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19/04/2018 As três fases de um relacionamento tóxico – Superando Abuso – Silvia Rawicz

Recuperando sua vida depois do narcisista

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As três fases de um relacionamento tóxico


14 de junho de 2017 | Nenhum comentário

O PRÍNCIPE ENCANTADO – FASE DA IDEALIZAÇÃO

Idealização, Desvalorização e Descarte: as três palavras mais terríveis para qualquer um que já tenha
se envolvido no ciclo de uma relação com um sociopata narcisista ou antissocial.

No início de seu relacionamento, ele era tudo o que você sempre quis? O príncipe encantado com
quem um dia você sonhou e quando acordou, lá estava ele aos seus pés? Aposto que era. Era todo
carinho e adoração? Sua atenção, seu tempo, seu interesse, tudo para era você? As surpresas
inesperadas, os elogios constantes que faziam com que você se sentisse linda e muito especial? Ele
parecia genuinamente ouvir o que você tinha a dizer? Horas conversando… e de repente, você achou
sua alma gêmea, seu melhor amigo e o amante mais cuidadoso? Tenho certeza que sim!

Os sociopatas narcisistas e antissocias são mestres absolutos do charme e manipulação. Eles têm a
incrível capacidade de ser exatamente o reflexo daquilo que você deseja, quer e precisa. Mas não se
engane, o sociopata não se importa com você. Nada daquilo que você vê é real. É tudo desenhado
para a conveniência dele e para que ele consiga adentrar suas defesas, limites e espaço pessoal,
tomando o controle de seu tempo, de sua atenção, de sua vida. Esse sonho tem um prazo de duração e
quem determina esse prazo é ele.

No início do relacionamento com um sociopata, todas as emoções normais de euforia que se sente
quando se inicia um novo relacionamento estão lá. No entanto, ainda que tudo esteja perfeito, tem
sempre algo estranho sobre ele que não se encaixa, que você não entende bem o que, mas decide
ignorar para continuar vivendo o sonho.

Uma vez que o sociopata percebe que você pode ser uma fonte viável de suprimento narcísico,
investirá em você tão rápido, tão alto e com tanta força que você não vai saber o que a atingiu. Você
mal acreditará quanto esta pessoa parece estar apaixonada por você. Seu charme e constante afeto
não são como nada que você já tenha experimentado antes. Ele realmente parece bom demais para
ser verdade…

A idealização é a primeira fase neste ciclo surreal constante que é a relação com sociopatas. É a “fase
do pedestal”, isto é, você é posta na posição de uma deusa, e ele parece tão sincero, faz com que você
se sinta tão bem e produza tantas daquelas endorfinas da paixão, que logo você fica dependente. Ele
demanda seu cuidado e atenção constantes, despertando em você a empatia e seu lado maternal.

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Nessa fase, ele moveria montanhas para sua felicidade. Ele ama tudo sobre você e faz questão que
você saiba disso. O contato com você é constante. Faz planos, quer te ver, ouvir sua voz mesmo que
seja para um simples “oi”. “Desfila” com você para os amigos e quem sabe até para sua família, como
se você fosse um troféu do qual ele está orgulhoso. E você lá, deslumbrada com toda essa atenção que
nunca recebeu de ninguém. Por ele, você começa a dizer a si mesma que tudo vale a pena e… logo
colocará isso em prática…
Vocês se conhecem há pouco tempo, mas já parece anos. Tudo se move rápido com ele. É comum o
sociopata falar rapidamente de casamento, filhos e tudo que ele, estudando você, sabendo o que você
quer ouvir. Como são irresponsáveis, inconsequentes e não sentem qualquer culpa ou remorso, dirão
essas coisas mesmo sem nenhuma intenção de concretizá-las. Ainda que cheguem a concretizar algo,
viram as costas para essas coisas sem nenhuma cerimônia. Mas isso só acontece mais tarde… quando
já atingiram todos os seus objetivos obscuros.

Na fase da idealização, estamos só no começo. Nessa fase, parece que ele não se cansa de você,
certo? Errado! Ele pode e ele vai se cansar. Logo. Uma vez que o narcisista percebe que a “comida
dele está no anzol”, ele começa a enrolar a linha para trazer sua presa para suas mãos. E é aqui que
começa o verdadeiro pesadelo.

