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O FATOR PSICOLÓGICO COMO CAUSADOR DO BRUXISMO NO SONO

INFANTIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Nicoly Fraga Costa Baptista¹


Patrícia Peres Ferreira Nicollini²

1.0 INTRODUÇÃO
O bruxismo se classifica em uma prática parafuncional inconsciente e involuntário,
ocorrendo pelo excessivo apertar e/ou ranger dos dentes em mobilidades não-
funcionais da mandíbula. Este hábito vem ocorrendo nos períodos de sono ou vigília
(MARIOTTI, 2011; REDDY, 2014), “sendo mais frequente durante o sono, podendo
levar a complicações dentais, orais e/ou faciais” (MACEDO, 2008; MACHADO et al,
2014).

O bruxismo do sono primário ou idiopático é caracterizado como distúrbio do


sono, com ausência de causas médicas e secundário ou iatrogênico quando
associado à medicação, consumo de drogas ou doenças médicas (CARRA
et al., 2012).

O seu surgimento ocorre de forma multifatorial, e o desenvolvimento de


bruxismo em crianças pode estar associado, entre outros, a fatores psicossociais
como medo, ansiedade (TURKOGLU, 2014) e estresse elevados (FERREIRA-BACCI
et al., 2012; INSANA et al., 2013). “Associações significativas foram observadas entre
bruxismo e aspectos psicológicos comportamentais como episódios de agressividade,
perfeccionismo e hostilidade” (SERRA-NEGRA et al., 2013; TURKOGLU et al., 2014)
“e uma série de fatores sociodemográficos e psicológicos, como diminuição da
qualidade de vida” (MANFREDINI et al, 2016). Contudo, o ato do bruxismo vem sendo
relatado como consequência de pertubações do sono provocados pelas alterações do
ritmo circadiano, devido a dependência em internet (CHEN; GAU, 2015).
A qualidade de vida para o ser humano é imprencidivel, dessa forma, um sono
de qualidade, contribui para uma vida melhor, assim, o bruxismo vem sendo associada
ao sono autorrelatado, sofrendo multiplas interferências causadas como a: saúde
física e psicológica, características sociais (renda familiar, nível de educação) e
demográficas (idade, gênero, raça / etnia). Não obstante, o bruxismo do sono em
crianças é um tema muito discutido em literatura, como forma de potencializar grandes
estudos epidemiológicos, bem como pesquisas que apoiam a importância emergente
de fatores psicológicos, coleta de dados sobre seu relacionamento com a qualidade
de vida ainda são inconclusivas. A classe socioeconômica e a qualidade de vida
podem ser entendidas como meios para possíveis causas, que ampliam a influênciam
a psique da criança e, por conta disso, são associados ao bruxismo do sono
(MANFREDINI et al., 2016). Realizar o diagnóstico de bruxismo para a área da
Odontologia é um desafio, Uma forma de se investigar é pela história clínica do
paciente, detecção de hábitos parafuncionais, performance e qualidade de vida,
sensibilidade nos músculos da mastigação à palpação ao despertar, dores de cabeça,
desgaste anormal dos dentes, hipertrofia muscular do masseter, hipersensibilidade,
sons audíveis na ATM, este são alguns das formas apontadas, como indicativos para
o estabelecimento de um diagnóstico de bruxismo (FERREIRA-BACCI et al., 2012).
Outro método que pode ser utilizado para diagnostico é a polissonografia
(PSG), sendo apontada como modelo padrão de referência neste caso de diagnóstico
de bruxismo do sono, porém, seu uso não é habitual pelo alto valor agregado. Posto
isso, o protocolo de avaliação clínica descrito anteriomente é mais frenquentemente
usado e difundido clinicamente (FERREIRA-BACCI et al., 2012). Por causa dos
diferentes metodos aplicados, as pesquisas apontadas para o diagnóstico do
bruxismo como “possível”, “provável” e “definitivo” buscam melhorar a padronização
dos resultados coletados (VELLY et al., 2003; FERNANDES et al., 2013).
Autores Nunes et al., (2008) e Raphael et al., (2012) discorem que apenas com
