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Os Maias
Os Maias é uma das obras mais conhecidas do escritor português Eça de Queiroz,
publicado pela Livraria Lello & Irmão no Porto, em 1888. A obra ocupa-se da história de uma
família (Maia) ao longo de três gerações, centrando-se depois na última com a história de amor
entre Carlos da Maia e Maria Eduarda.
Tudo começa com a descrição da casa – “O Ramalhete” - Lisboa, mas que nada tem de fresco
ou de campestre. O nome vem de um painel de azulejos com um ramo de girassóis, colocado
onde deveria estar a pedra de armas. Afonso da Maia, senhor da casa, casou-se com Maria
Eduarda Runa e deste casamento resultou apenas um filho - Pedro da Maia. Pedro da Maia,
que teve uma educação tipicamente romântica, era muito ligado à mãe e após a sua morte
ficou inconsolável, tendo só recuperado quando conheceu uma mulher chamada Maria
Monforte, com quem casou, apesar de Afonso (pai) não concordar. Deste casamento
resultaram dois filhos: Carlos Eduardo e Maria Eduarda. Algum tempo depois, Maria Monforte
apaixona-se por Tancredo (um príncipe napolitano, italiano que Pedro (marido) fere
acidentalmente num acidente de caça e acolhe em sua casa) e foge com ele para Itália, levando
consigo a filha, Maria Eduarda. Quando sabe disto, Pedro, destroçado, vai com Carlos para casa
do pai, Afonso (avô, pai de pedro), onde comete suicídio (é Pedro que morre). Carlos fica na
casa do avô, onde é educado à inglesa (tal como Afonso (avô) gostaria que Pedro (filho de
Afonso, e pai de Carlos) tivesse sido criado). Passam-se alguns anos e Carlos torna-se médico e
abre um consultório. Mais tarde conhece uma mulher no Hotel Central num jantar organizado
por Ega (seu amigo dos tempos de Coimbra) em homenagem a Cohen. Essa mulher vem mais
tarde saber chamar-se Maria Eduarda. Os dois apaixonam-se. Carlos crê que a sua irmã tinha
morrido. Maria Eduarda crê que apenas teve uma irmãzinha que morreu em Londres. Os dois
namoram em segredo. Carlos acaba depois por descobrir que Maria lhe mentiu sobre o seu
passado – podiam ter-se zangado definitivamente. Guimarães vai falar com João da Ega (amigo
de Carlos), e dá-lhe uma caixa que diz ser para Carlos ou para a sua irmã Maria Eduarda. Aí Ega
descobre tudo, conta a Vilaça (procurador da família Maia) e este acaba por contar a Carlos o
incesto que anda a cometer. Afonso da Maia morre de desgosto. Há ainda a abordagem
científica. O romance foi escrito numa altura em que as ciências floresciam. Eça joga nele com
o peso da hereditariedade (Carlos teria herdado da avó paterna e do próprio pai o carácter
fraco, e da mãe a tendência para o desequilíbrio amoroso), e da ação do meio envolvente
sobre o indivíduo (Carlos fracassa, apesar de todas as condicionantes que tem a seu favor,
porque o meio envolvente, a alta burguesia lisboeta, para tal o empurra). A psicologia dava os
seus primeiros passos – é assim que Carlos, mesmo sabendo que a mulher que ama é sua irmã,
não deixa de a desejar, uma vez que não basta que lhe digam que ela é sua irmã para que ele
como tal a considere.
Explicação:
Têm um filho chamado Pedro da Maia e que se casa com Maria Monforte
Têm dois filhos, Carlos Eduardo e Maria Eduarda