PRÍNCIPE OU SAPO? – FASE DA DESVALORIZAÇÃO

Desvalorização é a segunda fase do ciclo que compõe a relação com sociopatas, em especial, o
narcisista. Eu, pessoalmente, não estou bem certa de qual fase é pior, a desvalorização ou o descarte.
Ambas são terríveis.

Agora que você está viciada em toda a atenção, romantismo e bombardeamento amoroso que vêm em
sua direção com grande intensidade e rapidez na fase da IDEALIZAÇÃO prepare-se porque é hora de
conhecer o homem (ou a mulher) com quem você está realmente.

O narcisista tem dois métodos para fazer o outro se sentir abaixo de zero: ele pode destruir de forma
rápida e brusca o pedestal sob seus pés, desaparecendo no nada como se você nunca tivesse existido,
sem dar a mínima explicação e comodamente reaparecer como se nada fosse ou… fazer isso de forma
lenta, insidiosa e cruel. É quando escolhe esta segunda técnica de desvalorização que ele mina sua
autoestima, corrói sua identidade, desdenha de seus sonhos e conquistas, aponta de forma cruel seus
defeitos, isola-a do mundo acusando a todos, levanta contra você suspeitas daquilo que você não fez,
alterna sua cara amarrada e mau humor com pequenos gestos de doçura (de modo que não perca o
controle sobre você), enfim, lhe faz provar um doce-amargo constante e infernal, de modo que você
passa a ter diante de si alguém que você “ama”, mas que estranhamente lhe entristece a maior parte do
tempo.

Ele fará isso com tudo o que ele tem em seu arsenal. Seu arsenal é bem abastecido. Abastecido com
seu ódio, raiva e incapacidade de assumir a responsabilidade por qualquer de suas ações ou receios.
Sempre com raiva, busca culpar qualquer um além de si mesmo por tudo que não dá certo ou que lhe
desagrada. Ele nunca fez nada. Ele é a vítima. Não importa quanto você o venere, obedeça, ceda ou
concorde, você sempre fez algo terrível que “o magoou profundamente e que justifica os seus mau
tratos”…

Pesquisas mostram que a maior parte dos narcisistas desenvolvem seu transtorno no início da
adolescência e também na infância, quando não conseguem desenvolver bem o superego. Muitas
vezes, é um resultado direto de abuso ou negligência. Outras, resultado de uma vida sem limites por
parte dos cuidadores. Principalmente, se não quase sempre, por parte da mãe.

Mas, pare! Eu sei no que você está pensando: Não, você NÃO pode ajudá-lo. Quem se envolve com
alguém assim precisa de mais ajuda do que ele. Você não pode ajudá-lo pelo simples motivo que ele
não acredita que haja algo errado com ele. O problema “está com você”. No final, você será difamada
como louca, perseguidora, fútil, interesseira, etc. Você será o que na verdade ele é e por isso projetará
TUDO em você.
Na verdade, o narcisista é um grande impostor que projeta uma imagem charmosa e perfeita. Mas sua
incapacidade de manter a máscara permite que você enxergue rapidamente ver quem ele realmente é.
E se você não ignorar seus instintos, é claro…

Sua própria turbulência interna, baixa autoestima (ao contrário da crença popular, narcisista não têm a
autoestima elevada que mostra ao mundo) e medo de abandono fazem com que o narcisista abandone
as pessoas com grande facilidade. Isso não deixa de ser um mecanismo de defesa contra aquilo que no
fundo, teme. Ah, e não, não adiante assegurar-lhe que você não vai abandoná-lo. Isso só vai enfurecê-
lo, mostrar o quanto você é submissa e fraca.

Na verdade, isso mostra que você tem para dar um amor que ele não tem, e isso faz com ele se sinta
inferior e inadequado. Não é o seu abandono que ele teme. É o da mãe (que está no passado, mas que
o assombra) e isso, você não pode mudar. Não, nem mesmo com todo o amor do mundo. Na verdade,
sua busca é receber amor de seu objeto primário (a mãe), o que nunca ocorrerá porque o tempo em
que essa ferida se abriu está lá na infância, impossível de se resgatar na fase adulta quando se trata de
narcisistas e antissociais.

Na fase de desvalorização, o que ele antes achava incrível sobre você agora se torna veneno. Assim,
lançará farpas sobre você sem nenhuma razão aparente. É o momento de destruir em você tudo o que

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ele admira e que sabe não possuir. Isso faz imensa confusão na cabeça das vítimas. Elas são
incapazes de compreender por quê isso acontece. Como você poderia ser amado num minuto e tão
ferozmente detestado no próximo?