os resultados da PSG (polissonografia) é possivel diagnosticar definitivamente o
bruxismo do sono infantil. Na infância, dados afirmam que o bruxismo se revela com
uma prevalência que varia entre 5,9% e 49,6%, o que demostra, a enorme importância
de um diagnóstico correto, feito precocemente, possibilitando o controle e a prevenção
dos danos (BORGES, 2009; DINIZ; SILVA; ZUANON, 2009; MACHADO et al., 2014;
SOUZA et al., 2010).
Se tratando do bruxismo, este é considerado como em: primário ou idiopático
e secundário ou iatrogênico. Uma vez primário, não está relacionado a nenhuma
causa médica evidente, por vezes pode ser crônico com evolução desde o seu
aparecimento até a idade adulta; todavia, o secundário relaciona-se com as condições
clínicas de ordem neurológicas ou psiquiátricas (BADER; LAVIGNE, 2000).
Se tratando do dia a dia, o bruxismo pode se mostrar em períodos de vigília,
nomeados de cêntrico ou diurno, ou no período noturno, nomeado de excêntrico ou
do sono. O bruxismo cêntrico possui como aspecto o apertamento maxilo-mandibular
ou deslizamento dos dentes de maneira semi-voluntária, em ações como morder lápis
ou roer unhas (onicofagia). Já o bruxismo excêntrico é citado como o ato inconsciente
de ranger ou apertar os dentes, com contrações musculares rítmicas gerando uma
força maior que a natural, com ocorrendo de sons e ruídos (GAMA; ANDRADE;
CAMPOS, 2013; GONÇALVES; TOLEDO; OTERO, 2010; LOBBEZOO et al., 2013;
MACEDO, 2008; SAULUE et al., 2015).
Diante do exposto, este pré-projeto de pesquisa quer expor dados já publicados
sobre o bruxismo no sono infantil, associado os fatores psicologicos. Em literatura será
feita a exposição de pesquisas e estudos, a fim de levar conhecimento sobre este
assunto que precisa ser fortemente debatido entre os profissionais da área da saúde.
1.1 JUSTIFICATIVA
O bruxismo do sono infantil está entre uma das condições clínicas odontológicas,
de maior procura. O hábito parafuncional impacta negativamente a qualidade de vida
da criança e da família, prejudicando o momento de sono de ambos, podendo
também, ser relacionado a outras alterações. Por conta disso, este pré-projeto, possui
por finalidade a revisão de literatura com embasamento em outros estudos e
pesquisas científicas atuais e de relevância, a respeito do bruxismo do sono em
crianças, com uma abordagem voltada para fator psicológico, como causa dessa
ocorrência. Explanando neste projeto também, sobre tratamentos e soluções da área
da saúde.
Diversas são as teorizações no que tange a etiologia do bruxismo, contudo, há um
concenso geral acerca de um início multifatorial, por caracterizações de aparição local,
hereditária, sistêmica, ocupacional, psicológica e, inclusive, associada a distúrbios do
sono (ANTUNES, et al., 2015).
O autor Antonio et al. (2006), aponta que apesar da etiologia ser pontuada como
multifatorial, o fator psicológico é um dos mais relevantes no quesito que leva à
manifestação do bruxismo, sendo ocorrente em situações de forte tensão, ansiedade
e estresse. Muitos são os pesquisadores que reafirmam, sobretudo, que crianças com
bruxismo conseguem desenvolver um comportamento hiperativo e, também,
agressivo.
Neste contexto, não é assertivo a proposta para uma técnica capaz de tratar o
bruxismo decididamente, tornando-se fundamental uma avaliação individual para que
o profissional venha a guiar de forma mais correta o seu paciente e/ou responsável,
para que estando ciente da causa específica, cumpra, dessa forma o tratamento certo
e efetivo. No sentido de obter dados mais plausíveis, a medição terapêutica pode ser
feita de maneira multidisciplinar, efetivando a ausência de sintomatologia e mal-estar
(SILVA; CASTISANO, 2009).
Na odontologia, a técnica fundamental para uma intervenção deve ser aquela
