitar sobreposição de conectores representar a ponta da origem da
de fluxo. ligação (trhow) ou ser a ponta
destino
Exemplo

Link realizado entre as


duas atividades

Além de ocorrer no meio de um processo, um evento intermediário também pode ser


definido para ocorrer durante uma tarefa específica. Neste caso, deverá ser anexado à
borda da atividade.
Eventos intermediários anexados a bordas das tarefas indicam que algum evento irá
ocorre de acordo com a condição do evento. Eles podem ser do tipo “Interrompendo” ou
“Não interrompendo”. Ou seja, eles podem acontecer e interromper ou não interromper a
tarefa a qual ele está anexado.

Nome Símbolo Descrição Utilização


Eventos que Para representar eventos anexos à bordas
ocorrem durante a que ocorrem interrompendo ou não a tarefa.
atividade e está 1. Não interrompendo: Se o evento ocorrer
anexo à borda. enquanto a atividade estava sendo executada,
um fluxo paralelo será iniciado a partir do
conector que se origina no evento, mas a
tarefa permanece aguardando a sua
execução.
Mensagem
A borda do evento é dupla e tracejada.
2. Interrompendo: Se o evento ocorrer
enquanto a atividade estava sendo executada,
um fluxo paralelo será iniciado a partir do
conector que se origina no evento, mas a
tarefa permanece aguardando a sua
execução.
A borda do evento é dupla e tracejada.
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Exemplo: Não Interrompendo Exemplo: Interrompendo

No exemplo acima, se o após dois dias úteis a tarefa No exemplo acima, se a atividade “Confirmar
“Avaliar pedido” ainda não tiver sido finalizada, o fluxo recebimento de mercadorias” for concluída antes da
iniciado no evento é disparado, iniciando a tarefa data de entrega prevista, o processo seguirá sua
“Receber aviso de atraso na avaliação”. A atividade de
execução pelo fluxo normal do processo.
avaliar pedido, entretanto, poderá ser realizada
normalmente, dando sequência ao fluxo normal do Entretanto, se a data de entrega prevista for atingida
processo. Se a tarefa “Avaliar pedido” for finalizada e o recebimento das mercadorias não tiver sido
antes da ocorrência dos dois dias úteis, então a confirmado, a tarefa é automaticamente cancelada e o
atividade “Receber aviso de atraso na avaliação” não fluxo que sai do evento de timer é disparado, dando
acontecerá. início à atividade “Cancelar o pedido”. A atividade de
“Confirmar recebimento de mercadorias” não poderá
mais ser realizada, pois foi interrompida.
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2.3. Tipos de gateway se suas aplicações

Gateways são os elementos de BPMN responsáveis por controlar iterações do fluxo,


criando caminhos alternativos ou paralelos no mapeamento do processo ou unificando
fluxos para continuação em uma mesma sequência de atividades.
Gateways são elementos chave na modelagem de processos de negócio, pois permitem
descrever não apenas o “dia feliz” do processo, em que as atividades acontecem
sempre da mesma maneira ou na mesma sequência, mas prever possíveis exceções
conhecidas do negócio, ou beneficiar a duração do processo através da paralelização de
atividades.
Além de servirem para “abrir” caminhos no processo, esses elementos podem ser
utilizados para unificar caminhos a fim de sincronizar as instancias do processo.

Nome Símbolo Descrição Utilização


Representa uma condição de fluxo É utilizado quando se tem uma
exclusiva, em que apenas um dos decisão e somente um dos
caminhos criados a partir do caminhos pode ser escolhido.
Gateway gateway será seguido, de acordo Necessariamente, deve haver uma
exclusivo baseado com uma informação a ser testada. atividade antes do gateway, que
em dados dará o dado para ser tomada a
decisão. Ex.: “sim” e “não”;
“verdadeiro” e “falso”; correto e
incorreto, etc.
Exemplo:

Processo segue apenas um dos


caminhos exclusivamente
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Nome Símbolo Descrição Utilização


Fornece um mecanismo para criar e É utilizado quando se tem
sincronizar o fluxo em paralelo. ramificações que acontecem de
Precisa ser usado para esclarecer forma independente.
situações complexas, em que uma É importante salientar que as
Gateway série de gateways é utilizada ou um atividades paralelas devem ser
paralelo fluxo em paralelo seja obrigatório. executadas por atores diferentes,
uma vez que uma mesma pessoa
não consegue realizar duas
atividades ao mesmo tempo.