É nessa fase que o narcisista vai usar tudo o que você confidenciou-lhe contra você. Lembre-se: o
narcisista é um predador e sua presa é bem dimensionada na fase de idealização. Todo o tempo que
ele escutou você tão atentamente, espremendo mais e mais informações sobre a sua vida, seu
passado e seus objetivos atuais e futuros… lamento em informar: ele estava apenas observando,
estudando você… e essa pesquisa culminará com a sua destruição final e devastadora, basta você
permitir.

Ele passa a criticar tudo sobre você, desde a maneira de olhar, rir , dormir, comer, se vestir, se
relacionar com os outros, sua família, seus amigos, tudo será alvo de críticas. Críticas abertas ou
veladas. Algumas vezes, escrachadas outras travestidas de “eu só estava brincando”… Ele pode vir a
público e criticá-la severamente ou pode fazê-lo muito sorrateiramente, tentando disfarçar como se ele
só quisesse ajudar… Ele não ajuda e não ajudará jamais. Jamais será o companheiro que você
sonhou.

Se você for do tipo questionadora, que capta quando há maldade, ele vai devolver para você com sua
especialidade: o tratamento silencioso. Uma agressividade passiva, um “silêncio ensurdecedor” que
acusa você sem sequer uma palavra. É um de seus métodos mais cruéis e mais utilizados contra suas
vítimas mais inteligentes e questionadoras. Ele não consegue argumentar seu comportamento
completamente desequilibrado, então fica calado, castigando, insinuando que você está tão errada que
não vale a pena nem dirigir-lhe a palavra! Diga lá: são mestres ou não em manipulação?

Aos poucos, o narcisista separa-se emocionalmente de você. Isso faz com que você se pergunte o que
fez de errado e inicie uma maratona para “compensá-lo” e trazer a relação para a primeira fase. A
resposta é mais distanciamento e indiferença. Ele sabe bem o que está fazendo. Passa a dar desculpas
para gastar menos tempo com você, chegar tarde em casa, não aparecer, não dar sinal por dias.

Nesta fase, você terá pequenas pausas em que será bem tratada. Isso acontece quando ele percebe
que você está se distanciando, andando com as próprias pernas, desligando-se do abuso. Ele não quer
que você se vá antes que ele esteja pronto para descartá-la e, para evitar isso, vez ou outra se
apresentará com a máscara do começo. E isso só causa mais confusão emocional, a não ser, é claro,
que você já entenda com quem está lidando. Se já entende, esta é sua chance de cair fora antes de ser
massacrada. Você será, basta esperar.
De repente, o seu trabalho torna-se engolir abuso, humilhações, abandono e choro. O que o narcisista
está fazendo com você é a DESVALORIZAÇÃO propriamente dita. Ele faz isso porque é
irremediavelmente machucado por dentro. Um verdadeiro zumbi moderno, vazio de outra coisa senão
instintos mais primitivos e gratificações instantâneas. Ele faz isso porque realmente não está disposto a
fazer tudo o que é necessário para manter seu suprimento narcísico (você). Ele precisa de suprimento
narcísico (atenção, dedicação, adoração, subserviência, sexo, etc) como uma droga. Ele quer agora e
não quer trabalhar por isso. Ele sabe disso e se ressente.

O narcisista se cansa muito facilmente e, como qualquer viciado em drogas, precisa de mais e mais a
cada vez para manter “seu barato”. Quando a euforia sentida no início de qualquer relacionamento
acaba, uma vez que está provado que surge de substâncias químicas no cérebro, ele simplesmente se
entedia e se enfurece. Sabe que o problema está com ele, mas projetará culpas imaginárias sobre você
para não ter que lidar com sua superficialidade, além ter uma desculpa para partir para a próxima vítima
que lhe dê suprimento novo, sem parecer o vilão da história.

As pessoas saudáveis, durante a química da paixão, podem desenvolver outras ligações, respeito pelos
limites do outro e outros sentimentos que criam laços mais profundos, substituindo a paixão química.
Há desenvolvimento de uma relação saudável onde ambos mantêm sua autonomia como indivíduos.
Então esqueça: Você jamais terá isso com um narcisista patológico. Ele não permitirá que tais laços se
estabeleçam. Ele olha para as pessoas nesses relacionamentos como fracos, submissos ou patéticos.
Isso ocorre porque alguns estágios emocionais e de desenvolvimento do narcisista foram atrofiados na
infância ou adolescência por algum evento traumático, ainda que esse trauma seja uma mera
percepção dele de um determinado fato. É claro que nem todo mundo que experimenta traumas de
infância desenvolve Transtorno de Personalidade Narcisista.