direcionada para preservar a dentição, o relaxamento dos músculos mastigatórios e a
uma boa qualidade do sono, com a elaboração de um mecanismo interoclusal
removível, com a promoção de reduzir os sintomas (MARIOTTI, 2011).
1.2 PROBLEMA
Discorrer sobre o fator psicológico como causador do bruximo no sono infantil, e
como este fator prejudica a vida da criança, influenciando na sua qualidade de vida e
bem-estar. Mostrando por meio de análises de dados já publicados em literatura as
informações pertinentes sobre o bruxismo, a prevalência em crianças, e como este
fato pode ser desencadeado por fatores psicológicos.
Diante do exposto, quando se abordam pesquisas que evidenciam as causas,
consequências e profilaxia para o bruxismo na população adulta, as referências em
literaturas são muitas. Porém, as exibições e os fatores etiológicos deste estado em
crianças ainda são pouco explorados (FONSECA-SILVA et al., 2016).
Compreendendo que há uma demanda crescente, no que tange a aprensão sobre os
impactos do bruxismo na qualidade de vida de crianças, uma vez que tal ser apontado
como desencadeador para a manifestação de disfunções temporomandibulares e
lesões ao sistema estomatognático (VIEIRA-ANDRADE et al., 2014; SIMÕES-
ZENARI; BITAR, 2010), o objetivo dos estudos acerca do bruxismo infantil é verificar
a relação entre o “possível” bruxismo do sono em crianças e fatores psicossociais e
comportamentais associados às mesmas.
Em literatura há muitos relatos que citam a carência de um método padrão para
se investigar corretamente o diagnóstico do bruxismo, com isso, são utilizados para
avaliação, diferentes estudos que conotem sobre a incidência do bruxismo, ocorrendo
bastante variáções. Demonstrando este índice, os dados verificados por diversos
autores informam prevalência entre 5% e 81% (ANTONIO et al., 2006; BADER e
LAVIGNE., 2000). Outras revisões feitas por pesquisadores diferentes, ocorrendo no
ano de 2013, revelaram dados entre 8% e 31,4% do autor Murali e seus colaboradores
(2015), uma outra pesquisa de Manfredini et al. (2016) inferiu-se a ocorrência de
15,4% das crianças.
Autor Chisnoiu e colaboradores (2015) conseguiram relatar a prevalência de
20% na população de adultos, ocorrendo uma semelhança na presença dentre as
crianças. Uma pesquisa feita na cidade de Boston, no ano de 2005, por meio das
coletas das respostas dos questionários respondidos pelos pais, uma ocorrência de
38% foi verificada (CHEIFETZ et al., 2005). Validando estes dados, a pesquisa de
Carra et al. (2012) salientam o dominio de 40% de bruxismo para o sono infantil em
individuos de até 11 anos, já o autor Alves et al. (2013) denotaram uma prevalência
de 45%. O estudo de Cardoso (2017), conseguiu dados que revelam uma prevalência
de bruxismo do sono infantil aproximado, verificando o total de 47,5%.
Quando utilizado o Questionário de Hábitos de Sono das Crianças (CSHQ),
este atua respectivamente, em uma abrangência no seu uso em avaliar o
comportamento do sono em crianças em idade escolarassim, por meio da fala dos
pais, concordando como referência a apuração de sinais estabelecidos na
Classificação Internacional de Distúrbios do Sono (GOODLIN-JONES et al., 2008;
SILVA et al., 2013).
1.3 HIPOTESE
Este projeto é proposto para esclarecer e expor conteúdos pertinentes ao bruxismo
em crianças, sobretudo destacando o fator psicologico como impulsionador desta
problemática que afeta muitas crianças e se mostra negativamente no comportamento
e no convivio familiar.
2.0 OBJETIVO GERAL
Expor trabalhos já publicados sobre como os fatores psicológicos desencadeiam o
bruxismo no sono infantil, afetando a vida das crianças acometidas por essa prática.
O que a literatura tras de informações e o tratamento e soluções para essa incidência.

