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EPM 412 Gerenciamento de Sistemas Produtivos

Aula 18 Parâmetros Tecnológicos em Gestão de Ativos

Prof. Eduardo Linzmayer


Aula 18 Parâmetros Tecnológicos em Gestão de Ativos
INDICADORES DE GESTÃO DE MANUTENÇÃO
Principais Métricas Tecnológicas Aplicadas

CONFIABILIDADE

MANTENABILIDADE

DISPONIBILIDADE

APROVEITAMENTO OU EFICIÊNCIA

CAPABILIDADE

EFICIÊNCIA GERAL (OEE)


Confiabilidade (Reliability)

É a confiança que possuímos em um equipamento ou instalação que


garante seu funcionamento em um período de tempo sem quebrar
ou falhar.
Confiabilidade (Reliability)

É A PROBABILIDADE QUE UM ITEM POSSA DESEMPENHAR SUA FUNÇÃO REQUERIDA, POR UM


INTERVALO DE TEMPO ESTABELECIDO, SOB CONDIÇÕES DEFINIDAS DE USO.

A PROBABILIDADE É A RELAÇÃO ENTRE O NÚMERO DE CASOS FAVORÁVEIS E O NÚMERO DE


CASOS POSSÍVEIS.

POR SER UMA PROBABILIDADE, A CONFIABILIDADE É UMA MEDIDA NUMÉRICA QUE VARIA
ENTRE ZERO E UM ( 0 a 100%)
Comportamento e Origem das Falhas
O envelhecimento dos equipamentos e instalações é
representado pela seguinte “Curva de Banheira”

Fonte: Linzmayer, 2014.


Confiabilidade (Reliability)

FALHA = CESSAÇÃO DA FUNÇÃO DE UM ITEM OU INCAPACIDADE DE


SATISFAZER A UM PADRÃO DE DESEMPENHO PREVISTO.

TAXA DE FALHAS (λ) = Número de Falhas


Dividido pelo Número Total de Horas de Operação

O conceito de Falha está relacionado diretamente com as Funções


de um determinado equipamento, que pode ser mais de uma.
Confiabilidade (Reliability)
TMEF Tempo Médio Entre Falhas
MTBF Mean Time Between Failure = 1 / λ

TMPR Tempo Médio para Reparos


MTTR Mean Time To Repair

TMPF Tempo Médio para Falhar


MTTF Mean Time To Failure

MTBF = MTTF + MTTR


Confiabilidade (Reliability)

O que é Confiabilidade?

https://www.youtube.com/watch?v=HVrN0RbO9C4
Confiabilidade (Reliability)
Confiabilidade (Reliability)
Confiabilidade (Reliability)
Confiabilidade na Gestão de Ativos

• Com que frequência ocorrem as falhas?


• Qual o tempo entre uma falha e outra?
• Qual o tempo até a primeira falha?
• Qual o tempo gasto para reparar cada falha?
• Quais as chances do sistema funcionar sem falhas durante um
determinado período de tempo?
• Quais as chances dos sistema estar funcionando em um determinado
instante?
Diferença entre MTBF e MTTF
TMEF Tempo Médio Entre Falhas
MTBF Mean Time Between Failure = 1 / λ
Aplica-se a componentes e itens reparáveis

TMPF Tempo Médio para Falhar


MTTF Mean Time To Failure
Aplica-se a componentes e itens não reparáveis

Nos casos de componentes e itens reparáveis


MTBF = MTTF + MTTR
Causas da Baixa Confiabilidade

(*) Análise dos 6 M do Diagrama Ishikawa “Espinha de Peixe”


Confiabilidade na Gestão de Ativos
MTBF = tempo total do bom funcionamento em um período / número de falhas

Exemplo: uma máquina de produzir placas de madeira opera somente um turno diário totalizando 8 horas. Neste
período, a máquina apresenta 4 falhas. Ao medir o tempo de parada, verificamos que a primeira parada teve
duração de 20 minutos, a segunda e a terceira de 15 minutos e a quarta de 30 minutos totalizando 80
minutos. Vamos calcular o MTBF para este caso:

MTBF = (8*60 – 80) /4 = 100 minutos.