Exemplo:
Gatway utilizado para unificar o
fluxo sicroniza as instâncias. Assim
Atividades ”selecionar imagens” e
a atividade “apresentar artigo” só
“tratar imagens” ocorrem em
ocorrerar após os dois camihos
paralelo a “escrver artigo”
estã finalizados.

Nome Símbolo Descrição Utilização


Representa uma ramificação de um Usa-se esse elemento quando se
ponto no processo em que as tem uma decisão e só pode ser
Gateway alternativas são baseadas em tomada uma das saídas propostas
exclusivo eventos. Um evento específico, e, necessariamente, deve haver um
baseado em normalmente, o recebimento de uma evento intermediário para que a
eventos mensagem, determina qual dos próxima atividade ocorra. O
caminhos irá ser tomado. caminho seguirá de acordo com o
evento que primeiro ocorrer.
Exemplo:
Observe que após desse gateway só há
eventos e só poderá percorrer um caminho.
O caminho segue no que ocorrer primeiro
confirmação do pedido ou passar 5 dias úteis.
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Nome Símbolo Descrição Utilização


Representa uma condição de É utilizado quando se tem uma
fluxo inclusiva, em que pode haver decisão, podendo ser tomada uma
uma combinação dos caminhos ou mais das saídas propostas.
Antes do gateway deve haver uma
criados a partir do gateway, de
atividade e depois dele podem ter
acordo com uma informação a ser atividades, subprocessos ou
verificada. Este gateway é eventos. Quando este gateway é
representado visualmente como o utilizado para realizar a
losango com um marcador de círculo convergência de fluxos, ele
Gateway dentro dele. garantirá que todos os fluxos que
inclusivo estiverem em execução sejam
Quando o processo em execução
atingir este gateway, o processo concluídos, chegando até ele antes
de dar continuidade à sequência de
deverá avaliar a condição
atividades.
relacionada, e uma ou mais das
saídas do gateway poderão dar
seguimento.

Exemplo:
Todas as combinações de caminhos
são possíveisi. Pagar parte em
dinheiro e parte em cartão, por
exemplo. O gateway utilizado para
unificar sicroniza as instâncias, ou
seja, a atividade “ir embora” só
ocorrerar quando os caminhos no
gateway de saída estiverem
concluídos.
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3. Regras gerais de modelagem de processos

3.1. Processos e subprocessos

O processo e subprocessos, em uma visão geral, são desenhados observando-se as


seguintes ações:

a. O nome dos processos e subprocessos deve ser composto de Verbo +


complemento, de forma que ele fique autoexplicativo;

b. Deve-se modelar a situação atual do processo (AS IS), pois, a partir da


análise do mesmo, é que serão identificados pontos de melhorias e,
consequentemente, redesenhar o processo.

c. O processo e subprocessos, necessariamente, devem ser iniciados por um


“Evento de Início”, adequado com o tipo de entrada que dá início ao processo;

d. Os processos e subprocessos têm como indicação de última atividade a


utilização de “Eventos de Fim”, adequados com o tipo de saída que encerra o
processo;

e. Ao identificar que algumas atividades, dentro de uma mesma raia, formam


loop, deve-se agrupá-las em subprocessos.