2.1 OBJETIVO ESPECÍFICO

✓ Expor dados sobre o bruxismo no sono infantil.


✓ Discorrer sobre o fator psicológico como uma das causas para a prática do
bruxismo em crianças.
✓ Relatar a prevalência do bruxismo em crianças
✓ Relatar os possíveis tratamentos e soluções da área da saúde para esta
ocorrência.
3.0 METODOLOGIA
Para a elaboração deste pré-projeto, foi feita uma revisão de literatura sobre
o tema, com finalidade de expor o assunto de forma acadêmica, a fim de levantar
discussões sobre a problemática, por meio de dados pesquisados em
documentos legais, teses, trabalhos de conclusão de curso e artigo. Para a
pesquisa dos documentos, foi utilizado a plataforma online “Google”. Os
descritores considerados são: “Prevalência do bruxismo no sono infantil”,
“Causas do bruxismo no sono da infância”, “Fator psicológico para o bruxismo
infantil no Brasil”, publicações com a temática mai próxima a linha de pesquisa
foram incluídas.
A pesquisa dos dados foi iniciada em março de 2023, finalizando em junho
de 2023. Para tal, este projeto se trata de uma pesquisa básica, com abordagem
qualitativa do tema.

É aquela cujo objetivo é adquirir conhecimentos novos que contribuam


para o avanço da ciência, sem que haja uma aplicação prática prevista.
Neste tipo de pesquisa, o investigador acumula conhecimentos e
informações que podem, eventualmente, levar a resultados
acadêmicos ou aplicados importantes15,16. Há autores que incluem,
neste tipo, as pesquisas acadêmicas, aquelas realizadas na instituição
de ensino superior como parte das atividades de ensino-
aprendizagem, tal como nos trabalhos de conclusão de curso
FONTELLES et al., 2009, p.5).

A pesquisa explicativa para dialogar sobre a temática, conclui que: [...] o


objetivo central explicar os fatores determinantes para a ocorrência de um
fenômeno, processo ou fato, ou seja, visa explicar o “porquê” das coisas. É uma
consequência lógica da pesquisa exploratória (SILVA, 2004, p. 2).
Em se tratando de uma revisão de literatura, norteando este pré-projeto,
assim, autores afirmam sobre o uso desta metodologia:

É através da revisão ampla da literatura que o pesquisador passará a


conhecer a respeito de quem escreveu, o que já foi publicado, quais
aspectos foram abordados e as dúvidas sobre o tema ou sobre a
questão da pesquisa proposta. Ao conhecer o tema, o investigador
poderá fornecer a melhor fundamentação teórica que dará suporte e
irá justificar a sua proposta, além de definir, com mais precisão, os
objetivos de sua pesquisa, evitando a repetição, na íntegra, de estudos
anteriores, já bem estabelecidos pela comunidade científica
(ATALLAH, et al., 1998, p 42 – 48).
4.0 REVISÃO DE LITERATURA