Este valor (100 minutos) nos diz que a programação da produção deve levar em conta que a cada 100 minutos
haverá uma falha do equipamento deixando ele indisponível para a produção e isto irá se repetir durante todo o
período do turno. Para ser mais exato, irá se repetir por 4 vezes no turno.
Mantenabilidade (Maintenability)
OU MANUTENSIBILIDADE OU MANUTENABILIDADE OU MANUTENIBILIDADE

É A CARACTERÍSTICA DE UM EQUIPAMENTO OU INSTALAÇÃO PERMITIR UM MAIOR OU MENOR


GRAU DE FACILIDADE NA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO.

É A PROBABILIDADE DE RESTABELECER A UM SISTEMA SUAS CONDIÇÕES DE


FUNCIONAMENTO ESPECÍFICAS, EM LIMITES DE TEMPO DESEJADOS, QUANDO A
MANUTENÇÃO É CONSEGUIDA NAS CONDIÇÕES E COM MEIOS PRESCRITOS.

É A PROBABILIDADE DE QUE UM EQUIPAMENTO COM FALHA SEJA REPARADO DENTRO DE UM


TEMPO T.
Mantenabilidade (Maintenability)
Causas da Baixa Mantenabilidade
Mantenabilidade (Maintenability)
MTTR = total de horas de parada causadas por falhas / número de falhas

Exemplo: No nosso exemplo, onde o turno diário totaliza 8 horas, vimos que a máquina de produzir placas de

madeira teve 4 paradas no turno. Ao medir o tempo de parada, verificamos que a primeira parada teve duração de 20

minutos, a segunda e a terceira de 15 minutos e a quarta de 30 minutos. Vamos calcular o MTTR para este caso:

MTTR = (30 + 15 + 15 + 20) / 4 = 20 minutos.

Este valor (20 minutos) nos diz que o tempo médio de cada parada do equipamento vai ser em torno de 20 minutos.

Portanto, a programação da produção saberá que a cada parada, a máquina ficará sem produzir placas de madeira

em média por durante 20 minutos.


Mantenabilidade (Maintenability)
TMPR = TEMPO MÉDIO PARA REPARO

MTTR = MEAN TIME TO REPAIR – M (t) Função Manutenabilidade

A SOMATÓRIA DOS TMPR É DENOMINADO DOWNTIME

RELAÇÃO DOS TEMPOS ENTRE A PARADA E RETORNO À OPERAÇÃO

0 – instante em que se verifica a falha


1 – Tempo para localização da falha
2 – Tempo para diagnóstico
3 – Tempo para desmontagem e acesso
4 – Tempo para remoção
5 – Tempo de espera de sobressalentes ( tempo logístico )
6 – Tempo para substituição de peças
7 – Tempo para remontagem
8 – Tempo para ajustes finais e testes
F - Instante de retorno do equipamento à operação
Disponibilidade (Availability)
É A RELAÇÃO ENTRE O TEMPO EM QUE O EQUIPAMENTO OU INSTALAÇÃO FICOU DISPONÍVEL
PARA PRODUZIR EM RELAÇÃO AO TEMPO TOTAL.

DISPONIBILIDADE = SOMATÓRIA DOS TEMPOS PARA PRODUÇÃO DIVIDIDO PELA SOMATÓRIA


DOS TEMPOS DISPONÍVEIS PARA A PRODUÇÃO + SOMATÓRIA DOS TEMPOS EM
MANUTENÇÃO

DISPONIBILIDADE = TMEF TEMPO MÉDIO ENTRE FALHAS DIVIDIDO PELO TEMPO MÉDIO
ENTRE FALHAS + TMPR TEMPO MÉDIO PARA REPAROS

𝑻𝑴𝑬𝑭 𝑴𝑻𝑩𝑭
DISPONIBILIDADE= OU DISPONIBILIDADE=
𝑻𝑴𝑬𝑭+𝑻𝑴𝑷𝑹 𝑴𝑻𝑩𝑭+𝑴𝑻𝑻𝑹
Disponibilidade (Availability)
A DISPONIBILIDADE É FUNÇÃO DIRETA DA CONFIABILIDADE E DA MANTENABILIDADE

CONFIABILIDADE R (t) MANTENABILIDADE M (t)

DISPONIBILIDADE A (t)
Disponibilidade (Availability)
Disponibilidade (Availability)
A disponibilidade do equipamento, na sua definição mais simples é dada por:

A = tempo disponível / (tempo disponível + tempo indisponível)


Ela também pode ser calculada através dos índices de MTBF e MTTR pela seguinte fórmula:

A = MTBF / (MTBF + MTTR) x 100 %

Veja abaixo que chegamos ao mesmo valor utilizando qualquer uma das equações:

A = MTBF / (MTBF + MTTR) x 100 = 100 / (100 + 20) x 100 = 83,3 %

A = uptime / (uptime + downtime) = 400 / (400 + 80) = 83,3 %

A alta disponibilidade é o principal objetivo da manutenção. Ela é definida como sendo a


probabilidade de uma máquina ou equipamento poder ser operado satisfatoriamente em
qualquer instante em determinadas condições.
Capabilidade (Capability)
Capabilidade de Processo (Cp ou Cpk) – Conceito da Qualidade
Um processo é denominado capaz quando, além de estar sobre controle, atende às
especificações do cliente. Existem também processos sob controle, mas que são incapazes.

Capabilidade de Equipamentos (Cm ou Cmk) – Conceito de Gestão de Ativos


À medida que uma máquina vai se desgastando, a capabilidade de seu processo pode
degradar a ponto de não suportar a tolerância especificada.
Relaciona o valor projetado pelo fabricante ou construtor com o desempenho efetivo do
equipamento
Capabilidade (Capability)
Avaliação da Capabilidade de Máquina - Índices Estatísticos Cm e Cmk
O índice Cp corresponde à Capabilidade Potencial de um Processo, ou seja, responde a pergunta: Do que o processo
é capaz?
Já o índice Cm corresponde à Capabilidade Potencial de uma Máquina.
A mesma comparação vale para os índices Cpk e Cmk. O índice Cpk corresponde à Capabilidade Centrada de um
Processo. Já o índice Cmk corresponde à Capabilidade Centrada de uma máquina.

Os índices Cm e Cmk são utilizados para avaliar um equipamento ou máquina nas seguintes condições:
•Antes da compra: Para determinar se o equipamento tem condições de atender ao processo;
•Avaliações periódicas do equipamento;
•Avaliações após grande reforma ou revisão do equipamento.
Para determinação dos parâmetros Cm e Cmk devem ser analisados somente as variações das máquinas. A máquina
deve estar ajustada conforme as suas especificações
Capabilidade (Capability)
Avaliação da Capabilidade de Máquina - Índices Estatísticos Cm e Cmk
O índice Cm é definido como sendo a razão entre a tolerância de engenharia e a dispersão do processo:

onde:
1.LIE - limite inferior de especificação
2.LSE - limite superior de especificação
3. σ - desvio-padrão do processo (população)
Caso o desvio-padrão do processo seja desconhecido, deverá ser utilizado o desvio-padrão estimado.
O índice Cm compara a variabilidade total permitida ao equipamento (ou tolerância de especificação) com a
variação do processo (tolerância natural).
Capabilidade (Capability)
Avaliação da Capabilidade de Máquina - Índices Estatísticos Cm e Cmk
O índice Cm compara a variabilidade total permitida ao produto (ou tolerância de especificação) com a variação do
processo (também chamada de tolerância natural). Assim, para o processo ser considerado capaz, o índice Cm
deve ser igual ou maior do que 1, o que equivale a dizer que pelo menos 99,73% dos produtos serão conformes,
admitindo-se a distribuição normal válida para a variabilidade dos valores individuais e a média do processo
centralizada na especificação.

Intrinsecamente, este índice admite que a média da máquina pode ser facilmente ajustada e, portanto, somente
a tolerância de engenharia (que é a distância entre o limite superior e o inferior da especificação) é comparada
com a dispersão total. Esta é sempre a melhor condição possível para o estudo, daí o por quê do índice ser
habitualmente chamado de capacidade potencial.

Cmk = mínimo { Cmi , Cms }


Eficiência Geral da Fábrica
A Influência da Gestão de Ativos e da Manutenção na
Eficiência Global da Fábrica

ÍNDICE DE EFICIÊNCIA GERAL (IEG)

OVERALL EQUIPMENT EFFECTIVENESS (OEE)

PRODUÇÃO X MANUTENÇÃO X QUALIDADE


(Performance) (Disponibilidade) (Aprovação)

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