Nível de detalhe a ser adotado nas modelagens:

ELMENTO OBJETIVO
Processo Modelagem da cadeia de valor
Modelagem para melhoria/treinamento
Atividade e tarefa operacional
Modelagem para certificações ISO
Modelagem para automação
Modelagem para treinamento em sistema
Tafera
Modelagem para melhoria operacional em
processos de atividades repetitivas
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3.2. Raias ou piscinas

Nos processos os nomes dos executores serão colocados seguindo os critérios a seguir:

a. Todo processo deve conter no mínimo uma piscina. Em um fluxo pode-se


representar a um processor, um sistema ou um agente externo a organização.
Em um mesmo template pode-se modelar um processo ou a relação dele com
outro processo, sistema ou agente externo a organização. Para cada
elemento deste, deve-se inserir uma piscina.

b. Nas raias deverão ser colocados os nomes de áreas participantes do


processo principal;

c. As piscinas devem apresentar os nomes de áreas executoras de atividades


externas ao processo principal, seja área interna ou externa à organização.

d. No caso de uma atividade ou processo externo ao principal serem executados


por qualquer área da Organização, ou seja, não havendo área específica,
deve-se colocar na raia ou piscina.

e. A única piscina que deve conter o nome do processo deve ser a que
contempla o processo principal; as outras devem apresentar o nome das
áreas executoras;

f. Quando o executante da atividade ou processo externo for um cliente ou


fornecedor externo (por exemplo: empresa terceirizada), deve-se colocar em
uma piscina diferente, utilizando os termos “Cliente”, “Empresa terceirizada”
ou “Fornecedor externo”, conforme o caso;

g. Não se deve utilizar siglas ou acrônimos para especificar nomes das áreas;

h. O nome das raias ou piscinas deve ser definido no singular, exceto no caso
exposto no item c.

i. Quando o processo principal recorrer a outro da mesma área, os mesmos


devem ser colocados em piscinas diferentes;

j. Os executores (cargos) deverão ser vinculados nas atividades e tarefas do


fluxo. Para isso, deve-se acessar o campo “propriedade” de cada
atividade/tarefa e inserir o executor no campo “performance”,
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3.3. Fluxo de informações

As informações devem ter seu fluxo claramente definido, desde a entrada até a saída do
processo. É necessário, portanto, observar os seguintes aspectos:

a. Todas as atividades devem estar corretamente conectadas;

b. Entre raias, utiliza-se o conector com a linha cheia e entre piscinas, o


conector com linha tracejada;

c. As atividades devem ser desenhadas em ordem, seguindo a lógica da


sequência do processo, da esquerda para direita, de forma que não se tenha
uma atividade na mesma linha cronológica de outra, exceto em casos de
paralelismo;

3.4. Gateways

a. No “Gateway Exclusivo Baseados em Dados”, não serão utilizados os termos


“sim” e “não”; nesses casos, as condições de saída deverão ser inseridas na
aba de propriedades dos conectores, conforme figura abaixo:
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b. Não deve ser informada, dentro do elemento de decisão, a ação realizada.


Esta deve ser apresentada antes do desvio do fluxo com base em dados que
aconteceram.

c. Nos casos em que as atividades ocorram em paralelo, não será necessário


agrupá-las em subprocessos. Deve-se, portanto, representá-las dentro do
próprio fluxo principal, antecedidas por um “Gateway Paralelo”;

d. Os caminhos cíclicos são recursos que devem ser evitados na modelagem do


processo. Para isso, deve utilizar os subprocessos com loop.

e. Não utilizar ciclos com a finalidade de espera. Nesses casos, deve-se utilizar
o “Evento intermediário Timer”, de forma que seja assegurado um
determinado tempo de espera para que a execução do processo siga adiante.
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3.5. Atividades