4.1 Prevalência do bruxismo em crianças


Alguns autores classificam o bruxismo como um “fenômeno/comportamento
que às vezes pode ter significado fisiológico e não requerer necessariamente
tratamento” (RAPHAEL; SANTIAGO; LOBBEZOO, 2016, p.795).
A prevalência do bruxismo do sono durante a infância, se diversifica de caso
para caso, e se apresenta de uma porcentagem em média de 5,9% a 49,6%. Esse
diferencial, ocorre pelas multiplas avaliações propostas para o bruxismo e a sua
subjetividade ao ser interpretado, no que tange alguns dos critérios, sendo assim o
diagnóstico pode desenvolver-se com base em perguntas aos pais/responsáveis e/ou
exame clínico, ou por meio de poilissonografia, sendo este o método apontado como
mais confiável (MACHADO; DAL-FABBRO; CUNALI; KAIZAER, 2014).
A grande abundância de metodologias para se obter o diagnóstico quando se
trata deste distúrbio, atrapalha a análise dos dados de forma mais eficaz na sua
prevalência, contudo, em crianças e adolescentes a prevalência é maior do que a
verificada em adultos, com taxas de 17% e 8%, nesta ordem, não se evidência
discrepâncias significativas entre os gêneros (CARRA; HUYNH; FLEURY; LAVIGNE,
2015).
Pesquisadores Cheifetz et al., (2005), dialogam que o bruxismo do sono afeta
14% a 20% das crianças menores de 11 anos, apresentando-se habitualmente, logo
após a aparição dos dentes decíduos ou no começo da adolescência. Pesquisas
longitudinais realizadas apresentam dados que em média 35% a 90% das crianças
com bruxismo do sono, evoluem com os sintomas para a idade adulta.
Uma pesquisa feita pelos pesquisadores Garcia e seus colaboradores (1995),
salientaram a existência da prevalência de 40% em pré-escolares de três a seis anos
de idade, de 17% na faixa de seis a sete anos e 24% na faixa dos oito aos nove anos.
O acometimento do bruxismo esteve presente em 40% das crianças analisadas na
pesquisa dos autores, à medida que entre tais, 60% demonstravam o hábito de ranger
os dentes, 8% apenas apertavam e 32% rangiam e apertavam os dentes
simultaneamente.
A problemática no estabelecimento quanto a prevalência do bruxismo infantil,
consiste na variedade dos anos, na faixa etária, a ausência de normas padronizadas
que culminem no diagnóstico, se dá pelas diferentes metodologias. Até este tempo,
era trabalhoso a avaliação de ocorrência real do bruxismo, pois a existência de facetas
de desgaste é considerada no período do exame clínico, podendo apresentar uma
história precedente para o bruxismo na criança, desordem a qual pode não estar mais
ocorrendo no momento do exame. Por outra perspectiva, um bruxismo vigente pode
não ter acontecido na criança por um período significativo para que este viesse a
produzir facetas de desgaste atípicas. Assim, quando se trata de inferências obtidas
na anamnese, uma criança que coopera pode nos relatar sintomas irreais ou os pais
e/ou responsáveis podem não saber da condição da criança, que esta range os dentes
ou não estarem presentes quando a prática ocorre (SHINKAI; SANTOS; SILVA;
SANTOS, 1998).
Contudo, quando nos referimos a etiologia do bruxismo, esta é trabalhosa e
controversa, possuindo muitos pontos apontados como de riscos relacionados (FEU;
CATHATINO; QUINTÃO; ALMEIDA, 2013). Em comparação aos adultos, essa
etiologia, em crianças, é multifatorial, alcançando componentes de cunho emocional,
sistêmicos (respiratórios ou gástricos), hereditários e ainda associações com alguns
distúrbios do sono (SERRA-NEGRA et al., 2017).
4.2 Fator psicólogico
Em virtude dos variados estudos para o tema abordado, muitos autores
concordam que o fator emocional é um dos princiapis desencadeadores, influenciando
diretamente na ocorrência do bruxismo. Em literatura há a existência de variadas
pesquisas que relacionam questões emocionais a essa prática (SERRA-NEGRA et
al., 2009).

O bruxismo tem sido postulado como um evento de alívio de estresse


psicológico controlado e regulado pelo sistema nervoso central (SNC) e
ramos do sistema nervoso autonômico (SNA), em que o estresse geraria uma
movimentação nos músculos mandibulares, desencadeando o ranger dos
dentes (SATO; SLAVICEK, 2008, p.30).

A Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), desenvolveu uma pesquisa


