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UNIVERSIDADE IGUAÇU – UNIG

ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

Cesar Augusto Oliveira dos Santos

Jamilly Carneiro da Costa

INTERRELAÇÃO: PERIODONTIA X ENDODONTIA X OCLUÇÃO

Nova Iguaçu

2021
Cesar Augusto Oliveira dos Santos

Jamilly Carneiro da Costa

INTERRELAÇÃO: PERIODONTIA X ENDODONTIA X OCLUÇÃO

Trabalho apresentado

ao Curso de Odontologia da

Universidade Iguaçu como

requisito parcial para nota de

p2 da disciplina Oclusão 2,

sob orientação dos

Nova Iguaçu profressores:


2021
Sumário

Introdução ...............................................................................................04

Desenvolvimento....................................................................................05, 06

Conclusão ................................................................................................07

Referências ..............................................................................................08
INTRODUÇÃO

A relação entre endodontia, oclusão e periodontia pode ser caracterizada de

várias formas. Primeiramente, é preciso compreender esses três ramos da

odontologia, no qual é fundamental para a base da formação acadêmica. A

endodontia ou tratamento de canal é a remoção da polpa do dente, um pequeno

tecido nervoso semelhante a um fio que fica no interior do dente. Depois que a polpa

danificada, infeccionada ou morta é removida, o espaço restante é limpo e preenchido

com material obturador, selando o canal radicular, já a Oclusão dental é o encaixe

entre os dentes e o osso da maxila e da mandíbula, de uma maneira que as funções

bucais, como a mastigação, possam ocorrer. É também o ramo da Odontologia que

estuda todos esses elementos e suas relações, bem como a influência em outras

estruturas e a Periodontia é a parte da odontologia que estuda e trata as doenças do

sistema de implantação e suporte dos dentes. Este aparelho é formado por osso

alveolar, ligamento periodontal e cemento. As alterações patológicas do periodonto

são chamadas doenças periodontais, como, placa bacteriana, gengivite, periodontite.

Com isso, pode-se relacionar essas áreas odontológicas em determinadas fisiologias

e patologias, e uma delas é o TRAUMA OCLUSAL.

DESENVOLVIME
Trauma oclusão é termo usado para descrever as alterações patológicas

ou adaptativas que ocorrem no periodonto e na polpa em consequência de

forças excessivas que podem estar relacionadas á uma alteração na oclusão.

A força oclusal excessiva é denominada como uma força que afeta toda a

capacidade de resistência e reparo do periodonto aos impactos causados por

agentes agressores e, portanto, resulta no trauma oclusal, podendo prejudicar

a função da musculatura mastigatória e causar espasmos dolorosos, lesar as

articulações temporomandibulares, produzir um desgaste dentário excessivo.

O trauma de oclusão ainda pode ocasionar efeitos patológicos a polpa dentária

nos quais afetam o metabolismo tecidual, gerando alterações imunológicas e

vasculares no tecido que dependendo da duração e da intensidade do trauma

oclusal e de como o tecido se apresenta fisicamente, os efeitos à polpa dentária

podem ser irreversíveis, tais como necrose pulpar, calcificação pulpar e a

hialinização do tecido pulpar. É apenas um dos muitos termos empregados

para descrever essas alterações no periodonto. Outros termos frequentemente

usados são: oclusão traumática, trauma oclusal, oclusão traumatogênica,

traumatismo periodontal e sobrecarga. A força oclusal excessiva, além de

causar danos aos tecidos periodontais, também pode lesionar, por exemplo, a

articulação temporomandibular (ATM), os músculos mastigatórios e a polpa

dental.

O trauma de oclusão foi definido por Stillman (1917) como “uma

condição em que ocorrem lesões às estruturas de suporte dos dentes em

decorrência do ato de cerrar a boca”. A Organização Mundial da Saúde (OMS),

em 1978, definiu o trauma de oclusão como “dano causado ao periodonto pela


pressão produzida sobre os dentes, direta ou indiretamente, pelos dentes

antagonistas”. O trauma oclusal é uma lesão do sistema de inserção em

consequência de força(s) oclusal(is) excessiva(s). As forças traumáticas

podem atuar sobre um único dente ou sobre grupos de dentes que estejam em

contato prematuro; elas podem ocorrer em associação com hábitos

parafuncionais, tais como ranger os dentes (bruxismo), em conjunto com a

perda ou a migração de pré-molares e molares, acompanhada da separação

gradual dos dentes anterosuperiores etc.

Na literatura, a lesão tecidual associada ao trauma de oclusão é

frequentemente dividida em primária e secundária. A forma primária inclui

reações teciduais (dano) induzidas ao redor de um dente com periodonto de

altura normal, enquanto a forma secundária está relacionada com situações

em que as forças oclusais causam lesão a um periodonto com altura reduzida.

A distinção entre a forma de lesão primária e secundária – trauma oclusal

primário e secundário – não tem propósito significativo, visto que as alterações

que ocorrem no periodonto em consequência do trauma de oclusão são

similares e independem da altura do tecido-alvo, que é o periodonto. Entretanto,

é importante compreender que os sinais/sintomas do trauma de oclusão só

podem se desenvolver quando a intensidade da carga imposta pela oclusão é

tão alta que o periodonto ao redor do dente exposto não consiga suportar nem

distribuir de modo adequado as forças resultantes sem alterar a posição e a

estabilidade do dente envolvido. Isso significa que, nos casos de redução

acentuada da altura do periodonto, até mesmo forças comparativamente

pequenas provocam lesões traumáticas ou adaptativas no periodonto.


CONCLUSÕES

As experiências realizadas tanto em humanos quanto em animais produziram

evidências convincentes de que nem as forças unilaterais nem as forças alternadas

aplicadas em um periodonto sadio resultam em formação de bolsa, na perda da

inserção do tecido conjuntivo ou na invasão da polpa. O trauma de oclusão não

consegue induzir destruição do tecido periodontal. Todavia, o trauma de oclusão

realmente resulta em reabsorção do osso alveolar, levando a aumento da mobilidade

dentária, que pode ser de caráter transitório ou permanente. Essa reabsorção óssea,

com o consequente aumento da mobilidade dentária, deve ser considerada uma

adaptação fisiológica do ligamento periodontal e do osso alveolar circundante diante

de forças traumatizantes, ou seja, uma alteração da demanda funcional.

REFERÊNCIAS

• QUEIROZ, Andreza Mirelly de et al. Trauma oclusal: fundamentação

teórica e correlações clínicas. SALUSVITA, Bauru, v. 38, n. 3, p. 755-

766, 2019.

• LINDHE, J. T. K.; NIKLAUs P. Lang. Tratado de Periodontologia Clínica

e Implatologia oral, 6ª ed., Ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2018.


• LOPES, Hélio; SIQUEIRA, José Freitas Jr. Endodontia: biologia e técnica

– 4. ed. Ed. Elsevier Rio de Janeiro, 2015.

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