Em relação ao nome das atividades, é importante atentar para as seguintes regras:

a. Deve ser o mais resumido possível, contendo apenas o que é realizado. O


detalhamento da atividade (como, quando e onde) deve ficar no campo de
descrição, na aba de propriedades da atividade, dentro da ferramenta de
modelagem;

b. O nome da atividade deve ser composto por verbo no infinitivo +


complemento, de forma que ele fique autoexplicativo, dando a idéia do que
será realizado;

c. Não utilizar dois ou mais verbos consecutivos na mesma atividade;

d. No caso de uma “Tarefa de Serviço”, esta deve ficar na raia ou piscina


correspondente à área executante; o nome do sistema ficará no campo
“performance”, na aba de propriedades da atividade;

e. Não devem ser representadas ações, que, por sua simplicidade, sejam um
POP (Procedimento Operacional Padrão); nesse caso, é recomendável que
estes sejam agrupados em uma atividade maior.

f. A descrição da atividade deve ser clara e específica;

g. A função dos executores das atividades deve ser colocada no campo


“performance”, na aba de propriedades da atividade;

h. Nos casos em que uma atividade é executada em conjunto por duas ou mais
áreas, deve-se criar uma raia/piscina específica contendo o nome das áreas
que executam a atividade;

i. As atividades que possuírem algum tipo de descrição devem ser sinalizadas


no fluxo com (*).

j. Caso seja necessário demonstrar algum documento importante para


execução da atividade, o mesmo deve ser anexado nas propriedades da
atividade na aba “estendido” ou utilizando o comando “anexos” com o botão
direito do mouse. O documento POP, por exemplo.

k. Em análise as tarefas consideradas gargalos, ruptura ou desconexão deve ter


cor vermelha. Para desenhos (TO BE) as tarefas melhoradas ou adicionadas
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para melhorar o processo devem ter cor verde. Para publicação na intranet as
tarefas devem ter cores padrões do sistema.

3.6. Eventos

As regras para os “Eventos de Início” e “Eventos de Fim” são:

a. Deve-se utilizar apenas um único “Evento de Início” para processos e


subprocessos;

b. Todos os processos e subprocessos devem conter pelo menos um “Evento de


Fim”.

c. Se uma condição específica do subprocesso encerrar o processo principal,


deve-se utilizar o fim de término no subprocesso.

d. No caso em que o processo iniciar ou terminar com o recebimento ou o envio,


respectivamente, de uma mensagem, deve-se utilizar apenas o “Evento de
Início” ou “Evento de Fim”, conforme o caso.

e. Nos casos em que o processo pode ser iniciado por mais de uma entrada,
sendo que duas ou mais delas sejam obrigatórias para início do mesmo,
deve-se utilizar o “Evento de Início Múltiplo Paralelo”, informando quais
condições precisam ser atendidas. Se, apenas uma das entradas for
necessária para iniciar o processo, então se utiliza o “Evento de Início
Múltiplo”.

f. Nos casos em que o processo é encerrado com o envio de uma mensagem


que servirá de insumo para início de outro processo, deve ser sinalizado
dentro do “Evento de Fim” qual o processo será o receptor da informação;

g. O processo é modelado conforme é executado. No caso de exceções, deve-


se usa os eventos de erro.

h. No caso em que o processo principal é iniciado por meio do recebimento de


uma mensagem que veio de outro processo, o mesmo deve ser representado
dentro do diagrama, conforme imagem abaixo:
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3.7. Conectores

a) Em um mesmo template pode-se modelar um processo ou a relação dele com


outro processo, sistema ou agente externo a organização. Para cada elemento
deste, deve-se inserir uma piscina. Para conectar uma piscina um desses
elementos deve-se utilizar o conector de linha tracejada. Seguem exemplos:

Processo e um sistema de gestão (Abstrato)

Processo principal e um agente externo (Colaborativo)

Ao modelar processo colaborativo em um único diagrama deve-se focar o detalhamento


no processo principal (a ser analisado) tratando os demais como caixa preta (black box),
mesmo se ele for da empresa. Dessa forma não há necessidade de detalhamento do
processo/sistema/agente externo que interage com o processo principal.

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