que verificou a relação direta do nível de ansiedade em crianças com e sem bruxismo
do sono (BS), a pesquisa feita com 84 crianças de seis a oito anos de idade,
separadas em dois grupos: com bruxismo (BG) e sem bruxismo (CG) (OLIVEIRA et
al., 2015), segundo os autores, as normas adotadas pela Academia Americana de
Medicina do Sono (AASM) para determinar SB, a presença de desgaste dentário foi
analisada por meio de exames clínicos, e os pais assinaram a um questionário sobre
o comportamento e os hábitos de seus filhos. E depois, o Inventário de Ansiedade
Traço-Estado para Crianças (STAIC), foi elaborado e feito com os pais dos pacientes
escolhidos, permitiu verificar nesta pesquisa que ao se avaliar a ansiedade, aponta-
se que as crianças com bruxismo alcançaram níveis muito elevados na escala STAIC
do que o grupo não-bruxômanos, demonstrando uma ligação direta entre a presença
de transtorno de ansiedade e o bruxismo em crianças.
No presente, esta acordado que o bruxismo do sono (BS) tem um começo
central e não-periférica, e que sua fisiopatologia cerca o sistema dopaminérgico,
modificando os parâmetros fisiológicos (NASHED et al., 2012). Entretanto, o
ambiente, englobando condições sistêmicas, revela-se bastante influente ao modular
sua ocorrência, ponderando a importância de se pesquisar essa situação, levando em
consideração a possibilidade de combinar os fatores genéticos e ambientais (AMATO
et al., 2015). Dessa forma, “a etiologia do bruxismo do sono é aceita como multifatorial
e até mesmo relacionada a fatores psicossociais” (TAKAOKA et al., 2017, p.15).
Vanderas et al., (1999) desenvolveram um estudo que objetivou o teste de
influência da condição de estresse emocional, verificado pelas catecolaminas colhidos
na urina, no desenvolvimento do bruxismo infantil. Assim, foram testados trezentas e
catorze crianças de ambos os gêneros, com idade média de 6 e 8 anos, foram
examinadas, e o bruxismo foi revelado pelo exame clínico e por entrevista. A apuração
demostrou que a epinefrina e a dopamina têm relação significativa quando associado
a prática do bruxismo. Isto posto, os autores informam o estresse emocional é um
ponto predominante no desenvolvimento do bruxismo, uma vez que, o aumento na
secreção de adrenalina e dopamina acomete os estados emocionais tensos como
ansiedade e estresse.

O bruxismo relacionado ao sono é classificado como um distúrbio do


movimento relacionado ao sono e pode ser secundário, referente a alguns
problemas de saúde, como a PC (paralisia cerebral) e a epilepsia. Portanto,
nessas situações o ranger dos dentes é classificada como um distúrbio do
sono associado a distúrbios neurológicos (VANDERAS et al., 1999, p. 30).

O hábito de ranger dos dentes tem sido apontado como uma prática habitual
de distúrbio do movimento em crianças com Paralisia Cerebral (PC) (ORTEGA et al.,
2007). Existem teorias, de que alguns medicamentos, anticonvulsivantes, podem ter
uma ação sobre distúrbios do movimento, diminuindo ou ampliando esses ocorridos
(WINOCUR et al., 2003). Ortega et al., (2014) procederam uma pesquisa sobre
anticonvulsivantes e bruxismo, e a inferência dos resultados admitiu aos autores a
condução de que crianças e adolescentes com PC são acometidos com uma maior
presença de bruxismo do que crianças sem paralisia.
Ainda, de acordo com os autores, os que administravam o uso de barbitúricos
(remédio que age no SNC: sedativo/hipnótico/anticonvulsivante) demonstravam alto
perigo de apresentar bruxismo quando comparados com outras crianças que fazem
uso de diferentes drogas anticonvulsivantes. Podemos pontuar diversas teorias que
relacionam os fatores emocionais ao desencadeamento do bruxismo, considera-se
pontos na personalidade de cada indivíduo, estando associados as formas individuais
de lidar com diferentes situações cotidianas, indivíduos com estresse e/ou traços de
personalidade são tendenciosos a liberação da tensão guardada durante o dia, por
meio do bruxismo do sono. Nesse viés, comportamentos de ansiedade e raiva,
elucidam através de autodisciplina rígida, são capazes de demonstrar características
significativas do bruxismo do sono em crianças. (SERRA-NEGRA et al., 2009).
No entanto, a concepção do estresse, como um fator mais relacionado ao
começo para o agravamento do bruxismo do sono, vem deixando de ser uma das
principais vertentes frente aos avanços nas pesquisas da problemática na área, que
estão sendo direcionadas para um notável envolvimento sistêmico – como a obstrução
das vias aéreas e problemas gastroesofágicos (MANFREDINI et al., 2015) – ao que
tange os fatores psicológicos nesse quesito.
A pesquisa de Motta e seus colaboradores em (2011), ao investigar 42 crianças
com e sem bruxismo em um estudo abrangendo o exame clínico intraoral e
questionário aos pais, totalizaram que a cavidade bucal serve como um escape para
liberar as tensões afetando dentes e músculos, causando alterações também nos
músculos do complexo craniofacial, no pescoço e ombros. Outra revisão de literatura
elaborada por Restrepo et al., (2001) buscou inferir a relação do relaxamento muscular
e os sinais de bruxismo em crianças, foi observado que no momento que houver
dentição mista juntamente ao bruxismo, perfis associados a extresse, tensão e
ansiedade têm potencial relação.
Pode se qualificar que “o fato de crianças observarem e imitarem o
comportamento de adultos próximos a ela, pode gerar o apertamento ou raspagem de
dentes” (LAVIGNE et al., 2008).
Sampaio et al., (2018) evidencia a relevância das pesquisas sobre fatores
etiológicos, uma vez que, a ansiedade e o estresse são capazes de agravar o
bruxismo e não sendo a causa principal, por isso, os autores validam, que mesmo
quando o paciente demonstra manifestações de ansiedade, devem ser pesquisados
verificados outros fatores como possíveis casuísticas.
4.3 Formas de Profilaxia/tratamento
Diversos pesquisadores do tema afirmam que não existe nenhum tratamento
direcionado ao bruxismo. O que pode ser feito é uma avaliação pessoal para cada
paciente, e assim, realizar um tratamento a partir dos fatores reais para evitar futuras
complicações dentárias (DINIZ; SILVA; ZUANON, 2009; BADER; LAVIGNE, 2000).