Então acredite, o que ele deseja é destruir sua mente, seu brilho, sua energia vital, pelo simples fato de
que ele se ressente de sua dependência por você, e é através da desvalorização que ele conseguirá
colocá-la na posição de dependente, de modo a sentir-se um pouco melhor. Quem chegou a esse
ponto deve preparar-se para o golpe final: O DESCARTE

DO CASTELO À LATA DO LIXO – FASE DO DESCARTE

O DESCARTE é a terceira e última fase da experiência traumatizante e dolorosa que é o encontro com
um sociopata narcisista. Prepare-se, pois é nessa fase que você vai vê-lo completamente sem
máscara, numa versão diabólica que você nunca pensou em associar àquele anjo imaculado que
conheceu e que lhe deu tanta lição de moral e bons costumes ao longo de toda relação.

Quando ele tiver rasgado você ao meio e arrastado seus pedaços para as profundezas do inferno com
suas agressões verbais, suas humilhações, mentiras, traições, inversões, projeções e, em muitos

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casos, atos de violência física, ele vai descartar você.

Assim que ele tiver sugado por completo sua energia vital, deixando-a esvaziada de alegria de viver,
autoestima, amor próprio, autorrespeito e dignidade, ele vai jogá-la fora com crueldade e sangue frio.
Simples assim, como se você um pedaço de papel sujo. Papel higiênico que ele usou para se livrar de
sua sujeira, constantemente projetada sobre você. Só então ele estará pronto para descartá-la.

Durante a fase de desvalorização, a vítima tenta incansavelmente descobrir o que fez de errado para
que seu parceiro tão perfeito do início se voltasse contra ela de forma tão furiosa. Ao longo da fase de
desvalorização, o sociopata deixa bem claro que tudo foi culpa sua. TUDO. Ao final, a vítima está
cansada, reprimida, deprimida e oprimida. A este ponto provavelmente já se tornou tão isolada que tem
pouca ou nenhuma vida social. Enquanto ele a encantava com carinho e atenção ímpar,
sorrateiramente exigia seu afastamento dos hobbies, amigos, familiares e colegas. Ora mantendo-a
ocupada (e distraída) com atenção constante, ora castigando-a com mau humor e tratamento silencioso
de modo que, aos poucos, você começa a evitar as condutas que desagradam o parceiro “tão
apaixonado”.

Em um piscar de olhos, você está distante de tudo e de todos que possam ser para o sociopata uma
ameaça. Qualquer coisa que receba seu carinho e atenção, não é bom para você e, logo, deve ser
eliminado. Sua vida e interesses devem ser dedicados exclusivamente a ele. Ele nunca diz isso
abertamente. Conduz sua vítima a isso, através de manipulações, vitimizações, acusações e mentiras.
E assim foi, sem você perceber.

O sociopata consegue isolar e degradar a identidade e autoestima da vítima para igualar à sua.
Esvaziada, de joelhos, completamente perdida e sem vida própria, a vítima já não tem para fornecer
qualquer suprimento narcísico (adoração, atenção, sexo, presentes, etc) e aí chega o momento em que
ele vai descartá-la sem olhar para trás, como se nunca tivesse existido. Aquele amor eterno prometido,
os planos grandiosos para o futuro, tudo se perde no nada. É como se nunca tivesse acontecido e a
naturalidade com a qual ele faz isso vai deixá-la confusa, machucada, humilhada e sem vontade de
acordar de manhã. Mas escreva minhas palavras: Ele nunca vai deixá-la a menos que já tenha
garantido uma nova fonte de suprimento narcísico. Leia de novo. NUNCA. Pode não ser uma amante.
Pode ser qualquer coisa (carro novo, consumismo, viagens, etc), novos amigos, velhos amigos, ex,
qualquer coisa que naquele momento o sociopata narcisista perceba ser uma maior ou melhor fonte de
suprimento narcísico.