“A multiprofissionalidade é a melhor forma de atuação, dependendo do fator


etiológico, dos sinais e sintomas e do diagnóstico para que se chegue a um tratamento
mais favorável” (BORGES, 2009; DINIZ; SILVA; ZUANON, 2009; FERREIRA-BACCI;
CARDOSO; DÍAZ-SERRANO, 2012; MACHADO et al., 2014; NAHÁS-SCOCATE;
COELHO; ALMEIDA, 2014; SOARES et al., 2016; SOUZA et al., 2010).

Uma vez que o tratamento se inicia na infância, ao longo do tempo, os danos


para a saúde podem vir a serem evitados e futuramente nos adultos minimizados
(SERRA NEGRA et al., 2010). A área da saúde da Odontologia, existem formas de
intercessão que incluem, a proteção dos dentes, havendo assim uma diminuição no
ato de ranger, evitando assim a ocorrência de dores, levando a uma melhora na
qualidade do sono. É imprescindível a realização de tratamentos para a restauração,
ajustes oclusais e aparelhos interoclusais/placa protetora, a fim de que, em situações
de agravamento, a superfície oclusal continue protegida contra o atrito e o desgaste
(BADER; LAVIGNE, 2000; BORGES, 2009; GAMA; ANDRADE; CAMPOS, 2013;
GRECHI et al., 2008).

O estudo de Giannasi et al., em (2013) com a avaliação em 9 crianças de 6 a 8


anos com histórico de bruxismo, dores de cabeça, respiração bucal, ronco e
movimentos durante o sono, foi elaborado e feita a entrevista pelo questionário aos
pais, verificação, modelagem por um profissional da área e em seguida a confecção
das placas. A confecção em resina acrílica com espessura de 2 mm, a nível de molar
permanente, com cobertura completa das superfícies oclusais para que fosse usada
na maxila, sendo que em crianças com ativa erupção de dentes foi deixado um
espaçamento a fim de permitir uma normal erupção. A seguir, ao se usar no período
do sono por tempo de 90 dias e a aplicação de um novo questionário feito aos pais,
as conclusões inferidas são à minimização dos sons do ranger dos dentes, do ronco
e dor de cabeça, adiante uma melhoria no humor das crianças ao acordar, sendo
assim, foi classificado como ponto positivo no bruxismo do sono infantil. É notável que
o objetivo do uso da placa, é a preservação do ordenamento dentário preservando os
desgastes e possível perda de tamanho, mas, existe em literatura carência desse tipo
de pesquisas sobre a utilização de placas oclusais em crianças. Outra pesquisa feita
por Restrepo et al. (2001) com 33 crianças e em seguida foi proposto exames e
realizado o uso de técnicas psicológicas, observaram que as placas oclusais não
obtiveram a devida eficiência nos indicativos do bruxismo, e não há, na literatura,
estudos sobre a utilização desta placa para tratar crianças.

Fonseca e seus colaboradores (2011), dialogam que em circunstâncias do uso


de placa, o dentista deverá instruir o manuseio para o sucesso do tratamento. Outro
autor, Bellerive et al., (2015) propõem, que as ocorrências de bruxismo relacionado a
SAOS (Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono), um aumento rápido palatal
objetivando aumento da dimensão das vias aéreas, melhorando a respiração e
reduzindo a para função. Os tratamentos em que se administra fármacos, autor
Macedo (2008) aconselha que em situações extremas e graves, é permitido o uso de
benzodiazepínicos, betabloqueadores, antidepressivos e relaxantes musculares, para
tendo, nenhuma droga é apontada no primeiro momento, este deve ser ministrado por
um curto período. Alguns autores discorrem, que a ação de fármacos não influenciam
a étiologia do bruxismo. Em vinculação à fisioterapia, as muitas técnicas de terapia
manual e particularidades de eletroterapia colaboram para a supressão dos sintomas
e para a melhoria das funções normais do sistema mastigatório (SHIM et al., 2014;
LEE et al., 2010).

O cirurgião dentista conjuntamente com o profissional da fisioterapia, precisará


indicar uma terapia que pode ajudar em cada situação e se adaptará a cada
circunstância, sobretudo em casos de bruxismo agudo (BARBOSA et al., 2008;
GAMA; ANDRADE; CAMPOS, 2013). O procedimento quanto ao psicológico do
paciente, deve ser trabalhado com técnicas de relaxamento e terapia comportamental
para o aperfeiçoamento de hábitos pessoais e fatores ambientais, desejando o
controle e minimização do estresse do paciente, levando a ser mais eficaz juntamente
com a multiprofissionalidade (GAMA; ANDRADE; CAMPOS, 2013; RESTREPO et al.,
2001).

Hábito de bruxismo na infância associado a traços de personalidade requer


tratamento psicológico, podendo permitir a melhor compreensão no
enfrentamento do conflito ou tensão, gerando um efeito positivo sobre o
controle do bruxismo (RESTREPO et al., 2008, p.13; SERRA-NEGRA et al.,
2009; SERRA-NEGRA et al., 2013).

As recomendações para se evitar o bruxismo de acordo com Mindell et al.


(2009) é possuir o hábito de adormecer independentemente, ir para cama antes das
21horas, se habituar a uma rotina de sono, que inclua leituras e não fazer uso de
dispositivos eletrônicos e cafeína horas antes de dormir. Na medicina, a área da
neurologia se observa um aumento da responsabilidade, todavia, grande parte dos
medicamentos tem sido pesquisados, mas sem sucesso (GAMA; ANDRADE;
CAMPOS, 2013). “Deve-se direcionar o tratamento para reduzir 25 estresses e tratar
sinais e sintomas, tendo em vista que não se conseguirá eliminar o hábito de forma
permanente” (NAHÁS-SCOCATE; COELHO; ALMEIDA, 2014, p. 25). Outro fator que
contribui para eliminar o bruxismo é a realização de cirurgias de adenóides e
amígdalas, auxiliando pontualmente no sucesso contra o bruxismo (ARENS;
MUZUMDAR, 2010; CAPUA; AHMADI; SHAPIRO, 2009; DIFRANCESCO et al.,
2004a; DIFRANCESCO et al., 2004b; GRECHI et al., 2008; LAM et al., 2011).

Melhores abordagem deve ser feitas, a partir de mais estudos sobre o


tratamento de bruxismo do sono, sendo em adultos quanto em crianças, essas
recomendações permitem novas tecnologias e abordagens (MANFREDINI et al.,
2015; RESTREPO; GOMEZ; MANRIQUE, 2009). Para Castroflorio et al. (2015) a
ausência de achados polissonográficos dificulta o tratamento do bruxismo infantil.
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