Incapaz de viver luto por perdas e de passar períodos sozinho, ele está sempre à procura de uma
melhor “alimentação”. Sempre. Ao afastar-se e observá-lo de longe, você se verá diante de alguém
promíscuo, que troca de parceiro com a naturalidade de quem troca de roupas. Você testemunhará
futilidades absurdas em seus costumes consumistas. Você ouvirá mentiras a seu respeito. Você se
encontrará muitas vezes perguntando: “quem é essa pessoa?” “como pode ser a mesma que um dia
me fez tão feliz?”. Não se torture mais. Você conheceu um ilusionista talentoso que não conhece
escrúpulos nem limites para tirar de suas vítimas o que mais lhe convém, ainda que para isso tenha que
lhe prometer, sem nenhum pudor, um mundo maravilhoso e cor de rosa que, de repente, se transforma
num lugar frio, tenebroso e escuro, onde você não significada NADA.
O sociopata narcisista é oportunista na essência. Quando o tempo com você não for mais conveniente
ou não servir mais aos seus propósitos, ele dará seu golpe final e desaparecerá. Se seu contato era
telefônico, não atenderá mais. Se você insistir de outro número em busca desesperada por uma razão
de tudo aquilo, vai humilhá-la da pior forma possível ou simplesmente dizer que você ligou para o
número errado!

Se ele mora com você, vai arrumar as malas e sumir, quer dando-lhe o tratamento do silêncio, quer
tendo um ataque de fúria (por culpa sua, é claro) ou com um “combo” de desvalorização mortal, no qual
juntará todas as suas técnicas de descarte e soltará sobre sua cabeça como uma pedra gigantesca que
vai te esmagar como a uma formiga. Seja como for, ele vai sair de sua vida, sem encerramento, sem
explicação, sem nada, deixando para você apenas dúvidas, culpa e muita dor.

E não se iluda, porque mesmo longe ele fará de tudo para sujar seu nome entre aqueles que conhecem
o casal. As mentiras e histórias hollywoodianas protagonizadas pela vítima que era “louca” e que “não
tinha vida própria” e que “o sufocava” serão contadas repetidas vezes e, não raro, conseguirão uma
legião de simpatizantes que se compadecerão de seu “sofrimento”.

Apesar de ser revoltante o sentimento de injustiça, o segredo é não reagir e aguardar. Como não
conseguem manter máscaras por muito tempo, rapidamente suas ações passam a depor contra suas
palavras e as pessoas, por si só, compreendem quem era a vítima e quem era o vilão. Reagir só vai
fazer com que pareça que ele tem razão ao chamá-la de louca. Nesta fase é preciso focar em si e evitar
contato com informações sobre essa pessoa que não tinha e jamais terá algo valioso para lhe oferecer.
Seu encontro com ele foi uma fatalidade. Aprenda o que puder desta experiência e siga com dignidade.
Não insista atrás de explicação e siga em frente, pois se você insistir, pode piorar e muito. A explicação
é simples: você se envolveu com um transtornado mental. Ponto final.

Após o DESCARTE, se ele voltar (E ELE VAI VOLTAR) e você aceitá-lo de volta, passada a lua de mel,
você estará diante do ciclo LAVA, ENXÁGUA, USA, JOGA FORA E REPETE. Até que ELE não queira
mais. Sim. Eles sempre voltam e o fazem por diversos motivos. Voltam essencialmente para ter certeza
que ainda tem controle sobre suas vítimas. Voltam para machucar a vítima atual. Voltam porque têm
certeza que você ainda os espera. Voltam porque são obcecados e veem suas vítimas como posse.
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Voltam porque perceberam que sua vida foi adiante sem eles e isso é inadmissível. Voltam porque ao
vê-la melhor, percebem-na como fonte nova de suprimento e querem novamente sugá-la.

Se tiver sido você a deixá-lo, fará stalking, a perseguirá prometendo amor eterno, dizendo tudo aquilo
que sabe que você deseja ouvir, falará de casamento, filhos e se apresentará em sua melhor versão.
Será tudo o que você um dia sonhou. Ele voltará “mudado”. Graças a você ele “entendeu muitas
coisas”. Mas se você me perguntar se neste momento ele merece uma segunda chance, lhe digo sem
medo de errar: aceitá-lo de volta é voltar à primeira fase sim, aquela maravilhosa da IDEALIZAÇÃO,
mas sem esquecer que logo em seguida você deverá enfrentar a DESVALORIZAÇÃO e o DESCARTE,
reinserindo-se num ciclo vicioso, mortal e sem fim do qual SOMENTE VOCÊ sairá prejudicada.

Por Lucy Rocha

Advogada e personal coach

Fonte: https://www.facebook.com/RelacoesToxicas/?__mref=message_bubble

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